sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

As 8 estratégias de marketing digital que grandes ou pequenas empresas usam


A Internet não é algo novo. Todos já utilizamos mensagerias, e-mails, acessamos sites, compramos em lojas virtuais, e muitos de nós utilizam redes sociais, como o Facebook, Linkedin ou o Twitter. Mas como algo que incorporamos a nossas vidas de forma tão rápida, esquecemos às vezes que a Internet é usada também por nossos clientes e consumidores.

Muito se discute na atualidade não somente sobre a internet como novo meio de comunicação, mas também como ferramenta de pesquisa de mercado e um novo canal comercial. Uma pesquisa da F/Radar (2016), realizada pelo instituto Datafolha e a agência F/Nazca Saatchi & Saatchi, mostra o quanto a internet penetrou no nosso dia a dia:
  • no Brasil, temos 96 milhões de usuários na internet com idade superior a 12 anos;
  • 52 milhões de brasileiros acessam internet móvel (celular, tablets, entre outros dispositivos móveis);
  • 29% dos internautas fizeram compras pela internet no último ano;
  • 46% compraram em lojas virtuais que não possuem lojas físicas.
Ao mesmo tempo, temos várias empresas que ainda não estão inseridas nesse novo cenário por se tratar de algo muito novo. Muitos executivos ficaram espantados com o avanço tecnológico das últimas décadas, que fez de um futuro que imaginávamos na década de 1980 uma realidade: comunicação via vídeo, distâncias cada vez menores, aparelhos interligados, informação na palma da mão, entre outros.

Um exemplo fácil dessa mudança é a extinção das listas telefônicas comerciais, os famosos guias e paginas amarelas, mas, hoje em dia, se precisamos de um serviço, pesquisamos no Google e entramos em contato com os que aparecerem na primeira página.

Nessa realidade, o profissional de marketing deve entender e analisar o mercado e seu consumidor, incluindo em seu planejamento estratégias e a utilização de ferramentas digitais.

Martins (2015), quando sugere um modelo de planejamento de marketing digital, apresenta oito estratégias que as empresas (grandes ou pequenas) podem aplicar na internet: marketing de conteúdo, marketing nas mídias sociais, marketing viral, e-mail marketing, publicidade online, pesquisa online, mobile marketing e monitoramento.

Marketing de conteúdo

Como já exemplificado anteriormente, estar bem posicionado nos buscadores (Google, Bing e Yahoo) aumenta as chances de o cliente encontrar a marca na rede. A geração de conteúdo, além de tornar a marca relevante na internet, ajuda a divulgar o produto/serviço de uma forma sutil e poderosa. O marketing de conteúdo nada mais é do que a criação de conteúdos, matérias, artigos, entre outros, que as marcas devem criar na internet. Por exemplo, a criação de um blog torna-se essencial para uma empresa que gera conteúdo, a marca não deve pensar apenas nos seus produtos ou serviços, mas sim em informações e artigos relevantes.

Marketing nas mídias sociais

Para atrair mais atenção e cativar o consumidor online, as marcas devem pensar em ações que visem criar relacionamento entre a marca e o público-alvo. Os consumidores estão nas redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram, etc.), assim as marcas também devem estar nesse ambiente interagindo e impactando seus clientes. O interessante nesse tipo de estratégia é criar um relacionamento entre o cliente e marca.

Marketing viral

É o conjunto de ações de marketing digital que visam criar repercussão para sua mensagem, o chamado buzz ou boca a boca (TORRES, 2010): de uma para milhares ou milhões de pessoas. É uma poderosa ferramenta que permite atingir muitas pessoas na Internet e propagar sua mensagem.

E-mail marketing

É basicamente como o marketing direto, visa estabelecer um contato direto com o consumidor, passando para ele a sua mensagem por meio de um banco de e-mails. A lista pode ser dos clientes que a empresa já possui, dos contatos pessoais ou, até mesmo, uma lista comprada de e-mails segmentados.

Publicidade online

A publicidade online envolve várias mídias e tecnologias como banners, banners interativos, podcasts, vídeos, widgets e jogos online. Além disso, a comercialização, em alguns casos, é muito distribuída e nem sempre você estará pagando pela publicação. Devemos analisar, principalmente, que o público de cada mídia é muito diferente e, nem sempre, bem estabelecido ou fácil de determinar.

Pesquisa online

A grande maioria dos consumidores afirma que pesquisa na internet sobre o produto antes de realizar uma compra (MARTINS, 2015), essas pesquisas são feitas em buscadores como Google, Bing e Yahoo. Analisar e desenvolver ferramentas seguindo os conceitos de S.E.M. (do inglês, Search Engine Marketing) e de S.E.O (do inglês, Search Engine Optimization) auxiliam a melhorar o posicionamento nos buscadores da marca na web.

Mobile Marketing

É cada vez maior o número de dispositivos móveis que acessam a internet. Entende-se por dispositivos móveis os aparelhos eletrônicos móveis, por exemplo, smartphones, notebooks e tablets. Baseado nisso, o profissional da área de marketing digital deve, desde já, preparar-se com ferramentas e estratégias para essas novas plataformas de comunicação.

Monitoramento

Um dos pontos interessantes da internet é que se consegue mensurar exatamente o retorno que uma ação trouxe (cliques, visualizações, compras etc.), para isso, deve-se pensar em ferramentas de monitoramento e mensuração dos resultados.

Para concluir, é importante refletir sobre quantas estratégias podem ser utilizadas no ambiente digital. Muitos profissionais, ao pensar em marketing digital, acabam concentrando seus esforços em redes sociais (Facebook, por exemplo). Porém uma campanha digital deve contemplar: ter um site moderno, estar bem localizado nos buscadores, apresentar conteúdo relevante, trabalhar relacionamento via e-mail marketing, entre outras estratégias de marketing digital que vimos anteriormente.

Pensar em marketing digital é pensar amplo, é planejar sua comunicação e vendas de forma estratégica e não apenas focar em uma ferramenta de uma grande gama de ações que é possível executar graças à Internet e à Tecnologia.

Nós, como profissionais das mais diversas áreas de mercado, também somos consumidores. Compramos produtos, contratamos serviços e consumimos conteúdo pelas mídias, seja pelas tradicionais, seja pela internet.

Você já reparou como as marcas utilizam esses canais para nos impactar com sua comunicação? Se reparar, cada mídia tem um formato, apelo e conversa diferente conosco, mas todas utilizam a comunicação integrada de marketing. Utilizar vários canais para promover sua marca é importante, mas, mais importante que isso, é manter um padrão de comunicação, seja pela cor, argumento ou anúncio. Integrar e manter um padrão em toda a comunicação da empresa são reforçadores necessários nos dias atuais.
  
Bom trabalho e Grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 01 de dezembro de 2019
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/as-8-estratégias-de-marketing-digital-que-grandes-ou-pequenas-empresas-usam


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domingo, 15 de dezembro de 2019

A composição do ambiente Organizacional



O ambiente de uma organização pode ser explicado das mais diversas formas. Existem autores que dividem o ambiente em macro e micro; outros que tratam como sistemas, alegorias e simbologias e, também alguns que preferem classificá-lo em interno e externo. Faz-se necessário mencionar estes pontos, pois em leituras e pesquisas futuras você pode se deparar com estas terminologias.

Aqui compreenderemos o ambiente organizacional como sendo um conjunto de elementos que integram o contexto da organização, que são: a estrutura física, as tecnologias, os costumes, as capacidades produtivas, os colaboradores e o conhecimento. Elementos estes que são influenciados por aspectos nem sempre perceptíveis facilmente por sua concepção simbólica, como a cultura e o clima organizacional.

Para melhor compreensão, vamos dividir o ambiente organizacional em três dimensões diferentes: o Indivíduo, Os Grupos de Trabalho - GT, a cultura organizacional. Estas três dimensões se inter-relacionam e interdependem, de forma que haja harmonia nesta troca.

O Indivíduo


Sabemos que cada indivíduo é um ser dotado dos mais diferentes costumes, valores, percepções, ideologias etc. Cada pessoa tem a sua maneira de pensar, as suas opiniões e convicções sobre os fatos e contextos com os quais têm contato e as suas competências. E, a partir do momento em que estes indivíduos passam a integrar uma organização, essas características pessoais não se perdem.

O que pode ocorrer é que em alguns casos as características individuais se transformam por influência do ambiente organizacional em que a pessoa atua, como também podem influenciar este ambiente alterando os seus aspectos. Percebe, então, a relação de reciprocidade que falamos anteriormente?

Notamos que as pessoas ao serem contratadas por uma organização, não deixam de lado as suas características individuais, mas sim buscam formas de conectar tais características com o ambiente do qual começam a fazer parte. A atuação dos gestores da organização faz-se de suma importância, pois a forma como a pessoa é integrada e é conduzida na estrutura organizacional, pode ser determinante para as suas perspectivas futuras.

Infelizmente, o que se percebe é que muitas organizações por meio de seus gestores, que neste caso se mostram despreparados para tal função, acabam por invadir o “espaço” individual de seus colaboradores, fazendo com que eles incorporem os valores e diretrizes da organização em detrimento de seus próprios valores e convicções.

Reafirma-se que é necessário alinhar objetivos organizacionais com individuais, pois somente assim, os resultados alcançados beneficiarão a ambos (pessoas e organização). Mas como esta integração torna-se possível? Por meio do emprego adequado das práticas de gestão de pessoas. Por exemplo, o modelo de gestão de pessoas baseado em Competências, seria uma forma de alcançar tal feito. 

É necessário valorizar as características individuais dos colaboradores pelos mais diversos aspectos, dentre os quais se destacam:
  1. Cada indivíduo possui as suas competências e capacidades diante de situações vivenciadas.
  2. As necessidades das pessoas são diferentes e as formas de incentivo também se diferenciam. 
  3. A heterogeneidade das pessoas nos ambientes organizacionais é altamente positiva para o cenário de transformação vivenciado pelas organizações. 
  4. A empresa não deve padronizar comportamentos, mas sim criar políticas e diretrizes que auxiliem na condução das pessoas em sua estrutura ao mesmo tempo em que lhes proporciona aprendizado. 
  5. No momento atual das organizações é necessário resgatar alguns dos valores individuais e incorporá-los aos espaços organizacionais, para que eles se tornem menos rígidos e se voltem também aos aspectos humanos dos colaboradores.
Você pode observar que estes aspectos apresentados focam em explorar ao máximo as características dos indivíduos que compõem a organização. Mas destaco que esta ação deve acontecer de maneira estruturada e planejada.

Os Grupos de Trabalho - GT


Toda pessoa quando é contratada por uma organização passa a integrar um grupo de trabalho. Seja em uma empresa de pequeno, médio ou grande porte. Nas empresas maiores os grupos de trabalho, em sua maioria, são representados pelos departamentos. Já em empresas menores ou microempresas, que não são tão setorizadas, as pessoas integram um único grupo no desempenho de suas atividades, geralmente composto por um número reduzido de pessoas.

O grupo pode ser entendido ainda como um sistema que integra duas ou mais pessoas que interagem entre si, de forma que os seus comportamentos e desempenhos se influenciam mutuamente. De tal modo, nota-se que os grupos de trabalho podem ser dos mais diversos formatos, e constituídos pelos mais diversos tipos de pessoas.

Vale ressaltar ainda, que, assim como os indivíduos, os grupos de trabalho delineiam-se e criam as suas características próprias como valores, processos de trabalho, regras, diretrizes etc. Manifestadas por meio dos comportamentos de seus membros (os colaboradores). Estes delineamentos são denominados subculturas, que será mencionado posteriormente. Ressalta-se que tais características se transformam constantemente, pois a cada momento em que o grupo sofre alterações, alteram-se também as suas características.

Os estudiosos de comportamento dos grupos de trabalho tratam este processo como estágios de desenvolvimento do grupo. Estes estágios sofrem variações de terminologias entre os autores, mas podem ser identificados como estágios de: formação, tormenta, normalização, desempenho e rompimento. O último estágio, de rompimento, é quando o grupo passa novamente por alterações. Isso acontece quando alguém entra ou sai do grupo.

Como os grupos de trabalho fazem parte do ambiente organizacional, que é direcionado por suas estratégias, metas e diretrizes, faz-se necessário que o grupo esteja coeso no desenvolvimento de suas atividades, pois somente assim “responderá” adequadamente às necessidades da organização.

Para que esta coesão realmente aconteça, torna-se imprescindível que os líderes formais dos grupos, os gerentes de linha, por exemplo, atuem de maneira significativa sobre os seus liderados. A coesão de um GT é percebida quando há um fortalecimento das relações existentes entre os membros do grupo, no intuito de atingir os objetivos esperados. Assim, a coesão do grupo se mostra relacionada com a produtividade e alcance de metas. Além disso, é da coesão do grupo que se origina o trabalho em equipe. 

Alguns fatores que influenciam a coesão do grupo:
  • Acordos ou desacordos quanto aos objetivos; 
  • Tamanho do grupo; 
  • Frequência com que acontecem as interações; 
  • Competição entre os membros do grupo;
  • Dominação por um ou mais membros; 
  • Avaliações favoráveis ou desfavoráveis;
  • Experiências desagradáveis.
O mais importante é que os gestores, sejam eles organizacionais ou departamentais, estejam atentos a estes sinais manifestados pelos indivíduos que fazem parte de seus GT. Já que estes grupos influenciam diretamente no ambiente organizacional e, consequentemente, nos resultados.

A Cultura Organizacional


A cultura é a maior dimensão do ambiente organizacional, pois ela representa todo o conjunto de normas, valores, diretrizes, parâmetros, direitos, deveres e comportamentos que definem a organização.

Também fazem parte da cultura os processos de comunicação da empresa, a liderança, as perspectivas de poder, os conflitos, as negociações e a estratégia organizacional.

Desta forma, a cultura de uma empresa tem forte influência sobre os grupos de trabalho, como também sobre os indivíduos que fazem parte da organização. A cultura organizacional pode ser ainda definida como a identificação do conjunto de elementos que realça o costume, as crenças e os valores de uma organização, sendo por meio destes elementos que a organização fixa a sua marca, como também orienta e/ou controla o comportamento daqueles que a formam.

Mas como e em que a cultura influencia no ambiente organizacional? Nota-se que a dimensão que trata da cultura organizacional é na verdade a que mais influencia nas outras dimensões e, consequentemente, no ambiente organizacional como um todo. Isso acontece porque a cultura acaba tornando-se o leme que direciona os comportamentos dos grupos e indivíduos dentro de uma organização.

Para melhor entendimento da cultura organizacional, destacamos aqui três de seus diversos componentes básicos: (1) os valores, (2) os rituais, (3) as subculturas. Vejamos cada um deles: 

Os Valores correspondem a todos os conjuntos de pressupostos que representam as crenças de uma organização. São os valores que definem padrões de comportamento dos membros da organização, estabelecem os estilos de gestão praticados e determinam os relacionamentos com os seus mais diversos públicos. Geralmente os valores, enquanto componentes da cultura organizacional, são uma herança do fundador da empresa e/ou de seus proprietários, porém, o ideário é quando os Valores são construídos por consenso de todos os colaboradores da organização.

Um exemplo para retratar este componente da cultura organizacional seria o comportamento não ético de algumas organizações, que mesmo não sendo bem vistas pelos seus diversos públicos, continuam manifestando-o. Na maioria das vezes, este comportamento não ético é reflexo dos fundadores, proprietários e/ou gestores da organização.

E estes valores podem ser modificados? Não somente os valores, mas toda a cultura da organização pode ser modificada. Contudo, este é um processo que acontece a passos lentos, já que implica em uma mudança que envolve toda a estrutura organizacional. Recomenda-se aqui serem revistos a cada dois anos por consenso.

E esta mudança acontece a partir do momento em que as pessoas que fazem parte da organização (indivíduos e GT) passam a influenciar os valores organizacionais, modificando-os. Mas vale ressaltar que esta mudança pode ser tanto positiva quanto negativa, vai depender dos valores que estão sendo modificados. Uma cultura pode ter um conjunto de bons valores, que influenciados pelas pessoas perdem-se ao longo do tempo, levando a uma nova cultura não tão agradável como a anterior.

Diante dessas afirmações sobre os valores e a sua relação com a cultura organizacional, chegamos à acepção de que a cultura de uma organização pode ser forte ou fraca. A cultura forte é aquela que é amplamente compartilhada pelos membros da organização, tornando-se assim, difícil de ser modificada. Enquanto a cultura fraca é aquela que “sente” mais as influências das pessoas e GTs, por ser mais vulnerável, tornando-se assim, mais fácil de ser modificada.

É importante ressaltar que tanto a cultura forte como a cultura fraca, apresentam os seus pontos positivos e negativos. Vai depender então, de uma análise apurada para se identificar ou não a necessidade de mudança. 

Sobre os Rituais, estes são manifestados no dia a dia de trabalho, por meio dos comportamentos dos colaboradores da organização. Geralmente, os rituais enquanto componentes da cultura organizacional estão associados aos tipos de relacionamentos interpessoais estabelecidos nestes ambientes.

Por exemplo, cafés da manhã com os líderes, happy hours com as equipes de trabalho, reuniões para brainstorming (tempestade de ideias), confraternizações em datas específicas, ritos de passagem ou iniciação (como quando a pessoa é promovida, entra na empresa ou departamento), dentre outros.

O mais importante é que os rituais realizados tenham o intuito maior de integrar a pessoa ao ambiente organizacional, a criar um ambiente de trabalho mais propício ao relacionamento e à qualidade de vida.

É bastante importante que os gestores das organizações tenham consciência disso, para que não cometam o erro de invadirem a interioridade das pessoas que trabalham na organização. 

Já as subculturas também são compreendidas como um conjunto de valores, crenças, percepções, comportamentos, regras e diretrizes. Mas não da organização como um todo, e sim de seus GTs especificamente.

As subculturas estão muito associadas à cultura individuais das pessoas que trabalham nos grupos específicos e acabam manifestando as suas formas de executar as atividades, relacionar-se com os parceiros de trabalho, lidar com as metas e outras diretrizes da organização. Nota-se que em uma organização pode haver várias subculturas, já que estas são manifestadas em GTs e/ou departamentos específicos.

As subculturas não prejudicam a organização, quando esta tem uma cultura forte, compartilhada pelos seus membros. As subculturas podem ser benéficas, pois estimulam os membros de grupos específicos ao desempenho de suas tarefas. Por outro lado, se a organização tem uma cultura fraca, as subculturas podem sobrepor à cultura organizacional, influenciando em seus pressupostos básicos, valores, tradições etc.

Se esta influência pode ser boa ou ruim, vai depender daquilo que está sendo influenciado, e da necessidade (ou não) de mudança da cultura organizacional. A influência é positiva quando se modifica algo que não era bem aceito/percebido na cultura organizacional, e pode ser negativa, quando o que se modifica é algum processo/valor que se mostrava benéfico.

Ainda sobre a cultura organizacional, é importante que os gestores das organizações tenham extremo cuidado, pois pode ocorrer um “choque” de culturas quando pessoas (colaboradores) e organizações têm culturas muito diferentes ou não estão sincronizadas. Daí a necessidade de o órgão de RH e dos gerentes de linha conhecerem de maneira aprofundada a cultura da organização antes de realizarem o processo seletivo, como também as capacitações. 

E como a cultura de uma organização pode ser ensinada? A cultura de uma organização é ensinada por meio de capacitações e/ou orientações com os colaboradores durante a etapa de Socialização, utilizando-se de manuais, textos, reuniões com fundadores, filmes institucionais, um site de conteúdo relevante específico da cultura da empresa, dentre outros. Já as subculturas são aprendidas a partir do convívio entre os membros do grupo e/ou departamento pertencente à organização.

No próximo artigo vamos tratar sobre os aspectos organizacionais e o clima dos colaboradores.

Grande abraço e bom trabalho!

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 01 de dezembro de 2019
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/a-composição-do-ambiente-organizacional


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Empreendedorismo na educação básica e fundamental

É muito comum nas escolas de negócios encontrarmos em cursos um módulo de ensino sobre empreendedorismo, independente do curso, sempre há um projeto de criação relacionado a esta matéria para entregar no fim do semestre.


Isso estimula a criatividade do aluno e o faz entender sobre a importância de enxergar novos horizontes e possibilidades para empreender, sem contar que algumas faculdades têm como projeto a “Iniciação científica em inovação para empreender” que envolve a criação de algum produto ou serviço que vai impactar a sociedade.


E se começarmos a implementar essa mesma ideia nas escolas de ensino fundamental e médio?


Temos alguns alunos em destaque é claro, que criam produtos inovadores, mas por conta própria - por circunstâncias familiares incômodas no estado em que se encontram, é empreender por necessidade desde cedo, não porque temos uma grade de ensino e incentivo que propõe essa ideia.


Existe a ordem natural e empírica das pessoas, independentemente da idade em sentir-se responsável por empreender, a fim de buscar uma possível melhoria de vida social para a família no estágio em que encontram-se.


Educação empreendedora, na prática.


No entendimento de Jacques Filion, “o empreendedorismo se aprende”, pois o autor considera ser possível conceber programas e cursos que adotem sistemas de aprendizados adaptados à lógica desse campo de estudo. 


Em uma abordagem em que o aluno é levado a definir e estruturar contextos e a entender as várias etapas de sua evolução (FILION, 1999, p. 15).


Muitas vezes o problema não está no aluno querer aprender sobre o empreendedorismo, mas na falta de conhecimento, por falta da disposição de cultura educadora empreendedorial. Educadores devem ter em mente que melhorias de vida partem da inovação promovidas por empreendedores naturais incomodados com situações individuais de anomalia. 


Como dito anteriormente, se na instituição de ensino não tiver esse tópico na grade, não é “obrigação” do professor ensinar, mesmo o aluno mostrando interesse.


Isso sem dúvida é um problema, pois pode desanimar um futuro de empreendedores brilhantes que, por sua vez, poderiam criar vários projetos impactantes na sociedade, a ex. de um chuveiro que esquenta com energia solar e possui um baixo custo para inclusão em todos os lares.


Empreendedorismo na sociedade.


O empreendedorismo na sociedade se destaca, pois, desenvolve um papel muito importante nos ganhos individuais.


Gerando oportunidades que contribuem na expansão econômica, pois nele não tem aumento de atividade sem crescimento econômico elevado, seja na macroeconomia ou na microeconomia. 


Na educação, para estudar a importância do empreendedorismo social, além de entender o seu papel na sociedade, também precisa saber como lidar com este sistema natural de vontades individuais.


Precisa saber lidar com o fato de criar algo que seja impactante para a comunidade, principalmente, que o produto ou serviço seja de um preço acessível e baixo custo para a criação ou inovação.


Se cada aluno ou grupo de alunos aprender sobre o empreendedorismo e alguns criarem produtos ou serviços, isso será impactante e benéfico na sociedade, com certeza teremos um mundo como seria um lugar melhor, pois empreender traz qualidade de vida a todos na sociedade onde vivemos.


Muitos problemas sociais são evitados ou até mesmo amenizados graças a essas mentes brilhantes - os empreendedores.


Empreender é um estado de co-criação, é a capacidade de promover uma ruptura no fluxo cotidiano da vida das pessoas. 


Empreendedorismo é pura destruição criativa, como afirma Schumpeter (1883/1950) da escola austríaca de economia de Viena.


Por isso, necessitamos de mais empreendedorismo nas escolas de ensino básico e fundamental, a fim de formarmos pessoas com o ideário de liberdade em detrimento do "estado" de dependência individual causal e social.


Bom trabalho e grande abraço.

Adm. Rafael José Pôncio




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