terça-feira, 24 de maio de 2022

Como construir uma rede de contatos consistente


Como ter uma rede de contatos e estimular a colaboração podem potencializar a sua capacidade de liderar


O conceito de networking se popularizou há algum tempo e praticamente todo empreendedor hoje tem a consciência da relevância de se estabelecer e cultivar uma boa rede de contatos, ou seja, de investir em relacionamentos profissionais. 


Com o avanço da transformação digital e das consequentes mudanças provocadas nas dinâmicas sociais, ficou ainda mais latente essa necessidade de fazer conexões além do nosso círculo de relacionamento mais direto, da chamada “bolha”. 


Para os negócios, esse é um recurso que ajuda a gerar oportunidades, ter acesso aos profissionais relevantes do mercado e também pode melhorar a condução de projetos e aprimorar a capacidade de liderança.


Afinal, com todas essas constantes mudanças pelas quais passamos, é natural que a forma de liderar também precise de adaptações. E, atualmente, um ponto estratégico em comum das organizações de destaque é o foco nas pessoas, nas relações e no poder da colaboração para atingir objetivos e resultados. Confira mais sobre isso a seguir e saiba a melhor maneira de ampliar a sua rede de contatos!

A importância de cultivar relações profissionais 

Ser empreendedor e dono de negócio envolve equilibrar vários papéis. Um dos mais importantes, sem dúvidas, é manter relacionamentos e criar conexões profissionais, seja com outros empreendedores, fornecedores, concorrentes, colaboradores e parceiros. Essa é uma atividade importante para compartilhar ideias, encontrar condições favoráveis para o seu negócio e se inspirar. 


Além disso, o networking pode favorecer oportunidades de negócio e investimentos. Outro ponto pouco observado é que essa ação de cultivar relações pode ainda contribuir para aprimorar a sua capacidade de liderar e ser estratégica para atingir resultados e objetivos. Afinal, com uma rede de contatos abrangente é possível contar com a colaboração e a expertise de profissionais de diversas áreas, possibilitando a formação de uma equipe imbatível. 

A liderança que usa o networking para incentivar a cultura colaborativa e potencializar resultados

Como mencionei anteriormente, o foco em pessoas, na qualidade das relações e na priorização da cultura empreendedora colaborativa tem sido atualmente a grande aposta de grandes corporações e startups que deram a guinada, para gerar inovações, elevar os níveis de processos da gestão e manter o sucesso. 


Como líder contemporâneo, é preciso ter essa percepção de mudança de mindset e entender a importância de confiar e delegar e que, com a colaboração, todos saem ganhando. 


Assim, sai de cena aquele ambiente competitivo de outrora e entra em destaque o ambiente mais colaborativo, no qual se compreende que o relacionamento interpessoal e a colaboração podem ser ferramentas essenciais para a solução de problemas complexos e o desenvolvimento coletivo. 


É importante, portanto, se adaptar a essa nova liderança que estimula a cultura da colaboração. E, para isso, cultivar relacionamentos profissionais, e dedicar-se à manutenção dos mesmos é fundamental. 

Como construir uma rede de contatos consistente

Compreendida a importância do networking e como essa ferramenta pode contribuir na condução de um projeto, estabeleço a seguir algumas ações que podem ajudá-lo a construir a sua rede de contatos. Confira!

Identifique contatos que tenham interesses em comum, sejam estratégicos e realmente relevantes

Fazer networking não é simplesmente se conectar a uma quantidade enorme de pessoas, independentemente se a relação tem a ver com você ou com o seu negócio. É importante investir na qualidade e prezar pela capacidade de interação, entendendo se há interesses em comum para existir um relacionamento. A experiência precisa ser benéfica para ambos os lados, fazer sentido, ser verdadeira e pautada na confiança mútua. 

Compreenda qual a melhor forma de abordagem

Ao fazer um contato, planeje a abordagem de forma inteligente. Encontre pontos em comum no relacionamento, aborde assuntos interessantes e respeite o perfil de cada um, evitando ser inconveniente. Em "roma comporte-se e fale como os romanos", mas seja autêntico e honesto.

Construa relacionamentos a longo prazo e empenhe-se na manutenção dos mesmos

Um dos segredos do networking está justamente na manutenção da rede de contatos, mantendo-a sempre engajada, com constância nas ações para cultivar os relacionamentos estabelecidos. Interações e encontros esporádicos são importantes para que as pessoas sempre se lembrem de você. Caso contrário, de nada adianta uma lista cheia de contatos se não há relacionamento de fato. 


Dessa maneira, o ideal é investir em relacionamentos a longo prazo, buscando maneiras de sempre fortalecer o vínculo. As oportunidades que surgirão serão sempre consequência da dedicação às relações da sua rede de contatos. 

Esteja disposto a ajudar para ser ajudado

Ao oposto do que muitos acreditam, a base do networking não está na busca de relações de interesse, no famoso “toma lá, dá cá”. Nesse sentido, é importante ter sempre em mente o que você pode agregar para as pessoas, de que maneira pode contribuir, de forma genuína e com honestidade. Assim, esteja disposto a ajudar sem almejar nada em troca. Pode ter certeza de que quando se estabelece uma relação verdadeira e há o sentimento de confiança, a lei da reciprocidade não falhará, e a ajuda de hoje será retribuída no futuro. 

Seja interessado e compartilhe informação e conhecimento

Nesse mesmo contexto, lembre-se da importância da troca de experiências para um relacionamento profissional. Portanto, não hesite em compartilhar informações importantes e conhecimentos sobre o mercado, por exemplo, com a sua rede de relacionamentos. Dessa forma, você vai inspirar confiança e será lembrado na necessidade de uma indicação, o que pode gerar oportunidades de negócio. 

Participe de eventos da área e use as redes sociais

Eventos são ótimos locais para fazer contatos, conhecer gente da sua área e prospectar potenciais clientes. Fique por dentro do calendário, esteja sempre atualizado em relação às novidades do seu campo de atuação e entenda quem tem relevância para se conectar. 


Além disso, hoje temos ainda à nossa disposição importantes ferramentas de networking, que são as redes sociais. Fazer conexões pelo LinkedIn, por exemplo, pode ser uma boa estratégia para começar a ampliar a sua rede de contatos.  



Dito tudo isso, destaco que, para ter resultados efetivos, é essencial a constância nas ações e o investimento em conexões genuínas. Fazer networking e estabelecer uma rede de contatos é hoje uma habilidade primordial para qualquer gestor/empreendedor e, como vimos, os benefícios de cultivar boas relações profissionais vão muito além: a colaboração pode ser uma via para novas oportunidades; ademais, é também um novo rumo das organizações e pode ajudar a melhorar a sua capacidade de liderar.


Bom trabalho e grande abraço.


Prof. Adm. Rafael José Pôncio





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terça-feira, 10 de maio de 2022

Barbe-Nicole Clicquot-Ponsardin, a rainha do Champagne

Quando falamos sobre a história do empreendedorismo é comum nos referimos a homens. Sem dúvida, se analisarmos o nosso passado enquanto civilização é inegável as diferentes formas de tratamento dadas às mulheres, em geral designadas para o espaço doméstico e educação dos filhos. A construção desigual destes papéis sociais limitou por muito tempo a atuação feminina frente aos negócios. Nos choca, por exemplo, que há menos de cem anos atrás uma mulher seria mal vista ao tentar gerir um negócio por conta própria, principalmente se não viesse de uma classe abastada. 

Sendo assim, até o século XX foram raras as empreendedoras que obtiveram sucesso, mesmo sob as rígidas condições do seu tempo. Porém, apesar de poucas, as mulheres da época também deixaram sua marca indelével no mundo dos negócios. Hoje conhecemos uma destas damas que enfrentaram não apenas a concorrência em seus empreendimentos, mas também o preconceito de um mundo que não as aceitavam como empresárias. Retornemos então até a França do início do século XIX para sabermos um pouco mais sobre a Madame Barbe-Nicole Clicquot-Ponsardin, a viúva que se tornou a rainha do Champagne.

Do lar às adegas

Nossa grande empreendedora no ramo de vinhos nasceu em 1777, no norte da França. Advinda de uma família de posses - seu pai era um industrial têxtil - a jovem Barbe-Nicole teve a chance de estudar e adquirir uma excelente formação, algo raro para as mulheres da época e destinada apenas às que fossem bem nascidas. Seus pais, porém, apesar de acumularem uma fortuna considerável, viviam sob a sociedade do Antigo Regime e não desfrutavam de uma série de privilégios concedidos apenas à nobreza. Esse fato levou o pai de Barbe-Nicole a ser um personagem ativo no movimento que mudaria o rumo da Europa e da organização social de todo o Ocidente: a Revolução Francesa.

Barbe-Nicole nos anos da revolução era apenas uma menina e fora blindada dos episódios mais intensos dos dez anos que mudaram a história francesa. Porém, mesmo vivendo sob uma nova ordem social, muitos costumes mantiveram-se. Um deles, certamente, diz respeito ao papel da mulher na sociedade europeia que, em linhas gerais, estava estritamente submissa ao marido. Desse modo, ao fim dos anos de revolução Barbe-Nicole estava com um casamento marcado, tudo arranjado entre o seu pai e o seu futuro sogro.

Como bem sabemos, a prática de utilizar o casamento como uma maneira de construir alianças e fortalecer laços entre famílias é tão antiga quanto a própria história humana. Sendo assim, os pais da jovem Barbe-Nicole viram no casamento de sua filha uma oportunidade de ampliar seus negócios. Dessa maneira, em 1798, com 21 anos, a futura empresária do champagne casou-se com François Clicquot. Porém, a vida em família não seguiria para o “final feliz” que as antigas histórias nos contam.

Seis anos após o casamento do então François, que nesse momento tinha assumido a vinícola do seu pai e comandava um próspero comércio de vinhos, acabou morrendo precocemente de febre tifóide, em 1805. Assim a doença levou o casamento de Barbe-Nicole ao fim e isso representava, para a grande maioria das mulheres, uma vida marcada pela viuvez. 

Entretanto, por vezes são nos momentos de maior tensão e dor que revolucionamos a nossa própria vida. Com Barbe-Nicole isso aconteceu de maneira precisa, pois a jovem de 27 precisava não apenas garantir sua sobrevivência, mas também a dos seus filhos. Portanto, a necessidade a fez, em grande parte, sair do papel de esposa e dona de casa para tornar-se uma verdadeira empresária. Essa resiliência a tornou mais forte!

Entretanto, essa não foi uma jornada fácil. O primeiro desafio estava justamente em conseguir trabalhar. Graças a uma brecha na lei francesa, na qual afirmava que uma viúva poderia assumir os empreendimentos do seu falecido marido, Barbe-Nicole passou a ser a dona da vinícola Clicquot. Esse fato certamente chocou a sociedade francesa, uma vez que as mulheres eram proibidas não apenas de trabalhar, mas também não podiam votar, frequentar cursos superiores nem muito menos comandar de tão perto um empreendimento. Assim, com o apoio do seu sogro, a madame Clicquot passou a empreender e aumentar os lucros da vinícola, mas essa jornada estava longe do fim.

Madame Clicquot, superando as guerras

Outro grande empecilho enfrentado pela Madame Clicquot em sua vinícola foram as guerras napoleônicas. Como a história nos conta, após o golpe do 18 Brumário o general do exército francês Napoleão Bonaparte assumiu a França e estabeleceu o seu império. Suas pretensões e conquistas se estenderam até 1815, quando foi derrotado em Waterloo e foi aprisionado na ilha de Santa Helena. Mas qual a relação desse momento de disputas entre a França e a Europa e os negócios da nossa empreendedora?

Devido às constantes batalhas a produção e consumo de vinho caiu na França, uma vez que grande parte do contingente estava direcionado para as frentes de guerra. Além disso, a exportação do vinho para os países europeus também estava comprometida devido a péssima política exterior do general conquistador. Desse modo, a madame Clicquot chegou muito próxima da falência, principalmente após 1812 com a derrota francesa frente à Rússia. Porém, mais uma vez a tragédia abria um espaço sutil nos negócios que só o olhar de um verdadeiro empreendedor conseguiria ter. 

Antes da guerra acabar, Barbe-Nicole percebeu que seus vinhos mais doces eram os preferidos no leste Europeu, diferentemente dos outros vinhos que circulavam na França. Percebendo uma chance de alavancar seus negócios e conquistar um novo mercado, a Madame Clicquot direcionou grande parte da sua produção para estes países, em especial para Rússia, principal combatente do exército francês. Assim, deixando grande parte de sua mercadoria estocada com outros comerciantes no país inimigo e com ordens para vendê-lo somente após a guerra, a madame Clicquot fez um movimento extremamente arriscado, pois poderia perder não apenas a última chance de salvar seu negócio, mas ser considerada uma traidora por furar o bloqueio comercial estabelecido por Napoleão.

Porém, com a derrota francesa e o fim da ofensiva contra a Rússia, rapidamente voltou-se à rotina pré-guerra e ao consumo regular de álcool por parte da população. Desse modo, quase como mágica, quando os copos voltaram a ser enchidos nos bares o vinho - que hoje conhecemos como Champagne - neles eram os da vinícola Clicquot. Em pouco tempo a viúva Clicquot, como também era conhecida, tornou-se uma das empresárias mais bem sucedidas do seu tempo, ganhando não apenas dinheiro, mas notoriedade no ramo da enologia.

Essa percepção do futuro lhe garantiu adentrar profundamente no mercado dos países do leste europeu, além de fortalecer sua marca com outros produtos circulando em mercados menos atrativos para a champagne, como a própria França. Essa façanha mostra um lado muito interessante da Madame Clicquot, pois ela não apenas foi capaz de enxergar a oportunidade frente o contexto em que vivia, mas de arriscar-se em um momento tão delicado para a sua empresa à beira da falência. 

Devido a capacidade de assumir um risco tão alto, porém perfeitamente calculado, Madame Clicquot tornou seus vinhos populares em todo o continente, feito que até hoje reverbera em todo o mundo.

Após sua morte, em 1866, a vinícola passou por mudanças. Uma delas, que permanece até os dias atuais, é o nome da própria empresa. Atualmente a conhecemos como Veuve Clicquot, que em uma tradução direta significa “viúva Clicquot”. Seus vinhos, como uma pesquisa rápida nos mostra, podem variar entre R$ 337 até R$47.000, sendo assim um dos mais caros do mundo.

Considerando todos esses aspectos e ressaltando mais uma vez a sua força moral para desempenhar um papel tão distinto quanto o que a sociedade a pressionava a ser, não é a toda que Barbe-Nicole Clicquot encontra-se nessa lista de Grandes Empreendedores da História do mundo. Que seu espírito empreendedor e visão para conquistar - e dominar - o mercado nos deixem inspirados para darmos seguimento aos nossos negócios e fazê-los prosperar.

Bom trabalho e grande abraço.

Prof. Adm. Rafael José Pôncio




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        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

terça-feira, 3 de maio de 2022

Entenda o sistema FEFO e saiba quando e como utilizá-lo

FEFO

Para quem trabalha no ramo com logística, a palavra FEFO não é desconhecida, ela trata do gerenciamento do estoque.

Muitos empreendedores se esquecem, mas o armazenamento tem um papel fundamental em boa parte dos negócios.

Afinal, é da venda dos produtos que a empresa obtém lucros, e não ter esse cuidado no armazenamento e controle dos insumos pode levar a empresa a ruína.

Então, segue um texto detalhando o sistema FEFO.

O que é o FEFO?

FEFO é um sistema de gerenciamento de estoque.

A sigla vem do inglês e significa “first expire, first out” ou em português, o “primeiro a vencer, o primeiro a sair”, por esta razão também é chamado PVPS.

Como o nome indica esta forma de guardar e controlar os produtos, utiliza sempre os itens que estão mais próximos da validade primeiro, independente de quando entraram no estoque.

Quando usar o FEFO?

Este modelo é muito utilizado em negócios que trabalham com produtos perecíveis ou que possuem uma alta rotatividade.

 Exemplos:

Um restaurante trabalha com uma grande quantidade de produtos que estragam facilmente e precisa seguir rigorosamente as normas de validade, logo o FEFO é o mais indicado.

Também uma loja de roupas precisa ter um fluxo constante de peças. Afinal a cada estação uma nova coleção de produtos veem e nem sempre o que fez sucesso no ano passado, fará neste.

Além disso, as roupas podem sofrer danos se ficarem armazenadas por muito tempo.

Benefícios ao utilizar o FEFO

As maiores vantagens de utilizar este sistema são:

Diminui as perdas por vencimento

Como os produtos são utilizados seguindo a data de validade, as chances de que algo precise ser descartado por este motivo reduzem significativamente.

Logo, os itens precisam estar bem identificados, para não haver confusões nas requisições.

Maior controle da qualidade

Mesmo com todos os cuidados, produtos perecíveis como carnes e frutas perdem a qualidade se ficarem muito tempo armazenados.

Utilizando o sistema FEFO isso não acontece, portanto, a qualidade dos produtos será muito superior.

Inclusive, existem chefes de cozinha que preferem não ter cardápio fixo no restaurante para aproveitar os produtos mais frescos que encontrar disponíveis.

Melhora a gestão financeira

Com o estoque organizado neste modelo, a empresa sofre menos com a inflação e a deflação, já que os produtos ficam pouco tempo parados.

Como funciona o FEFO?

 Colocar o FEFO em prática significa manter um controle rígido da data de validade.

 Para isso é importante que o prazo de validade esteja bem visível em todos os produtos.

Então, o estoque não deve ser organizando segundo a ordem de chegada, mas conforme os lotes que estão para vencer.

Para facilitar a compreensão, segue um exemplo:

Uma farmácia recebeu no dia 5 de janeiro um lote 50 cartelas de remédios para dor de cabeça, com data de validade para 90 dias.

No dia 10 de janeiro ela recebeu de outro laboratório um segundo lote com 30 cartelas deste mesmo medicamento, com validade para 60 dias.

Já em 15 de janeiro a farmácia recebeu um terceiro lote com 20 cartelas do mesmo remédio, com validade para 30 dias.

No dia 16 de janeiro foram vendidas 10 cartelas do medicamento para dor de cabeça.

Pela regra do FEFO, as cartelas vendidas fazem parte do 3 lote, pois é considerado somente a validade do produto e não o recebimento das mercadorias.

Como aplicar o FEFO 

Se você identificou o FEFO como o melhor método para gerenciar o seu estoque, segue um passo a passo para colocá-lo em prática:

Passo 1: Faça uma análise

Antes de aplicar o FEFO, é fundamental avaliar quais mudanças serão necessárias.

Por exemplo: uma reorganização do armazém.

Passo 2: Coloque uma pessoa no comando

É importante que uma pessoa fique responsável pelas mudanças, pode ser você mesmo ou quem já é o encarregado da logística.

Passo 3: Identifique os produtos

Agora vem a parte prática.

Utilize etiquetas padronizadas para identificar os produtos, paletes ou estantes.

Para isso você pode utilizar o sistema SKU (stock keeping unit ou unidade de manutenção de estoque).

SKU são códigos formados por letras e números que facilitam a gestão dos produtos. Em uma empresa cada produto possui um SKU (código) diferente que segue um padrão lógico.

Ele é geralmente composto por informações como: o fabricante, descrição do produto, tamanho, quantidade e cor.

Por exemplo: uma papelaria comercializa a “Caneta Esferográfica 10 Cores Bic Cristal Fashion”. 

SKU: BICCEC10CO

  • Fabricante: BIC

  • Descrição do produto: CE

  • Quantidade:10

  • Cor: CO (colorido)

Desta maneira, fica mais simples identificar os produtos.

Passo 4: Tenha um sistema eficiente

Para ter um estoque ágil é importante ter um WMS (sistema de gerenciamento de armazém) que atenda às suas necessidades.

Passo 5: Cuide do estoque

Além da organização, o depósito precisa estar limpo e bem iluminado. Afinal, mesmo aplicando o FEFO, sem a atenção necessária os produtos acabaram estragando.

Passo 6: Faça treinamentos

Os funcionários devem conhecer e aprender a nova forma de estocagem.

Dicas para gerenciar o estoque

O estoque tem um papel importante no sucesso de um negócio. Afinal, perder uma venda por ruptura (falta de produto para venda) é uma falha grave.

 Por isso separei 5 dicas para ter uma boa gestão.

 1.   Compre apenas o necessário

Quando vemos um produto em promoção, muitas vezes ficamos tentados a aproveitar.

Porém, vale lembrar que quanto mais produtos, mais necessidade de espaço e manutenção. Além disso, uma compra maior pode comprometer o capital de giro.

2.   Faça inventários periodicamente

Inventários são as auditorias realizadas no estoque para verificar se o que está no sistema bate com a realidade.

Quando não são realizados de forma regular, aumentam-se os riscos de falta de produtos ou o maior problema do FEFO, passar do prazo de validade.

Então, é essencial que o gestor defina uma frequência para a vistoria.

3.   Cuide da conversão

Para otimizar o espaço e facilitar a organização a maioria dos produtos são guardados em caixas.  O problema acontece quando estas caixas não têm nenhum tipo de padronização.

Por exemplo: uma loja de esportes tem uma caixa com 10 bolas de tênis e outra tem 15. Se elas não forem registradas de forma correta, causará divergências.

4.   Atualize as informações sempre

Além de conferir as mercadorias que entram e saem sempre. É fundamental atualizar o sistema imediatamente.

Pois, o funcionário pode acabar se esquecendo e levar a uma falta de controle.

5.   Mantenha a segurança

Lembre-se: o estoque é um dos bens mais importantes de uma empresa, logo, deve ser bem cuidado.

Assim, instalar um sistema de segurança e controle de entradas e saídas é o primeiro passo para evitar furtos ou roubos.

Então, o que achou do FEFO? Ele é a ferramenta ideal para a gestão da sua empresa? Diga nos comentários!

Bom trabalho e grande abraço.

Prof. Adm. Rafael José Pôncio


  Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.