sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Comprometimento: um valor importante para um profissional de sucesso

valor humano Compromisso
Comprometer-se… para muitos, essa é uma atitude que anda de mãos dadas com o sucesso. E é a mais pura verdade. O comprometimento é essencial para o êxito individual ou coletivo, seja na esfera pessoal ou profissional.
Para exemplificar, posso citar algo simples, como a prática de exercícios. Entra ano, sai ano, e a meta de praticar exercícios físicos regularmente está sempre no topo das listas de resoluções para o novo ano. No entanto, mal janeiro chega ao fim e o objetivo já é deixado de lado. Fato é que poucos assumem o compromisso de cumprir o que se propõe com essas listas, ou seja, de ter comprometimento e determinação para buscar um resultado.
Seguindo esse raciocínio, no trabalho, o comprometimento de um profissional é o que irá diferenciá-lo e o ajudará a galgar objetivos mais altos. Neste artigo, quero lhe mostrar a importância do comprometimento, de que forma você pode desenvolver esse valor humano e como ele se relaciona com o empreendedorismo. Entenda!
O que significa ter comprometimento?
Em seu significado mais amplo, comprometimento é ter um nível de responsabilidade em relação a algo ou alguém. A maneira como essa característica reflete nas ações e atitudes frente as responsabilidades assumidas definirão o nível de compromisso que uma pessoa tem em determinada situação.
Seja no contexto corporativo ou pessoal, a questão é que nós nos comprometemos a todo momento, sem nos darmos conta. A forma como encaramos esse compromisso é que será determinante, em ambos os casos.
Por que o comprometimento é importante no âmbito profissional?
Comprometimento também diz respeito à qualidade na entrega, à consciência de fazer o melhor e a buscar resultados pautados na excelência. Por essa razão, profissionalmente, o comprometimento é uma das características mais importantes, tanto para quem é funcionário, quanto para quem é dono de um negócio.
Afinal, é impossível que se tenha sucesso onde há falta de comprometimento. Ele é determinante para o alcance de metas e objetivos, e profissionais descompromissados, relapsos e de baixo desempenho comprometem o crescimento e o alcance de bons resultados. O próximo passo é fechar as portas.
Comprometimento e empreendedorismo: qual a relação entre eles?
Um estudo realizado pelo psicólogo americano, David McClelland, da Universidade de Harvard, levantou as 10 características de comportamentos mais presentes entre os empreendedores de sucesso. Consistem em competências que todo empreendedor em potencial deve buscar desenvolver se deseja ser bem-sucedido nessa empreitada.
Pois, veja bem, entre elas está justamente o comprometimento. Não preciso falar mais nada. Em um caminho repleto de desafios, como é a jornada empreendedora, não é mesmo uma surpresa que o compromisso com o seu negócio, ideia, serviço ou produto seja um valor essencial. 
Como desenvolver o comprometimento como valor pessoal?
Diante da importância do comprometimento em nossas vidas profissionais, gostaria de salientar que essa é uma característica que todos podemos aprimorar, todos podemos ser mais comprometidos e responsáveis com as nossas entregas e elevar o nosso potencial. Confira algumas dicas a seguir. 
Seja pontual
Esse é o ponto de partida. Prezar pela pontualidade é fundamental para quem quer desenvolver uma postura de comprometimento, seja respeitando prazos estabelecidos de entrega ou horários de chegada em compromissos agendados. 
Tenha foco
Tenha em mente onde quer chegar e foque nesse objetivo. Trace metas e estratégias que o levarão até o resultado esperado e se comprometa com elas. Muitas vezes, nos distraímos do foco e passamos a viver para onde o vento leva, isso atrapalha a consolidação do processo de comprometimento com o nosso propósito.
Termine o que começou
Sabe a história que eu contei lá no início? Sobre os exercícios? O primeiro passo para abalar o comprometimento é deixar as coisas pela metade. Portanto, termine tudo o que começar. Isso é importantíssimo, principalmente para a imagem profissional, além de reforçar a questão da responsabilidade.

Agora é com você. Saiba que ninguém perde sendo um profissional comprometido. Pelo contrário. Comprometimento é algo bem requisitado no mercado e só é de fato colocado à prova diante das responsabilidades que um cargo pode demandar. Não perca a chance de mostrar o seu melhor!
Bom trabalho e grande abraço.
Prof. Adm. Rafael José Pôncio



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terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Johannes Gutenberg, o pai da Imprensa

Uma antiga frase diz que “conhecimento é poder”. No mundo atual alguns podem achá-la “clichê” e até mesmo confusa, uma vez que a palavra “conhecimento” pode adquirir diversos sentidos, desde informações acerca de algo até mesmo um sinônimo para sabedoria. 

Entretanto, se voltarmos um pouco no tempo perceberemos o valor e peso do acesso ao conhecimento para uma civilização. Na Europa medieval, por exemplo, somente a Igreja possuía bibliotecas e o acesso a livros estava restrito ao clero e alguns nobres. Não por acaso uma das profissões mais nobres dentro do mundo eclesiastico era o de copista, que era exercido pelos monges em seus mosteiros. Assim, a velocidade das informações e a possibilidade de difundir novas ideias era demasiadamente lenta e não circulavam facilmente pela sociedade e nem por todas as pessoas. 

Somente no século XV, na região que hoje é a Alemanha, dão-se os primeiros passos para superarmos essa limitação na difusão de informações. Graças a um jovem empreendedor nascido em Mainz chamado Johannes Gutenberg, também conhecido como “O pai da imprensa”. Sua visão inovadora e força de colocar-se à frente do seu tempo foram alguns dos motivos que possibilitaram revolucionar o modo como o Ocidente medieval concebia a produção de livros e sua distribuição. Por isso hoje falaremos um pouco sobre esse grande empreendedor que mudou a História da humanidade.

Conhecendo o pai da imprensa

Johannes Gutenberg nasceu entre 1395 e 1397 em uma Europa tomada pelo pensamento cristão, mas que já apresentava sinais de mudança e modernização com um ainda modesto movimento renascentista. Filho de um importante comerciante, provavelmente Gutenberg teve uma infância confortável, mas que o exigiu desde pequeno uma percepção para o trabalho. Segundo alguns historiadores, seu primeiro trabalho foi como ourives em Mainz, e foi nesse ofício que o jovem inventor aprendeu técnicas de cunhagem e marcações com prensa. Ainda assim, sabe-se muito pouco sobre as primeiras décadas de vida do pai da imprensa.

Entretanto, existem algumas evidências sobre como possivelmente ele desenvolveu sua principal invenção. Sabe-se que a juventude de Gutenberg viveu próximo dos monastérios e que havia uma relação amistosa com o clero local. Além disso, sabemos que ele foi alfabetizado - um fato raro para época -, logo, sabia ler e escrever. Provavelmente o nosso inventor entrou em contato muito cedo com os livros e viu de perto o trabalho de monges copistas. Ao mesmo tempo, devido a profissão de seu pai, Gutenberg pôde conhecer, muito provavelmente, as invenções vindas do Oriente. Vale lembrar que em pleno século XV as rotas comerciais com a Índia e a China já estavam bem definidas, sendo utilizadas por diversos comerciantes de todas as partes da Europa. Visto isso, é possível entender que a inspiração de Gutenberg tenha surgido a partir de uma motivação pessoal, o gosto pela leitura, mas também pela oportunidade de melhorar a prensa chinesa, que existia há centenas de anos, porém seu funcionamento não era eficiente para produção em larga escala.

Tratando disso, vale a pena refletirmos sobre a natureza desse espírito inovador que nasce em alguns homens e mulheres. No geral, ele é despertado a partir de uma necessidade pessoal, que nada mais é do que um desejo de algo que eu gostaria de ver no mundo. Entretanto, quando expandimos essa ideia e observamos as necessidades ao nosso redor, a inovação passa para uma nova etapa, que é a capacidade de empreender. Nesse sentido, o inventor que busca que a sua ideia ajude a todos é, consequentemente, um empreendedor. Bem sabemos que existem ainda outras qualidades e habilidades necessárias para empreender com sucesso, porém, em essência não há empreendimento que não busque melhorar ou ajudar a transformar uma realidade social.

Inspirado pela invenção chinesa e seus ideais, em 1428 Johannes Gutenberg viajou para a cidade de Estrasburgo à procura de novos conhecimentos para realizar seu sonho. Lá ele criou, primeiramente, os tipos móveis, que nada mais são do que as peças com letras grafadas em metal para fazer a impressão no papel. Os tipos móveis produzidos por Gutenberg foram feitos em metal, o que os diferenciava dos chineses, que eram feitos em madeira. A vantagem de utilizar o metal estava na higienização para novas impressões e na resistência, além de suportar uma maior pressão. A experiência como ourives certamente exerceu influência na escolha do material, além de facilitar o trabalho de Gutenberg, entretanto, a etapa mais desafiadora ainda estava por vir: fazer uma prensa capaz de gravar os caracteres de forma rápida e legível.

A prensa de Gutenberg: Do sonho ao dilema

Após alguns anos em Estrasburgo, Gutenberg voltou para sua cidade. Munido dos conhecimentos necessários para sua invenção, ele procurou investidores e acabou formando uma sociedade com Johannes Fust, um ourives e banqueiro de Mainz. Juntos eles montaram uma fábrica e Gutenberg começou a fazer impressões simples, pois ainda testava um modo eficiente e rentável para sua invenção funcionar.

Apesar de ser um sucesso, nos primeiros anos o empreendimento dos dois alemães não gerou nenhum lucro, o que incomodou profundamente Fust. Observando seu dinheiro ser “jogado fora”, o banqueiro acabou entrando com um processo contra Gutenberg e tirando-lhe os direitos sobre a fábrica, as máquinas e a própria prensa que ele havia inventado.

Aqui se apresenta outro ponto relevante para refletirmos sobre a intenção por trás de um empreendimento. Sabemos que nos dias atuais é relativamente comum buscarmos empreender com a única intenção de obtermos lucro. Vivemos, afinal, em um mundo que busca e produz com base na lucratividade. Entretanto, a verdadeira natureza de um empreendedor não é necessariamente o lucro, mas sim apresentar soluções aos dilemas cotidianos. Nesse sentido, ao dar respostas positivas para um problema, o lucro torna-se a consequência natural. No caso de Fust e Gutenberg, nota-se as diferentes intenções de cada um. Certamente Gutenberg visava lucrar com sua fábrica, mas acima disso existia um sonho, uma ideia que o levou a criar sua invenção. Fust, por sua vez, vislumbrou uma oportunidade de negócio e quando este não deu o retorno esperado tomou-lhe das mãos do inventor.

Por ironia ou justiça da História, Gutenberg consagrou-se como o pai da imprensa e, mesmo perdendo sua invenção, os livros que ele ajudou a imprimir lhe deram o reconhecimento merecido. Hoje existem museus e instituições com o seu nome, além da famosa “Bíblia de Gutenberg”, o primeiro livro a ser impresso em sua totalidade usando a prensa móvel. Por outro lado, Johannes Fust, apesar de ter conseguido fazer dinheiro com a fábrica, quase foi linchado por copistas em uma ocasião e, em grande parte, seu nome é lembrado apenas como um coadjuvante dentro desse grande empreendimento.

O pai da imprensa não morreu milionário, nem viveu uma vida luxuosa como muitos poderiam imaginar. A bem da verdade, Johannes Gutenberg viveu humildemente com uma pensão que lhe fora dada por um membro da Igreja até sua morte, em 1468. Entretanto, Parece-nos, por fim, que a História não deixou o nome de Johannes Gutenberg se esvair pelas suas lacunas e deu-lhe o maior dos prêmios: contribuir para o avanço da humanidade.

Esse foi mais um dos Grandes Empreendedores da História. Siga conosco para saber mais sobre grandes personalidades que mudaram o mundo. 

Bom trabalho e Grande abraço! 

Prof. Adm. Rafael José Pôncio




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