Mostrando postagens com marcador intraempreendedorismo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador intraempreendedorismo. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Orientação para resultados: o que é e como desenvolver essa competência fundamental para profissionais de liderança


Proponho um desafio. Busque online um anúncio de uma vaga de emprego para um cargo sênior, de gerência ou coordenação, que exija um papel de liderança. Entre as competências e habilidades desejadas, aposto que há uma em comum: orientação para resultados! Acertei?

Apesar de também ser almejada nos demais níveis de uma organização, a competência de orientação para resultados é extremamente valorizada e requisitada por empresas aos profissionais que exercerão algum cargo de comando. Isso porque esse diferencial pode impactar concretamente o alcance de metas de um negócio. 


Além disso, podemos dizer que essa é uma característica comportamental também relevante no intraempreendedorismo. No entanto, muita gente ainda tem dúvida em que consiste essa competência e de que maneira ela pode ser desenvolvida ou aprimorada. 


Esse é o objetivo deste artigo. Esclarecer o que é a orientação para resultados e destacar algumas formas de desenvolver essa habilidade em sua trajetória profissional. Continue a leitura!

O que é a orientação para resultados?

Antes de qualquer coisa, é importante entender o conceito de orientação para resultados. O profissional com a competência de orientação para resultados tem a capacidade de definir, elaborar e estruturar um planejamento estratégico com foco em metas e objetivos específicos, visando o alcance de um resultado. Além disso, ele sabe como conduzir a equipe rumo a esse propósito almejado. 

Atitudes de quem tem essa competência bem desenvolvida

Mas, como saber se você tem essa habilidade ou potencial para aprimorá-la, não é mesmo? Ou até mesmo identificar se você tem colaboradores com esse diferencial em sua equipe? A seguir, listo alguns comportamentos comuns de profissionais que apresentam a competência de orientação para resultados bem desenvolvida:

  • Entendem o que é prioridade e sabem reagir prontamente em uma situação de pressão ou urgência;

  • São persistentes no alcance dos objetivos, mesmo diante de alguns percalços ou obstáculos;

  • São comprometidos com a estratégia e adaptáveis caso haja a necessidade de uma mudança de planos ao longo do percurso;

  • Assumem responsabilidades e riscos, além de ousarem na tomada de decisão quando necessário;

  • São ambiciosos ao traçarem as metas, porém realistas. 

Por que ela é tão valorizada?

A grande questão que envolve essa competência é que resultados podem ser mensurados de maneira concreta, por meio de métricas e indicadores. Dessa maneira, conseguimos entender a razão pela qual ela é uma habilidade tão requisitada no mercado. Negócios anseiam por lucratividade. 


Então, não é nenhuma novidade que empresas buscam por profissionais que tenham competências comportamentais capazes de transformar os recursos disponibilizados (financeiro, humano, material) em resultados. Eles se apresentam como agentes catalisadores de resultados, impactando positivamente os resultados da organização. 

Por que esse é um atributo importante para profissionais em função de liderança?

Podemos dizer que é quase impossível atingir um resultado satisfatório sem um bom planejamento estratégico e alguém capaz de guiar a execução desse plano. Portanto, no que se refere à orientação para resultados, o líder tem papel fundamental. É ele quem vai definir as metas e objetivos, orientar e direcionar cada membro da equipe sobre a sua função no projeto, delegar tarefas, mostrar como os processos serão estruturados. Ou seja, ele agirá como um verdadeiro comandante, sempre atento à visão do todo e focado no resultado final. 


É importante lembrar ainda que nem tudo dará certo e que dificuldades e imprevistos poderão surgir, sendo sua atribuição tomar decisões de maneira ágil e enérgica, além de estar preparado para mudar a rota junto com todo o time. Essa é de fato uma competência importante para um líder. Não é coincidência, portanto, que ela esteja presente nos requisitos das vagas para essa função, concorda?

Como desenvolver a orientação para resultados?

Agora que você já compreende a importância de ser um profissional orientado para resultados, vamos partir para a ação. Caso esse comportamento ainda não esteja latente em seu modo de trabalho, fique tranquilo, pois a competência, apesar de complexa por envolver habilidades complementares — como planejamento estratégico, mentalidade data driven e liderança —, pode sim ser desenvolvida. Saiba como nas próximas linhas. 

1. Comece elaborando planos de ação

Um bom exercício para desenvolver o atributo de orientação para resultados é começar a elaborar planos de ação. Essa atividade pode ser feita com objetivos mais simples, de maneira individual ou em equipe, porém exige planejamento, execução e acompanhamento de resultados, o que já é um ótimo caminho para o aprendizado e a aplicação com objetivos mais complexos a longo prazo. 

2. Defina metas claras

A base da competência de orientação para resultados está na capacidade de definir e estruturar uma boa meta, e ter assim uma visão clara do que se busca de um resultado. Ao elaborar a meta, é importante que ela seja específica, realista e prazos para o seu alcance precisam ser estabelecidos. 


Além disso, tenha em mente que, para um bom acompanhamento de resultados, metas precisam ser verificáveis e mensuráveis por meio de indicadores. 

3. Comunique-se de maneira eficaz

Quando se tem uma meta compartilhada por uma equipe e você lidera esse time, é fundamental que a comunicação ocorra de forma clara e eficaz, com transparência, sem interferências e ruídos que possam prejudicar o alcance do resultado. Como líder, é seu papel garantir a eficiência dessa comunicação e manter todos na mesma página. 

4. Exercite o pensamento estratégico

Para desenvolver a habilidade de orientação para resultados, é essencial exercitar o pensamento estratégico. Como? Vou dar um exemplo. Geralmente, quando temos um objetivo em mente, o natural é listarmos os passos que nos farão chegar até lá, ou seja, até o resultado desejado. 


Nesse sentido, o ideal é pensar em estratégias que potencializarão ou beneficiarão o cumprimento das metas estabelecidas. Assim, se você tem uma equipe, você pode, por exemplo, elaborar um sistema de recompensas para valorizar aqueles que estão comprometidos com o resultado. Isso pode gerar motivação e engajamento e é pensar de maneira estratégica.


Como vimos, a orientação para resultados é uma das principais competências exigidas em cargos de liderança e também fundamental para quem deseja empreender. As empresas tendem a se posicionar dessa forma, se estruturando em uma cultura orientada para resultados em função do impacto gerado no futuro do negócio influenciado por essa cultura, então é natural que busquem por profissionais com essa habilidade. Meu conselho, portanto, é que você esteja preparado. 


Bom trabalho e grande abraço.


Prof. Adm. Rafael José Pôncio





Conheça também:


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Ser uma empresa altamente competitiva e inovadora são as principais razões para investir no empreendedorismo corporativo



Sabe por que o empreendedorismo corporativo pode ajudar sua empresa a crescer e se tornar mais competitiva no mercado?


Porque  organizações com forte orientação empreendedora alcançam níveis mais altos de produtividade, inovação, crescimento e retorno financeiro.


Além disso, implementar a mentalidade empreendedora na cultura da empresa, gera vantagens como a retenção de talentos e aumento da colaboração e envolvimento dos colaboradores.


Mas o que está por trás desse conceito e o que você precisa saber sobre ele? 


Neste artigo você vai saber o que é o empreendedorismo corporativo e dicas de como aplicá-lo na sua empresa. 


O que é empreendedorismo corporativo?


Empreendedorismo corporativo é o conceito de apoiar os funcionários a pensar e se comportar como empreendedores dentro dos limites de uma estrutura organizacional existente, também é conhecido pelo nome de intraempreendedorismo. 


Os funcionários com visão e habilidades certas são incentivados a identificar oportunidades e desenvolver ideias que levem a novos produtos, serviços inovadores ou até mesmo novas linhas de negócios.


Embora não seja um conceito novo, o empreendedorismo corporativo está ganhando impulso e sendo amplamente reconhecido como a resposta para esses problemas organizacionais.


Um exemplo de sucesso de uma organização com cultura empreendedora corporativa é a 3M, reconhecida mundialmente por ser uma empresa inovadora.


Já na década de 1910, William L. McKnight, vice-presidente da empresa na época,  apostava no empreendedorismo corporativo.


Ele incentivava a autonomia dos funcionários e era tolerante com os erros.


"A partir do momento que uma empresa cresce, aumenta a necessidade de delegar responsabilidades e encorajar homens e mulheres a tomar iniciativas. Isso requer uma certa tolerância, pois estas pessoas farão o trabalho da sua própria maneira", regra básica de gestão para McKnight.


E com essa mentalidade, a empresa criou a lei dos 15%, permitindo que os funcionários dediquem 15% do seu tempo de trabalho para desenvolver projetos próprios.


A regra beneficiou o cientista e ex-funcionário da 3M, Art Fry, a criar o famoso Post-it®.


Hoje em dia, muitas empresas empregam a lei dos 15% em suas empresas, como, por exemplo, o Google e o Facebook.


Sabe o botão de “curtir” do Facebook?


Pois é, foi criado num programa interno de ideias. 

Como implantar o empreendedorismo corporativo na empresa?

Embora o crescimento dos negócios seja o objetivo geral, implantar o empreendedorismo corporativo nem sempre é uma tarefa fácil.

Ele desafia as práticas organizacionais tradicionais.


No livro “Empreendedorismo”, escrito por Robert D. Hisrich, ele apresenta algumas dicas essenciais para implementar a cultura empreendedora numa empresa. 

Mudança de cultura a partir da alta administração 

Segundo Hisrich, estabelecer o empreendedorismo corporativo dentro de uma organização existente requer o comprometimento da administração, principalmente da alta administração. 

 

A organização deve escolher cuidadosamente os líderes, desenvolver diretrizes gerais para os empreendimentos e delinear as expectativas antes de iniciar o programa.

A alta administração deve estar comprometida em preparar a liderança para deixar os gestores mais seguros.

Capacitação Profissional

O treinamento dos colaboradores é uma parte importante do processo. 

A equipe deve receber capacitação e a empresa deve investir constantemente em treinamento para manter a equipe sempre atualizada.

Além disso, quando os modelos de conduta e os negócios empreendedores são apresentados, a organização deve criar um sistema de apoio organizacional forte, aliado a um sistema de incentivos e recompensas para estimular os integrantes das equipes.

Implantar o empreendedorismo corporativo  está permitindo que as empresas aumentem suas capacidades de inovação e competitividade. 

Neste artigo, você conheceu o que é o empreendedorismo corporativo e dicas de como começar a implementá-lo na sua empresa.

Além de se tornar uma empresa inovadora e mais competitiva no mercado, terá colaboradores comprometidos que serão o maior ativo da sua organização. 

O mundo está mudando muito rápido, e, se você não tiver uma postura inovadora, vai acabar ficando pra trás. 

Agora que você já sabe o que é empreendedorismo corporativo, aproveite as dicas de como implementar a cultura empreendedora, e comece a ser uma empresa moderna e alinhada com as tendências atuais!

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio Publicado em: 29 de junho de 2021 Especial: artigos no portal Administradores.com Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/ser-uma-empresa-altamente-competitiva-e-inovadora-são-as-principais-razões-para-investir-no-empreendedorismo-corporativo


Conheça também:

6 dicas para conquistar e manter a autoconfiança ao empreender

                                                                                                         


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Home office X socializar as relações profissionais

Neste ano de 2020 que estamos encerrando, especificamente no intraempreendedorismo, todos nós tivemos que fazer diversas adequações em nossas vidas pessoais e profissionais. E o maior desafio foi, sem dúvida, unir essas duas coisas dentro de um mesmo cômodo: nossa sala de estar.  

Para muitas pessoas, trabalhar de casa sem preparo algum, quase que da noite para o dia, foi absurdamente complexo. Afinal, como trabalhar com seu time, liderar sua equipe, estando 100% remoto? E como lidar com aquela criança de seis anos correndo pela sala, não entendendo muito bem que não estávamos ali para brincar e curtir a tarde de segunda feira em casa?


Passada a fase de adaptação, para alguns, trabalhar de casa significou maior rendimento, mais foco, menos pausas para o cafezinho e consequentemente uma melhora nos negócios.

Para outros, menos pausas para o cafezinho significou menos sugestões, menos criatividade, menos profundidade.

Como tem sido isso para você?


Time “Homeoffice para sempre”!

 


Existem dois times nessa história toda. Vou começar com o time que não sente a menor falta da vida presencial. São aquelas que nem conhecem o termo procrastinação. Que acordam de manhã, se vestem como se estivessem indo para uma reunião com seu cliente mais importante, e começam o dia.

Independente de ter um sofá convidativo na sala ou um bebê sorridente no berço. Elas vão lá e dão o melhor de si. Mesmo que em casa. Sim, essas pessoas existem! Pode ser que você seja uma delas! 

 

E se você gosta de trabalhar em casa, mas não consegue se desapegar de seu vício por micromanaging, saiba que ele não combina com trabalho remoto. Mas ele também não combina com os novos estilos de liderança. Então, separei esse TEDx do Chieh Huang, co-fundador e CEO da Boxed.com para te ajudar a entender que você não precisa passar seus dias olhando por cima dos ombros de ninguém. Dá pra deixar todo mundo livre pra criar e produzir!

 

Estar em casa, para muitas pessoas, significa tranquilidade para criar. Ou sentir maior segurança. E até felicidade, por participar de uma maneira mais ativa, no cotidiano de filhos em uma fase tão complicada como um lockdown. E elas acabaram criando formas criativas de unir as duas coisas. E isso pode ser ótimo, se funcionar para você.


Networking: o lado bom do presencial!

 


Agora um pouco sobre o time que surtou dentro de sua própria casa, porque achou uma tarefa impossível se concentrar em um ambiente que antes era espaço de relaxamento. Ou porque simplesmente precisa estar com uma equipe para trabalhar de forma mais assertiva. 

 

Networking é extremamente importante para que um trabalho flua. Independente da área em que você esteja. Não tem negócio sem troca. Não existe troca sem conversa. 

 

Para muitas pessoas, aplicativos de reunião online como o Zoom não têm a capacidade de extrair o melhor das pessoas. Ou de criar a sensação de proximidade, tão importante na vida do empreendedor corporativo. 

 

E, de fato, é apenas um espaço virtual, sem aperto de mão, sem olho no olho e onde não existe aquele momento pré ou pós reunião, quando o grupo se separa em duplas ou trios e fala-se sobre amenidades, mas também sobre um projeto específico. Pois é nessas horas em que troca acontece. 

 

A vida sem networking é uma vida com menos oportunidades. Isso é uma verdade. E já que o time homeoffice ganhou um presente, deixo aqui esse outro TED, pois há quem acredite que o networking seja uma das mais importantes ferramentas para uma carreira de sucesso. 

 

Não existe time certo ou errado. Existe uma vida em constante adaptação. Faça a melhor escolha para cada situação. E vai dar tudo certo!

 

Bom trabalho e grande abraço.

 

Prof. Adm. Rafael José Pôncio





Conheça também:

Por que é importante se especializar em nicho de negócio?
Entenda a relevância de ser um empreendedor especialista



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

domingo, 19 de junho de 2016

Como usar Andragogia para desenvolver intraempreendedores?

Você já ouviu falar da andragogia? Conheça esse método de aprendizado eficaz e saiba como aplicá-lo no empreendedorismo corporativo e nos negócios.

Como usar Andragogia para desenvolver intraempreendedores?

É fato: adultos não aprendem como as crianças. Então por que tentamos ensiná-los da mesma forma? Para isso existe a andragogia.

Ficou curioso? Descubra como esta metodologia funciona e como aplicá-la na educação empreendedora e dentro das organizações.

O que é Andragogia?

A palavra andragogia vem da junção dos dois termos gregos andros (adulto) e gogos (educar), logo é a educação para adultos em todas as áreas: acadêmico, profissional, política...

A andragogia parte da ideia que diferente das crianças, os adultos já vêm com uma bagagem de conhecimento e experiências que não podem ser ignoradas durante a aprendizagem. 

Esta palavra apareceu pela primeira vez em 1833 no livro Platon’s Erziehungslehre (Ideias Educacionais de Platão) do professor alemão Alexander Kapp.

Mas só ganhou força a partir da década de 70 nas mãos do educador americano Malcolm Knowles, considerado o “Pai da Andragogia”.

Ele que definiu os pilares da aprendizagem de adultos, que comento a seguir.

6 princípios da Andragogia

Conheça as premissas básicas da andragogia:

1.   Necessidade 

Nos tempos da escola muitas vezes nos pegamos refletindo: para que eu vou usar isso?

No ensino para adultos, a resposta deve ser o ponto-chave. Afinal, se você entende para o que determinado conhecimento serve e quais os benefícios que terá, automaticamente aumenta os seus esforços.

2.   Autonomia

Pessoas maduras têm a capacidade de tomar as suas decisões e escolher o que deseja aprender, como e quando. Por isso, a educação para adultos deve considerar estes pontos.

Mesmo assim, vale destacar que nem sempre as pessoas conseguem ter este autoconceito, algumas precisam de uma mãozinha.

3.   Experiência

Como diz o ditado “se aprende melhor fazendo", os adultos já descobriram isso na prática. Então, todo o conhecimento adquirido durante a vida pode enriquecer o aprendizado.

Portanto, na andragogia os estudantes e profissionais são estimulados e trazem relatos de situações que vivenciaram.

4.   Prontidão para a Aprendizagem

Os adultos têm mais vontade de aprender aquilo que está diretamente relacionado com o seu cotidiano, o ajudando a enfrentar as dificuldades do dia-a-dia.

Sendo assim, é fundamental que os objetivos do aluno correspondam com o ensino oferecido.

 5.   Aplicação para a Aprendizagem

Os alunos mais velhos têm mais interesse por assuntos que estejam dentro do seu contexto e que tenham uma aplicação imediata.

Então é fundamental relacionar o conteúdo ao ambiente em que o estudante está inserido.

6.   Motivação

Os adultos são movidos por fatores internos como: autoestima, reconhecimento e qualidade de vida. E por fatores externos como: ganhos financeiros, evolução profissional e network.

No entanto, o que mais toca estes estudantes são as motivações internas, por isso, nem sempre as notas altas são suas prioridades.

Qual a relação da andragogia com o intraempreendedorismo?

Como dito lá em cima, a andragogia pode ser aplicada em diferentes tipos de aprendizagem, dentre elas a profissional.

Isso está muito relacionado à educação empreendedora, pois infelizmente, a maioria das pessoas só terá contato com o empreendedorismo na fase adulta.

Mas como fazer isso?

Seguem táticas para usar esta metodologia no desenvolvimento de empreendedores.

Não seja um professor e sim um facilitador

Para aplicar essa metodologia o primeiro passo é entender que as pessoas não estão ali somente para te escutar, mas sim, para com você chegar a uma solução.

As experiências do seu “aprendiz” são tão importantes quanto o seu conhecimento, por isso, você deve agir mais como um assistente, orientando quando necessário.

Comece aos poucos

Como nós estamos acostumados com o método de ensino utilizado na escola (o pedagógico) uma mudança muito repentina pode causar estranheza e até rejeição.

Por isso é fundamental perceber como as pessoas reagem durante a aprendizagem. Também é muito importante deixar claro para o aluno qual o objetivo daquela atividade.

Estimule o autoconhecimento

Uma das razões que levam uma pessoa a empreender é solucionar uma dor que ela sinta ou que ela percebe que existe na sociedade.

Por exemplo, o motivo que levou o colombiano David Vélez a criar o Nubank foram as altas taxas, atendimentos ruins e excesso de burocracia que ele identificou nos bancos brasileiros.

Então, faz parte da educação empreendedora incentivar que os adultos analisem os problemas que passam e pensem em soluções para eles.

Utilize a gamificação

Gamificação é uma adaptação da palavra em inglês gamification, que é o uso de técnicas comuns em jogos com outros fins.

O objetivo é tornar o processo mais divertido, fazendo com que as pessoas tenham mais interesse, melhorando o aprendizado.

Trazendo para o empreendedorismo, seria apresentar uma dificuldade: a burocracia para abrir um negócio regulado pelo governo. Quem encontrasse a melhor solução ganharia um prêmio.

Mais possibilidades com a andragogia

Existem diversas maneiras de aplicar a andragogia no mundo dos negócios, como facilitar a adaptação de um novo colaborador, melhorar o relacionamento entre a equipe e principalmente utilizar em treinamentos.

Afinal, as capacitações empresariais em muitos casos são vistas pelos colaboradores como cansativas e pouco atrativas, das quais muitos participam apenas quando são “obrigados”.

Parte da culpa vem da forma com que os treinamentos são conduzidos, através do modelo pedagógico em que uma pessoa fala e os outros escutam, sem que os colaboradores participem de forma ativa do processo.

No entanto, ao desenvolver uma capacitação seguindo os princípios da andragogia, a tendência é que os colaboradores fiquem interessados. 

Para isso é importante adaptar o conteúdo para cada parte da empresa.

Por exemplo: em um treinamento sobre comunicação eficaz, a programação para o setor de vendas é diferente da para o setor de recrutamento e assim por diante.

A participação das pessoas precisa ser estimulada, com relatos de situações do cotidiano em que houve falha de comunicação, atividades em grupo e debates para encontrar soluções.

Também é importante mostrar de forma concreta quais os benefícios que uma comunicação assertiva trará para os colaboradores e a empresa como um todo.

 

Como vimos, a aplicação dos princípios da andragogia pode ser muito útil para a educação empreendedora e também como uma maneira de melhorar o ambiente de trabalho.

No entanto, como a metodologia não é tão utilizada pode haver um estranhamento, por isso o ideal é começar gradualmente e sentir como as pessoas reagem.

Bom trabalho e forte abraço!

Adm. Rafael José Pôncio



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.