segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Os 5 estágios no Processo de Compra


O consumo é um comportamento e pode ser identificado, classificado e interpretado pelas diversas áreas do conhecimento. Na visão do gestor de marketing, o cliente passa por um processo antes de efetuar sua decisão de compra que envolve estágios. Existem diversos modelos interpretativos, mas adotado aqui estrutura de cinco estágios: reconhecimento da necessidade; busca de informações; avaliação das alternativas; decisão de compra; avaliação pós-compra.

Busca de informação

Após o sentimento de desconforto e o reconhecimento da necessidade, o cliente inicia o estágio de busca de informações, para sanar o problema gerado e poder retomar o seu equilíbrio interno. Essa busca pode ser ativada a partir da memória, com lembranças de experiências com determinadas marcas de produtos e serviços utilizados.

Quando essa busca interna de informações é esgotada, ou seja, o indivíduo não consegue identificar alternativas para tomar sua decisão, a busca é motivada para o campo externo. As fontes acessadas podem ser pessoais, como familiares, amigos ou profissionais especializados já de confiança do consumidor.

Outra fonte de busca externa de informação é a de origem pública, é mais institucional do campo de marketing, como as associações, ou os veículos de informação especializados na área empreendida do consumo. Podemos citar, também, como fonte a de profissionais de marketing, em que seja possível interação, troca de informação, investigação sobre benefícios em relação à concorrência e à experimentação (degustação de alimentos e bebidas; teste de aparelhos eletrônicos e veículos automotivos; sessões de beleza para demonstração de produtos de beleza e diversos segmentos).

Avaliação de alternativas

O terceiro estágio é a avaliação das alternativas que foram agregadas no processo de busca de informação. Os critérios de avaliação dependem diretamente dos critérios de seleção individual, por exemplo, para aquisição de determinado produto, o cliente avalia mais a qualidade ou o preço? Qual o nível de confiabilidade da marca atrelada a sua memória e/ou as suas fontes de informação? É nesse processo que os consumidores avaliam o produto ou o serviço com base nos seus critérios de relevância para suprir as suas necessidades.

Decisão de compra

Após examinar as opções possíveis, o consumidor decide se vai efetivar a compra ou não. No caso da primeira possibilidade, o indivíduo decidiu que vai comprar, mas ainda serão estabelecidas mais três escolhas: de quem vai comprar; quando vai comprar; como vai pagar. Quanto a ‘de quem’, os atributos do produto estão avaliados simultaneamente às características da empresa. A decisão ‘de quando’ está sujeita a circunstâncias financeiras, o prazer de experiência da compra ou até a capacidade de persuasão do vendedor na loja. O ‘como vai pagar’ depende da disponibilidade de oferta de formas de pagamento da empresa. As possibilidades de pagamento e a oferta de crédito influenciam na possibilidade de decisão ou não de compra.

Avaliação do Pós-compra

Depois de comprar o produto, o consumidor avalia, formal ou informalmente, se o produto ou serviço atendeu as suas expectativas.

A importância de manter um elo junto ao consumidor irá depender do produto ou serviço e da estratégia de cada organização, mas, é uma condição primária o pós-venda atrelado ao grau de responsabilidade e exposição do feedback para atingir os padrões de qualidade, excelência e a perpetuidade dos produtos/serviços.

Bom trabalho e grande abraço.

Adm. Rafael José Pôncio




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sábado, 4 de fevereiro de 2017

O que é ser um empreendedor: conceitos, definições e desafios



O que é ser um empreendedor

A resposta para a pergunta “o que é ser um empreendedor?”, parece muito simples já que na concepção geral empreendedor é quem começa uma empresa.

De fato, muitos empreendedores criam organizações, mas o ato de empreender significa realizar algo, executar, o que não se limita ao mundo dos negócios.

Continue a leitura e descubra o que é ser um empreendedor no Brasil e no mundo.

 As origens do empreendedorismo

Embora o empreendedorismo faça parte da humanidade desde o seu princípio. Afinal as habilidades como liderança, planejamento e coragem foram essenciais para a nossa evolução.

 O conceito do que é ser um empreendedor é mais recente.

Para compreender estas transformações, vamos fazer um passeio pela história.

Uma figura histórica citada como um dos primeiros grandes empreendedores, é do século XV, o viajante italiano Marco Polo que empreendeu ao estabelecer uma rota comercial entre a Europa e o Oriente.

A ideia de Marco Polo era vender mercadorias de outras pessoas durante as suas viagens, em troca de uma comissão.

Ele foi reconhecido como um empreendedor por identificar uma oportunidade, ter iniciativa e assumir os riscos.

Mas a palavra empreendedor só surgiu em XVI na França.

A princípio associada a militares que comandavam operações e depois evolui para “aquele que assume riscos e inicia algo novo”. 

Nesta época os empreendedores estabeleciam acordos com o governo ou bancos para financiar os seus projetos, repartindo os lucros.

Um dos responsáveis por propagar este conceito foi Richard Cantillon, um escritor e economista que diferenciou o empreendedor (pessoa que assume os riscos) do capitalista (quem fornecia os recursos).

Com a Revolução Industrial (XVIII) esta diferenciação se tornou mais evidente, com Thomas Edison, que recorria a investidores para financiar as suas criações.

Já no início do século XX a ideia do que é o empreendedor foi analisada apenas pela visão econômica. Sendo que para o economista e filósofo Adam Smith o empreendedor era apenas aquele que deseja obter lucros com sua produção.

Porém, ao final deste século o economista austríaco Joseph Schumpeter deu um novo significado a esta palavra. Segundo ele:

“o empreendedor é o responsável pelo processo de destruição criativa, sendo o impulso fundamental que aciona e mantém em marcha o motor capitalista, constantemente criando novos produtos, novos métodos de produção, novos mercados e implacavelmente, sobrepondo-se aos antigos métodos menos eficientes e mais caros”.

Ou seja, uma das principais características do empreendedor é a sua capacidade de inovação e aproveitar as oportunidades, “destruindo” o que é velho e abrindo espaço para o novo.

E assim chegamos aos grandes empreendedores do século XXI, pessoas como Mark Zuckerberg e Jeff Bezos que encontraram na tecnologia uma forma de desenvolver seus negócios.

Mas nem todo o empreendedor precisa ser assim, a inovação é apenas uma das características do empreendedorismo, que explicarei mais para frente.

Definições sobre o que é ser um empreendedor

Conheça os atributos que determinam um empreendedor, os perfis e a diferença entre empreendedores e empresários.

Qualidades dos empreendedores

Um empreendedor de sucesso é marcado por características e habilidades que o destacam dos demais, conheça 15 delas:

  1. Aceita feedbacks: entende as avaliações como uma forma de melhorar.

  2. Assume riscos: não tem medo de ousar, mas de forma consciente.

  3. É autoconfiante: reconhece o seu grande potencial.

  4. É dedicado: se esforça ao máximo para atingir os resultados.

  5. É otimista: acredita no sucesso do seu sonho.

  6. É resiliente: tem perseverança e aprende com os próprios erros.

  7. Inova: busca soluções criativas para os problemas da sociedade.

  8. Pautado pela ética: sabe que o respeito é fundamental.

  9. Possui autonomia: embora precise de outras pessoas, o empreendedor tem a capacidade de tomar decisões e ações de forma individual.

  10. Possui inteligência emocional: sabe lidar com os sentimentos e emoções próprios e de outras pessoas.

  11. Pratica network: sabe da importância de construir uma rede de contatos.

  12. Raciocina com visão: consegue projetar cenários futuros, percebendo as possibilidades.

  13. Sabe liderar: um empreendedor é capaz de motivar e coordenar os demais.

  14. Tem iniciativa: transforma pensamentos em ações.

  15. Tem pensamento estratégico: desenvolve planos de ação para atingir os objetivos.

 Tipos de empreendedores

Não só as qualidades que definem o que é ser um empreendedor, por isso apresentamos os perfis já identificados:

Empreendedor nato

São pessoas que parecem ter nascido com o dom para empreender, elas surgem “do nada” e se tornam grandes referências nos seus campos de atuação. Por exemplo: Sílvio Santos e Walt Disney.

 Empreendedor que aprende

São indivíduos que nunca pensaram em empreender, mas quando surge uma oportunidade vantajosa começam a jornada. Costumam demorar mais tempo nesta decisão e precisam aprender a lidar com a nova realidade.

 Empreendedor serial

É uma pessoa apaixonada pelo ato de empreender, por isso, cria vários negócios. Normalmente estes empreendedores não participam do dia a dia da empresa, mas montam uma equipe para este fim.

Empreendedor social

Tem como objetivo criar um mundo melhor, logo está envolvido em causas humanitárias. Um destaque deste tipo de empreendedor é o seu alto nível de comprometimento.

 Empreendedor por necessidade

Pessoas que vêem o empreendedorismo como a única alternativa para sua subsistência, geralmente começam em negócios informais e com pouca infraestrutura.

Empreendedor herdeiro

São indivíduos ensinados a empreender  desde crianças, principalmente pelo exemplo. São responsáveis por manter os negócios da família prosperando.

Empreendedor corporativo

Aquela pessoa que mesmo não sendo o dono do negócio tem as características de um empreendedor. Geralmente ele ocupa cargos estratégicos e de liderança como gerente ou coordenador.

 Diferença entre empreendedor e empresário

Como o conceito de empreendedor foi se modificando ao longo da história é natural que haja confusão dos termos.

Afinal, muitos empreendedores criam empresas, logo muitas pessoas acreditam que seja uma coisa só.

Mas, enquanto o empreendedor é uma pessoa que sabe identificar oportunidades, criar soluções, tem iniciativa e persistência. O empresário é alguém que gerencia um negócio.

Logo, nem todo empreendedor é empresário e nem todo empresário é empreendedor.

O que é ser um empreendedor no Brasil

Conheça a história do empreendedorismo no Brasil e como é ser um empreendedor nos dias atuais.

Resumo história do empreendedorismo brasileiro

Assim como no restante do planeta, o empreendedorismo no Brasil sempre existiu, porém, só ganhou a partir da década de 90 com a abertura da economia.

Foi nesta época que surgiram grandes empreendedores como Luiz de Queirós, precursor do agronegócio no país e Atílio Francisco Xavier Fontana, criador da Sadia, que futuramente se tornaria a BR Foods.

Mas uma pessoa importante para a história do país foi Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, que viveu no século XIX e foi  responsável por muitos empreendimentos para a modernização do Brasil.

Ele fundou a Companhia de Iluminação a Gás do Rio de Janeiro, a Companhia de Navegação a Vapor do Amazonas e a Companhia Fluminense de Transportes.

E nos dias atuais?

Sem dúvida, o Brasil é um país de empreendedores, conforme uma pesquisa da  Global Entrepreneurship Monitor (GEM) feita em 2020,  ter o próprio negócio é o 2º maior sonho do brasileiro.

Contudo, a burocracia, falta de capacitação e apoio financeiros são empecilhos para os empreendedores brasileiros atingirem o sucesso.

Afinal, segundo IBGE  menos de 40% das empresas criadas no Brasil sobrevivem após 5 anos de atividades. Estes dados são de até 2019, ou seja, longe dos impactos da pandemia do coronavírus.

Mas, mesmo que o cenário não seja tão favorável, existem vantagens para quem deseja começar um negócio no país.

A burocracia, por exemplo, é para todos, então mesmo que você pague muitos impostos e tenha problemas com a contabilidade, os seus concorrentes estão no mesmo barco.

A diversidade também é um ponto positivo, pois aumenta as opções de produtos e serviços em que é possível investir.

Então, se você tem o sonho de empreender, não desista! Planeje-se e capacite-se, porque as oportunidades estão por aí.

Bom trabalho e grande abraço.

Adm. Rafael José Pôncio




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Os traços de um empreendedor versus um gerente



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