terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Como ter mais organização no trabalho e na vida: confira 10 dicas para desenvolver essa habilidade


Existe um mito de que para ser organizado você precisa nascer organizado. Isso não é verdade. Sinto dizer aos desorganizados de plantão que a organização é uma capacidade que pode ser desenvolvida e aprimorada. Sendo assim, podem arranjar outra desculpa para a bagunça generalizada de vocês!

Brincadeiras à parte, a questão é que a falta de organização pode afetar diversos aspectos da nossa vida, seja na esfera pessoal ou profissional. Ser desorganizado pode te levar a perder compromissos, prazos ou documentos importantes, pode prejudicar sua imagem no trabalho, facilitar o cometimento de erros, gerar atrasos, entre outros transtornos. Ou seja, só quem convive com esse desafio de se encontrar no meio de uma rotina ou de um ambiente bagunçado sabe o impacto que a desorganização pode gerar diariamente. 

Uma maneira de começar a virar esse jogo é tentar ter mais organização no trabalho. Dessa maneira, à medida que colher os benefícios, essa mudança de comportamento pode influenciar outras áreas da sua vida até a organização virar um hábito. Confira neste artigo as vantagens de ser uma pessoa mais organizada e de que forma melhorar a sua organização no trabalho, otimizando a rotina e inclusive arrumando o espaço físico e virtual. 

Os benefícios de ser uma pessoa organizada

Além da óbvia melhoria da produtividade, entre as vantagens de ter a organização como hábito estão o melhor aproveitamento do tempo e a possibilidade de focar no que realmente é importante. 


Assim, ao fazer um planejamento das suas atividades do dia a dia e manter as coisas organizadas, você evita desperdício de tempo e tem a oportunidade de se dedicar ao que é prioridade. Se você não se organiza e define quais são essas prioridades, pode ter certeza de que o mundo externo irá decidir para você, atrapalhando o seu foco e o cumprimento dos seus objetivos. 


A organização também é uma estratégia para gerenciarmos melhor as nossas emoções. Dessa maneira, ela é um recurso que pode nos ajudar com a inteligência emocional. Como? Bom, uma realidade da vida é que não podemos controlar as situações e nem garantir que tudo ocorra da forma que queremos. Isso tende a gerar sentimentos de ansiedade e frustração. 


Uma maneira de lidarmos melhor com essas emoções é nos organizarmos com antecedência, fazermos um planejamento e anteciparmos possíveis imprevistos. No caso de uma viagem, por exemplo, a organização nos auxilia a prever situações e nos dá recursos para reagirmos com mais tranquilidade a elas caso aconteçam. 

A importância da organização no âmbito profissional

A falta de organização para a execução do trabalho e até mesmo a bagunça física do ambiente pode afetar muito a produtividade e o rendimento de um profissional. Por isso, ao reverter esse quadro, você consegue ser mais produtivo e tem a possibilidade de otimizar mais o seu tempo, além de cumprir as tarefas com maior foco e assertividade, evitando desgastes e distrações. 


Com organização e planejamento, é possível lidar melhor com as demandas, com prazos e até com imprevistos, excluindo da rotina aquela sensação constante de estar sempre “apagando fogo”. 

Como ter mais organização no trabalho

1. Tenha uma agenda e planeje suas atividades

Tenha um local para anotar seus compromissos, tarefas, prazos de entrega. Pode ser uma agenda física, mais tradicional, ou uma ferramenta eletrônica, como a agenda do Google, o que você se adaptar melhor. Tenha o hábito de planejar sua semana e conferir o que está agendado para o dia assim que iniciar o dia de trabalho. 

2. Estabeleça uma rotina de trabalho

Uma maneira de perder tempo é não ter organização do seu dia. Dessa maneira, você fica o tempo inteiro pulando de tarefa em tarefa, definindo a todo momento o que fazer. O ideal é estabelecer uma ordem dos afazeres do dia a dia, a não ser que sua a atividade profissional não tenha ou não permita nenhum tipo de rotina. 

3. Determine um horário para responder e-mails e whatsapp comercial

Seguindo a lógica do tópico acima, é interessante definir horários específicos para ler e responder e-mails e mensagerias ao longo do dia.  Ficar interrompendo o trabalho a todo momento a cada notificação para verificar as mensagens vai afetar a sua produtividade. Outra sugestão é definir um critério para organizar as pastas de e-mail e deixar a caixa de entrada sempre limpa.

4. Coloque tudo no papel (Não confie na memória!)

Crie o hábito de anotar o que puder e colocar tudo no papel (ou no bloco de notas do celular ou integrado ao notebook como ex. keep do google). Uma das técnicas de organização é justamente registrar tarefas, fazer listas, pois essa é uma maneira de evitarmos sobrecarregar o cérebro. É um erro confiar na memória, pois inevitavelmente ela irá falhar. O registro nos ajuda a lembrar, além de pensar de forma clara e objetiva. 

5. Organize seu espaço de trabalho

É difícil se concentrar em um ambiente cheio de bagunça e itens que não eram para estar ali, como papéis e livros que não serão usados, por exemplo. Então, esvazie a sua mesa e deixe apenas o necessário. Libere espaço. 

6. Faça checklists

Se você tem dificuldade com prazos e com a organização no cumprimento de tarefas, faça um checklist. Como mencionei, um dos pilares da organização são as listas, então lance mão desse recurso para planejar suas entregas e ser mais organizado. 

7. Defina prioridades

Algo essencial na organização é saber definir as suas prioridades e organizar a lista de afazeres conforme importância e urgência. Se isso é difícil para você, é possível que você não esteja administrando bem o seu tempo, nem conseguindo focar no que é importante. Lembre-se que quando tudo é urgente, nada é urgente. Portanto, é hora de você começar a estabelecer as suas prioridades, em vez de deixar que os outros as estabeleçam no seu lugar. 

8. Limpe o seu ‘desktop’ 

Organize a “Área de Trabalho” do seu computador, evite deixar seu ‘desktop’ lotado de arquivos. Crie pastas e facilite o acesso aos arquivos e programas que você mais usa no dia a dia. Isso parece simples, mas vai facilitar a sua rotina. E, isso vale também para os arquivo nas nuvens.

9. Defina lembretes e alarmes para os compromissos

Se atrasos são seu “calcanhar de Aquiles”, é importante ter estratégias para se organizar melhor e evitá-los. Crie eventos no calendário do e-mail ou celular e ative alarmes para avisá-lo dos compromissos e reuniões, considerando o tempo de deslocamento. Sincronize tudo, use as tecnologias a teu favor, mas desde que seja simples.

10. Aproveite a tecnologia a seu favor

Atualmente, temos a disponibilidade de inúmeros aplicativos que podem nos ajudar com a organização no trabalho. Há opções para as mais diversas necessidades. Por isso, não hesite em buscar alternativas tecnológicas que o auxiliem a cumprir prazos, organizar tarefas, evitar atrasos e até a motivá-lo a ser mais organizado.


Essas são as minhas sugestões. Quais outras estratégias podem nos ajudar a ter mais organização no trabalho? Se tiver mais alguma dica, deixe nos comentários!


Bom trabalho e grande abraço.

Prof. Adm. Rafael José Pôncio



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terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Walt Disney, tornando a magia um negócio


A imaginação dos seres humanos é um campo infinito de possibilidades. Em nossas mentes criamos as mais diversas histórias, personagens e situações. Graças a essa capacidade somos os únicos seres da natureza que conseguem produzir arte, construir edifícios e implementar novas percepções em nossas vidas. A imaginação é, como bem sabemos, uma das ferramentas mais úteis para um empreendedor. É graças à possibilidade de criar algo novo que podemos avançar em nossos negócios e levar nossas ideias para o mundo concreto. Desse modo, a imaginação não é um pré-requisito apenas dos artistas, mas também de toda pessoa que pretende ser bem sucedida em suas inovações.

Dentro do mundo do empreendedorismo hoje falaremos de um homem que foi, sem dúvidas, um dos que mais soube utilizar-se da imaginação ao seu favor. Não apenas para criar personagens, histórias ou mesmo universos distintos, mas trazê-los para a vida real e mostrar que a arte, quando bem realizada, é capaz de ser um campo extremamente lucrativo. Estamos falando de Walter Elias Disney, ou simplesmente Walt Disney, o homem que fez da magia um negócio.

Biografia Walt Disney


Para os que conhecem Walt Disney apenas pelas suas obras e grandes empreendimentos não imaginam as dificuldades que esse grande artista passou. Nascido em 1901, Walt Disney, ao contrário do que pensamos, vem de uma família humilde no interior do Missouri e grande parte de sua infância esteve entre os severos castigos do seu pai e o trabalho na fazenda em que vivia. Esses dois aspectos dos primeiros anos do criador da Disneylândia foram difíceis, pois não existia um momento para que o pequeno Walter fosse o que deveria ser: uma criança. É notável como nossas origens definem, para o bem ou para o mal, nossa maneira de conduzir a vida. Dizemos isso porque o fato de não poder viver externamente seu lado infantil, momento em que aprendemos sobre contos de fadas e demais brincadeiras próprias do mundo de uma criança, fez com que essa parte “reprimida” de Walt Disney fosse aflorada com o tempo.

Tal como uma represa que não dá vazão às suas águas tende a arrebentar, a infância severa vivida por Walt Disney fez com que ele tivesse uma péssima relação com seu pai, porém, também fez com que a imaginação e a vontade de viver esse mundo encantado fosse colocado para fora somente em outro momento de sua vida. Não por acaso, ao chegar à maioridade sua principal escolha foi ingressar em uma escola de artes, a Kansas City Arts School. Todo o aspecto criativo contido no jovem Walter começou a ser bem direcionado nesse momento e, inevitavelmente, sua atenção voltou-se para as animações infantis, algo pouco relevante e quase desconhecido naquele momento.

Devemos lembrar que o período em que Walt Disney começou seus trabalhos, os anos 1920, o que hoje chamamos de “infância” era pouco reconhecido. As crianças não raramente eram vistas como mini adultos e o trabalho na mais tenra idade era algo comum. Assim, existia pouco espaço para uma programação de arte voltada para os pequeninos, mas foi justamente nesse vácuo do entretenimento que a capacidade de inovação e visão de Walt Disney tornou-se notável

Tornando sonhos em realidade


Após trabalhar em algumas agências de publicidade, Walter e seu irmão abriram sua própria produtora de animações, a “Laugh O-gram”. Nela os irmãos animavam contos de fada, ou seja, davam vida e movimento às antigas histórias e narrativas, trazendo a magia destas histórias para as telas. As animações eram exibidas no cinema antes dos longa-metragens e passou a fazer enorme sucesso. O primeiro público de Walt Disney, portanto, não foram as crianças, mas sim os adultos.

O sucesso das suas primeiras animações impulsionou o sonho de Walter, mas a sua empresa acabou falindo Porém a experiência foi necessária para que ele encontrasse seu verdadeiro caminho, pois ao invés de desistir dos seus sonhos o jovem Walt Disney decidiu arriscar-se ainda mais. Junto com seu irmão foram até Hollywood, principal centro de produção de entretenimento dos EUA e iniciaram uma nova empresa: a Disney Brothers Animation Studios. Lá desenvolveram novas produções junto a uma distribuidora de filmes, porém, nem tudo foram flores. Após um enorme sucesso com duas animações, chamadas “Alice” e “Oswald, o coelho sortudo”, a vida trouxe um revés para os planos de Walter e seus parceiros. A distribuidora das animações conseguiu na justiça os direitos autorais das obras, tirando-lhes assim a propriedade intelectual dos desenhos e, além disso, os lucros destas.

Para qualquer negócio em ascensão esse é um duro golpe a ser absorvido. De repente a receita da Disney despencou, além de não poder mais veicular seus principais produtos. Um empreendedor comum certamente entraria em desespero - e com certa razão -, mas não foi o caso de Walter Elias Disney. Ao saber da trágica decisão judicial, ele apenas disse ao seu irmão que ficasse calmo, pois já tinha em mente um personagem de desenho animado que superaria qualquer outra. Esse personagem seria, de fato, a marca de toda a Disney: o Mickey Mouse.

Esse é o poder da imaginação: a partir dela podemos criar novos cenários e construir portas quando nos encontramos em becos sem saída. Imaginação, desse ponto de vista, não trata-se apenas de pensar em algo mirabolante, mas construir um cenário futuro e os passos necessários para se alcançar um objetivo. No caso de Walt Disney, o fato dele perceber que sua criatividade não poderia ser comprada, ou melhor, roubada, garantiu que ele encontrasse um meio de superar os seus problemas nos negócios. Tomando-o como exemplo, desenvolver essa habilidade de conseguir projetar soluções é uma característica importante para qualquer pessoa que pretende desenvolver um negócio, afinal, empreender também é saber solucionar problemas.

Atingindo novos patamares


Ao criar seu mais famoso personagem, Walt Disney fez com que a popularidade da Disney disparasse. Junto a isso, acompanhando as inovações do cinema, suas animações contam a própria história da sétima arte: os studios Disney foram os primeiros a trazer animações com som - antes todas seguiam o padrão do cinema mudo - além de serem as primeiras a usarem imagens coloridas. Desse modo, Walt Disney mostrou-se sempre na vanguarda das animações, o que lhe garantia uma qualidade superior aos dos estúdios concorrentes, inclusive daquele que roubou-lhe os seus primeiros personagens.

Mais uma vez a imaginação andava lado a lado com a inovação. Depois de décadas liderando as produções, Walt Disney realizou o seu maior sonho e, sem dúvida, a sua obra mais impactante: A Disneylândia. Cravado na memória coletiva do mundo Ocidental, a Disneylândia tornou-se muito mais do que um parque de diversões com os personagens do estúdio de Walt Disney. Ela é, de fato, a plasmação de um mundo mágico e fantástico dentro do mundo real que vivemos. Assim, a obra de Walt Disney saiu das telas e ganhou o mundo físico, sendo uma verdadeira obra de um mago. O maior parque temático do mundo arrasta milhões de pessoas todos os anos em suas atividades em seus 6 parques ao redor do mundo.

Assim, a Disney atingiu um patamar poucas vezes visto na história. Deixou de ser um negócio, uma simples empresa que presta um serviço ao mundo, mas passou a ser um modo de enxergar a vida, um ideal. Ao fundar a Disneylândia, Walt Disney fez a seguinte dedicatória:

“Para todos aqueles que vêm para este local feliz: Bem-vindo. A Disneyland é sua terra. Aqui, a idade revive as memórias do passado e a juventude pode saborear o desafio e a promessa do futuro. A Disneyland é dedicada aos ideais, sonhos e a dura realidade que criaram a América, com a esperança de que ela seria uma fonte de alegria e inspiração para todo o mundo.”

Em poucas palavras, esse é o sonho de qualquer empreendedor: mudar a realidade em que vive. Como sabemos, há diferentes modos de fazermos isso e também diferentes níveis. Podemos mudar uma realidade social a partir da economia, dos espaços físicos e de prestar um novo e bom serviço às pessoas. Porém, talvez a mudança mais profunda seja esta: a de manter vivo os sonhos das pessoas, mostrá-las que a magia desse mundo fantástico não está apenas nos contos de fadas ou nas telas, mas que elas podem vivenciá-las em sua forma de encarar a vida.

Dito isso, os mais de 30 prêmios recebidos por Walt Disney e sua fortuna são quase irrelevantes (apesar de importantes) frente à sua capacidade de fazer as pessoas voltarem a sonhar. Esse, sem dúvida, é o maior dos seus méritos. Por isso e muito mais ele não poderia deixar de constar nessa seleta lista de Grandes Empreendedores da História.

Bom trabalho e grande abraço.

Prof. Adm. Rafael José Pôncio



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Utilize o Ciclo PDCA para aumentar a qualidade do seu negócio

O Ciclo PDCA é uma ótima estratégia para o gerenciamento contínuo da qualidade em um negócio. Prossiga com a leitura e descubra como aplicar esta técnica.

Utilize o Ciclo PDCA para aumentar a qualidade do seu negócio

O Ciclo PDCA é um clássico da gestão da qualidade. 

Devido a sua simplicidade e praticidade ele é bastante utilizado pelas empresas.

Ele é uma ferramenta fácil, mas eficaz que promove o aprimoramento constante dos negócios, por isso é tão difundida. 

Aprenda agora, como aplicar esta estratégia na sua empresa.

Como surgiu o Ciclo PDCA?

A sua origem começou com o estatístico estadunidense Walter A. Shewhart, que contribuiu de forma significativa para os estudos da qualidade.

Contudo, no começo ele só possuía 3 passos (especificação, produção e inspeção), quando era chamado de “ciclo de Shewhart”. Os 4 que conhecemos só entraram a partir dos anos 50 com os estudos de William Edwards Deming.

Como o PDCA funciona?

O PDCA vem do inglês e significa:

  • Plan = Planejar

  • Do = Fazer

  • Check = Checar

  • Act = Agir

Agora, vamos ver cada uma das etapas detalhadamente:

Planejamento: definir as diretrizes

Este é o momento de organizar o que será feito e como será feito.

Para esta etapa o primeiro passo é definir quais são os objetivos a serem cumpridos.

Por exemplo: um e-commerce de produtos naturais notou que há muitos clientes potenciais acessando o site, no entanto, as vendas não estão satisfatórias.

Então, o objetivo principal seria aumentar em 20% o número de vendas no e-commerce nos próximos 2 meses.

Mas como alcançar este objetivo?

Agora é o momento de escolher as metas, os responsáveis e as métricas.

As metas são:

  • Incluir fotos dos produtos em alta resolução.

  • Reescrever as descrições dos produtos.

  • Enviar um comunicado por e-mail para os clientes que deixaram produtos no carrinho.

Responsáveis:

  • Diretor de Marketing

  • Diretor de TI

Métricas:

  • Comparação entre o volume de vendas antes das iniciativas e depois.

Fazer: colocar em prática 

Hora de executar o que foi planejado.

Porém,  antes de começar de fato é muito importante que os membros da equipe estejam em sintonia.

Logo, é fundamental fazer uma reunião e mostrar de forma clara, quais são as ações, os prazos e por que deve ser feito.

Se for o caso, também aplicar os treinamentos necessários para cumprir aquele objetivo.

Seguindo o exemplo do e-commerce:

Uma das metas é tirar fotos em alta definição, então o diretor de marketing se reuniu com um fotógrafo profissional para alinhar como deveriam ser as fotos.

Checar: verificar os resultados

Nesta fase do Ciclo PDCA é hora de monitorar e avaliar os resultados.

Para isso é fundamental levantar os dados e descobrir as consequências das ações.

A loja de produtos naturais conseguiu cumprir parcialmente o seu objetivo, aumentando em 15% o número de vendas.

Eles identificaram que o principal motivo para este resultado foi enviar um comunicado informando dos itens pendentes no carrinho. O que significou um aumento de 10% nas vendas.

Já as outras duas ações (fotos e descrição), formaram um acréscimo de 5%.

As atividades que trouxeram resultados positivos devem ser mantidas, já as que pioraram a situação ou não causaram impacto devem ser revisadas no próximo tópico.

Agir: repensar as estratégias

Este é o momento de fazer um levantamento geral das atividades realizadas e pensar nos próximos passos.

Caso o objetivo principal não tenha sido alcançado é o momento de avaliar o que impediu de atingir os lucros desejados e quais ajustes são necessários para chegar neste resultado.

Conforme o exemplo: foi identificado que além das melhorias do e-commerce faltou uma divulgação das mudanças nas redes sociais e também para os antigos clientes.

Finalizada esta etapa, o Ciclo PDCA volta para o planejamento, recomeçando o projeto.

O que é preciso para implementar o ciclo PDCA?

Além de conhecer o processo, existem outros fatores importantes para que esta metodologia traga bons resultados, seguem 5 deles:

1.   Gestão atuante

Boa parte dos resultados no Ciclo PDCA vem do desempenho do gestor na aplicação do método. Afinal, ele deve repassar para a equipe as atividades, os objetivos, fazer os treinamentos e cobrar os resultados.

Além disso, as lideranças devem defender o método e mostrar os benefícios para os colaboradores e para a empresa.

2.   Abertura para a mudança

Como o PDCA segue um modelo circular, o negócio passará por transformações constantes, o que pode causar medo nos funcionários.

Para evitar este problema o ideal é começar aos poucos, com mudanças pequenas, então, quando a cultura da inovação já estiver disseminada, partir para as alterações significativas.

Vale reforçar que estas transformações só tendem a trazer vantagens para a empresa como: manter o negócio à frente dos concorrentes e estimular o aprendizado constante.

3.   Cuidar para não entrar no modo automático

Por ter etapas bem definidas, corre o risco do processo se tornar mecânico. Exemplo: fazer um Ciclo PDCA, procurar as falhas e começar um novo.

Porém, quando entramos no automático às vezes erros bobos podem passar despercebidos, fugindo do principal objetivo da técnica, que é a melhoria constante. 

4.   Ter o conhecimento necessário

Este é um fator importante na aplicação de todas as metodologias, afinal o conhecimento técnico é a base de qualquer trabalho bem feito.

Portanto, capacitar os profissionais não só para a implementação da técnica, mas sobre a empresa e as atividades propostas, é o que trará o sucesso para o PDCA e para o negócio.

5.   Conferir o planejamento constantemente

Por mais que as 4 etapas estejam bem definidas, lembre-se: o que norteia os Ciclo PDCA é o planejamento, logo ele deve ser consultado durante as demais fases.

Assim, é possível garantir que não haverá divergências no final.

Bônus: Dicas de liderança

Como deu para notar, a liderança é um fator importante para o sucesso desta metodologia.

Pensando nisso, separei dicas de ouro para quem deseja ser um bom líder:

Dê o exemplo

Não adianta tentar fugir, a melhor forma de conseguir respeito e colaboração de uma equipe é através do exemplo.

Então, se você deseja que os colaboradores sejam pontuais, você deve cumprir à risca os horários. Se quer um serviço com excelência, não entregue menos para o grupo.

Aceite e dê feedbacks

É importante que a equipe saiba o que você espera deles e que você entenda o que os membros querem de você.

Por isso, promova espaços para as pessoas darem sugestões, considerações e ideias.

Seja justo

Não deixe que as opiniões pessoais interfiram na forma com que você gerencia a equipe. Dar premiações com critérios confusos e favorecer os colaboradores devido à amizade, desestimula os demais.

Por isso, preze pela integridade nas relações de trabalho, a equipe vai perceber e devolver na mesma moeda.

Bom trabalho e grande abraço.

Prof. Adm. Rafael José Pôncio




Conheça também:

A importância da honradez e integridade no ambiente e nas relações de trabalho



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Como atos de altruísmo e doação podem trazer benefícios para o mundo e gerar impactos pessoais

Nos últimos tempos, muitas circunstâncias têm nos feito repensar nossos atos e a maneira como estamos vivendo. Uma pandemia mundial, com efeitos devastadores e perdas humanitárias em escalas inimagináveis, gerou impactos em diversos âmbitos, transformando perspectivas e redirecionando, de alguma forma, o nosso foco. 

Nesse contexto, pudemos observar, entre muitas pessoas, o despertar de um comportamento mais empático, surgindo daí a necessidade de ajudar mais o próximo e de praticar atos de altruísmo e doação.


Mas, o que é o altruísmo e como a sua prática beneficia tanto aqueles que são diretamente impactados pelas ações de solidariedade, quanto as pessoas que as realizam? Como o efeito de atitudes altruístas pode ser tão positivo e abrangente e contribuir para a evolução da sociedade?


As respostas podem estar neste artigo, em que busco entender como a vida com mais altruísmo e doação são capazes de mudar o mundo — o externo e o nosso mundo interior. Vamos lá?

Entendendo o conceito de altruísmo e doação

Considerado uma característica pessoal, o altruísmo é um comportamento voltado para a solidariedade e se caracteriza pela disposição em ajudar o outro e praticar ações visando ao bem-estar do próximo. Esse termo, altruísmo, foi criado pelo filósofo francês Auguste Comte, em meados do século XIX, e seu significado também se estabelece como uma antítese do egoísmo. 


É importante destacar que o comportamento altruísta precisa ser recorrente, com dedicação ao próximo genuína e constante, para que um indivíduo seja considerado altruísta. Empreendedores que praticam atos isolados e fazem doações de vez em quando, sem dúvidas, são solidárias e desejam fazer o bem, mas isso não quer dizer que têm esse traço ou característica na personalidade. Entretanto, é algo que pode ser desenvolvido e aprendido.

Os tipos de altruísmo

Existe a classificação de alguns tipos de altruísmo. Detalho, a seguir, quais são eles. 

Altruísmo genético

Se refere ao altruísmo relacionado às pessoas que possuem laços genéticos. Ou seja, os atos de dedicação ou sacrifício envolvem familiares próximos, como entre um pai e um filho, por exemplo. 

Altruísmo recíproco

É ajudar esperando receber ajuda em uma eventual necessidade, um altruísmo baseado em um relacionamento mútuo. O favor ou auxílio de agora pode ser retribuído futuramente. 

Altruísmo selecionado pelo grupo

Tem o mesmo princípio do altruísmo genético, porém, em vez da família, os esforços de ajuda são direcionados para pessoas ou causas apoiadas por determinado grupo social, do qual se faz parte. 

Altruísmo puro

É o altruísmo motivado por valores morais, sem qualquer expectativa de receber algo em troca pela ajuda prestada ou doação realizada. Não prioriza nenhum grupo de pessoas e, muitas vezes, até envolve situações de risco para ajudar aqueles que necessitam. 

Os principais benefícios de praticar o altruísmo

Empregar ações altruístas no dia a dia e incorporar esse comportamento pode gerar impactos positivos tanto individualmente quanto coletivamente. É como eu disse, através do altruísmo é possível fazer um pouquinho para mudar o mundo. E dessa forma, você muda também internamente. Veja só quais são esses benefícios. 

1. Melhoria do bem-estar pessoal e mental

Quando fazemos o bem e ajudamos alguém, é comum termos uma sensação de bem-estar e felicidade. Muitas pessoas até dizem que, ao ajudar, parece até que, mais que proporcionar algo a alguém, estão fazendo o bem a si próprio, tamanha a realização de contribuir para melhorar uma situação. Existem estudos que comprovam essa teoria de que fazer o bem pode trazer felicidade. 

2. Possibilidade de inspirar e ser exemplo para a comunidade, melhorando índices de bem-estar social

O comportamento altruísta do empreendedor pode ser inspirador e a prática de atos e ações de solidariedade e doação em uma comunidade pode ser contagiante e incentivar outras pessoas a fazerem o mesmo. Isso é extremamente importante, além de servir de exemplo para as novas gerações, que têm a oportunidade de crescer em uma sociedade mais empática e colaborativa. 

3. Desenvolvimento de relacionamentos com mais qualidade e pautados no respeito, amor e empatia

Vivemos em um mundo em que as pessoas estão cada vez mais individualistas, deixando de pensar umas nas outras, sem se importar como seus atos podem gerar impactos na vida de outros indivíduos. O altruísmo pode ajudar a reverter esse olhar e a melhorar as conexões e os relacionamentos sociais, nos fazendo relembrar como é uma vida compartilhada em comunidade, pautada em valores humanos como a empatia, o respeito, o amor e a gentileza. 

4. Oportunidade de contribuir para a evolução da nossa sociedade

Foi esse comportamento cooperativo que nos permitiu sobreviver e evoluir como humanidade. Por isso, os atos de altruísmo têm papel fundamental em nossa história e, certamente, continuarão influenciando a nossa evolução como sociedade. Precisamos uns dos outros para continuar a caminhar, pois isso impactará a vida das futuras gerações. 

5. Maior expectativa de vida

O espírito de cooperação característico dos japoneses é determinante para que a população alcance uma maior expectativa de vida, de acordo com um estudo realizado com pessoas com mais de 100 anos no país. Foi observado o efeito de ações altruístas na saúde mental dos pesquisados e também no que se refere à imunidade. Dessa maneira, podemos concluir que ajudar e colaborar com o próximo é essencial para quem deseja viver mais. 

6. Melhoria da saúde de maneira geral

Além da saúde mental, até a saúde física pode se beneficiar do comportamento altruísta. Como vimos no tópico acima, o envolvimento em ações de solidariedade e de ajuda pode estar relacionado à melhora da imunidade. Portanto, praticar o altruísmo pode contribuir para que você seja mais saudável.


Essa consciência de que devemos fazer mais um pelos outros é muito importante, mesmo que a gente só se dê conta da relevância de praticar atos que envolvam altruísmo e doação em momentos críticos, como este que estamos vivendo. Esse é um comportamento que precisamos incentivar, pensando sempre nas minorias e nas pessoas que estão passando por situações difíceis. Só assim, se cada um fazer a sua parte, seremos capazes de criar uma sociedade mais colaborativa e empática, em que todos pensem no bem-estar comum.


Bom trabalho e grande abraço.


Prof. Adm. Rafael José Pôncio





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8 lições de empresas de excelência que têm o propósito em servir como valor principal


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terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Orientação para resultados: o que é e como desenvolver essa competência fundamental para profissionais de liderança


Proponho um desafio. Busque online um anúncio de uma vaga de emprego para um cargo sênior, de gerência ou coordenação, que exija um papel de liderança. Entre as competências e habilidades desejadas, aposto que há uma em comum: orientação para resultados! Acertei?

Apesar de também ser almejada nos demais níveis de uma organização, a competência de orientação para resultados é extremamente valorizada e requisitada por empresas aos profissionais que exercerão algum cargo de comando. Isso porque esse diferencial pode impactar concretamente o alcance de metas de um negócio. 


Além disso, podemos dizer que essa é uma característica comportamental também relevante no intraempreendedorismo. No entanto, muita gente ainda tem dúvida em que consiste essa competência e de que maneira ela pode ser desenvolvida ou aprimorada. 


Esse é o objetivo deste artigo. Esclarecer o que é a orientação para resultados e destacar algumas formas de desenvolver essa habilidade em sua trajetória profissional. Continue a leitura!

O que é a orientação para resultados?

Antes de qualquer coisa, é importante entender o conceito de orientação para resultados. O profissional com a competência de orientação para resultados tem a capacidade de definir, elaborar e estruturar um planejamento estratégico com foco em metas e objetivos específicos, visando o alcance de um resultado. Além disso, ele sabe como conduzir a equipe rumo a esse propósito almejado. 

Atitudes de quem tem essa competência bem desenvolvida

Mas, como saber se você tem essa habilidade ou potencial para aprimorá-la, não é mesmo? Ou até mesmo identificar se você tem colaboradores com esse diferencial em sua equipe? A seguir, listo alguns comportamentos comuns de profissionais que apresentam a competência de orientação para resultados bem desenvolvida:

  • Entendem o que é prioridade e sabem reagir prontamente em uma situação de pressão ou urgência;

  • São persistentes no alcance dos objetivos, mesmo diante de alguns percalços ou obstáculos;

  • São comprometidos com a estratégia e adaptáveis caso haja a necessidade de uma mudança de planos ao longo do percurso;

  • Assumem responsabilidades e riscos, além de ousarem na tomada de decisão quando necessário;

  • São ambiciosos ao traçarem as metas, porém realistas. 

Por que ela é tão valorizada?

A grande questão que envolve essa competência é que resultados podem ser mensurados de maneira concreta, por meio de métricas e indicadores. Dessa maneira, conseguimos entender a razão pela qual ela é uma habilidade tão requisitada no mercado. Negócios anseiam por lucratividade. 


Então, não é nenhuma novidade que empresas buscam por profissionais que tenham competências comportamentais capazes de transformar os recursos disponibilizados (financeiro, humano, material) em resultados. Eles se apresentam como agentes catalisadores de resultados, impactando positivamente os resultados da organização. 

Por que esse é um atributo importante para profissionais em função de liderança?

Podemos dizer que é quase impossível atingir um resultado satisfatório sem um bom planejamento estratégico e alguém capaz de guiar a execução desse plano. Portanto, no que se refere à orientação para resultados, o líder tem papel fundamental. É ele quem vai definir as metas e objetivos, orientar e direcionar cada membro da equipe sobre a sua função no projeto, delegar tarefas, mostrar como os processos serão estruturados. Ou seja, ele agirá como um verdadeiro comandante, sempre atento à visão do todo e focado no resultado final. 


É importante lembrar ainda que nem tudo dará certo e que dificuldades e imprevistos poderão surgir, sendo sua atribuição tomar decisões de maneira ágil e enérgica, além de estar preparado para mudar a rota junto com todo o time. Essa é de fato uma competência importante para um líder. Não é coincidência, portanto, que ela esteja presente nos requisitos das vagas para essa função, concorda?

Como desenvolver a orientação para resultados?

Agora que você já compreende a importância de ser um profissional orientado para resultados, vamos partir para a ação. Caso esse comportamento ainda não esteja latente em seu modo de trabalho, fique tranquilo, pois a competência, apesar de complexa por envolver habilidades complementares — como planejamento estratégico, mentalidade data driven e liderança —, pode sim ser desenvolvida. Saiba como nas próximas linhas. 

1. Comece elaborando planos de ação

Um bom exercício para desenvolver o atributo de orientação para resultados é começar a elaborar planos de ação. Essa atividade pode ser feita com objetivos mais simples, de maneira individual ou em equipe, porém exige planejamento, execução e acompanhamento de resultados, o que já é um ótimo caminho para o aprendizado e a aplicação com objetivos mais complexos a longo prazo. 

2. Defina metas claras

A base da competência de orientação para resultados está na capacidade de definir e estruturar uma boa meta, e ter assim uma visão clara do que se busca de um resultado. Ao elaborar a meta, é importante que ela seja específica, realista e prazos para o seu alcance precisam ser estabelecidos. 


Além disso, tenha em mente que, para um bom acompanhamento de resultados, metas precisam ser verificáveis e mensuráveis por meio de indicadores. 

3. Comunique-se de maneira eficaz

Quando se tem uma meta compartilhada por uma equipe e você lidera esse time, é fundamental que a comunicação ocorra de forma clara e eficaz, com transparência, sem interferências e ruídos que possam prejudicar o alcance do resultado. Como líder, é seu papel garantir a eficiência dessa comunicação e manter todos na mesma página. 

4. Exercite o pensamento estratégico

Para desenvolver a habilidade de orientação para resultados, é essencial exercitar o pensamento estratégico. Como? Vou dar um exemplo. Geralmente, quando temos um objetivo em mente, o natural é listarmos os passos que nos farão chegar até lá, ou seja, até o resultado desejado. 


Nesse sentido, o ideal é pensar em estratégias que potencializarão ou beneficiarão o cumprimento das metas estabelecidas. Assim, se você tem uma equipe, você pode, por exemplo, elaborar um sistema de recompensas para valorizar aqueles que estão comprometidos com o resultado. Isso pode gerar motivação e engajamento e é pensar de maneira estratégica.


Como vimos, a orientação para resultados é uma das principais competências exigidas em cargos de liderança e também fundamental para quem deseja empreender. As empresas tendem a se posicionar dessa forma, se estruturando em uma cultura orientada para resultados em função do impacto gerado no futuro do negócio influenciado por essa cultura, então é natural que busquem por profissionais com essa habilidade. Meu conselho, portanto, é que você esteja preparado. 


Bom trabalho e grande abraço.


Prof. Adm. Rafael José Pôncio





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