terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Padre Saboia de Medeiros, o homem que trouxe a administração para o Brasil

Tudo que existe teve, em algum momento, um início. Essa é uma frase um tanto quanto óbvia, mas que, às vezes, por falta de uma visão mais objetiva dos fatos, ou mesmo por displicência, não a enxergamos com clareza. Esse “problema de vista” faz com que percamos a noção de tempo, e acabamos caindo em ideias equivocadas como, por exemplo, que os elementos que compõem nossa vida hoje sempre foram dessa maneira e que não houve, necessariamente, um início.

Sendo assim, parte do papel da História, não somente como disciplina científica, mas como atitude de vida, é resgatar o passado e lembrar ao indivíduo sobre aspectos que não devem ser esquecidos. Esse resgate traz, naturalmente, a possibilidade de aprendermos e nos reposicionarmos, construindo assim uma sólida trilha em direção ao futuro. Visto isso, talvez caiba aprofundarmos um pouco sobre nossa própria história enquanto administradores, conhecendo as raízes e os pioneiros dessa ciência em nossa terra, afinal, sem esse impulso inicial jamais os cursos de administração teriam chegado nas nossas universidades.

Considerando a necessidade desse resgate, hoje falaremos do pioneiro da administração em terras brasileiras, o homem que trouxe o conhecimento científico para a educação e pôde formar milhares de administradores ao longo da nossa história. Estamos falando do Padre Roberto Sabóia Medeiros, o pai da administração brasileira.

Padre Saboia e sua trajetória

A história do Padre Roberto Sabóia começa no Rio de Janeiro, em 1905. Nascido na capital do Brasil, sua vocação religiosa o despertou para a ordem dos jesuítas, no qual ingressou em 1922, com 17 anos. Não possuímos nenhum detalhe de sua infância, mas podemos deduzir que a vida clerical pode ter sido uma via natural, própria de sua vocação e formação familiar. 

O fato é que desde cedo o Padre Sabóia voltou-se para as questões sociais, não aceitava as injustiças e a miséria que grande parte da população vivia. Ao longo dos anos 1920 e 1930, principalmente após ordenar-se sacerdote em 1936, o jesuíta percebeu a necessidade de atuar em prol destas causas, mas como fazê-lo em um Brasil de realidades tão abismais como o do início do século XX? 

O Padre Sabóia, devido à sua formação religiosa, sabia que o trabalho era uma pedra angular no processo de formação humana. Foi assim que surgiu a ideia de fundar institutos técnicos para instruir a população e capacitá-las. Sua ação estava alinhada com a nova mentalidade do Estado brasileiro que vivia, à época, a Era Vargas (1930 - 1945), no qual o trabalho e a industrialização passaram a ser uma necessidade crescente. Logo, era fundamental ao governo e a população, uma formação técnica voltada para a indústria, tanto para possuirmos gestores como mão de obra qualificada. 

É nesse contexto de necessidade de formação que o Padre resolve fundar a primeira escola de administração do Brasil, a ESAN, em 1941. Para tanto, o mesmo viajou aos Estados Unidos para aprender sobre a gestão de um curso superior. Inspirado nas ideias trazidas de Harvard, no qual já despontava em seu currículo um tipo de administração chamada de “humanista”, o Padre Sabóia percebeu que a necessidade fabril, muito marcada à época pelas condições extremas ao qual os trabalhadores estavam submetidos, não era uma verdade absoluta e que era possível construir um ambiente saudável e produtivo sem a necessidade de exageros. Como não tinha recursos próprios para fundar sua escola, o padre manteve relações próximas a empresários e amigos, que ajudaram-no a financiar a ESAN, o sonho que tornava-se realidade.

É evidente, entretanto, que a administração enquanto prática já ocorria há séculos no Brasil, uma vez que todo negócio precisa de gestores. O pioneirismo do Padre Sabóia está em trazer o modelo de ensino da administração e tratá-la como uma ciência que merece ser estudada a fundo, tal qual uma outra área do conhecimento humano. Junto a ele, sem dúvida, poderíamos elencar nomes como Roberto Simonsen, que de maneira similar tentou construir através da Escola Livre de Sociologia de São Paulo (ELSP) uma nova mentalidade social, mas que não necessariamente estava focada somente na área da administração.

Por isso, ressaltamos o pioneirismo do Padre Sabóia, pois suas ações transformaram objetivamente o modo de aprender sobre administração. O Padre, entretanto, não se deteve apenas a esse aspecto do conhecimento. Ele também foi responsável por fundar a FEI, Faculdade de Engenharia Industrial, em 1946, no qual tinha como propósito formar engenheiros para trabalhar diretamente nas novas fábricas que surgiam no Brasil. 

Hoje a FEI é a Fundação Educacional Inaciana "Padre Sabóia de Medeiros", uma Universidade que oferece diversos cursos na área de ciências aplicadas e que pertence à ordem dos jesuítas, sendo um dos legados do Padre Saboia.

Além disso, o Padre ainda escrevia artigos, tinha programas no rádio e cuidava de uma biblioteca que ajudou a fundar, em 1944. Como podemos notar, suas ações estavam ligadas sempre à formação da população, que em geral tinham pouco acesso à educação. Essa verdade fez com que o Padre Sabóia permitisse que pessoas que não tinham terminado seus estudos básicos entrassem na ESAN, pois sabia que o número de pessoas com essa qualificação era raro nos anos 1940. 

Assim, a ESAN estava de portas abertas para quem quisesse aprender sobre o mundo da administração e suas teorias, desde o Taylorismo até a inovadora teoria humanista de Elton Mayo.

Entretanto, o Padre faleceu em 1955, precocemente aos 50 anos, vítima de leucemia. A doença o debilitou e pouco antes de sua partida seus companheiros da Companhia de Jesus (os jesuítas) assumiram a administração da ESAN e da FEI. Apesar da sua breve vida, os feitos do Padre Sabóia precisam ser reconhecidos como esse impulso inicial para o desbravamento da administração em nosso território. 

Se hoje podemos debater com profundidade sobre as diversas teorias de nossa área é graças a esse homem, que enxergando a necessidade do seu tempo abriu a trilha que hoje todos nós percorremos.

Bom trabalho e grande abraço.

Prof. Adm. Rafael José Pôncio



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

Enzo Ferrari, O homem que mudou o automobilismo

O carro é uma das maiores invenções da humanidade. Não nos resta dúvidas de que no último século esse tem sido o principal meio de transporte humano. Apesar de não ser o mais rápido, tampouco o mais seguro, ainda assim sua praticidade é inigualável. Porém, para alguns há uma mágica quando se está atrás dos volantes que é inexplicável, tanto que faltam palavras para descrevê-la. Essa paixão pela velocidade e autonomia que esse veículo nos dá tornou-se, ao longo do tempo, uma verdadeira paixão.

Basta observarmos que o automobilismo hoje é um dos esportes mais assistidos do mundo. Quem de nós, que já passa da casa dos 40 anos, não acordava cedo para assistir Ayrton Senna competir na Fórmula 1? Não por acaso Senna ainda é um dos maiores ídolos do nosso país, ficando à frente de diversas figuras de poder e que, tanto no passado como no presente, moldam nossa realidade. Frente a isso, talvez não consigamos achar um fator determinante que explique a paixão que possuímos por nossos carros e suas mais distintas funções, mas que essa seja o resultado de diferentes estímulos combinados com uma única finalidade.

Para entendermos um pouco sobre este fascínio é preciso conhecermos um dos maiores empreendedores do ramo automobilístico, capaz de fazer com que seu nome se tornasse, provavelmente, a marca de carro mais famosa do mundo e que hoje fatura mais de 3 bilhões de dólares. Estamos falando de Enzo Anselmo Giuseppe Maria Ferrari, o homem que mudou a história do automobilismo.

Ferrari, das oficinas mecânicas às pistas de corrida

Nascido em 1898 na cidade de Modena, Enzo Ferrari vem de uma origem humilde. Seus pais tinham um pequeno negócio no ramo da carpintaria e viviam com altos e baixos, porém o suficiente para formar o caráter do jovem Enzo. Aos dez anos de idade, ao ver uma corrida automobilística, Ferrari encantou-se com aquele universo que abria-se à sua frente e decidiu que faria parte dele. Ainda jovem passou a trabalhar como mecânico e apesar de nunca ter feito uma faculdade de engenharia, a prática levou-o a conhecer e aprimorar diferentes tipos de carro.

Após a Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918), o jovem Ferrari, então com apenas 20 anos, já era o principal provedor de sua família, pois seu pai e seu irmão mais novo acabaram por falecer, ambos, em 1916. A dupla perda familiar fez com que a responsabilidade crescesse rapidamente em Enzo, que passaria a procurar empregos melhores para sustentar sua mãe e irmãos. Com sua experiência de mecânico, tentou emprego em grandes fabricantes de carros como a Fiat, mas diversas vezes foi recusado.

Mesmo assim Ferrari seguiu firme e tornou-se piloto de testes na CMN, a Costruzioni Meccaniche Nazionali, em Milão. Na CMN Ferrari conseguiu ser promovido para piloto e participar das primeiras corridas de sua vida, porém ainda era um pequeno passo para quem almejava o maior dos sucessos.

A vida de Enzo Ferrari começou a mudar quando procurou a Alfa Romeo. Seu primeiro emprego na fabricante de carros italiana foi o de piloto, mas podemos dizer que Ferrari passou por praticamente todas as funções da empresa. Desde vendedor à chefe do departamento de desenvolvimento de carros. Como piloto Enzo competiu até o fim dos anos 1920, mas ao longo dos anos tomou mais gosto pela gestão da equipe do que por estar nas pistas. Assim, em 1929 chegou a fundar a scuderia Ferrari, uma divisão da Alfa Romeo para competir em outras categorias. Assim começava, de fato, o império de Enzo Ferrari.

O começo do império Ferrari

A scuderia Ferrari existiu por poucos anos, mas seus feitos dentro e fora das pistas causaram um grande impacto na vida de Enzo. Apesar de ser um braço novo da Alfa Romeo, a dificuldade em estabelecer-se na divisão que competia logo foi superada por grandes conquistas. Em 1935 ocorreu a mais notável delas, no qual a scuderia Ferrari chegou em primeiro lugar no prêmio da Alemanha, que na época tinha os melhores pilotos e carros de corrida.

O talento da scuderia começou a se destacar, porém, os ventos da mudança acabaram não sendo favoráveis a Ferrari e seus pilotos. Passando por dificuldades financeiras, em 1937 a Alfa Romeo tirou seu patrocínio e, na prática, fechou a divisão comandada por Enzo. Ele foi realocado para a divisão de esportes, o que naturalmente deixou o modenês descontente. Dois anos depois, após um desentendimento com seu chefe, Ferrari deixou a Alfa Romeo e construiu um novo empreendimento para fabricação de carros. Porém, logo após a estreia de sua fábrica o mundo entraria na sombria II Guerra Mundial (1939 - 1945). A fábrica de Enzo Ferrari foi obrigada, via decreto de Guerra, a fabricar não mais carros, mas sim armas. Assim passaram-se longos 6 anos até que Enzo pudesse retomar sua atividade.

Somente em 1947 a Ferrari nasceu, fruto de um objetivo claro: fabricar carros e competir. Inicialmente o plano de Enzo Ferrari era o de fazer frente ao dominante mercado interno da Itália, que era conduzido principalmente pela Alfa Romeo. Em 1948, a Ferrari lançou-se nas primeiras competições e mais uma vez os seus carros ganharam um rápido destaque. Para uma equipe iniciante o primeiro ano de competições foi surpreendente, mas ainda precisaria de muito esforço para conseguir competir com os carros da Alfa Romeo e, mais tarde, com outros grupos já consolidados no mundo automobilístico.

Ao longo dos anos 1950, a Ferrari passou de estreante à grande favorita do mundo automobilístico. Além do destaque nas pistas, os carros de luxo da Ferrari seriam não somente um valor para a marca, mas um status que até os dias atuais mantém-se. Porém, nem tudo foram flores durante esse período para o empresário do automobilismo. Em 1956 Enzo precisou lidar, mais uma vez, com a perda de um ente querido. Seu filho acabou falecendo precocemente, o que causou um grande impacto psicológico no dono da Ferrari. Ele passou a evitar encontros sociais desnecessários, além de andar sempre de óculos escuros, o que tornou-se, em sua maturidade, uma marca pessoal.

Apesar disso, a história da Ferrari seguiu o rumo do sucesso, mesmo com momentos de dificuldade. Nos anos 1960, por exemplo, uma rixa interna fez com que diversos membros da diretoria e pilotos abandonassem a equipe. As dificuldades financeiras também precisaram que Enzo fizesse alguns ajustes, como a venda de 50% da Ferrari para a Fiat, mas mantendo o controle sobre as operações nos campeonatos mundiais de automobilismo.

Mantendo sempre o controle da empresa em suas mãos, Enzo Ferrari seguiu até seu último suspiro no controle da sua empresa. O menino que amou o automobilismo à primeira vista descansou aos 91 anos, em 1988. No mesmo ano de sua morte a Fiat tornou-se dona da marca, comprando 90% de suas ações. Isso só foi possível após a partida de Enzo, que jamais permitiria perder o controle da Ferrari.

Bom trabalho e grande abraço.

Prof. Adm. Rafael José Pôncio



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Brainstorming: um guia para conduzir e encontrar as melhores ideias

Brainstorming

Você com certeza já deve ter ouvido falar de Brainstorming e talvez, até tenha tentado aplicar a técnica com o seu time.

Mas, será que você sabe fazer isso de forma eficaz? Continue a leitura e descubra a maneira mais assertiva de coordenar um toró de palpites.

Conheça o Brainstorming 

Brainstorming é a junção das palavras inglesas “brain” que significa cérebro e “storm”, por isso, o brainstorming também é chamado tempestade de ideias, ou, no bom português, toró de palpites.

Ele foi inventado pelo publicitário estadunidense Alex Faickney Osborn e consiste em reunir um grupo de pessoas para criar uma ideia inusitada.

O Brainstorming deu tão certo que atualmente ele é utilizado não só no marketing e publicidade, mas em escolas, universidades e no mundo dos negócios.

Tipos de Brainstorming

Por ser uma ferramenta versátil, o toró de palpites acontece de várias maneiras, conheça as principais:

Estruturado e Não Estruturado

Como o nome indica, no Brainstorming estruturado há um roteiro a ser seguido com objetivos, horários e formas de aplicação.

Por exemplo: em um encontro estruturado, as pessoas têm um momento estipulado para expor as suas ideias.

Já o Não Estruturado é mais livre, sendo que os participantes podem trazer as suas opiniões quando desejarem.

Outra característica muito utilizada para diferenciar o Estruturado do Não Estruturado é o anonimato.

Neste modelo os participantes anotam as ideias em um papel e entregam para o responsável do Brainstorming que as expõe para o restante do grupo.

Esta é uma ótima estratégia para fazer com que pessoas tímidas sintam-se confortáveis em apresentar suas ideias.

Ainda, é uma tática para empresas que não tem a cultura do Brainstorming e desejam começar aos poucos.

Individual e Grupo

Engana-se quem pensa que é preciso mais de uma pessoa para fazer um Brainstorming, um empreendedor autônomo também pode se beneficiar desta técnica.

Por exemplo: um professor particular de inglês está com poucos alunos na sua agenda. Então ele reserva uma hora do seu dia, pega uma folha de papel em branco e anota as ideias que surgirem.

A tempestade de ideias em grupo é a prática mais realizada, pois, conforme o ditado “duas cabeças pensam melhor do que uma", é esse tipo de Brainstorming que mostrarei como conduzir no próximo tópico.

Orientando um Brainstorming

Com o intuito de facilitar a compreensão, separei o Brainstorming em 3 etapas: antes, durante e depois.

Antes

A melhor forma de conseguir bons resultados em um toró de palpites é se preparar, as principais tarefas são:

Defina o objetivo

Um erro comum na realização de um brainstorming é deixar “muito solto” e quando a reunião de fato acontece os participantes se sentem perdidos.

Para evitar esta situação, o ideal é mandar um briefing antes com o tema e qual problema será abordado para cada integrante.

Selecione os participantes

O objetivo do Brainstorming é trazer ideias inovadoras, certo? 

A melhor forma de fazer isso é construindo uma equipe multidisciplinar.

Com pessoas que atuam em vários setores, terão diferentes visões sobre o assunto, contribuindo para soluções inusitadas.

Por isso não se limite a equipe de marketing, deixe espaço para o setor de atendimento, comercial e vendas.

Mas não se empolgue demais, para a reunião ser eficaz o melhor é que o grupo não ultrapasse 8 pessoas.

Decida o início e o fim

Estabeleça um horário para começar e para terminar. Afinal, mesmo que seja um encontro criativo, ele precisa ter foco.

Logo, é fundamental determinar um tempo, geralmente entre uma e duas horas para o desenvolvimento da estratégia.

Também o fato de ter um horário gera uma urgência nos participantes, contribuindo para o surgimento das ideais.

Escolha o facilitador

O facilitador é alguém neutro, que irá explicar o funcionamento do Brainstorming, garantir que todos tenham espaço para falar, controlar o tempo de cada participante, ajudar a manter o foco e mediar conflitos.

Esta pessoa, inclusive, pode ser você.

Uma atribuição que pode ser do facilitador é registrar as ideias que surgirem, se não for você estabeleça outra pessoa para esta função.

Prepare o ambiente

Para que a criatividade possa aflorar naturalmente é importante criar um clima descontraído e informal, fugindo do conceito de reunião tradicional. Uma tática é mudar a organização da sala, colocando as cadeiras em círculo.

E não se esqueça de deixar um quadro em branco para escrever as ideias, que devem estar visíveis para todos.

Durante

Um bom Brainstorming é dividido em duas etapas:

  1. Levantar o máximo de ideias possíveis.

  2. Refinar as ideias.

Entre elas é fundamental que haja uma pausa, de preferência de um dia para o outro, permitindo que as ideias amadureçam.

Parte 1: Tempestade de ideias

Neste momento é que acontece o Brainstorming de fato, pois é quando as ideias são expostas.

Mas, para isso acontecer é primordial que não haja julgamentos, portanto, nenhuma ideia deve ser barrada ou criticada, mesmo que aquela ideia não faça sentido no momento ou não seja viável para aplicar.

A palavra não, deve ser cortada do vocabulário nesta primeira parte.

Também cada integrante é obrigado a apresentar pelo menos uma sugestão.

Contudo, isso não significa que os participantes não devem interagir uns com os outros. Pelo contrário, podem conversar e se inspirar nas ideias dos demais, só não pode haver julgamentos.

Ainda, é possível fazer outra dinâmica nesta primeira parte: ao invés de procurar as respostas, fazer as perguntas.

Por exemplo:

Problema: Falta de clientes para se hospedarem no período de inverno.

Perguntas levantadas no Brainstorming: Por que os clientes não se hospedam no inverno? O que falta para as pessoas virem ao hotel no inverno? O que podemos fazer para estimular os hóspedes a viajar no inverno?

Normalmente, no ambiente de trabalho pensamos mais em ter todas as respostas do que fazer as perguntas, esta mudança de dinâmica pode trazer uma nova visão do problema.

Parte 2: Lapidando as ideias

A segunda etapa do Brainstorming começa após o intervalo. A equipe se reúne e comenta como foi a primeira parte e se durante o período de descanso surgiu uma nova ideia.

Em seguida, o grupo seleciona as melhores ideias e passa a aprimorá-las, pensando na implementação.

Assim que cada uma é discutida, acontece uma nova rodada de seleção, eliminando outras ideias para que no final da reunião tenha no máximo em 3 ideias.

Nesta parte, o tempo também deve ser controlado, não passando de 2 horas.

Depois

O após muitas vezes é negligenciado pelo gestor e o grupo, as ideias principais são escolhidas e pronto, os participantes levantam e retornam para o trabalho.

No entanto, não basta ter as melhores ideias, é preciso colocá-las em prática.

Por isso, ações devem ser atribuídas para os participantes e monitoradas até que a ideia seja concretizada.

Feito isso, está concluído o seu Brainstorming!

Bom trabalho e grande abraço.


Prof. Adm. Rafael José Pôncio




Conheça também:

Resolva problemas com o Diagrama de Ishikawa



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.