quinta-feira, 16 de agosto de 2018

O uso do Merchandising, tipos de Propagandas e suas Campanhas


A AMA - Associação Americana de Marketing define o merchandising e seis intenções integradas a este como uma operação de planejamento necessária para colocação no mercado:
-o produto certo;
-no lugar certo;
-no tempo certo;
-na quantidade certa;
-com impacto visual certo;
-e no preço certo.

Compreende-se que o conceito de merchandising é o conjunto de ações que promovem a criação de um envolvimento ambiental que facilita a aquisição do produto e propicia ao consumidor condições que o induzem ao ato da compra. Entender essa contextualização do produto sendo inserido estrategicamente no ambiente é a essência do merchandising.

Ao extrapolar esse conceito, saindo do ambiente físico e real para situações de ficção, deu-se origem à confusão de merchandising ser a inclusão dos produtos dentro de filmes ou novelas da televisão.
Cobra (1984) comenta que muito tem-se empregado o termo merchandising no Brasil e, por essa razão, há tanta confusão em torno do seu verdadeiro significado. Em diversas ocasiões, o merchandising é confundido com a promoção de vendas, algumas pessoas referem-se a ele como sinônimo de material de ponto de venda, mas na verdade o significado de merchandising é muito mais amplo.
O merchandising compreende um conjunto de operações táticas efetuadas no ponto de venda para colocar no mercado o produto ou serviço certo, no lugar certo, com facilidade, aplicando o preço certo, no momento certo e com o impacto visual adequado na exposição correta.

Propaganda

Sampaio (1999), relembra que a propaganda existe desde o tempo da Roma Antiga (como uma garantia de demarcação do espaço do império), mais tarde, na própria Roma, a Igreja Católica, ao criar uma congregação religiosa, pretendendo propagar novos pensamentos cristãos, utilizou-se de argumentos e ações de cunho comunicacional. Hoje, é possível observar que a propaganda teve um importante papel na evolução econômica e industrial do século passado.
Muito se discute sobre a diferença de publicidade e propaganda, esses termos podem ser usados como sinônimos, uma vez que sempre há uma divergência entre as definições dos autores. Alguns afirmam que propaganda são os anúncios não pagos (matéria jornalística e comunicação boca a boca), e publicidade seriam os anúncios pagos (anúncio de revistas ou intervalo da novela). Usualmente, no mercado e neste material, vou tratar propaganda como a forma paga de promoção e publicidade com a forma não paga.

Sant’anna (et al., 2009), conceitua a propaganda como um meio de tornar conhecido um produto, um serviço ou uma marca; seu objetivo é despertar nos consumidores o desejo pela coisa anunciada, destacando seus diferenciais dos concorrentes ou aumentando o seu valor junto ao público.

A partir desse conceito, têm-se os objetivos da propaganda, que podem ser classificados de acordo com o propósito de informar, persuadir ou lembrar:

Propaganda informativa: ocorre no primeiro estágio da categoria de um produto, quando o objetivo é desenvolver uma demanda inicial, utilizada geralmente na fase de introdução do produto no mercado. Exemplo: a marca de iogurte Activia que tem um apelo informativo sobre seus resultados e benefícios para um público que, até então, não o conhecia.

Propaganda persuasiva: uma vez que o produto já é conhecido e está em um estágio competitivo, torna-se importante desenvolver uma demanda seletiva por uma determinada marca ou produto. Por exemplo, é possível utilizar uma propaganda que faz uma comparação explícita da qualidade de duas ou mais marcas. As gigantes da tecnologia objetivam isso em seus anúncios (Samsung ironizando e se comparando aos produtos da Apple).
Propaganda de lembrete: é utilizada para produtos já maduros ou tradicionais. No mercado, é a propaganda com o intuito de relembrar o cliente da marca. A Coca-Cola, por exemplo, é uma marca conhecida há décadas, mas não deixa de anunciar para sempre relembrar seu consumidor sobre a marca.
Um comercial, para ser eficiente, deve seguir alguns propósitos básicos, ou seja, um bom anúncio deve, primeiramente, chamar atenção do público-alvo, ao captar sua atenção, deve despertar o interesse e provocar o desejo dos consumidores pelo produto, levando-os à ação da compra. Esses princípios são conhecidos como A.I.D.A. (Atenção, Interesse, Desejo e Ação).
A propaganda pode ser segmentada ou massificada, por exemplo, através das mídias sociais e de revistas especializadas, é possível segmentar a propaganda para públicos bem definidos, já com a televisão e com o rádio, a comunicação é feita para um grande público (massa), porém o objetivo da propaganda é sempre captar a atenção do público levando-o a consumir um produto ou serviço.

É importante lembrar que as empresas necessitam trabalhar uma comunicação integrada.
Sendo assim, os trabalhos dos designers e das agências devem ter uma linguagem padrão com os produtos, marcas e pontos de venda. A comunicação deve ser integrada ao plano de marketing e à campanha de propaganda: todos falando uma mesma linguagem e utilizando os mesmos argumentos. Dá-se aí a importância de um planejamento de comunicação com foco estratégico.
Lupetti (2000), nos auxilia a compreender a importância de um planejamento de comunicação. As organizações já possuem um planejamento estratégico global, o qual necessita de um planejamento de marketing e consequentemente de um planejamento de comunicação. Planejar é definir antecipadamente as ações que a empresa tomará no futuro com o intuito de chegar a um objetivo. Um bom planejamento deve conter objetivos (onde queremos chegar), estratégias (como chegaremos) e táticas (quando chegaremos).
Segundo Lupetti, existem vários tipos de campanha:

Campanha institucional - é aquela que divulga a empresa (instituição) como um todo no intuito de reconhecimento de sua marca perante o público.

Campanha de propaganda - é aquela que informa e utiliza-se da divulgação do produto com o objetivo de tornar a marca conhecida por meio de seus produtos.

Campanha guarda-chuva - aquela que apresenta características de campanha de propaganda e institucional, por exemplo, apresentação da linha de produtos.

Campanha de promoção - é aquela que se caracteriza por acelerar as vendas com retorno rápido em um contato direto com o consumidor, incentivando-o às compras por meio de cupons promocionais, por exemplo.

Campanha de incentivo - não se destina ao consumidor final e sim a vendedores de empresas e lojistas-clientes, no intuito de melhorar o relacionamento da marca com os mesmos.

Campanha promoção de vendas - são as campanhas que têm um apelo maior ao preço, liquidação e promoção nos preços.

Campanha cooperada - é aquela que anuncia várias marcas (geralmente fornecedores), por exemplo, campanhas de supermercados que anunciam as marcas das indústrias.
Portanto, cabe ao empreendedor gestor saber destes fundamentos antes da contratação de agências ou profissionais para uma estratégia de merchandising com propaganda, e ficar atento as mudanças inesperadas, novas formas e métodos para alcançar o público alvo.

Bom trabalho e grande abraço.

Adm. Rafael José Pôncio


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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Os 5 comportamentos de auto-sabotagem que você deve evitar


Empreendedor, sejamos honestos: às vezes somos nossos piores inimigos. Demasiadas vezes nos deparamos com armadilhas de nossa própria criação. Alguns erros são inevitáveis, não importa quanto tempo e pensamos em colocar em planos em ação. Outros erros são gerados por imprudência,  arrogância ou excesso de tolerância. Erros honestos são frustrantes e podem ser caros, mas os erros irracionais são especialmente irritantes. Saber que um passo em falso poderia ter sido evitado - essa é a ruína de todo empreendedor que fica na inércia.
Quando os planos dão errado, algumas pessoas inseguras apontam o dedo para outras pessoas. Uma pessoa pensativa, no entanto, possui erros e procura aprender com eles para evitá-los no futuro. Isso geralmente requer introspecção e auto-avaliação honesta. Com prática suficiente, você pode aprender a reconhecer seus próprios padrões de pensamento e modificá-los antes que eles causem maus comportamentos. A isso denomino o empreendedor pronto para iniciar o autoconhecimento.
Ao tentar construir-se num estágio de "pessoa melhor", considere a possibilidade de corrigir os erros ao reconhecer os sintomas desses comportamentos problemáticos comuns:

1. Comparando-se a outros

Vivemos em uma sociedade hipercompetitiva que pode espancar e ferir até mesmo os egos mais saudáveis, mas o dano é exacerbado quando nos medimos constantemente pelos padrões de outras pessoas. Embora seja inegavelmente importante estar ciente do que a concorrência está fazendo, muito foco nos outros é ruim para os negócios e pior para a autoconfiança. Para maximizar o sucesso, tente sintonizar o mundo exterior às vezes para que você possa se concentrar em melhorar a si mesmo. Se você pensa em si mesmo como seu principal competidor, e se você sempre trabalha para vencer a versão de ontem de si mesmo, você irá longe e, eventualmente, aprenderá a fechar os olhos e ouvidos surdos a rivalidades ilusórias.

2. Falha em assumir riscos e consistentemente desafiar a si mesmo

Depois de alcançar um certo grau de sucesso, é fácil estabelecer uma rotina que seja confortável, mas esse conforto geralmente é limitante. As pessoas mais bem sucedidas estão sempre forçando limites e expandindo limites. Os triunfos passados ​​são importantes para o sucesso futuro, pois essas vitórias podem equipá-lo com a confiança necessária para alcançar seus objetivos atuais, mas se você está gastando muito tempo nostálgico com as conquistas do passado, provavelmente não estará se desafiando o suficiente hoje. E não tenha medo do fracasso. Às vezes, assumir riscos significa que você vai tropeçar e cair na sua cara, mas esses fracassos podem ensinar muito sobre você e sobre o seu processo. Remova os escombros desses projetos fracassados ​​e comece a construir novamente usando seu conhecimento recém-adquirido e os ganhos conquistados com uma certa dificuldade.

3. Sucumbir às Distrações

Distrações sem fim não são mais do que o seu bolso ou sua bolsa. Um smartphone pode ser uma excelente ferramenta para melhorar a produtividade e a conectividade, mas também pode ser um terrível desperdício de tempo. Mídias sociais, vídeos virais, aplicativos matadores - todos eles competem pela nossa atenção a cada minuto de cada dia. Não deixe que eles roubem seu precioso tempo! Você pode se ajudar a eliminar essas distrações, dando a si mesmo um prazo específico a cada dia. Depois de atingir seu objetivo, você pode se recompensar com uma visita as redes sociais. Você também pode aumentar sua capacidade de realizar tarefas limitando seu acesso a certas distrações. Faça das 9:00 às 12:00 e das 13:00 às 17:00 horas livres de diversão. Deixe seu iphone desligado!

4. Inação

Distração e procrastinação são como algemas que prendem seus sonhos. No entanto, não é suficiente esconder o seu telefone se você também não se sentar e começar a trabalhar. Parte da razão pela qual procrastinamos é porque olhamos para grandes projetos e não sabemos por onde começar. “Chunking” é uma maneira eficaz de gerenciar essas tarefas monstruosas. Divida esses trabalhos enormes em pequenas etapas menores. Você pode até querer delegar partes ou pedir ajuda a outras pessoas. É sempre mais difícil procrastinar quando você está trabalhando com pessoas que o responsabilizarão se você não concluir uma tarefa dentro de um período de tempo especificado.

5. Uma falta de vontade para renunciar a erros passados

Não seja muito duro consigo mesmo enquanto trabalha em direção aos seus objetivos. Você invariavelmente cometerá erros ao longo do caminho, mesmo quando se comprometer totalmente com a tarefa. Mas você também fará progressos significativos. Aprenda com seus erros e desafie-se a ser melhor no futuro. Então deixe essa culpa ir! Você não está ganhando nada, batendo-se em lapsos do passado. Tente desligar a conversa interna negativa. Você não ficaria com alguém para constantemente te repreender sobre erros do passado, você faria? Claro que não! Então não deixe sua mente lhe atormentar. Seja gentil com você mesmo. Lembre-se, errar é humano; perdoar a si mesmo é divino.
Se você puder evitar esses cinco deslizes comuns, estará bem no caminho para alcançar a visão que criou para si mesmo. Claro, é mais fácil aprender o que você precisa fazer para realizar seus sonhos do que colocar esse conhecimento para trabalhar para você. Pode levar muito tempo e prática para quebrar velhos hábitos, mas as recompensas valerão o esforço.
Bom trabalho e grande abraço.
Adm. Rafael José Pôncio



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