quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

GERIR RESPONSABILIDADE E ASSISTÊNCIA SOCIAL


A sociedade PÔNCIO GESTORES & ASSOCIADOS reconhece o papel do setor privado na construção de uma sociedade economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente sustentável.

Em Responsabilidade e Assistência Social, a PÔNCIO atua como mantenedora do GERIR, uma Associação Civil que apoia instituições filantrópicas, principalmente aquelas que levem benefício direto à portadores de necessidades especiais e suas famílias, crianças e jovens de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade social.

Propósito:
Impactar a sociedade onde vivemos através das melhores práticas de gestão, para ajudar pessoas desfavorecidas da natureza humana, a fim de obterem a dignidade e o amor à vida.

Visão:
Sermos reconhecidos como gestores competentes nos projetos sócio-econômicos e que produzam processos contínuos úteis à sociedade.
Valores humanos:
-Caridade e Fraternidade;
-União;
-Compromisso Responsável;
-Fé e Perseverança;
-Integridade.
Nosso foco:
Integração social e profissional com educação da gestão e colaborativa.
Conheça a Política de Investimento Social do GERIR e as instituições e projetos relacionados a este trabalho:






  
         

Método de Investimento Social

 

Este método tem como objetivo estabelecer diretrizes de atuação, procedimentos e critérios para a alocação de recursos e/ou prestação de serviço do GERIR RESPONSABILIDADE E ASSISTÊNCIA SOCIAL durante os anos de 2017 à 2021.
O GERIR é responsável pelo uso voluntário e planejado de recursos privados de seus mantenedores em projetos de interesse público. Todo investimento social feito pelo GERIR – seja regular ou não, de caráter financeiro ou de prestação de serviço – será concedido prioritariamente às instituições que atenderem aos requisitos abaixo mencionados e que assumirem o compromisso de atuar em colaboração com seus profissionais.
Com isso, o GERIR reafirma seu compromisso e de seus mantenedores em prestar auxílio profissional, administrativo e/ou financeiro para instituições filantrópicas mantendo a ética e transparência de suas atividades.

Modelos de Atuação

As iniciativas de Investimento Social do GERIR são executadas em cinco modelos distintos, que podem ser também complementares:
  • Doação – Contribuições financeiras mensais geridas pela instituição beneficiada;
  • Investimento Social – Realização de doação, de acordo com a necessidade da instituição a ser beneficiada, desde que a mesma se enquadre nos requisitos descritos neste Método e crie mecanismos de autogestão para evitar que a problemática seja recorrente. Para isso, o GERIR prestará apoio e consultoria;
  • Ações de Captação – Promoção de campanhas da arrecadação de recursos diversos (roupas, alimentos, venda de convites de eventos beneficentes, etc);
  • Prestação de Serviço – De acordo com análise das necessidades e condições da instituição a ser beneficiada, o GERIR presta consultoria em Administração e/ou Marketing, auxilia na implementação de projetos, assim como no monitoramento e avaliação dos resultados;
  • Suporte a Projetos Patrocinados – Análise de projetos existentes e apresentação dos mesmos a empresas que possam vir a patrociná-los ou patrocínio direto do GERIR por meio de cota(s).
Para cada projeto, excetuando-se os denominados doação, será firmado um contrato bilateral, com vínculo entre contribuição e benefício social efetivo.
Todos os projetos devem ser aprovados pelo GERIR RESPONSABILIDADE E ASSISTÊNCIA SOCIAL, que fica responsável pela divulgação dos resultados advindos de suas ações, de forma ampla e transparente.

Diretrizes

Serão priorizadas como instituições beneficiadas aquelas que apresentarem as seguintes características:
  • Benefício direto a portadores de necessidades especiais e suas famílias, crianças e jovens de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade social;
  • Área de atuação voltada a Assistência Social, Cidadania, Direitos Humanos, Desenvolvimento Comunitário, Educação e/ou Saúde;
  • Foco no aprimoramento constante de estratégias e planos de ação, bem como na verificação de resultados, para garantir, mesmo que futuramente - um modelo de gestão sustentável;
  • Capacidade para atender necessidades reais da comunidade a ser beneficiada e gerar resultados relevantes a seus públicos-alvo.
Para participar como beneficiária deste Método, a instituição deve apresentar os seguintes documentos, principalmente nos casos em que o modelo de atuação seja o de Investimento Social:
  1. Dados para cadastramento: razão social, nome fantasia, endereço, telefone, e-mail e contato do responsável;
  2. Nº do CNPJ da instituição;
  3. Dados de conta bancária (vinculada ao CNPJ) para doações em dinheiro;
  4. Cópia do Estatuto da instituição e ata da eleição da última Diretoria;
  5. Serviço prestado e público atendido.
É desejável, também, que as instituições apresentem os documentos listados a seguir, que farão parte do critério de avaliação.
A equipe GERIR não descarta a possibilidade de orientar e dar apoio às instituições que tenham interesse em obter os itens expostos, já que os considera fundamentais para a atuação de organizações de caráter social:
  1. Identidade organizacional (missão, visão e valores);
  2. Estrutura organizacional;
  3. Instituições ou empresas parceiras;
  4. Cópia do Decreto de Utilidade Pública Federal, Estadual ou Municipal (se aplicável);
  5. Cópia do recibo de declaração de isenção do imposto de renda;
  6. Orçamento do ano corrente e fontes de recursos financeiros;
  7. Cronograma, programas e projetos do ano corrente, assim como para médio e longo prazo;
  8. Estratégias de comunicação (interna e externa) e, caso haja, planejamento estratégico em marketing e comunicação;
  9. Balanço social dos últimos dois anos.
São Paulo - SP, 04 de dezembro de 2016.
Adm. Rafael José Pôncio
Líder do Grupo GERIR para gestão 2017 a 2021.


terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Controle estratégico e métodos de avaliação das estratégias



Para obter sucesso nos negócios é necessário um bom planejamento, porém se o mesmo não possui meio de averiguação, seu esforço será em vão. Neste estudo serão apresentados conceitos e exemplos de controle estratégico, métodos de avaliação das estratégias. 

Controle Estratégico


Gestor(a), novamente trago a você a abordagem controle, pois o mesmo deve ser exercido sempre que necessário. Nesse momento veremos o controle dentro do processo do planejamento estratégico. O processo de controle existe basicamente como guia para uma atividade exercida com um fim previamente determinado.

“O controle consiste em um processo que guia a atividade exercida para um fim previamente determinado. A essência do controle reside em verificar se a atividade controlada está ou não alcançando os resultados desejados” (CHIAVENATO, 2003, p.372).

Para que isso aconteça com perfeição é necessário seguir quatro passos. Conforme Chiavenato (2003, pp.372-376), o processo é caracterizado pelo seu aspecto cíclico e repetitivo. O primeiro passo é estabelecer padrões e objetivos a serem alcançados. Existem vários tipos de padrões utilizados para avaliar e controlar os diferentes recursos da organização:
1. Padrões de quantidade: números de colaboradores, etc;
2. Padrões de qualidade: como padrões de qualidade de produção, etc;
3. Padrões de tempo: como permanência média do colaborador na organização, etc;
4. Padrões de custo: como custo de estocagem de matérias-primas, etc.

Gestor(a), no que diz respeito a segunda etapa, a avaliação é necessária para averiguar se os resultados estão sendo atingidos, caso não estejam, faz-se necessário o uso de ações para corrigir o processo. No quarto passo, a ação corretiva tem como propósito manter as operações dentro dos padrões estabelecidos, ou seja, qualquer erro, variações ou desvios devem ser corrigidos para que as operações sejam normalizadas. Sendo assim, a ação corretiva é uma ação administrativa que visa manter o desempenho dentro do nível dos padrões estabelecidos.

Porém, vale lembrar que a implantação de um controle estratégico na organização é orientada pelo estabelecimento de medidas de acompanhamento que possam dar garantias para a avaliação. Seu objetivo primordial é ajudar os gestores na execução dos objetivos. O controle da estratégia significa avaliar os resultados, comparar com o que foi planejado e, se for necessário, tomar ações corretivas para atingir os objetivos propostos. E ainda identificar se todas as etapas anteriores, agora concretizadas, estão sendo adequadas à empresa.

Métodos de Avaliação das Estratégias


O método qualitativo de avaliação de controle estratégico se utiliza de avaliações de forma subjetiva e são obtidas pelas respostas às várias questões, tais como: O posicionamento da empresa perante os concorrentes precisa ser melhorado? Os seus produtos e serviços estão adequados aos clientes? Os recursos de investimentos estão adequados nos níveis tecnológicos, processos e produtos, de forma que possam garantir diferenciação dos concorrentes?

No que diz respeito ao método quantitativo, para controle do desempenho estratégico, podem ser utilizados alguns tipos de avaliações, como: Número de mercadorias vendidas; Participação no mercado.

Não esqueça que as informações são muito importantes no controle estratégico. Elas devem ser confiáveis possíveis, pois elas serão a fonte daqueles que decidirão sobre a escolha de uma estratégia assertiva. Desta forma, as organizações deverão garantir como essas informações serão coletadas, armazenadas e processadas, de tal maneira que o tempo de resposta do controle estratégico seja o menor possível e que possibilite correções de desvios necessários nos processos da administração estratégica.

Controle


Independentemente do tipo de estratégia, o controle é uma função administrativa, é a fase do processo administrativo que mede e avalia o desempenho, e toma a ação corretiva necessária. Perceba que o controle é um processo essencialmente regulatório e possui algumas características básicas identificadas como: nível de decisão, dimensão de tempo e abrangência.

Conforme descrito anteriormente, o controle tem duas finalidades, o apontamento de erros, e correções de falhas. Basicamente, o controle serve para proteger a organização em várias circunstâncias utilizando procedimentos de auditoria e divisão de responsabilidades. Outro aspecto importante dessa ferramenta estratégica é avaliar e dirigir o desempenho das pessoas, por meio de sistemas como desempenho pessoal, supervisão direta, vigilância e registros incluindo informação sobre produção por colaborador  ou perdas com refugo por colaborador.

Não esqueça que a organização deve ser averiguada na totalidade (desempenho global) principalmente em questões básicas, como:
  1. Planejamento estratégico, bem como seus objetivos visando acompanhá-lo e medi-lo, permitir ações corretivas por parte da direção da empresa.
  2. Outro aspecto é a descentralização da autoridade: as unidades tornam-se semiautônomas, porém exigem controles globais capazes de evitar problemas decorrentes da completa autonomia.
  3. Controles globais medem os esforços da empresa como um todo ou de uma área integrada em vez de medir simplesmente parte dela.
Geralmente, os controles têm uma porcentagem significativa na área financeira da empresa em seus mais variados campos de ação: relatórios contábeis, controle de ganhos ou perdas e análises de retornos.

Controles nos Níveis Institucionais


No que diz respeito aos níveis institucionais, temos: o controle tático que é exercido no nível intermediário das empresas. Ele aborda as unidades da empresa, exemplo: um departamento ou cada conjunto de recursos tomados isoladamente. Sendo assim, os executivos devem estabelecer os objetivos de nível institucional, elaborar os planos de nível intermediário, reunir os recursos necessários e procedimentos para que os mesmos possam assegurar que o desempenho da execução corresponda aos planos.

O executivo no nível intermediário necessita desenvolver seu processo de controle que envolve as quatro fases seguintes: Estabelecimento de padrões; Avaliação de resultados; Comparação dos resultados com os padrões; Ação corretiva quando ocorrem desvios ou variâncias. Observe esses padrões, veja que os mesmos já foram apresentados, confirmando os parâmetros para o controle. Porém, vamos nos aprofundar mais um pouco nesse contexto.

Estabelecendo Padrões


O estabelecimento de padrões depende dos objetivos, especificações e resultados do processo do planejamento. Os padrões fornecem parâmetros que deverão balizar o funcionamento do sistema. As decisões são estabelecidas no decorrer do processo do planejamento. Para isso, o padrão fornece os critérios para medir o desempenho e avaliar os resultados, porém no nível intermediário os padrões são estabelecidos por objetivos departamentais.

Outro item de controle é a avaliação de resultados que se baseia nas informações colhidas durante os planos de ação ou da operação dos programas, o objetivo é avaliar resultados dentro de limites previstos para garantir o que foi determinado. A descentralização administrativa influencia poderosamente o controle: à medida que aumenta a descentralização, deve haver alguma modificação nos controles da empresa.

Gestor(a), quando as decisões são centralizadas, geralmente se estabelece padrões, métodos e resultados de cada fase do trabalho, a frequência com que são feitas as avaliações também muda com a descentralização. Outro item do controle é a comparação de resultados que proporciona a informação a respeito da qualidade, quantidade, do tempo, custos das atividades de cada departamento da organização. O processo de comparação repousa na mensuração, na variância e no princípio da exceção, que são os seus três elementos essenciais. 

Controle no Nível Tático


Outros aspectos são os tipos de controles táticos, identificados por: controle orçamentário, orçamento-programa, contabilidade de custos.

Importante lembrar que a contabilidade é indispensável nos controles estratégicos, essa contabilidade aloca os custos em alguma unidade base, como produtos, serviços etc. As classificações são: Custos fixos: são os custos que independem do volume de produção ou do nível de atividade da empresa. Custos variáveis: são os custos que estão diretamente relacionados com o volume de produção ou com o nível de atividade da empresa. A partir dos custos fixos e variáveis, pode-se calcular o chamado “ponto de equilíbrio”, isto é, o ponto em que não há prejuízo nem lucro.

Controle no Nível Operacional


No que diz respeito aos controles em seus níveis organizacionais temos o último conhecido como controle operacional, o mesmo é realizado no nível da execução das operações, que é uma maneira de controlar as tarefas e operações desempenhadas pelo pessoal não administrativo da empresa. O controle operacional é bem específico no que diz respeito a tarefas e operações: o tempo é de curto prazo, e trabalha com objetivos imediatos, a avaliação operacional e seu sistema é mais voltado para realidade do dia a dia da empresa.

O controle operacional possui quatro fases. Segundo Chiavenato (2003), a primeira seria o estabelecimento de padrões que representam a base do controle operacional e é uma norma ou critério que serve para a avaliação. É o ponto de referência para aquilo que será feito. A segunda fase é a avaliação do desempenho que serve para averiguar o que está sendo feito, a execução do que foi determinado. A terceira fase é a comparação do desempenho com aquilo que foi previamente estabelecido como padrão, para verificar se há desvio ou variação.

Ação Corretiva e Ação Disciplinar


Na quarta fase temos a ação corretiva e ação disciplinar. A ação corretiva consiste em melhorar e adequar ao padrão estabelecido, sua função básica de controle é eliminar as variáveis significativas no desempenho atual com o desempenho desejado. A ação corretiva incide geralmente sobre a própria tarefa ou operação, visa colocar as coisas em ordem. No que diz respeito a ação disciplinar, seu propósito é diminuir a discrepância entre os resultados atuais e os resultados esperados. A ação positiva toma a forma de encorajamento, recompensas, elogios, treinamento adicional ou orientação. A ação negativa inclui o uso de advertências, castigos, admoestações e até mesmo desligamentos da empresa.

O controle é uma ferramenta indispensável nas organizações, principalmente no que diz respeito às estratégias. Não podemos esquecer que uma estratégia deve ser avaliada e controlada, pois somente assim podemos ter certeza de sua eficiência. Uma estratégia sem critérios, parâmetros, pode ser um tiro que sai pela culatra, a organização em questão pode ser a vítima, pois o mercado é muito competitivo e as organizações necessitam ser singulares com um diferencial competitivo modelo.

"Seja diferente dos demais competidores, porém não deixe de analisá-los de forma correta e precisa, pois a concorrência pode e deve ser um estímulo àqueles que almejam o sucesso".

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 11 de novembro de 2016
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: 
https://administradores.com.br/artigos/controle-estrategico-e-metodos-de-avaliacao-das-estrategias


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

O que é estratégia?



Amigo(a) Gestor(a), perceba que para todo objetivo existe um estratégia relacionada. Da mesma forma que os objetivos, a estratégia precisa ser clara, curta e bem definida. De modo geral, estratégia é o caminho que será percorrido ou o que deverá ser feito, não significa o “como fazer”, mas sim “o que fazer”. Segundo Camargo e Dias (2003), um dos primeiros usos do termo estratégia foi feito há aproximadamente 3.000 anos pelo general chinês Sun Tzu, que afirmava que “todos os homens podem ver as táticas pelas quais eu conquisto, mas o que ninguém consegue ver é a estratégia a partir da qual grandes vitórias são obtidas”.

Conceitualmente, estratégia pode ser definida de várias maneiras. Vejamos o que nos dizem alguns estudiosos da área:
Segundo Pasquale (2012, p.107), para alcançar os objetivos é necessário determinar qual a estratégia a ser adotada. Ainda, as estratégias consistem nas ações que a organização deve realizar para atingir seus objetivos. São estabelecidas com base nos objetivos a alcançar e influenciadas pela missão, visão, crenças e valores, microambiente e situação da organização.

Já para Oliveira (2004, p.424), estratégia é caminho, maneira, ou ação formulada e adequada para alcançar preferencialmente, de maneira diferenciada, os objetivos e desafios estabelecidos, no melhor posicionamento da empresa perante o seu ambiente. Para Porter (1996, p.68): “Estratégia é a criação de uma posição única valiosa, envolvendo um conjunto diferente de atividades”.

A seleção, implementação e decisões estratégicas

Conforme Moreira (2008, pp.4-5), essa seleção de estratégias deve considerar os cenários ambientais que representam as oportunidades e as ameaças, bem como “1. A vantagem competitiva da empresa. 2. A missão, a visão e os objetivos organizacionais. 3. O relacionamento com outras estratégias. 4. O fato de ser factível. É preciso notar que a um objetivo podem corresponder diversas estratégias e que uma estratégia pode atender simultaneamente diferentes objetivos”.

Vale ressaltar que a formulação e implementação da estratégia faz parte de um processo que envolve algumas tomadas de decisões relativas ao negócio, como: produto, serviço, praça, promoção, clientes, posicionamento, marca etc. Para que essas decisões possam ser duradouras e mantenham um relacionamento com o futuro, os gestores necessitam averiguar onde a empresa está inserida, ou seja, verificar macro e microambiente da empresa. De certa forma, essa análise já foi realizada na definição dos objetivos, porém é necessária uma releitura da mesma sob a ótica estratégica.

As decisões estratégicas para um determinado mercado são tomadas em fases, a primeira pode ser destinada a identificar ameaças e oportunidades que envolvem a empresa, tanto no presente quanto no futuro (o Diagnóstico Externo). A segunda fase é a identificação dos pontos fortes e fracos que a empresa revela, quando comparada com a concorrência (o Diagnóstico Interno). Sendo assim, tais conclusões retiradas destes diagnósticos baseados nos ambientes de uma empresa vão auxiliar e condicionar as fases seguintes do processo que são: segmentação do mercado; - análise dos segmentos do mercado; - escolha dos segmentos-alvo que a empresa pretende atacar; - definição da ação comercial a implementar nesses segmentos; - definição dos objetivos de desenvolvimento a atingir.

Tipos de estratégia

Existe uma infinidade de conceitos de estratégia, aplicados constantemente nas empresas. A escolha da melhor estratégia dependerá do propósito dos objetivos, que se pretenda atingir.



No planejamento as estratégias são decorrentes do encontro de necessidades e objetivos, porém tudo será um desperdício de tempo se os gestores não assumirem uma atitude estratégica. Conforme Chiavenato (2003, p.44), “a atitude estratégica é o compromisso que assegura a utilização da melhor maneira possível dos resultados anteriores do planejamento estratégico”.

Poderíamos relacionar outros aspectos, porém o objetivo do exemplo é demonstrar a aplicabilidade do conceito objetivo e do conceito estratégia. Não esqueça que estratégias são utilizadas para obtenção de propósitos!

Etapas da estratégia

A estratégia faz parte de um processo. Ela pode ser definida como processo estratégico ou o processo do planejamento estratégico. O mesmo representa o resultado acumulativo de um longo caminho e etapas. Existe um modelo de processo que possui cinco etapas, tais itens são fundamentais no processo do planejamento e da gestão estratégica. Como já vimos, para fazer planejamento é necessário um aprofundamento na organização em vários aspectos. Desta forma, verificaremos alguns pontos-chaves do processo estratégico, vale lembrar que tal modelo já faz parte do processo do planejamento estratégico.

Etapa I - Concepção estratégica/Intenção estratégica
Segundo Chiavenato (2003, pp.72-73), “representa a alavancagem de todos os recursos internos, capacidades e competências essenciais de uma organização com a finalidade de cumprir suas metas no ambiente competitivo”. Para ele, o nascimento de uma organização vem da vontade de seus fundadores trazendo com eles suas crenças e também alguma necessidade do mercado a ser satisfeita e de compradores que saberão valorizar o que a organização faz. Sendo assim, em torno dessas vontades e crenças, há uma intenção estratégica que é o combustível indispensável e o impulso inicial para tornar a organização bem-sucedida na busca de seus resultados.

Etapa II – Gestão do conhecimento estratégico
O diagnóstico externo pode ser definido como análise ambiental ou autoria de posição. É a forma que a empresa faz o mapeamento e a análise das forças competitivas que existem no ambiente. O objetivo desse diagnóstico estratégico externo é identificar os indicadores de tendências, avaliar o ambiente de negócio, a evolução setorial, analisar a concorrência e entender os grupos estratégicos.

Diagnóstico interno - da mesma forma que é fundamental o mapeamento externo, é indispensável o mapeamento interno, pois a análise de um único ambiente pode deixar algumas lacunas no processo, por isso é indispensável conhecer profundamente a organização, suas potencialidades e suas fragilidades. O diagnóstico estratégico da organização busca fazer uma avaliação competitiva, levando em conta seus recursos organizacionais, a arquitetura organizacional utilizada, seu arsenal de competências essenciais, bem como a cadeia de valor e os sistemas de valores utilizados.

No que diz respeito à construção de cenários é possível afirmar que os executivos em seu dia a dia enfrentam grandes dilemas para o futuro. Na atualidade, o questionamento não é executar, mas sim decidir o que executar. Partindo dos cenários, é possível preparar-se para decisões promissoras, pois ao identificarmos essas implicações pode-se ter alguma confiança para buscar melhores planos. Conforme Chiavenato (2003, pp.175 e 176), “as decisões que fazem sentido somente para um cenário são perigosas e podem ser armadilhas. O poder dos cenários é permitir que nos preparemos entendendo as incertezas e o que elas possam significar”.

Etapa III – Formulação estratégica/Planejamento estratégico
Como descrito anteriormente, em um meio ambiente caracterizado por constantes mudanças, muitas empresas em seus mais variados tamanhos costumam antecipar providências necessárias para mudar suas políticas até chegarem a um declínio grave ou até mesmo a uma crise. Tais decisões necessitam de interação, reflexão intuitiva e desenvolvimento cooperativo de novos modelos mentais, ou seja, quanto mais aprofundadas as simulações, maiores as possibilidades, pois quanto mais se estimulam a imaginação e o aprendizado, melhor.

Para Chiavenato (2003, p.207), “o processo de planejamento estratégico requer que se aprenda a construção de modelos para chegar à fase da tomada de decisão”. Sendo assim, após esses constantes exercícios de elaborar cenários de futuros plausíveis, “a organização deve decidir o que representa ameaça ou oportunidade e cruzar essas decisões para avaliar quais seriam seus pontos fortes e fracos”.

Modelos dinâmicos de concorrência: é evidente que os cenários estão em constante evolução e transformação e assim é possível afirmar que os mesmos são competitivos. Podemos dizer que as organizações estão inseridas em um cenário extremo, complexo e dinâmico e cada uma delas necessita ocupar seus lugares e atingirem seus objetivos.

Para isso é necessário um profundo conhecimento dos pontos fortes e fracos dos concorrentes e de suas ações mais prováveis para formularmos as condições estratégicas. Veja a importância desse conhecimento aprofundado de concorrentes, essa análise auxilia e leva a descobrir o grupo de clientes para os quais podemos ter uma vantagem competitiva em relação à concorrência.
  
Etapa IV – Após as análises se faz necessária a implementação da estratégia 
Gestor(a), toda mudança é difícil porém quando os objetivos são bem determinados, o processo mesmo sendo simples ainda necessita de grande empenho da equipe envolvida. O processo de implementação dos planos estratégicos prevê as etapas a seguir:
1) Estabelecer senso de urgência;
2) Formar uma forte coalizão;
3) Criar uma clara visão;
4) Comunicar a visão compartilhada;
5) Dar poder;
6) Obter vitórias de curto prazo;
7) Consolidar as vitórias iniciais e aprofundar o processo;
8) Institucionalizar a nova abordagem e cultura.

A tática como complemento da estratégia

Outro aspecto que podemos abordar nas estratégias são as táticas ou ações que serão desenvolvidas. Conforme Herrera (2007), a estratégia se completa por meio das táticas que, por sua vez, viabilizam-se mediante medidas operacionais levadas à termo nos nichos funcionais da empresa formando a cadeia de resultado.

A estratégia seria um conjunto de medidas abrangentes de tempo futuro que visam uma vantagem competitiva. Pode ser considerada como um aglutinado de esforços com objetivo de influenciar, encantar, seduzir, conquistar, subjugar, impactar, transformar etc. No que diz respeito aos aspectos mercadológicos o consumidor é o alvo da disputa e a estratégia tem como propósito alterar sua percepção de um determinado negócio de forma favorável.

Em relação à tática, a mesma assume características visíveis, pontuais, circunstanciais nas determinadas áreas ou situações específicas. No que diz respeito aos aspectos mercadológicos temos: melhorias na qualidade (processos), excelência no atendimento (vendas, AT), pronta disponibilidade de bens (logística) etc. Temos ainda como exemplo de medidas operacionais de ordem tática: internalização de nova tecnologia (equipamentos computadorizados), implementação de metodologia (sistema ISO, qualidade contínua), racionalização de produtos (P&D), modificação de portfólio (inovação), melhoria das competências (D&T) etc.


Para fechar o assunto estratégia, formulação estratégica, processo do planejamento estratégico e compreender o conteúdo apresentado, observe que tudo parte de um propósito (objetivos) básico ou complexo, dependendo das intenções organizacionais (níveis organizacionais), determina-se uma escolha do que fazer (estratégias) e finalmente o que fazer (planejamento tático e operacional).

Leia também sobre: O que é Objetivo?

Os detalhes encontrados em cada item apresentado são de extrema importância para a formulação de objetivos e estratégias, não esqueça que esses são alguns modelos existentes entre uma infinidade de estudos da área de planejamento estratégico. Você pode construir um sistema de trabalho, basta ficar sempre atento em detalhes indispensáveis para a formulação de objetivos e suas respectivas estratégias.

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 09 de novembro de 2016
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/o-que-e-estrategia


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.