quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Gestão de Pessoas na moderna Administração


Falar em gestão de pessoas não é falar somente de uma área dentro de uma organização. Isso porque atualmente a gestão de pessoas passa a ser vista como uma função (papel) desempenhada por gestores de equipes, administradores, gerentes, coordenadores ou supervisores, ou seja, por todos aqueles que detêm sob o seu comando uma equipe de trabalho.

A partir de meados da década de 1980, impulsionadas principalmente pela globalização e evolução da tecnologia, as organizações precisaram repensar os seus modelos de gestão, o que impactou, mais uma vez, na forma de condução de seus funcionários.

A mudança sobre o papel dos indivíduos nas organizações e os novos procedimentos de gestão determinaram sérios questionamentos sobre a forma como a ARH – Administração de Recursos Humanos vinha sendo desenvolvida nas organizações. Estes questionamentos levaram inclusive, a críticas sobre terminologia utilizada para designar este departamento, pois partia-se da premissa de que, se tratadas como recursos, as pessoas tinham de ser administradas em busca do maior rendimento possível, e, esta busca exacerbada pelo rendimento, foi uma característica dos “primórdios” das teorias de gestão e tratamento das pessoas nas estruturas organizacionais da era industrial.

Alguns autores que estudaram sobre esta mudança de concepção como Chiavenato (2010), Gil (2014) e França (2009), destacam a consideração das pessoas como parte do patrimônio da organização, e propõem que, os indivíduos sejam tratados como parceiros e não como recursos desta estrutura. Isso porque os indivíduos passam a ser vistos como fornecedores de conhecimentos e de habilidades, e dotados de capacidades que enriquecem o valor da organização. Surge a nomenclatura “colaborador” para tratar os funcionários das organizações.

O que temos de novo, então? Uma abordagem de gestão de pessoas que não limita as atividades do órgão de RH a administrar os recursos humanos de uma organização, mas sim propor-se à expansão das suas atividades de maneira estratégica e global.

Iniciam-se assim, discussões em torno de novas abordagens para a prática de condução de pessoas nas organizações, chegando ao conceito de GP – Gestão de Pessoas.

É importante destacar que o órgão de RH – Recursos Humanos não foi excluído da organização, pois os profissionais desta área ainda têm o papel de recrutar, selecionar, capacitar, avaliar o desempenho, desenhar cargos e remunerar, e outras tantas atividades que lhes cabem. O que mudou foi a perspectiva de execução de suas atividades, que deixam de ser meramente operacionais e executadas somente pelo RH, tornando-se táticas e estratégicas executadas em conjunto com os demais gestores da organização.

É assim que o órgão de RH passa a atuar enquanto suporte para desenvolvimento de atividades dos setores e tomada de decisão de seus gestores. Na fase moderna, todas as lideranças são gestores de pessoas na organização, o que leva à mudança da rotulação de “departamento” para “área de atuação”.

Fala-se ainda, dentro desta fase moderna, em Gestão de Talentos, Gestão do Capital Humano, Gestão do Capital Intelectual, e outras nomenclaturas para a área que “cuida” das pessoas na organização. Vai depender do estilo da organização, ramo de atividade ou até mesmo do perfil de gestores que fazem parte do seu quadro.

O mais importante, é que esta mudança não representa somente uma mudança de nomenclatura, pois é necessário ir além das placas de identificação do órgão de RH, e implementar ações que realmente caracterizem uma nova abordagem de GP - Gestão de Pessoas na era moderna do conhecimento da administração.

Bom trabalho e grande abraço. Autor: Adm. Rafael José Pôncio Publicado em: 01 de setembro de 2016 Especial: artigos no portal Administradores.com Link: https://administradores.com.br/artigos/gestao-de-pessoas-na-moderna-administracao



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terça-feira, 6 de setembro de 2016

O Marketing do Varejo


Apresentação e Pessoal devem sempre estar alinhados nos processos para atendimento ao cliente, com alto grau no foco de compreensão dos clientes.

Um dos temas mais discutidos em congressos de gestão pela comunidade empreendedora no mundo é a sustentabilidade de negócio. Essa sustentabilidade não se refere a questões ambientais, não que não sejam relevantes, muito pelo contrário, mas refere-se dentro do campo da administração como a forma de manter as organizações saudáveis, competitivas e lucrativas. O varejo não fica de fora dessa preocupação. O processo de sustentabilidade de negócio conta com diversos fatores, mas, aqui, vamos privilegiar um fator altamente impactante, se não, essencial para a sobrevivência do negócio: o marketing.

Em tempos de concorrência acirrada, para conquistar um novo consumidor, não basta atendê-lo, é preciso fazer com que ele se sinta único. E como isso é possível? O processo de compra deve ser um momento que se traduz em satisfação. Em tempos de intensa disputa por pontos melhores, produtos mais acessíveis, promoções cada vez mais inovadoras e produtos mais adequados às necessidades dos consumidores, a satisfação é imperativa, ainda mais no que se refere ao varejo, que trabalha com o consumidor final.

Um cliente satisfeito passa a ser fiel ao estabelecimento e essa fidelidade vale ouro em um segmento tão competitivo e instável. A ideia de que, a partir das ferramentas do marketing, é possível entender, prever e satisfazer o desejo dos clientes é imperativo.

Em que setores o marketing pode atuar? Praticamente todos! É essencial, contudo, que se conheça o negócio, o produto, as ferramentas ideais e, principalmente, o consumidor. Vejamos, a seguir, um quadro sintético de Pasquale, Lammardo Neto e Gomes (2011), que fala sobre as áreas de atuação do marketing no conhecido Composto de Marketing ou 4 P’s do Marketing:

PRODUTO: Variedade do produto, Qualidade, Design, Características, Nome de marca, Tamanhos, Serviços, Garantias e Devoluções.

PREÇO: Lista de preços, Descontos, Condições, Prazo de pagamento e Condições de crédito.

PRAÇA: Canais, Cobertura, Sortimento, Localizações, Estoque e Transporte.

PROMOÇÃO: Promoção de vendas, Propaganda, Merchandising, Força de vendas, Relações públicas e Marketing direto.

Comunicação Integrada de Marketing, FONTE: Pasquale, Lammardo Neto e Gomes (2011, p. 101).

Mas quando o assunto é varejo, é preciso ampliar um pouco mais essa cobertura do marketing. Podemos definir que o Marketing do Varejo a partir das particularidades do varejo e incluir, além dos 4 P’s tradicionais do marketing, os quesitos: Apresentação e Pessoal.

Apresentação: porque o layout dos estabelecimentos devem ser convidativos e sugestivos para compras, e, nada de imagens de apenas máquinas ou produtos, mas, sempre com foco de imagens das pessoas para pessoas, é uma das citações da Administração Moderna de Peter Drucker que diz: "gente feliz com gente feliz".

Pessoal: pelo fato de a qualidade da equipe e a forma de atendimento ao consumidor final serem decisivas no momento de escolha em compras, produtos ou serviço. Esses fatores servem, até mesmo, para ambientes virtuais. Os layouts dos sites de e-commerce devem ser atrativos, interativos, com informações em abundância, e o serviço de suporte (0800, televendas, chats, "reclame aqui" e outros) deve ser pronto, prestativo, amigável, eficiente e cordial; a compreensão nas - e das pessoas é a chave para boas vendas.

Podemos destacar aqui que as técnicas do Marketing de Varejo devem estar a serviço das formas de relacionamento entre cliente e varejo e devem sempre vir aliadas a estratégias de boas Relações Públicas para que o resultado tenha consistência na sua plenitude.

Com isso, podemos perceber que o varejo é muito mais que expor mercadorias aos consumidores. Varejo é uma constante reinvenção de abordagens e estar à frente no seu setor é poder se reinventar constantemente, ou seja, é inovar com pessoas.

Grande Abraço e boas idéias!
Autor: Adm. Rafael José Pôncio Publicado em: 29 de agosto de 2016 Especial: artigos no portal Administradores.com Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/o-marketing-de-varejo




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