sábado, 25 de janeiro de 2020

Ciclo de vida do produto e a necessidade da Inovação Sustentável como cultura


Os produtos, assim como os seres vivos, passam por diferentes fases na vida. Desde o momento em que é lançado e introduzido no mercado até a sua retirada, o produto passa pelos estados de introdução, crescimento, maturidade e declínio. Para Las Casas (2009, p. 201), compreender cada uma das fases desse ciclo de vida é uma parte importante para a formulação das estratégias de marketing. O gráfico representa esse ciclo de vida e suas quatro etapas em relação aos eixos vendas ($) e tempo (t):


Estágio introdução: como o próprio nome sugere, é a inserção do produto no mercado, como o consumidor sabe muito pouco sobre ele, o esforço nessa fase se dá na divulgação do produto/marca.

Estágio de crescimento: após ter sido inserido no mercado, as vendas e os impactos da concorrência no mercado começam a aumentar. Baseados nessa realidade, os lucros estão diretamente relacionados com o diferencial do produto no mercado.

Estágio de maturidade: como o nome sugere, é nessa etapa que as vendas já estão estabilizadas, pois o produto atingiu a maturidade no mercado, deixando de conquistar novos clientes. Para que o produto possa manter sua posição no mercado por muitos anos, devem-se incrementar os negócios e a diferenciação de marcas, pois a competição torna-se grande nesse estágio.

Estágio de declínio: a competição fica mais acirrada uma vez que a procura e as vendas caem. Nessa etapa, produtos são retirados e substituídos no mercado.

A cultura de inovação com sustentabilidade numa organização faz-se necessária, a fim de encontrar produtos e formas de expansão com crescimento, e a criatividade (já dizia Peter Drucker: ...a simplicidade tende ao desenvolvimento, a complexidade à desintegração) é a mola mestra para jamais entrar em declínio, como exemplo a 3M Company criada em 1902 em Minnesota no EUA, onde é sempre vista como uma das mais inovadoras do mundo e com parques industriais em mais de nove unidades aqui no Brasil e agrega mais de oitenta mil colaboradores no mundo.

E, por falta da Inovação Sustentável podemos citar grandes companhias que desapareceram e estiveram no grande topo um dia como: Kodak, BlackBerry, América Online AOL, Atari Games e Blockbuster. Mas, é importante entendermos que Cultura da Inovação deve estar e ser intrínseco na Organização de forma sustentável e obstinada, pois podemos citar aqui o caso da Xerox que sempre teve um "departamento de inovação", porém, quase veio a falência e hoje vale muito menos do que 20 anos atrás, de que adianta um time para inovar na geladeira ou sem gestão? Um dos males é o foco no produto ou serviço apenas, e, neste mundo vertiginoso de mudanças o presente está a um ponto de tornar-se passado em pouquíssimo tempo.

A manutenção do estágio de maturidade dar-se-á com o processo sistêmico da cultura de Inovação Sustentável, com gestão integrada por e para todos os colaboradores, é o que fará a diferença para a perpetuidade da organização.

Grande abraço e bom trabalho.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 10 de novembro de 2019
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte:
 https://administradores.com.br/artigos/ciclo-de-vida-do-produto-e-a-necessidade-da-inovação-sustententável-como-cultura


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quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Verticalizar ou horizontalizar o seu negócio?


Trabalhar com gestão envolve inúmeras questões. Afinal, ser gestor significa liderar, organizar, estruturar, monitorar e avaliar constantemente – seja pessoas, processos ou resultados. Fazer este trabalho requer estratégia. Por isso é importante estudar qual estratégia de gestão trará bons resultados tanto para a empresa quanto para si mesmo enquanto profissional. Mas, quais são as estratégias possíveis? Quais são as suas principais vantagens?

É essencial que seja discutido o conceito das duas estratégias em questão.  Antes mesmo de apresentar suas respectivas características, bem como as vantagens e desvantagens de cada uma, mostrar o que é verticalização e horizontalização se torna mais importante para quem precisa compreender o que tem de maravilhoso e o que tem de disforme em cada uma delas.
Dessa forma, o empreendedor, gestor ou líder que ainda não compreende a definição de cada uma dessas estratégias conseguirá entender de forma simples e clara o que elas significam para uma organização. E o que são estas estratégias, afinal?

Princípios da Verticalização

Essa estratégia é considerada por muitos autores como uma tática da organização empresarial que “faz tudo sozinha”. Neste tipo de gestão, toda a produção estará sob a inteira responsabilidade da própria empresa.
Era o que acontecia com as organizações no início do século XX – período em que esta estratégia de gestão era bem comum. As empresas produziam tudo que seria usado na fabricação dos produtos que ainda seriam comercializados.
Perceba que nessa estratégia de verticalização não há presença de empresas parceiras para somar na produção geral de uma determinada organização. Falando assim, a verticalização pode ser vista como um modelo ultrapassado, mas não é. É um modelo, inclusive, que pode trazer inúmeras vantagens para a empresa. E que vantagens são essas? Conheça: 
  • A empresa não precisa depender de terceiros. Independência é o seu “segundo nome”;
  • Os lucros começam a aumentar;
  • A empresa consegue ter uma autonomia maior em relação ao que está sendo produzido e vendido;
  • O uso da tecnologia própria facilita o domínio sobre a produção.
Assim como existem vantagens dentro dos vários modelos de gestão organizacional, também existem as desvantagens, e essas devem ser tão consideradas quanto às vantagens. Por isso é necessário citar aqui algumas desvantagens existentes na tática de verticalização. São elas: 
  • O investimento passa a ser frequente e com um volume maior;
  • foco não é uma prioridade, o que causa menor flexibilidade;
  • A empresa precisa de uma estrutura maior, já que a produção será toda por sua conta.

Princípios da Horizontalização

Ao contrário da verticalização, a horizontalização dá preferência ao que é mais prático. Esse modelo estratégico trabalha com parcerias que somam no resultado final do produto que é entregue ao consumidor.
A quantidade de empresas que optam por esse modelo de gestão é tão grande, que algumas pesquisas mostram o quanto os setores de outsourcing ou terceirização e parcerias vem crescendo paulatinamente nos últimos anos.
Porém, vale lembrar que a terceirização deve ser regulamentada de acordo com as determinações do Congresso Nacional. E quais são as vantagens de implementar a horizontalização na gestão de uma empresa? Dentre as principais vantagens, vale destacar: 
  • Os custos começam a ser reduzidos;
  • O volume de produção passa a ser mais flexível;
  • Engenharia simultânea (know how dos fornecedores);
  • A empresa volta suas atenções para um produto. O foco se torna uma ferramenta extraordinária.
Assim como na verticalização, a horizontalização é uma estratégia de gestão que também apresenta algumas desvantagens. E quais são? Confira: 
  • Redução de lucros, por conta do repasse de percentual dos lucros aos fornecedores;  
  • O controle da tecnologia já não é tão efetivo;
  • Os lucros de fornecedores ficam mais distantes;
  • Depender de terceiros se torna algo frequente;
  • Pode ser que ocorram 'casos de demissões' na fase inicial da instalação desse modelo estratégico;
  • Com o tempo, o vínculo com um colaborador vai se desfazendo.
Mesmo havendo vantagens e desvantagens em ambas as estratégias, cada uma apresenta algum fator que irá chamar a atenção para que uma delas seja “escolhida” para compor as táticas de produção de uma empresa.
Depois de analisar as vantagens e desvantagens de aplicar uma dessas duas estratégias (verticalização ou horizontalização), nota-se que a empresa precisa ter seus objetivos muito bem definidos para que a escolha seja a melhor, tanto para a organização quanto para os clientes/consumidores.
Por isso, é preciso muita reflexão e conhecimento de mercado para tomar uma decisão tão poderosa. É importante saber as vantagens e desvantagens de cada estratégia de gestão para que a tomada de decisão seja totalmente consciente e, assim, o gestor possa se preparar para minimizar danos.
Bom trabalho e grande abraço.
Prof. Adm. Rafael José Pôncio


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