quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Método Uno-Due

Ferramenta usada para elevar a padrões de excelência ações e tarefas do cotidiano, uma organização qualitativa possui processos de gestão, esta é uma ferramenta simples e fácil de usar até mesmo no cotidiano da vida em geral, é simples assim = 1 e 2, uma vez feito as revisões das suas ações bem executadas, usar o Uno e Due é evitar retrabalho, é um nível de consciência para poucos, mas muito simples!




1- Eu fui eficaz e revisei o que fiz?

2- Criei a eficácia para todos os envolvidos?




Conheça também:

Como ter mais eficiência? Saiba como entregar melhores resultados no trabalho


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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

4 principais mitos sobre empreendedores a serem extirpados


Conhece algum mito sobre a figura do empreendedor? No contexto abaixo para cada mito, expus aqui numa pesquisa mais objetiva sobre a realidade de empreendedores bem sucedidos que buscam capacitação e aprimoramento, portanto devem ser eliminados do vocabulário estes quatro principais mitos que foram disseminados para muitos aqui no Brasil, conforme segue:

Mito 1: Os empreendedores são "lobos solitários" e não conseguem trabalhar em equipe.

-Realidade objetiva:
  • São ótimos líderes;
  • Criam times/equipes;
  • Desenvolvem excelente relacionamento no trabalho com colegas, parceiros, clientes, fornecedores e muitos outros.

Mito 2: Empreendedores são natos, nascem para o sucesso.

-Realidade objetiva:
  • Enquanto a maioria dos empreendedores nasce com um certo nível de inteligência, empreendedores de sucesso acumulam habilidades relevantes, experiências e contatos com o passar dos anos;
  • A capacidade de ter visão e perseguir oportunidades aprimora-se com o tempo.

Mito 3: Empreendedores são "jogadores" que assumem riscos altíssimos.

-Realidade objetiva:
  • Assumem riscos calculados na medida moderada;
  • Evitam riscos desnecessários;
  • Compartilham risco com outras pessoas;
  • Pulverizam o risco em "partes menores".

Mito 4: Empreendedores tem que trabalhar 24 horas por dia por serem centralizadores.

-Realidade objetiva:
  • Constroem time/equipe colocando pessoas certas nas funções certas;
  • Implantam processos de gestão para descentralizar as funções;
  • Desenvolvem cultura organizacional para uma gestão próspera;
  • Capacitam líderes e colaboradores para conceitos como intra-empreendedorismo ou  empowerment a fim das pessoas terem autonomia com responsabilidade.

Empreender é um processo, e é o envolvimento de pessoas com gestão de processos claros, que em conjunto levam a transformação de uma organização saudável. O talento de empreendedores de sucesso que buscam incessantemente o conhecimento, resultante de percepções, direção, aprendizado, dedicação e compromisso com a qualidade em servir soluções, é o que faz a diferença!

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 17 de abril de 2019
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link: https://administradores.com.br/artigos/4-principais-mitos-sobre-empreendedores-a-serem-extirpados


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domingo, 26 de novembro de 2017

Estudo sobre as Características dos Empreendedores de Sucesso


As características dos empreendedores são diversas, mas ao mapear homens de negócios percebe-se que algumas são mais comuns no cotidiano de cada empreendedor, eis aqui um estudo realizado na Babson College feito pelo Prof. Phd. Dornelas: 

São visionários

Eles têm a visão de como será o futuro para o seu negócio e sua vida, e, o mais importante, têm a habilidade de implementar seus sonhos.

Sabem tomar decisões

Eles não se sentem inseguros, sabem tomar as decisões corretas na hora certa, principalmente nos momentos de adversidade, sendo um fator-chave para o seu sucesso. E, além de tomar decisões, implementam suas ações rapidamente.

São indivíduos que fazem a diferença

Os empreendedores transformaram algo de difícil definição, uma ideia abstrata, em algo concreto, que funciona, transformando o que é possível em realidade (Kao, 1989; Kets de Vries, 1997). Sabem agregar valor aos serviços e produtos que colocam no mercado.

Sabem explorar ao máximo as oportunidades

Para a maioria das pessoas, as boas ideias são daqueles que as veem primeiro, por sorte ou acaso. Para os visionários (os empreendedores) as boas ideias são geradas daquilo que todos conseguem ver, mas não identificam algo prático para transformá-las em oportunidade, através de dados e informação. Para Schumpter (1949) o empreendedor é aquele que quebra a ordem corrente e inova, criando mercado através de uma oportunidade identificada. Para Kirzner (1973), o empreendedor é aquele que cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em um ambiente de caos e turbulência, ou seja, identifica oportunidades na ordem presente. Porém, ambos são enfáticos em afirmar que o empreendedor é um exímio identificador de oportunidades, sendo um indivíduo curioso e atento a informações, pois sabe que suas chances melhoraram quando seu conhecimento aumenta.

São determinados e dinâmicos

Eles implementam suas ações com total comprometimento. Atropelam as adversidades, ultrapassando os obstáculos, com uma vontade ímpar de "fazer acontecer". Mantêm-se sempre dinâmicos e cultivam um certo inconformismo diante da rotina.

São dedicados

Eles se dedicam 24 horas por dia, sete dias por semana, ao seu negócio. Comprometem o relacionamento com a própria saúde. São trabalhadores exemplares, encontrando energia para continuar, mesmo quando encontram problemas pela frente. São incansáveis e loucos por trabalhar.

São otimistas e apaixonados pelo que fazem

Eles adoram o seu trabalho. E é esse amor ao que fazem o principal combustível que os mantém cada vez mais animados e autodeterminados, tornando-os os melhores vendedores de seus produtos e serviços, pois sabem, como ninguém, como fazê-lo. O otimismo faz com que sempre enxerguem o sucesso, em vez de imaginar o fracasso.

São independentes e constroem seu próprio destino

Eles querem estar à frente das mudanças e ser donos do próprio destino. Querem ser independentes, em vez de empregados; querem criar algo novo e determinar seus próprios passos, abrir seus próprios caminhos, ser seu próprio patrão e gerar empregos.

Ficam ricos

Ficar rico não é o principal objetivo dos empreendedores. Eles acreditam que o dinheiro é consequência do sucesso nos negócios.

São líderes e formadores de equipe

Os empreendedores têm um senso de liderança incomum. E são respeitados e adorados por seus funcionários, pois sabem valorizá-los, estimulá-los e recompensá-los, formando um time em tornos de si. Sabem que, para obter êxito e sucesso, dependem de uma equipe de profissionais competentes. Sabem ainda recrutar as melhores cabeças para assessorá-los nos campos em que não detêm maior conhecimento.

São bem relacionados (networking)

Os empreendedores sabem construir uma rede de contatos que os auxiliam no ambiente externo da empresa, junto a clientes, fornecedores e entidades de classe.

São organizados

Os empreendedores sabem obter e alocar os recursos materiais, humanos, tecnológicos e financeiros de forma racional, procurando o melhor desempenho para o negócio.

Planejam, planejam, planejam

Os empreendedores de sucesso planejam cada passo de seu negócio, desde o primeiro rascunho do plano de negócios até a apresentação do plano a investidores, definição das estratégias de marketing do negócio etc., sempre tendo como base a forte visão de negócio que possuem.

Possuem conhecimento

São sedentos pelo saber e aprendem continuamente, pois sabem que, quando maior o domínio sobre um ramo de negócio, maior é a sua chance de êxito. Esse conhecimento pode vir da experiência prática, de informações obtidas em publicações especializadas, em cursos ou mesmo de conselhos de pessoas que montaram empreendimentos semelhantes.

Assumem riscos calculados

Talvez seja a característica mais conhecida dos empreendedores. Mas o verdadeiro empreendedor é aquele que assume riscos calculados e sabe gerenciar o risco, avaliando as reais chances de sucesso. Assumir riscos tem relação com desafios. E, para o empreendedor, quanto maior o desafio, mais estimulante será a jornada empreendedora.

Criam valor para a sociedade

Os empreendedores utilizam seu capital intelectual para criar valor para a sociedade, através da geração de emprego, dinamizando a economia e inovando, sempre usando sua criatividade em busca de soluções para melhorar a vida das pessoas.

"O empreendedor é aquele que faz acontecer, antecipa-se aos fatos e tem uma visão futura da organização." (Dr. José Dornelas)

Fonte no livro: Empreendendo na Prática (Cap. 1, pag. 5 a 9), Phd José Dornelas, Editora Elsevier.

Bem, lendo todas estas características descritas pelo professor parece que temos um "super empreendedor" dotado das melhores características humanas, porém, no contexto individual existem as questões de experiências por erro e acerto, a busca incessante de autoconhecimento, cultura, adoções das melhores práticas e aperfeiçoamento. Para cada característica devemos observar e fazer uma autoanálise na jornada empreendedorial.

Bom trabalho e grande abraço.

Adm. Rafael José Pôncio


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quarta-feira, 15 de novembro de 2017

A Comunicação no Trabalho em Equipe


Acredito que, independente da área de sua formação, você já deve ter ouvido falar diversas vezes na importância da comunicação em nossos relacionamentos e o quanto é imprescindível aos bons profissionais saberem se comunicar com clareza e de forma efetiva.

É de extrema importância a comunicação na gestão de equipes, afinal, as teorias foram desenvolvidas para serem amplamente disseminadas com o intuito de contribuírem para que nos tornemos pessoas e profissionais melhores.

Então, segundo Cherry apud Oliveira (2010, p. 308), a comunicação é “o estabelecimento de uma unidade social entre seres humanos pelo uso de signos de linguagem”.

Tal reflexão nos leva a questionarmos: o que seriam esses signos de linguagem? São os símbolos utilizados para nos comunicarmos e vão desde a linguagem escrita, à oral, aos desenhos, às músicas, enfim, quaisquer representações que contribuam para que repassemos uma mensagem a outra pessoa ou grupo delas.

Nossas relações com outros indivíduos exigem que saibamos nos comunicar, portanto o uso desses signos faz parte de nossas vidas desde sempre. Oliveira (2010, p. 308) ressalta que “a comunicação interpessoal (aquela que se dá entre duas pessoas ou mais) tem a finalidade de estabelecer, entre essas pessoas uma associação ou ligação, um entendimento ou identificação, ainda que momentâneo”.

Mais uma vez, fica evidente que somos seres grupais, que precisam do bando para alcançar nossos objetivos e nos tornarmos mais fortes. Nesse processo, o uso correto da comunicação faz toda diferença.

Ao estudarmos a comunicação e seus efeitos na vida das pessoas, deparamo-nos com diversas teorias que foram desenvolvidas em épocas diferentes e muito importantes da nossa história. Porém, como a proposta é conhecer o resultado dessa comunicação no trabalho em equipe, vamos nos ater a apenas algumas teorias que nos ajudam a compreender melhor como se dá esse processo e a maneira como ele deve ocorrer no ambiente profissional.

Teoria Hipodérmica, cujos estudos iniciaram em 1920 e ocorreram no período entre as duas guerras mundiais, porém a década de 30 é considerada a época de ouro dessa teoria.

Segundo Wolf apud Araújo (2007, p. 67), “ao se centrar nos efeitos, essa teoria demonstra que estímulos e respostas seriam capazes de descrever o comportamento”. O autor continua explicando que “esse modelo defendia uma relação direta entre a exposição às mensagens e o comportamento. Nesse caso, a pessoa, ao se deparar com a propaganda, poderia ser manipulada e/ou controlada por ela” (p. 68).

Assim, percebemos que a Teoria Hipodérmica pregava que as pessoas seriam facilmente influenciadas pelas mensagens recebidas pelos meios de comunicação, sem criticar ou se importar com os efeitos dela em suas vidas cotidianas.

Porém, em 1948, Harold D. Lasswell propôs um modelo de comunicação que superou a Teoria Hipodérmica. Wolf apud Araújo (2007, p. 68) afirma que “a pesquisa de Laswell mostra que uma forma adequada para se descrever um ato de comunicação é responder: Quem? Diz o quê? Por meio de qual canal? Com que efeito? As perguntas correspondem, respectivamente, ao emissor, à mensagem, ao meio e ao resultado”.

O modelo de Lasswell continua atual, por isso é importante conhecê-lo para que saibamos que o ato da comunicação, para ser eficiente, deve seguir esse modelo e responder seus questionamentos.

Mas a comunicação desenvolvido por Laswell, ainda perdura nos dias atuais? Afinal, vivemos na era da informação, em que a multiplicidade de meios de comunicação, a velocidade de circulação de informações e a interatividade estão cada vez mais presentes em nosso cotidiano; já que todas as regras e convenções parecem ter sido deixadas de lado, será que, para nos comunicarmos, ainda precisamos seguir regras formais?

Mas, no mundo organizacional, sim. Vejamos o que afirmam Tonet et al. (2009, p. 101): No plano organizacional, estudos revelam que o uso adequado da comunicação no mundo dos negócios é sinônimo de sucesso. Ela proporciona significativos ganhos de produtividade decorrentes da redução de custos operacionais, da eliminação de funções que não agregam valor e do incremento na rapidez e precisão das decisões.

Vemos, então, que o ato de se comunicar e se comunicar bem é imprescindível para qualquer profissional, principalmente para o gestor, pois cabe a ele repassar, de forma precisa, as mensagens à equipe, visando alcançar os resultados esperados.

O gestor gasta a maior parte do seu dia se comunicando, seja com membros da sua equipe ou outros profissionais, e essa comunicação se dá não apenas de forma verbal, mas também ao redigir e-mails, grupos de mensagerias, memorandos e outros documentos, ou mesmo em entrevistas de candidatos, reuniões, enfim, sua rotina é repleta de momentos em que ele precisará se fazer entender, a fim de que as mensagens sejam entregues e recebidas com o menor número de ruídos possível.

É evidente que o gestor não é o único que precisa saber se comunicar de maneira eficiente. Os demais membros da equipe também estão a todo tempo recebendo e enviando mensagens e a maneira como isso acontece é fundamental para o sucesso ou não dos objetivos propostos.

Tonet et al. (2009, p. 105) reforçam que: Ao analisarmos o processo de comunicação para podermos aprimorar ou desenvolver nossas habilidades, devemos começar respondendo: o que desejamos e esperamos que aconteça como resultado da mensagem que vamos transmitir? A resposta a esta questão é o nosso objetivo de comunicação.

A definição do objetivo contribui para que se mantenha o foco, pois, como já foi dito, as equipes estão à mercê de inúmeras mensagens que são recebidas e enviadas pelos mais diversos canais e, caso o foco não esteja em mente, essa rede pode acabar influenciando e causando prejuízos ao processo comunicacional que se pretende atingir.

Tendo estabelecido o objetivo e com o foco claro, o que se espera é que as informações sejam repassadas da maneira mais fiel possível e, por fidelidade, entende-se que o emissor expressará perfeitamente o que ele pretende e o receptor compreenderá a mensagem com exatidão (Tonet et al., 2009, p. 105).

Acredito que você na sua área profissional, já deve ter recebido ou dado feedback ao menos uma vez, não é verdade?

Essa ferramenta é fundamental nas relações de trabalho, pois, com ela, o gestor consegue passar aos membros da equipe sua percepção sobre o trabalho deles e estes conseguem compreender se sua postura está adequada ou se algo precisa ser melhorado visando alcançar um melhor desempenho profissional.

Sabemos que o feedback não é um momento fácil e que é necessário um preparo antes, tanto por parte do gestor quanto por parte do liderado. Emoções, sentimentos e impressões precisam ser deixados de lado para que a comunicação aconteça de forma assertiva.

Tonet et al. (2009, p. 114) afirmam que o feedback “é um excelente instrumento de gestão. Antes de fornecer um feedback é importante que o gestor esteja atento aos seguintes aspectos: imparcialidade, aplicabilidade, especificidade, oportunidade e diretiva”. Ou seja, esse momento pode ser crucial para a melhoria (ou não) do trabalho da equipe, por isso é importante que não haja julgamentos e que informe com exatidão a mensagem pretendida, sempre tendo como foco a aplicação da mensagem para o alcance dos resultados propostos.

Devemos ter em mente que o processo do feedback pode contribuir muito para o bom desempenho do indivíduo. Por isso, cabe ao gestor assumir uma postura ética e imparcial, como já foi dito, e preparar-se tendo clareza da importância desse momento para a vida profissional do seu liderado.

Segundo Oliveira (2010, p. 314): Nos processos de comunicação interpessoal propriamente ditos, é muito importante que o feedback seja fornecido ao colaborador pelo gestor. Isso é particularmente importante quando o colaborador tem pouca chance de constatar por si mesmo o resultado de seu desempenho, ou quando esse desempenho é especialmente relevante ou significativo.

Vemos, então, que é importante que o gestor esteja sempre dando feedback aos membros de sua equipe, independentemente de a empresa disponibilizar uma data formal ou não para que isso ocorra, pois nem sempre os indivíduos conseguem ter a percepção sobre como está o andamento do seu trabalho e se o que se espera deles está sendo atendido.

Outro fator importante é que o feedback não deve se resumir apenas a fazer elogios ou críticas ao trabalho. Esse momento deve ser usado para descrever o comportamento do outro, sem interpretar suas razões ou julgá-lo por esse comportamento, mas ajudá-lo a tomar conhecimento de algo que, muitas vezes, ele próprio não percebeu sobre seu comportamento ou desempenho (OLIVEIRA, 2010, p. 314).

Com isso, compreendemos que o gestor pode fazer uso do feedback como sendo um grande aliado no processo de comunicação com sua equipe, mas, para isso, é preciso que, antes, ele próprio esteja preparado e com objetivos bem traçados para que essa ferramenta possa ser utilizada de forma eficiente.

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 02 de setembro de 2017
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/a-comunicacao-no-trabalho-em-equipe



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segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Varejo: O setor de shoppings centers no Brasil

O setor varejista mudou radicalmente desde sua concepção, isso é fato. A carga de exigências trazida pelas mudanças tecnológicas reconfigurou todo o mercado desse segmento e criou barreiras difíceis de transpor sobre a zona de conforto e a concorrência.

É fato que conhecer bem a área de atuação do seu negócio e se especializar nela certamente acarreta vantagens perante os concorrentes que tratam dessa especialidade a partir de parâmetros genéricos, ou seja, obviamente, uma loja especializada em artigos de pesca, por exemplo, poderá oferecer uma gama maior de produtos que um departamento de hipermercados direcionado para o tema, por exemplo.

Entretanto, quantas vezes você já entrou em uma loja exclusiva de artigos de pesca? Agora, quantas vezes, fazendo compras no hipermercado de sua preferência, você não transitou pelas gôndolas disponibilizadas para essa área e lembrou que precisava de um rolo de fio de nylon ou, simplesmente, uma isca artificial chamou sua atenção? Você não foi ao estabelecimento comprar artigos de pesca, mas a ocasião te direcionou a essa aquisição. Percebe? Consumo no varejo está ligado à oportunidade e a oportunidade é oferecida pelo varejista.

Empresas âncoras, como C&A, Lojas Marisa e Lojas Renner, têm sua imagem e mercado muito bem definidos: são grandes varejistas de roupas. Na última década, entretanto, elas passaram a comercializar aparelhos de telefone móvel, criaram vales presentes (cartões de plástico customizados com créditos de valores diferenciados para presentear) como opção de compra e ampliaram a oferta de acessórios e calçados. Por quê?

O número de shoppings centers no Brasil cresceu 65% nos últimos 10 anos e o tráfego de pessoas nesse tipo de estabelecimento teve um aumento de, aproximadamente, 46%, segundo a Associação Brasileira de Shoppings Center (ABRASCE). Esses números refletiram de forma expressiva nas lojas de departamento localizadas nas ruas.


(1) Novo critério: A série inclui apenas shoppings já inaugurados;
(2) Os dados referentes a Número de Lojas, Salas de Cinema e Empregos foram calculados com base em uma amostra de shoppings e não terão atualização mensal;
(3) Alguns dados referentes a 2009 foram revistos com base nos resultados do Censo do Setor, da Price Waterhouse Coopers;







Fontes das estatísticas: http://www.abrasce.com.br

Dentre as preferências dos consumidores assíduos de shoppings, estão facilidades como: variedades de lojas facilitam a pesquisa de preços; variedade de lojas que oferecem o mesmo produto e/ ou serviço em um mesmo ambiente facilitam a escolha; em um único ambiente, tem-se acesso a diversos departamentos, como hipermercados, farmácias, lojas de departamento em geral, lojas de roupas, calçados, acessórios, perfumes, livrarias e, também, praça de alimentação cada vez mais variada, entretenimento e lazer, segurança, serviços de banco e, principalmente, estacionamento.

Mas outros fatores são decisivos para as mudanças estratégicas no modelo de negócio de varejo, que são: faixa etária, condição socioeconômica e estado civil dos consumidores. O estudo realizado pela IBOPE Inteligência em 2013 sobre o perfil de clientes de shopping centers brasileiros apontou números expressivos sobre a homogeneidade dos frequentadores.

A pesquisa demonstrou que a faixa etária dos consumidores não é expressiva de acordo com a idade, observe os números:


A primeira grande variância detectada na pesquisa foi quanto à classe socioeconômica. Segundo o IBOPE Inteligência, consumidores classificados como Classe A1 costumam ir ao shopping em média cinco vezes por mês, enquanto os que pertencem à classe C2 visitam os centros comerciais apenas duas vezes por mês, como mostra:



A segunda variância mais significativa fica por conta do estado civil. Solteiros buscam os shoppings, aproximadamente, 87% com mais frequência que casais:



Miller e Friesen (1984, p. 1163) propuseram um ciclo de vida para negócios varejistas como os shopping centres e destacaram fases essenciais para e o ciclo, como: maturidade e mercado. Resumindo, para se aventurar nesse setor e obter sucesso, é preciso conhecer o negócio e conhecer os seus concorrentes.

Bom trabalho e grande abraço.
Adm. Rafael José Pôncio



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domingo, 15 de outubro de 2017

Modelos de inovação para o empreendedor fazer uso

A inovação pode, então, se fazer presente em produtos, processo ou serviços a partir das influências externas e internas, assim como a observação, a escolha, a adaptação e a utilização de modelos já aplicados, por isso, o empreendedor pode fazer uso das matrizes na trajetória do seu negócio.

Schumpeter cita: ....“diretamente o desenvolvimento de produtos e processos produtivos de uma empresa com seu desempenho econômico, constituindo pela primeira vez a inovação como fator crítico para transformações na esfera econômica de longo prazo”.

Foi então com base nessa linha de raciocínio que desenhou os quatro principais modelos de inovação presentes no mercado nacional e internacional. São eles:
  1. modelo linear;
  2. modelo paralelo;
  3. modelo Tidd et al.i;
  4. modelo de inovação aberta.


1. Modelos linear

Começa a ser percebido a partir da 2ª Guerra Mundial e, durante muitos anos, orientou o pensamento e o papel da tecnologia, assim como a melhor forma de aplicá-la (CARVALHO; REIS; CAVALCANTI, 2011, p. 41).




2. Modelo paralelo

Considerado uma evolução do modelo linear derivada da constatação da existência das múltiplas formas de relacionamento entre as diversas fases e organizações que são responsáveis pela dinâmica do processo impulsionador da inovação (CARVALHO; REIS; CAVALCANTI, 2011, p. 44).




3. Modelo Tidd et al.i

Esse modelo dinâmico pode ser incorporado por qualquer tipo de organização e em qualquer tipo de ação, seja ela com foco em produção de serviços ou bens, e, também, diferentes organizações a partir de quatro fases: 1. Buscar as oportunidades de mudanças impostas pelo mercado; 2. Selecionar as estratégias a partir dos sinais de oportunidades tecnológicas e de mercado; 3. Implementar as ações necessárias para o desenvolvimento e lançamento de ideias; 4. Aprender: registrar as lições aprendidas, estimulando o reinício do processo e aplicando as ações necessárias para as mudanças (CARVALHO; REIS; CAVALCANTI, 2011, p. 48).



 

4. Modelo de inovação aberta

É um conglomerado de todos os outros modelos de inovação já citados e conduz as organizações para além das fronteiras internas em virtude da adoção de práticas conjuntas de busca, seleção, implementação e aprendizagem. Faz isso de dentro para fora e de fora para dentro das organizações (CARVALHO; REIS; CAVALCANTI, 2011, p. 50).




Com a sempre presente necessidade de inovar para se destacar perante as concorrentes, principalmente, o empreendedor acolhe a busca por ações que possam contribuir para sua expansão e na certeza da jornada por alicerçar um negócio sólido de constante evolução.

Bom trabalho e grande abraço.

Adm. Rafael José Pôncio



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.