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sábado, 25 de janeiro de 2020

Ciclo de vida do produto e a necessidade da Inovação Sustentável como cultura


Os produtos, assim como os seres vivos, passam por diferentes fases na vida. Desde o momento em que é lançado e introduzido no mercado até a sua retirada, o produto passa pelos estados de introdução, crescimento, maturidade e declínio. Para Las Casas (2009, p. 201), compreender cada uma das fases desse ciclo de vida é uma parte importante para a formulação das estratégias de marketing. O gráfico representa esse ciclo de vida e suas quatro etapas em relação aos eixos vendas ($) e tempo (t):


Estágio introdução: como o próprio nome sugere, é a inserção do produto no mercado, como o consumidor sabe muito pouco sobre ele, o esforço nessa fase se dá na divulgação do produto/marca.

Estágio de crescimento: após ter sido inserido no mercado, as vendas e os impactos da concorrência no mercado começam a aumentar. Baseados nessa realidade, os lucros estão diretamente relacionados com o diferencial do produto no mercado.

Estágio de maturidade: como o nome sugere, é nessa etapa que as vendas já estão estabilizadas, pois o produto atingiu a maturidade no mercado, deixando de conquistar novos clientes. Para que o produto possa manter sua posição no mercado por muitos anos, devem-se incrementar os negócios e a diferenciação de marcas, pois a competição torna-se grande nesse estágio.

Estágio de declínio: a competição fica mais acirrada uma vez que a procura e as vendas caem. Nessa etapa, produtos são retirados e substituídos no mercado.

A cultura de inovação com sustentabilidade numa organização faz-se necessária, a fim de encontrar produtos e formas de expansão com crescimento, e a criatividade (já dizia Peter Drucker: ...a simplicidade tende ao desenvolvimento, a complexidade à desintegração) é a mola mestra para jamais entrar em declínio, como exemplo a 3M Company criada em 1902 em Minnesota no EUA, onde é sempre vista como uma das mais inovadoras do mundo e com parques industriais em mais de nove unidades aqui no Brasil e agrega mais de oitenta mil colaboradores no mundo.

E, por falta da Inovação Sustentável podemos citar grandes companhias que desapareceram e estiveram no grande topo um dia como: Kodak, BlackBerry, América Online AOL, Atari Games e Blockbuster. Mas, é importante entendermos que Cultura da Inovação deve estar e ser intrínseco na Organização de forma sustentável e obstinada, pois podemos citar aqui o caso da Xerox que sempre teve um "departamento de inovação", porém, quase veio a falência e hoje vale muito menos do que 20 anos atrás, de que adianta um time para inovar na geladeira ou sem gestão? Um dos males é o foco no produto ou serviço apenas, e, neste mundo vertiginoso de mudanças o presente está a um ponto de tornar-se passado em pouquíssimo tempo.

A manutenção do estágio de maturidade dar-se-á com o processo sistêmico da cultura de Inovação Sustentável, com gestão integrada por e para todos os colaboradores, é o que fará a diferença para a perpetuidade da organização.

Grande abraço e bom trabalho.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 10 de novembro de 2019
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte:
 https://administradores.com.br/artigos/ciclo-de-vida-do-produto-e-a-necessidade-da-inovação-sustententável-como-cultura


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

As 8 estratégias de marketing digital que grandes ou pequenas empresas usam


A Internet não é algo novo. Todos já utilizamos mensagerias, e-mails, acessamos sites, compramos em lojas virtuais, e muitos de nós utilizam redes sociais, como o Facebook, Linkedin ou o Twitter. Mas como algo que incorporamos a nossas vidas de forma tão rápida, esquecemos às vezes que a Internet é usada também por nossos clientes e consumidores.

Muito se discute na atualidade não somente sobre a internet como novo meio de comunicação, mas também como ferramenta de pesquisa de mercado e um novo canal comercial. Uma pesquisa da F/Radar (2016), realizada pelo instituto Datafolha e a agência F/Nazca Saatchi & Saatchi, mostra o quanto a internet penetrou no nosso dia a dia:
  • no Brasil, temos 96 milhões de usuários na internet com idade superior a 12 anos;
  • 52 milhões de brasileiros acessam internet móvel (celular, tablets, entre outros dispositivos móveis);
  • 29% dos internautas fizeram compras pela internet no último ano;
  • 46% compraram em lojas virtuais que não possuem lojas físicas.
Ao mesmo tempo, temos várias empresas que ainda não estão inseridas nesse novo cenário por se tratar de algo muito novo. Muitos executivos ficaram espantados com o avanço tecnológico das últimas décadas, que fez de um futuro que imaginávamos na década de 1980 uma realidade: comunicação via vídeo, distâncias cada vez menores, aparelhos interligados, informação na palma da mão, entre outros.

Um exemplo fácil dessa mudança é a extinção das listas telefônicas comerciais, os famosos guias e paginas amarelas, mas, hoje em dia, se precisamos de um serviço, pesquisamos no Google e entramos em contato com os que aparecerem na primeira página.

Nessa realidade, o profissional de marketing deve entender e analisar o mercado e seu consumidor, incluindo em seu planejamento estratégias e a utilização de ferramentas digitais.

Martins (2015), quando sugere um modelo de planejamento de marketing digital, apresenta oito estratégias que as empresas (grandes ou pequenas) podem aplicar na internet: marketing de conteúdo, marketing nas mídias sociais, marketing viral, e-mail marketing, publicidade online, pesquisa online, mobile marketing e monitoramento.

Marketing de conteúdo

Como já exemplificado anteriormente, estar bem posicionado nos buscadores (Google, Bing e Yahoo) aumenta as chances de o cliente encontrar a marca na rede. A geração de conteúdo, além de tornar a marca relevante na internet, ajuda a divulgar o produto/serviço de uma forma sutil e poderosa. O marketing de conteúdo nada mais é do que a criação de conteúdos, matérias, artigos, entre outros, que as marcas devem criar na internet. Por exemplo, a criação de um blog torna-se essencial para uma empresa que gera conteúdo, a marca não deve pensar apenas nos seus produtos ou serviços, mas sim em informações e artigos relevantes.

Marketing nas mídias sociais

Para atrair mais atenção e cativar o consumidor online, as marcas devem pensar em ações que visem criar relacionamento entre a marca e o público-alvo. Os consumidores estão nas redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram, etc.), assim as marcas também devem estar nesse ambiente interagindo e impactando seus clientes. O interessante nesse tipo de estratégia é criar um relacionamento entre o cliente e marca.

Marketing viral

É o conjunto de ações de marketing digital que visam criar repercussão para sua mensagem, o chamado buzz ou boca a boca (TORRES, 2010): de uma para milhares ou milhões de pessoas. É uma poderosa ferramenta que permite atingir muitas pessoas na Internet e propagar sua mensagem.

E-mail marketing

É basicamente como o marketing direto, visa estabelecer um contato direto com o consumidor, passando para ele a sua mensagem por meio de um banco de e-mails. A lista pode ser dos clientes que a empresa já possui, dos contatos pessoais ou, até mesmo, uma lista comprada de e-mails segmentados.

Publicidade online

A publicidade online envolve várias mídias e tecnologias como banners, banners interativos, podcasts, vídeos, widgets e jogos online. Além disso, a comercialização, em alguns casos, é muito distribuída e nem sempre você estará pagando pela publicação. Devemos analisar, principalmente, que o público de cada mídia é muito diferente e, nem sempre, bem estabelecido ou fácil de determinar.

Pesquisa online

A grande maioria dos consumidores afirma que pesquisa na internet sobre o produto antes de realizar uma compra (MARTINS, 2015), essas pesquisas são feitas em buscadores como Google, Bing e Yahoo. Analisar e desenvolver ferramentas seguindo os conceitos de S.E.M. (do inglês, Search Engine Marketing) e de S.E.O (do inglês, Search Engine Optimization) auxiliam a melhorar o posicionamento nos buscadores da marca na web.

Mobile Marketing

É cada vez maior o número de dispositivos móveis que acessam a internet. Entende-se por dispositivos móveis os aparelhos eletrônicos móveis, por exemplo, smartphones, notebooks e tablets. Baseado nisso, o profissional da área de marketing digital deve, desde já, preparar-se com ferramentas e estratégias para essas novas plataformas de comunicação.

Monitoramento

Um dos pontos interessantes da internet é que se consegue mensurar exatamente o retorno que uma ação trouxe (cliques, visualizações, compras etc.), para isso, deve-se pensar em ferramentas de monitoramento e mensuração dos resultados.

Para concluir, é importante refletir sobre quantas estratégias podem ser utilizadas no ambiente digital. Muitos profissionais, ao pensar em marketing digital, acabam concentrando seus esforços em redes sociais (Facebook, por exemplo). Porém uma campanha digital deve contemplar: ter um site moderno, estar bem localizado nos buscadores, apresentar conteúdo relevante, trabalhar relacionamento via e-mail marketing, entre outras estratégias de marketing digital que vimos anteriormente.

Pensar em marketing digital é pensar amplo, é planejar sua comunicação e vendas de forma estratégica e não apenas focar em uma ferramenta de uma grande gama de ações que é possível executar graças à Internet e à Tecnologia.

Nós, como profissionais das mais diversas áreas de mercado, também somos consumidores. Compramos produtos, contratamos serviços e consumimos conteúdo pelas mídias, seja pelas tradicionais, seja pela internet.

Você já reparou como as marcas utilizam esses canais para nos impactar com sua comunicação? Se reparar, cada mídia tem um formato, apelo e conversa diferente conosco, mas todas utilizam a comunicação integrada de marketing. Utilizar vários canais para promover sua marca é importante, mas, mais importante que isso, é manter um padrão de comunicação, seja pela cor, argumento ou anúncio. Integrar e manter um padrão em toda a comunicação da empresa são reforçadores necessários nos dias atuais.
  
Bom trabalho e Grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 01 de dezembro de 2019
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/as-8-estratégias-de-marketing-digital-que-grandes-ou-pequenas-empresas-usam


Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Pesquisa e Sistema de Informações de Marketing

A pesquisa deve ser encarada como despesa ou investimento pelas organizações?

Compreende-se que pesquisa e desenvolvimento são essenciais para uma empresa inovar no mercado. É por meio de uma pesquisa que se obtêm informações valiosas sobre o mercado e os seus consumidores, como também sobre fornecedores e concorrentes.

Quanto maior o conhecimento sobre o mercado, melhor será o desempenho de um negócio.

Considerando que o marketing é um conjunto de atividades destinadas a atender os desejos e necessidades dos consumidores por meio de troca, ampliam-se o entendimento e a importância de identificar as necessidades dos consumidores. Para Samara e Barros (2002, p. 6), pesquisas de marketing são “projetos formais que visam à obtenção de dados em forma empírica, sistemática e objetiva para a solução de problemas ou oportunidades específicas relacionadas ao marketing de produtos e serviços”.

Assim, ao construir um plano de marketing, o gestor pode deparar-se com dúvidas. Estas não podem ser respondidas com achômetro ou com interpretações subjetivas, mas sim com dados e informações concretas, evitando, dessa maneira, a tomada de uma decisão errada e ampliando as chances de acerto estratégico. Para exemplificar, Samara e Barros (2002) expõem vários tipos de pesquisas que o gestor de marketing pode aplicar:

Pesquisa de Oportunidade e Vendas
-Busca de mercados existentes no mercado que atuamos ou pretendemos explorar; 
-Pesquisa de mercado e Pesquisa de Produto.

Pesquisa de Organização de Vendas 
-Avaliar a eficiência das ações da empresa; 
-Pesquisa de distribuição; 
-Pesquisa de comunicação e Pesquisa de análise de vendas.

Pesquisa de Produto 
-Identificar benefícios e problemas no produto; 
-Imagem das marcas; 
-Fatores determinantes de compra; 
-Estudo de fidelidade a marcas; 
-Aplicar testes de produtos; 
-Análise de preços e aceitação de novos produtos.

Pesquisa de Segmentação
-Perfil dos segmentos (classe social, faixa etária, estado civil, atitudes ou estilo de vida); -Tamanho dos segmentos; 
-Intensidade de consumo; 
-Necessidades e expectativas.

Pesquisa de distribuição 
-Preferências por canais de distribuição; 
-Identificação de canais alternativos; 
-Análise do desempenho da distribuição; 
-Avaliação de vendas e pós-venda pelo canal; 
-Análise de conflito de canais.

Pesquisa de análise de vendas 
-Auditoria de varejo; 
-Estabelecimento de território de vendas; 
-Fatores motivacionais para a equipe de vendas; 
-Estudos de precisão de vendas.

Pesquisa de Propaganda 
-Pré e pós-teste de campanha publicitária; 
-Pesquisa de recall; 
-Análise de investimento promocional; 
-Pesquisa de mídia.

E os Sistemas de informação em marketing?

O marketing não se estrutura apenas em análises subjetivas, é preciso também analisar dados! Assim, sugere-se que a empresa utilize um sistema de informação de marketing, o qual deve fornecer aos responsáveis pelo marketing informações para que sejam tomadas decisões baseadas na realidade do mercado.

A implantação desse sistema integrado se compõe de pessoas, equipamentos e procedimentos para coletar, selecionar, analisar, avaliar e distribuir informações que sejam necessárias, oportunas e precisas para os tomadores de decisões.

Basicamente, existem três tipos de informações: a primeira se caracteriza por ser informações relacionadas ao dia a dia, a segunda é sobre a inteligência, ela é relevante para futuras estratégias de negócio, e a terceira, por informações obtidas por meio de estudos e pesquisas não sistemáticas. 

Assim, o sistema de informações de marketing é um processo contínuo em que dados e informações são colhidos, processados e armazenados para serem utilizados nas decisões de marketing das empresas. Para facilitar, apresento-vos a seguir todos os componentes de um sistema de informação de marketing.

Sistema de registros internos
São relatórios sobre vendas, níveis de estoque, contas a pagar e receber, entre outros que possam fornecer informações para tomada de decisão.

Sistema de inteligência de marketing
Trata-se de um conjunto de procedimentos e fontes usados pelos administradores para obter informações diárias sobre o desenvolvimento no ambiente de marketing, essas informações são buscadas através de livros, jornais e revistas técnicas, conversando com fornecedores, consumidores, funcionários, entre outros.

Sistema de pesquisa de marketing
É o planejamento, coleta, análise e apresentação de dados e descobertas relevantes. Nesse sistema, é possível aplicar as pesquisas quantitativas (em que se pretende quantificar esses dados) e/ou pesquisas qualitativas (possui cunho mais exploratório e de profundidade sobre um tema ou um produto). Em breve, disponibilizarei de maneira aprofundada a importância da pesquisa de marketing para as empresas.

Sistema de apoio à decisão de marketing
Conjunto coordenado de dados do sistema, ferramentas e técnicas utilizando-se de softwares e hardwares, assim tem-se uma harmonização para interpretações das informações relevantes.

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 17 de abril de 2019
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link: https://administradores.com.br/artigos/pesquisa-e-sistema-de-informacoes-de-marketing


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Compor a promoção


Kotler e Keller (2006) destacam que qualquer empresa exerce o papel de comunicadora e promotora, mas poucas se comunicam com segmentos diretos em tempo hábil, ou seja, é importante delimitar um público-alvo (o mercado segmentando a quem se destina a promoção da marca/produto, a lei do foco).

Para o autor, o composto de comunicação de marketing (também conhecido como composto promocional) consiste em cinco importantes ferramentas:
  • Propaganda;
  • Marketing direto;
  • Promoção de vendas;
  • Relações públicas e publicidade;
  • Venda pessoal.

A Propaganda nada mais é do que promover a sua empresa, produto ou serviço por meio da comunicação, oferecendo um conjunto de ferramentas ou estratégias que possam possibilitar soluções e/ou reduzir problemas de efeitos negativos existentes no composto mercadológico. Principalmente no que diz respeito ao posicionamento da marca produto, a promoção é uma importante ferramenta de marketing. De modo geral, essas estratégias visam divulgar, dar conhecimento do produto e levar o público à decisão de compra.

Por terem características diferentes, cada uma dessas ferramentas pode ser utilizada visando aos objetivos específicos. Assim, é possível utilizar todas as ferramentas ou ao menos um conjunto delas.

Marketing direto é um sistema de marketing interativo, em seu início, as empresas utilizavam a entrega de catálogos via correio, hoje os profissionais de marketing direto podem usar diversos canais para obter possíveis clientes. Podem-se usar mala-direta, catálogo, telemarketing, televisão e outros meios de comunicação indiretos, mas que proporcione uma resposta rápida e objetiva.

Uma das grandes vantagens do marketing direto está na possibilidade de se testar as condições reais de mercado e de diferentes componentes de uma estratégia de oferta, características do produto, impacto da mensagem, preços, mídia, mailing, etc. Esse é um tipo de comunicação direcionada para um público específico e deve aproveitar a criatividade para impactar o público de forma diferente.

Embora haja muitas formas de marketing direto, todas elas compartilham quatro características básicas e distintas:
  1. Não público: normalmente, a mensagem é dirigida a uma pessoa específica, assim os concorrentes têm dificuldades em detectar seus movimentos.
  2. Sob medida: a mensagem pode ser personalizada para atrair a atenção do consumidor.
  3. Atualizado: a mensagem pode ser atualizada facilmente e normalmente com baixo custo, quando envolver, por exemplo, meios digitais de divulgação.
  4. Interativo: a mensagem pode ser alterada instantaneamente para satisfazer os clientes, é o caso do telemarketing.

A Promoção de vendas consiste em um conjunto diversificado de ferramentas de incentivo. A maioria objetiva o retorno no curto prazo, ou seja, planeja-se estimular a compra mais rápida ou em maior quantidade de produtos ou serviços específicos pelo consumidor ou pelo comércio.

Caracteriza-se por ações de estímulo à compra e utiliza-se de promessa de benefícios adicionais que apresentam uma vantagem para o público visado. Promoção de vendas é uma estratégia de efeito rápido e deve ter curta ou média duração. Algumas promoções podem ainda ser utilizadas para alcançar um efeito de médio prazo, fortalecendo a imagem do produto e auxiliando no aumento da participação do mercado. Mas é importante entender que as ações de promoção de vendas devem ter início e fim pré-determinados.

A promoção de vendas pode utilizar-se de propaganda e publicidade para alavancar o maior volume de público e, por consequência, obter melhores resultados de vendas.

Promoções de vendas mais conhecidas são: amostras, cupons, brindes, experimentações gratuitas, displays e demonstrações no ponto de venda, prêmios, concursos, sorteios, entre outros. A promoção é uma estratégia de comunicação que age no curto prazo e promove um produto estimulando a ação de compra e venda. Essa ferramenta pode atuar como apoio às estratégias de marketing ou isolada como solução para os problemas surgidos no composto de marketing. Como no caso da famosa promoção “Avião do Faustão”, que tem como objetivo promover e integrar os produtos da P&G, além de divulgar sua marca institucional.

Para Costa e Talarico (1996), a ação de promover ocorre por meio de mensagens. Elas podem focar uma marca ou produto e têm o intuito de causar impacto e envolvimento nos clientes com maior índice de consumo e/ou estimular a ação de compra. Nas ações promocionais, deve-se sempre posicionar o produto/marca apresentando vantagens para o público-alvo.

As atividades de promoção de vendas podem utilizar-se de ferramentas de propaganda e publicidade, para Kotler e Keller (2006), elas exercem funções distintas:
  • Comunicação: atraem a atenção dos consumidores e geralmente fornecem informações que podem levá-los ao produto.
  • Incentivo: incorporam algumas concessões, estímulo ou contribuição que oferecem valor ao consumidor.
  • Convite: inclui um convite para uma transação imediata, trabalhando uma mensagem imediatista.

McCarthy e Perreault (1997) enfatizam que o objetivo central desse método dentro do composto promocional é o de afetar o comportamento, ou seja, a utilização de cada um dos métodos promocionais pode variar dependendo do mercado alvo e outros elementos do composto de marketing. Assim, quando se prepara uma estratégia de marketing, é importante planejar essa combinação dos métodos de promoção para que eles possam somar forças e direcionar para um conjunto de objetivos específicos.

Costa e Talarico (1996) acreditam que, de modo geral, o público-alvo são todas as pessoas físicas, jurídicas, organizações, instituições e governo. A partir disso, deve-se compreender a importância de estudos, pesquisas, análises, observações de influências e segmentações de mercado para elaboração do planejamento. Esse pensamento é importante, pois todos têm necessidades ou desejos diferentes e devem ser dirigidos nos esforços de marketing.

A empresa deve conhecer todos os públicos que, de algum modo, podem interferir na sua vida, não podendo preocupar-se apenas com o consumidor. Por exemplo, algumas empresas utilizam eventos como forma de reforçar a sua imagem perante seus públicos, a promoção de eventos age em dois campos da comunicação mercadológica. Ao promover eventos, a empresa pode estimular diretamente a ação da compra do produto (denominada de promoção de persuasão ou promoção de vendas propriamente dita) ou auxiliar na divulgação e na formação/sustentação da imagem da empresa e do produto (também chamada de promoção de vendas com fins institucionais ou simplesmente promoção institucional).

Em resumo, pode-se considerar que a promoção é parte importante de qualquer composto de marketing com seu objetivo mais amplo: o de afetar o comportamento de compra e tem como objetivos básicos: promover, informar, persuadir e lembrar consumidores sobre a empresa ou produto.

Relações Públicas e Publicidade, são vários os públicos que se relacionam com a empresa: clientes, fornecedores, distribuidores, imprensa, órgãos públicos... esses públicos podem afetar a imagem da marca no mercado de forma direta ou indireta. Assim, as relações públicas são as relações com os públicos, ou seja, é a administração do relacionamento com os públicos, cujo objetivo é causar uma imagem favorável da empresa mostrando maior eficiência mercadológica e organizacional através de meios gratuitos.

Kotler e Keller (2006) definem que um público é qualquer grupo que tenha interesse real ou potencial que possa impactar na capacidade de uma empresa para atingir seus objetivos, é possível identificar também a utilização do termo stakeholders na definição desses públicos. Assim, relações públicas envolvem uma variedade de programas desenvolvidos para promover ou proteger a imagem de uma empresa ou de seus produtos diante da percepção de stakeholders.

É importante entender que, nessa apresentação ao mercado, as relações públicas devem estar em consonância com o marketing: posicionando as empresas com uma função de destaque e agregando valores.

Um departamento de relações públicas desempenha basicamente cinco funções:
  • Relações com a imprensa: divulgação de notícias favoráveis sobre a empresa, assessoria de imprensa, entre outros.
  • Publicidade de produtos: empreender vários esforços para divulgar produtos específicos.
  • Comunicações corporativas: promover a organização com comunicações internas e externas.
  • Lobbying: trabalhar junto a legisladores e órgãos governamentais visando à aprovação ou veto de legislações e regulamentações do setor, normalmente trabalho feito através da associação de  empresas para os interesses setorial.
  • Aconselhamento: orientar a administração sobre assuntos públicos, posição e imagem da empresa; isso inclui envolver-se quando há falha de um produto que abala a credibilidade da organização.

O trabalho do departamento de relações públicas é de fomentar ações com caráter informativo de comunicação pensando em provocar notícias e gerar conteúdos espontâneos caracterizando uma forma não paga de promoção.

Os apelos das relações públicas e da publicidade possui três qualidades distintas:
  1. Alta credibilidade, pois histórias e características novas são mais autênticas e críveis para os leitores do que os anúncios.
  2. Facilidade de abrir a guarda dos compradores, relações públicas podem atingir muitos compradores potenciais que evitariam vendedores em anúncios, assim a mensagem chega aos consumidores como notícias e não como comunicação destinada à venda.
  3. Dramatização, como na propaganda, as relações públicas têm um potencial para dramatizar uma empresa ou produto baseando-se na informação e não na promoção, o que traz maior credibilidade.

Apesar de algumas empresas ainda subestimam o poder das relações públicas, um programa de relações públicas bem coordenado com outros elementos do composto promocional é extremamente eficaz.

A Venda Pessoal consiste na comunicação direta da empresa com seus clientes por meio dos seus vendedores. Um líder de vendas administra seus vendedores por intermédio das funções gerenciais de planejamento, organização, direção e controle.

A partir disso, deve-se fazer um planejamento de vendas que estipula os objetivos a serem atingidos, a situação ambiental e o programa de marketing a ser implantado. Esse administrador deve pressupor a contratação de vendedores capacitados e também providenciar treinamentos para todos, pois é importante que os vendedores recrutados saiam em campo após dominarem completamente as técnicas mais adequadas para apresentação de vendas e ter um bom nível de conhecimento (tanto do mercado quanto do produto). Assim, esses vendedores não devem conhecer apenas as características do produto mas também seus benefícios.

O controle também é uma função importante, uma vez que se trata do acompanhamento das várias atividades planejadas, algumas vezes, pode ocorrer um confronto entre as metas e os resultados alcançados.

A venda pessoal é uma ferramenta eficaz em termos de custo nos estágios finais do processo de compra e possuem três benefícios diferenciadores:
  1. Confronto pessoal: quando a venda envolve relacionamento vivo, imediato e interativo entre duas ou mais pessoas. Cada parte está em condições de observar a necessidade e as características da outra para chegar ao bom termo e fazer os ajustes imediatos para adequação da venda a essas necessidades dos consumidores.
  2. Manutenção de relacionamento: a venda pessoal permite todos os tipos de relacionamentos duradouros de giro, sendo destinada apenas à venda ou até a um relacionamento pessoal mais profundo. Assim, os vendedores eficazes manterão o interesse de seus clientes em um relacionamento em longo prazo.
  3. Resposta: a venda pessoal faz o comprador sentir-se obrigado a ouvir a explanação do vendedor, ou seja, o comprador tem maior necessidade de atender e responder mesmo que a resposta seja um educado ‘muito obrigado’.

Existem alguns pontos negativos a serem considerados, pois a força de vendas representa um compromisso de custo em longo prazo muito maior do que em outras ferramentas do composto promocional. A propaganda, por exemplo, pode ser ativada ou desativada de uma maneira mais fácil, o que com as forças de vendas seria mais difícil de fazer, pois pode incorrer despesas adicionais. Por outro lado, uma força de vendas treinada e preocupada com a identificação das necessidades dos clientes ajuda na adequação da venda e das necessidades dos clientes, trazendo uma grande vantagem competitiva.

Bom trabalho e grande abraço.

Adm. Rafael José Pôncio


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