domingo, 29 de novembro de 2020

A importância da persistência no caminho do empreendedor

Entre as características do comportamento empreendedor mais relevantes para se alcançar o sucesso, a persistência se destaca como uma das mais importantes. O que não é nenhuma surpresa. Afinal, o ato de empreender já traz consigo a necessidade de se ter força de vontade e resiliência frente aos diversos obstáculos a serem enfrentados no processo.

Mas, o que é ter persistência? É insistir em algo contra tudo e todos, não importa as circunstâncias? É ignorar os erros e seguir em frente?  

Acredito que, primeiramente, é importante esclarecer o conceito de persistência, para então podermos usá-la ao nosso favor, já que muitos a confundem com insistência e teimosia. Sem dúvida, ela é fundamental na jornada empreendedora. Entenda, portanto, o que é ser um profissional persistente e como ter a persistência como um de seus valores!

O que é ser persistente?

Muitos empreendedores bem-sucedidos têm histórias em que o sucesso só chegou depois de muitos “nãos”, muitas tentativas e muitas frustrações. O que eles têm em comum? A persistência. Não desistiram e seguiram adiante, mesmo quando o resultado não era o esperado. 


Nesse sentido, ser persistente é ter um objetivo e não perder o foco, mesmo diante dos percalços e dificuldades. É ser resiliente e se adaptar aos desafios, ter uma mentalidade flexível. Por isso, ser teimoso e apenas insistir não resolve. É preciso ter sabedoria e humildade para reconhecer quando algo não está dando certo e encontrar maneiras diferentes para fazer acontecer. E não perder a motivação e jogar tudo para o alto quando se deparar com o primeiro obstáculo. 

Como desenvolver a persistência?

É necessário entender que como empreendedor sempre haverá um novo passo a ser dado. Então, desenvolver a persistência é o caminho. Compartilho a seguir algumas estratégias que considero relevantes. 

1. Seja realista e identifique as suas expectativas

Como estão as suas metas? Elas são realistas e condizentes com o mercado? Muitas vezes, o que alimenta a frustração e dificulta a persistência é a junção de metas muito difíceis de serem alcançadas e fora da realidade com expectativas muito altas. Sonhe grande, mas faça um planejamento realista e tenha consciência que resultados levam tempo.

2. Entenda o que lhe motiva

É mais fácil ter persistência quando se tem motivação. Portanto, antes de mais nada, pergunte a si mesmo e liste os motivos de estar se dedicando a esse projeto, a essa ideia, a esse negócio.

3. Mantenha uma atitude positiva

Sabe aquela história de sempre ver o copo meio cheio? Sim, é extremamente difícil manter-se otimista em situações de dificuldade, quando tudo está desmoronando. Mas não consigo ver uma maneira melhor de enfrentar desafios e ser resiliente. Temos como exemplo a questão da pandemia, que foi um balde de água fria para muitos empreendedores. No entanto, apesar das dificuldades, muitos encontraram oportunidades nessa situação tão adversa. 

4. Atente-se ao progresso e ao aprendizado

Erros são inevitáveis, não existe perfeição, por mais que se estabeleça um ideal. Mas qual é a sua postura diante do erro? O importante é não desanimar, nem negar ou ignorar essa falha. Todo erro é uma oportunidade de aprendizado. Foque nisso.

5. Seja flexível e reavalie estratégias

Como já expliquei, teimosia não é persistência. Não adianta insistir no que não está dando certo. Isso só vai deixá-lo mais frustrado e com vontade de desistir. Portanto, em muitas situações, o melhor caminho é se adaptar e recalcular a rota, encontrar novos meios de seguir adiante. Isso dará um novo “gás” para persistir e lutar pelo resultado desejado.

6. Dê valor as suas conquistas

A tendência é que a gente foque só nos desafios e dificuldades, principalmente como empreendedor, já que os resultados positivos podem demorar um pouco a chegar. Mas, e os êxitos? Também é importante celebrá-los. Comemore as pequenas conquistas e o alcance de metas estabelecidas. Isso trará motivação e reforçará o espírito da persistência.


No empreendedorismo, uma boa ideia não é o suficiente. É necessário ter objetivos e traçar metas para alcançá-los. No entanto, sem a persistência é muito fácil desistir no primeiro degrau da escada. Por isso, jamais perca o foco ou deixe de persistir!


Bom trabalho e grande abraço. Prof. Adm. Rafael José Pôncio




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domingo, 15 de novembro de 2020

Negócios inovadores requerem liderança


Na coluna Franquias, da revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, foi divulgado um artigo intitulado: ‘Liderança tem papel fundamental em franquias’, de Maria Cristina Franco. O texto, basicamente, relembra conceitos primários da administração que abordam sincronia de informações, gestão eficiente, comunicação, motivação e liderança. Segundo síntese da autora, “o sucesso de um time está relacionado ao nível de seu comprometimento com a missão, o que se aplica às corporações e ao franchising. Nesse sentido, o líder atuante, inspirador e motivador é indispensável para que a rede trilhe esse caminho virtuoso”. O próprio SEBRAE sinaliza a importância da liderança na gestão de franchising, ofertando curso específico de gestão de liderança, intitulado: Lidere com sucesso.

Já, segundo Chiavenato (2003), a abordagem clássica da administração entendia a liderança como instrumento de controle e dominação e cabia ao colaborador que exercia a função de líder controlar e fazer valer esse controle em favor da organização. Lembrando que a abordagem clássica da administração compreendeu um período crítico para sobrevivência das organizações que potencializou e acelerou a concorrência e a performance das empresas. A produção em massa herdada por essa competição aliada ao monopólio do capitalismo liberal configurou a liderança para ditar e extrair ao máximo as potencialidades dos colaboradores. Já a partir das demandas originárias da Teoria das Relações Humanas, o conceito de liderança passa a ser concebido como instrumento de aliança entre organização e colaboradores, com foco nas oportunidades para o crescimento e aperfeiçoamento pessoal e, paralelamente, o crescimento da organização como um todo, vejamos aqui alguns fundamentos sobre liderar:

Liderança estratégica

O conceito de liderança estratégica gira em torno da capacidade da função de líder de influenciar os colaboradores de sua equipe a assumirem, de forma pró-ativa, responsabilidades que mantenham ou impulsionem positivamente a organização frente aos clientes, ao mercado e à concorrência. A liderança estratégica deve estar alinhada ao planejamento estratégico da organização, pois ela conduzirá seu grupo sobre a perspectiva de ser parte do planejamento estratégico, agindo em prol dos objetivos da organização. A gestão competente deve alinhar e convergir seus propósitos de acordo com a cultura da organização. A atuação do líder deve estar atrelada à missão, à visão e aos valores da organização e só assim ela agira como agregadora e estratégica, de forma a convergir as energias em um só objetivo comum: o objetivo da organização.

Modelos/Estilo de liderança

Temos três estilos clássicos de liderança e deles podemos observar variâncias infinitas, entretanto sempre voltamos a essas três raízes:
  1. Liderança autocrática.
  2. Liderança liberal.
  3. Liderança democrática.
a. Liderança autocrática
É um estilo de liderança ditatorial. Nesse cenário, a equipe é considerada executora de tarefas. Ela não participa de discussões ou tomada de decisões, simplesmente executa ordens. Não há abertura para discussões ou participação dos demais membros da equipe. A gestão é feita, única e exclusivamente, pelo gestor. Geralmente, as reuniões nesse cenário são representadas pelo monólogo em que o “chefe” fala, dita, organiza, despacha e pune. É um modelo negativo e desestimulante de gestão. Esse estilo fica muito evidenciado nas administrações baseadas nos modelos de Taylor e Fayol.
b. Liderança liberal
Esse é o estilo mais desejado pelos membros das equipes, porém mais temido pelos empresários. O excesso de liberdade desse estilo de gestão quase sempre é criticado pelas recorrentes perdas de foco do trabalho. A liberdade é essencial para o desenvolvimento e a criatividade, entretanto, como toda liberdade, ela precisa ter limites. Nesse modelo, o líder é ausente, paternalista e, se a equipe não é madura o suficiente para assumir as responsabilidades, fatalmente o grupo todo perderá. A falta de feedback corrói até os melhores profissionais. O líder está para o grupo como um direcionador. Quando sua figura é omissa, esse direcionamento é inexistente e, com isso, a equipe pode se perder.
c. Liderança democrática
Nesse estilo, as decisões são prioritariamente deliberadas em grupo, porém sempre dirigidas, conduzidas e coordenadas pela figura do líder. Nesse modelo, é comum perceber uma convivência amistosa entre os membros do grupo. Mas é importante observar que a liberdade de relacionamento aqui deverá ser focada no profissionalismo e na responsabilidade, correndo o risco de cair na informalidade, caso não seja corretamente direcionada.

Portanto, encontrar o equilíbrio é necessário, o Líder deste mundo na era do conhecimento e disrupção digital, deve acompanhar as tendências comportamentais influenciadas meio, e fortalecer elementos por Gestão de Valores com um planejamento estratégico criado por consenso em equipe, isso tudo fortalecerá o Líder, sendo mais aquele modelo "monge" ao invés do "mecanicista por resultados".

Conheça também Os 11 princípios do Líder eficaz.

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 17 de abril de 2019
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link: https://administradores.com.br/artigos/negocios-inovadores-requerem-lideranca


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