Para obter sucesso nos negócios é necessário um bom planejamento, porém se o mesmo não possui meio de averiguação, seu esforço será em vão. Neste estudo serão apresentados conceitos e exemplos de controle estratégico, métodos de avaliação das estratégias.
Controle Estratégico
Gestor(a), novamente trago a você a abordagem controle, pois o mesmo
deve ser exercido sempre que necessário. Nesse momento veremos o
controle dentro do processo do planejamento estratégico. O processo de
controle existe basicamente como guia para uma atividade exercida com um
fim previamente determinado.
“O controle consiste em um processo que guia a atividade exercida para
um fim previamente determinado. A essência do controle reside em
verificar se a atividade controlada está ou não alcançando os resultados
desejados” (CHIAVENATO, 2003, p.372).
Para que isso aconteça com
perfeição é necessário seguir quatro passos. Conforme Chiavenato (2003,
pp.372-376), o processo é caracterizado pelo seu aspecto cíclico e
repetitivo. O primeiro passo é estabelecer padrões e objetivos a serem
alcançados. Existem vários tipos de padrões utilizados para avaliar e
controlar os diferentes recursos da organização:
1. Padrões de
quantidade: números de colaboradores, etc;
2. Padrões de qualidade: como
padrões de qualidade de produção, etc;
3. Padrões de tempo: como
permanência média do colaborador na organização, etc;
4. Padrões de custo:
como custo de estocagem de matérias-primas, etc.
Gestor(a), no que diz
respeito a segunda etapa, a avaliação é necessária para averiguar se os
resultados estão sendo atingidos, caso não estejam, faz-se necessário o
uso de ações para corrigir o processo. No quarto passo, a ação corretiva
tem como propósito manter as operações dentro dos padrões
estabelecidos, ou seja, qualquer erro, variações ou desvios devem ser
corrigidos para que as operações sejam normalizadas. Sendo assim, a ação
corretiva é uma ação administrativa que visa manter o desempenho dentro
do nível dos padrões estabelecidos.
Porém, vale lembrar que a
implantação de um controle estratégico na organização é orientada pelo
estabelecimento de medidas de acompanhamento que possam dar garantias
para a avaliação. Seu objetivo primordial é ajudar os gestores na
execução dos objetivos. O controle da estratégia significa avaliar os
resultados, comparar com o que foi planejado e, se for necessário, tomar
ações corretivas para atingir os objetivos propostos. E ainda
identificar se todas as etapas anteriores, agora concretizadas, estão
sendo adequadas à empresa.
Métodos de Avaliação das Estratégias
O método qualitativo de
avaliação de controle estratégico se utiliza de avaliações de forma
subjetiva e são obtidas pelas respostas às várias questões, tais como: O
posicionamento da empresa perante os concorrentes precisa ser
melhorado? Os seus produtos e serviços estão adequados aos clientes? Os
recursos de investimentos estão adequados nos níveis tecnológicos,
processos e produtos, de forma que possam garantir diferenciação dos
concorrentes?
No que diz respeito ao
método quantitativo, para controle do desempenho estratégico, podem ser
utilizados alguns tipos de avaliações, como: Número de mercadorias
vendidas; Participação no mercado.
Não esqueça que as
informações são muito importantes no controle estratégico. Elas devem
ser confiáveis possíveis, pois elas serão a fonte daqueles que decidirão
sobre a escolha de uma estratégia assertiva. Desta forma, as
organizações deverão garantir como essas informações serão coletadas,
armazenadas e processadas, de tal maneira que o tempo de resposta do
controle estratégico seja o menor possível e que possibilite correções
de desvios necessários nos processos da administração estratégica.
Controle
Independentemente do tipo de
estratégia, o controle é uma função administrativa, é a fase do processo
administrativo que mede e avalia o desempenho, e toma a ação corretiva
necessária. Perceba que o controle é um processo essencialmente
regulatório e possui algumas características básicas identificadas como:
nível de decisão, dimensão de tempo e abrangência.
Conforme descrito
anteriormente, o controle tem duas finalidades, o apontamento de erros, e
correções de falhas. Basicamente, o controle serve para proteger a
organização em várias circunstâncias utilizando procedimentos de
auditoria e divisão de responsabilidades. Outro aspecto importante dessa
ferramenta estratégica é avaliar e dirigir o desempenho das pessoas,
por meio de sistemas como desempenho pessoal, supervisão direta,
vigilância e registros incluindo informação sobre produção por colaborador ou perdas com refugo por colaborador.
Não esqueça que a organização deve ser averiguada na totalidade (desempenho global) principalmente em questões básicas, como:
- Planejamento estratégico, bem como seus objetivos visando acompanhá-lo e medi-lo, permitir ações corretivas por parte da direção da empresa.
- Outro aspecto é a descentralização da autoridade: as unidades tornam-se semiautônomas, porém exigem controles globais capazes de evitar problemas decorrentes da completa autonomia.
- Controles globais medem os esforços da empresa como um todo ou de uma área integrada em vez de medir simplesmente parte dela.
Geralmente, os controles
têm uma porcentagem significativa na área financeira da empresa em seus
mais variados campos de ação: relatórios contábeis, controle de ganhos
ou perdas e análises de retornos.
Controles nos Níveis Institucionais
No que diz respeito aos níveis
institucionais, temos: o controle tático que é exercido no nível
intermediário das empresas. Ele aborda as unidades da empresa, exemplo:
um departamento ou cada conjunto de recursos tomados isoladamente. Sendo
assim, os executivos devem estabelecer os objetivos de nível
institucional, elaborar os planos de nível intermediário, reunir os
recursos necessários e procedimentos para que os mesmos possam assegurar
que o desempenho da execução corresponda aos planos.
O executivo no nível
intermediário necessita desenvolver seu processo de controle que envolve
as quatro fases seguintes: Estabelecimento de padrões; Avaliação de
resultados; Comparação dos resultados com os padrões; Ação corretiva
quando ocorrem desvios ou variâncias. Observe esses padrões, veja que os
mesmos já foram apresentados, confirmando os parâmetros para o
controle. Porém, vamos nos aprofundar mais um pouco nesse contexto.
Estabelecendo Padrões
O estabelecimento de padrões
depende dos objetivos, especificações e resultados do processo do
planejamento. Os padrões fornecem parâmetros que deverão balizar o
funcionamento do sistema. As decisões são estabelecidas no decorrer do
processo do planejamento. Para isso, o padrão fornece os critérios para
medir o desempenho e avaliar os resultados, porém no nível intermediário
os padrões são estabelecidos por objetivos departamentais.
Outro item de controle é a
avaliação de resultados que se baseia nas informações colhidas durante
os planos de ação ou da operação dos programas, o objetivo é avaliar
resultados dentro de limites previstos para garantir o que foi
determinado. A descentralização administrativa influencia poderosamente o
controle: à medida que aumenta a descentralização, deve haver alguma
modificação nos controles da empresa.
Gestor(a), quando as
decisões são centralizadas, geralmente se estabelece padrões,
métodos e resultados de cada fase do trabalho, a frequência com que são
feitas as avaliações também muda com a descentralização. Outro item do
controle é a comparação de resultados que proporciona a informação a
respeito da qualidade, quantidade, do tempo, custos das atividades de
cada departamento da organização. O processo de comparação repousa na
mensuração, na variância e no princípio da exceção, que são os seus três
elementos essenciais.
Controle no Nível Tático
Outros aspectos são os tipos de
controles táticos, identificados por: controle orçamentário,
orçamento-programa, contabilidade de custos.
Importante lembrar que a
contabilidade é indispensável nos controles estratégicos, essa
contabilidade aloca os custos em alguma unidade base, como produtos,
serviços etc. As classificações são: Custos fixos: são os custos que
independem do volume de produção ou do nível de atividade da empresa.
Custos variáveis: são os custos que estão diretamente relacionados com o
volume de produção ou com o nível de atividade da empresa. A partir dos
custos fixos e variáveis, pode-se calcular o chamado “ponto de
equilíbrio”, isto é, o ponto em que não há prejuízo nem lucro.
Controle no Nível Operacional
No que diz respeito aos
controles em seus níveis organizacionais temos o último conhecido como
controle operacional, o mesmo é realizado no nível da execução das
operações, que é uma maneira de controlar as tarefas e operações
desempenhadas pelo pessoal não administrativo da empresa. O controle
operacional é bem específico no que diz respeito a tarefas e operações: o
tempo é de curto prazo, e trabalha com objetivos imediatos, a avaliação
operacional e seu sistema é mais voltado para realidade do dia a dia da
empresa.
O controle operacional
possui quatro fases. Segundo Chiavenato (2003), a primeira seria o
estabelecimento de padrões que representam a base do controle
operacional e é uma norma ou critério que serve para a avaliação. É o
ponto de referência para aquilo que será feito. A segunda fase é a
avaliação do desempenho que serve para averiguar o que está sendo feito,
a execução do que foi determinado. A terceira fase é a comparação do
desempenho com aquilo que foi previamente estabelecido como padrão, para
verificar se há desvio ou variação.
Ação Corretiva e Ação Disciplinar
Na quarta fase temos a ação
corretiva e ação disciplinar. A ação corretiva consiste em melhorar e
adequar ao padrão estabelecido, sua função básica de controle é eliminar
as variáveis significativas no desempenho atual com o desempenho
desejado. A ação corretiva incide geralmente sobre a própria tarefa ou
operação, visa colocar as coisas em ordem. No que diz respeito a ação
disciplinar, seu propósito é diminuir a discrepância entre os resultados
atuais e os resultados esperados. A ação positiva toma a forma de
encorajamento, recompensas, elogios, treinamento adicional ou
orientação. A ação negativa inclui o uso de advertências, castigos,
admoestações e até mesmo desligamentos da empresa.
O controle é uma
ferramenta indispensável nas organizações, principalmente no que diz
respeito às estratégias. Não podemos esquecer que uma estratégia deve
ser avaliada e controlada, pois somente assim podemos ter certeza de sua
eficiência. Uma estratégia sem critérios, parâmetros, pode ser um tiro
que sai pela culatra, a organização em questão pode ser a vítima, pois o
mercado é muito competitivo e as organizações necessitam ser singulares
com um diferencial competitivo modelo.
"Seja diferente dos demais competidores, porém não deixe de analisá-los
de forma correta e precisa, pois a concorrência pode e deve ser um
estímulo àqueles que almejam o sucesso".
Bom trabalho e grande abraço.
Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 11 de novembro de 2016
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/controle-estrategico-e-metodos-de-avaliacao-das-estrategias
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