O setor varejista mudou
radicalmente desde sua concepção, isso é fato. A carga de exigências
trazida pelas mudanças tecnológicas reconfigurou todo o mercado desse
segmento e criou barreiras difíceis de transpor sobre a zona de conforto
e a concorrência.
É fato
que conhecer bem a área de atuação do seu negócio e se especializar nela
certamente acarreta vantagens perante os concorrentes que tratam dessa
especialidade a partir de parâmetros genéricos, ou seja, obviamente, uma
loja especializada em artigos de pesca, por exemplo, poderá oferecer
uma gama maior de produtos que um departamento de hipermercados
direcionado para o tema, por exemplo.
Entretanto,
quantas vezes você já entrou em uma loja exclusiva de artigos de pesca?
Agora, quantas vezes, fazendo compras no hipermercado de sua
preferência, você não transitou pelas gôndolas disponibilizadas para
essa área e lembrou que precisava de um rolo de fio de nylon ou,
simplesmente, uma isca artificial chamou sua atenção? Você não foi ao
estabelecimento comprar artigos de pesca, mas a ocasião te direcionou a
essa aquisição. Percebe? Consumo no varejo está ligado à oportunidade e a
oportunidade é oferecida pelo varejista.
Empresas
âncoras, como C&A, Lojas Marisa e Lojas Renner, têm sua imagem e
mercado muito bem definidos: são grandes varejistas de roupas. Na última
década, entretanto, elas passaram a comercializar aparelhos de telefone
móvel, criaram vales presentes (cartões de plástico customizados com
créditos de valores diferenciados para presentear) como opção de compra e
ampliaram a oferta de acessórios e calçados. Por quê?
O
número de shoppings centers no Brasil cresceu 65% nos últimos 10 anos e
o tráfego de pessoas nesse tipo de estabelecimento teve um aumento de,
aproximadamente, 46%, segundo a Associação Brasileira de Shoppings
Center (ABRASCE). Esses números refletiram de forma expressiva nas lojas
de departamento localizadas nas ruas.
(1) Novo critério: A série inclui apenas shoppings já inaugurados;
(2) Os dados referentes a Número de Lojas, Salas de Cinema e Empregos foram calculados com base em uma amostra de shoppings e não terão atualização mensal;
(3) Alguns dados referentes a 2009 foram revistos com base nos resultados do Censo do Setor, da Price Waterhouse Coopers;
Fontes das estatísticas: http://www.abrasce.com.br
Dentre as preferências dos consumidores assíduos de shoppings, estão facilidades como: variedades de lojas facilitam a pesquisa de preços; variedade de lojas que oferecem o mesmo produto e/ ou serviço em um mesmo ambiente facilitam a escolha; em um único ambiente, tem-se acesso a diversos departamentos, como hipermercados, farmácias, lojas de departamento em geral, lojas de roupas, calçados, acessórios, perfumes, livrarias e, também, praça de alimentação cada vez mais variada, entretenimento e lazer, segurança, serviços de banco e, principalmente, estacionamento.
Mas outros fatores são decisivos para as mudanças estratégicas no modelo de negócio de varejo, que são: faixa etária, condição socioeconômica e estado civil dos consumidores. O estudo realizado pela IBOPE Inteligência em 2013 sobre o perfil de clientes de shopping centers brasileiros apontou números expressivos sobre a homogeneidade dos frequentadores.
A pesquisa demonstrou que a faixa etária dos consumidores não é expressiva de acordo com a idade, observe os números:
A primeira grande variância detectada na pesquisa foi quanto à classe socioeconômica. Segundo o IBOPE Inteligência, consumidores classificados como Classe A1 costumam ir ao shopping em média cinco vezes por mês, enquanto os que pertencem à classe C2 visitam os centros comerciais apenas duas vezes por mês, como mostra:
A segunda variância mais significativa fica por conta do estado civil. Solteiros buscam os shoppings, aproximadamente, 87% com mais frequência que casais:
Miller e Friesen (1984, p. 1163) propuseram um ciclo de vida para negócios varejistas como os shopping centres e destacaram fases essenciais para e o ciclo, como: maturidade e mercado. Resumindo, para se aventurar nesse setor e obter sucesso, é preciso conhecer o negócio e conhecer os seus concorrentes.
Bom trabalho e grande abraço.
Adm. Rafael José Pôncio
(1) Novo critério: A série inclui apenas shoppings já inaugurados;
(2) Os dados referentes a Número de Lojas, Salas de Cinema e Empregos foram calculados com base em uma amostra de shoppings e não terão atualização mensal;
(3) Alguns dados referentes a 2009 foram revistos com base nos resultados do Censo do Setor, da Price Waterhouse Coopers;
Fontes das estatísticas: http://www.abrasce.com.br
Dentre as preferências dos consumidores assíduos de shoppings, estão facilidades como: variedades de lojas facilitam a pesquisa de preços; variedade de lojas que oferecem o mesmo produto e/ ou serviço em um mesmo ambiente facilitam a escolha; em um único ambiente, tem-se acesso a diversos departamentos, como hipermercados, farmácias, lojas de departamento em geral, lojas de roupas, calçados, acessórios, perfumes, livrarias e, também, praça de alimentação cada vez mais variada, entretenimento e lazer, segurança, serviços de banco e, principalmente, estacionamento.
Mas outros fatores são decisivos para as mudanças estratégicas no modelo de negócio de varejo, que são: faixa etária, condição socioeconômica e estado civil dos consumidores. O estudo realizado pela IBOPE Inteligência em 2013 sobre o perfil de clientes de shopping centers brasileiros apontou números expressivos sobre a homogeneidade dos frequentadores.
A pesquisa demonstrou que a faixa etária dos consumidores não é expressiva de acordo com a idade, observe os números:
A primeira grande variância detectada na pesquisa foi quanto à classe socioeconômica. Segundo o IBOPE Inteligência, consumidores classificados como Classe A1 costumam ir ao shopping em média cinco vezes por mês, enquanto os que pertencem à classe C2 visitam os centros comerciais apenas duas vezes por mês, como mostra:
A segunda variância mais significativa fica por conta do estado civil. Solteiros buscam os shoppings, aproximadamente, 87% com mais frequência que casais:
Miller e Friesen (1984, p. 1163) propuseram um ciclo de vida para negócios varejistas como os shopping centres e destacaram fases essenciais para e o ciclo, como: maturidade e mercado. Resumindo, para se aventurar nesse setor e obter sucesso, é preciso conhecer o negócio e conhecer os seus concorrentes.
Bom trabalho e grande abraço.
Adm. Rafael José Pôncio
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