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segunda-feira, 19 de julho de 2021

O que você quer ser quando crescer?


É um fato: o empreendedorismo irá substituir os empregos. Estamos no meio de uma revolução onde a rápida evolução da tecnologia e mudanças industriais drásticas irão substituir muitos cargos. O McKinsey Report indica que, até 2030, cerca de 15-30% dos empregos terão desaparecido. 
 

Entretanto, não significa que esses cargos irão desaparecer por completo: muitos serão substituídos por novas funções, ainda desconhecidas por nós. Além disso, ficou claro com as mudanças trazidas pelo lockdown, que a estrutura de trabalho está mudando. O emprego full-time tradicional está se transformando. 

 

Não há motivo para pânico. O ser humano já passou por mudanças radicais. E a cada nova onda de inovação, tecnologias e mercados ficaram para trás. Mas novas tecnologias e indústrias nasceram: o refrigerador elétrico destruiu a indústria do gelo, o automóvel substituiu as charretes. 

 

Da mesma forma, a robótica é um trabalho automatizado que substitui o que antes foi feito pelo ser humano, o Spotify substitui a necessidade de acumularmos CDs em casa, e nossos aparelhos de celular tomam o lugar de jornais, livros, revistas, câmeras, calculadoras, GPS e muito mais.

Na época de nossos avós, ninguém mudava de emprego. Hoje em dia, é incomum alguém permanecer na mesma empresa por 10 anos. Nossos filhos provavelmente terão múltiplas carreiras. Mas o que isso significa?

 


Acredito que, independente de em que área você esteja hoje, esta é a melhor hora de começar a jogar o jogo do empreendedorismo. Até porque esta é a maior forma de empoderamento. Esta é a hora de você transformar o que te empolga na vida em capital. 


Em uma economia tão incerta, a pior posição para se estar é a de dependência de um salário mensal proveniente de uma empresa que pode se tornar obsolete em um piscar de olhos. 

Saiba que fazer dinheiro à sua maneira não precisa, necessariamente, ser exaustivo. Alias, existem literalmente centenas de opções para que você comece a ganhar dinheiro amanha, empreendendo. E aqui estão as ferramentas para te ajudar:

 

Tecnologia – muitas vezes, basta o download de um aplicativo ou que você crie um perfil em alguma plataforma específica para começar algo novo.
Informação – tudo que você precisa para criar uma estratégia tática está na internet, com acesso gratuito ou a baixos custos. 


Nunca houve uma hora melhor do que essa para empreender. Primeiro, porque a realidade atual exige mudanças. Segundo porque as ferramentas estão cada vez mais acessíveis.

 

E ao invés de perguntar a uma criança: “O que você quer ser quando crescer”, ensine essa criança que o futuro está em suas mãos. Basta saber plantar as sementes.

 

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio Publicado em: 16 de julho de 2021 Especial: artigos no Jornal da Tribuna Link fonte: https://jornaltribuna.com.br/2021/07/o-que-voce-quer-ser-quando-crescer/



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        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

6 coisas que a escola de negócios não lhe ensinará sobre empreendedorismo


Para os MBAs, começar um negócio pode se tornar a cena do acidente, onde teoria e educação colidem com fatos e realidade.

Nos cursos de empreendedorismo no Brasil não é ensinado tudo o que você precisa saber sobre como iniciar e administrar um negócio de sucesso. Eu aprendi isso da pior maneira!
Enquanto a escola de administração ensinou-me como negociar, comunicar-me de forma eficaz e compreender os fundamentos de finanças, economia e direito, então entendi que havia lacunas significativas no meu conhecimento desde o primeiro dia que comecei a empreender.
As relações e a rede que construí na escola de negócios valem mais do que o custo da mensalidade. No entanto, acabei aprendendo muito mais sobre negócios, sendo um empreendedor por quatro meses, do que em uma sala de aula durante quatro anos, isto sem desmerecer a necessária busca incessante pelo conhecimento é claro.
Aqui está o que eu aprendi como um empreendedor que a escola de negócios não me ensinou, e que isso não irão lhe ensinar - sobre como construir um negócio de sucesso.

1. Um negócio pode ser complicado

Começar um novo negócio exigirá que você "descubra as coisas à medida que for". Embora a faculdade de administração enfatize a importância do financiamento, da contratação e do escalonamento, começar um negócio significa aproveitar ao máximo os poucos recursos que você possui.
A realidade é que as empresas mais bem-sucedidas começaram hoje muito fragmentadas e a partir do zero. Eles realmente não tinham um plano, não alugavam um espaço, nem ficavam com a ideia original em alguns casos.
Seu sucesso dependerá muito de como você pode ser perspicaz e de como você pode aproveitar ao máximo os recursos e ferramentas disponíveis para você agora. Mesmo que isso signifique lançar com um produto viável mínimo para testar o mercado antes de tentar obter o financiamento, a equipe ou os recursos que você acha que precisa.

2. Planos não são a coisa mais importante

É contra intuitivo, mas o planejamento exagerado pode acabar com o seu negócio, especialmente quando você está girando e ajustando com base em como o cliente usa, percebe e compra seu produto ou serviço.
Escolas de negócios gostam de tratar cada nova ideia de negócio como um empreendimento maciço que pode ser completamente planejado. "Quer começar um negócio? Crie um plano de negócios, determine a adequação do seu produto ao mercado, calcule o ponto de equilíbrio, etc."
A verdade é que muito disso se tornará mais claro à medida que você testar e primeiro levar seu produto ou serviço ao mercado. É muito mais importante executar sua ideia e obter uma prova de conceito, em vez de tentar planejar cada aspecto de seu negócio com perfeição. O planejamento excessivo antes da execução geralmente conduz apenas a procrastinação. As coisas mudam muito rápido neste mundo digital disruptivo.

3. Como definir metas

Com tanta ênfase no planejamento e na tomada de decisões estratégicas, é um pouco irônico o pouco que as escolas de administração estabelecem objetivos e fazem engenharia reversa do que você quer.
Muitos empresários sabem o que querem fazer, mas não sabem como fazê-lo. Definir metas facilita a determinação do caminho, pois é possível fazer engenharia reversa de onde você deseja estar.
As metas mantêm você responsável, além de alinhar todos em sua equipe. A última coisa que você quer como dono de uma empresa é que sua equipe tenha motivações diferentes que contradizem (ou competem) uma com a outra.
Qual é o objetivo que você quer que toda a sua equipe se concentre? Concentre-se nele para causar um impacto maior.

4. Marketing no século XXI

Muitas escolas estão finalmente começando a melhorar suas aulas de marketing para se adequarem à era digital, mas você ficaria surpreso com o quanto ainda está por trás de muito da educação em marketing. Para ser justo, é porque essa informação muda muito mais rápido do que a maioria das escolas de negócios consegue acompanhar.
Como empreendedor, é sua responsabilidade manter-se informado sobre as tendências atuais do marketing digital, bem como as táticas que funcionam no momento.
Muitos dos princípios fundamentais de marketing que as escolas de negócios ensinam ainda são úteis e relevantes. No entanto, é crucial para o seu sucesso que você tenha uma compreensão profunda de coisas como publicidade paga por clique, otimização de mecanismos de pesquisa e marketing por redes sociais, só para citar alguns. 
Se você quiser aprender como criar um anúncio de sucesso no Facebook, por exemplo, você não encontrará a resposta em uma sala de aula. Você terá que criar um e ajustá-lo conforme for.

5. Como ser criativo

Os empreendedores precisam canalizar sua criatividade com frequência, seja para você ter soluções exclusivas para os problemas de seus clientes ou para encontrar essa grande ideia de negócio.
A criatividade é muito difícil de ensinar, por isso não é de admirar que isso seja algo que falta nas escolas de negócios. As escolas de negócios ensinam sistemas e regras. Eles mostram os parâmetros em que você trabalhará como empreendedor e como aproveitá-los ao máximo.
Criatividade é trabalhar fora desses parâmetros, pensando fora da caixa. Como empreendedor, às vezes a melhor solução não é a mais óbvia. Às vezes, isso requer uma solução inspirada.
Quando você pensa em alguns dos casos mais famosos de sucesso de empresas, apesar das probabilidades, ou das campanhas de marketing mais bem recebidas, geralmente há muita criatividade por trás disso, não uma fórmula de corte de cookies ensinada em uma escola de administração. 
Mas essa inspiração geralmente vem de tentar coisas novas, cometer erros e aprender com os outros. E esse tipo de experiência é acelerado quando você é um empreendedor.

6. Assumir riscos

As escolas são projetadas para ensinar os alunos a não falhar. Eles ensinam os alunos a serem mais avessos ao risco do que assumir riscos. Eles são projetados para que os alunos trabalhem dentro de um conjunto de regras. Esta é a antítese de ser um empreendedor e administrar um negócio.
Administrar um negócio significa falhar muitoEmpreendedorismo é sobre assumir riscos calculados. Envolve pensar fora da caixa e criar um caminho não convencional.
O fracasso deve ser visto como parte do processo de aprendizagem. Como os alunos são desencorajados a falhar, eles nunca veem o valor do fracasso como uma maneira de aprender. Assim, estudantes da escola B que se dedicam ao empreendedorismo podem se tornar mais avessos ao risco.
O problema com isso, é claro, é que os empreendedores se dão uma desculpa para desistir cedo demais, e evitam assumir os riscos que podem ajudar sua empresa a decolar.
Qualquer obstáculo ou desafio que você encontrar como proprietário de uma empresa não deve ser visto como um sinal de parada. Em vez disso, isso pode significar simplesmente que você precisa avançar em uma direção diferente.
Bom trabalho e grande abraço.
Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 17 de abril de 2019
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/6-coisas-que-a-escola-de-negocios-nao-lhe-ensinara-sobre-empreendedorismo


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        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Empreendedorismo na educação básica e fundamental

É muito comum nas escolas de negócios encontrarmos em cursos um módulo de ensino sobre empreendedorismo, independente do curso, sempre há um projeto de criação relacionado a esta matéria para entregar no fim do semestre.


Isso estimula a criatividade do aluno e o faz entender sobre a importância de enxergar novos horizontes e possibilidades para empreender, sem contar que algumas faculdades têm como projeto a “Iniciação científica em inovação para empreender” que envolve a criação de algum produto ou serviço que vai impactar a sociedade.


E se começarmos a implementar essa mesma ideia nas escolas de ensino fundamental e médio?


Temos alguns alunos em destaque é claro, que criam produtos inovadores, mas por conta própria - por circunstâncias familiares incômodas no estado em que se encontram, é empreender por necessidade desde cedo, não porque temos uma grade de ensino e incentivo que propõe essa ideia.


Existe a ordem natural e empírica das pessoas, independentemente da idade em sentir-se responsável por empreender, a fim de buscar uma possível melhoria de vida social para a família no estágio em que encontram-se.


Educação empreendedora, na prática.


No entendimento de Jacques Filion, “o empreendedorismo se aprende”, pois o autor considera ser possível conceber programas e cursos que adotem sistemas de aprendizados adaptados à lógica desse campo de estudo. 


Em uma abordagem em que o aluno é levado a definir e estruturar contextos e a entender as várias etapas de sua evolução (FILION, 1999, p. 15).


Muitas vezes o problema não está no aluno querer aprender sobre o empreendedorismo, mas na falta de conhecimento, por falta da disposição de cultura educadora empreendedorial. Educadores devem ter em mente que melhorias de vida partem da inovação promovidas por empreendedores naturais incomodados com situações individuais de anomalia. 


Como dito anteriormente, se na instituição de ensino não tiver esse tópico na grade, não é “obrigação” do professor ensinar, mesmo o aluno mostrando interesse.


Isso sem dúvida é um problema, pois pode desanimar um futuro de empreendedores brilhantes que, por sua vez, poderiam criar vários projetos impactantes na sociedade, a ex. de um chuveiro que esquenta com energia solar e possui um baixo custo para inclusão em todos os lares.


Empreendedorismo na sociedade.


O empreendedorismo na sociedade se destaca, pois, desenvolve um papel muito importante nos ganhos individuais.


Gerando oportunidades que contribuem na expansão econômica, pois nele não tem aumento de atividade sem crescimento econômico elevado, seja na macroeconomia ou na microeconomia. 


Na educação, para estudar a importância do empreendedorismo social, além de entender o seu papel na sociedade, também precisa saber como lidar com este sistema natural de vontades individuais.


Precisa saber lidar com o fato de criar algo que seja impactante para a comunidade, principalmente, que o produto ou serviço seja de um preço acessível e baixo custo para a criação ou inovação.


Se cada aluno ou grupo de alunos aprender sobre o empreendedorismo e alguns criarem produtos ou serviços, isso será impactante e benéfico na sociedade, com certeza teremos um mundo como seria um lugar melhor, pois empreender traz qualidade de vida a todos na sociedade onde vivemos.


Muitos problemas sociais são evitados ou até mesmo amenizados graças a essas mentes brilhantes - os empreendedores.


Empreender é um estado de co-criação, é a capacidade de promover uma ruptura no fluxo cotidiano da vida das pessoas. 


Empreendedorismo é pura destruição criativa, como afirma Schumpeter (1883/1950) da escola austríaca de economia de Viena.


Por isso, necessitamos de mais empreendedorismo nas escolas de ensino básico e fundamental, a fim de formarmos pessoas com o ideário de liberdade em detrimento do "estado" de dependência individual causal e social.


Bom trabalho e grande abraço.

Adm. Rafael José Pôncio




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        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

3 livros essenciais sobre empreendedorismo para quem quer ser um empreendedor de sucesso

 


Você está planejando empreender, mas não sabe quase nada sobre empreendedorismo?


Muitas pessoas, assim como você, se preocupam com a parte técnica do seu negócio, mas esquecem de aprender sobre como o mundo dos negócios funciona.

Então, a não ser que você seja um expert em empreendedorismo, logo perceberá que seu conhecimento pode não estar no mesmo nível de quem está no ramo e isso o assusta.

Porém, não precisa se preocupar.

Se você tem facilidade em aprender, e gosta de uma boa leitura, isso pode ser resolvido.

Neste artigo trago 3 melhores livros sobre empreendedorismo para quem quer ser um empresário de sucesso.

Confira!

1 – Startup - Chris Guillebeu


Se você quer empreender e tem poucos recursos, esse livro é pra você.

Ele relata várias histórias de sucesso de pessoas que nunca pensaram em empreender, mas tiveram que se reinventar devido a alguma fatalidade da vida. 

Além disso, motiva você a enxergar as oportunidades que já possui, sejam elas óbvias ou não.

O livro ainda mostra várias sacadas de como vender o seu produto ou serviço  com várias estratégias práticas de marketing.

Um ponto importante que Chris deixa de mensagem no livro, é que a fórmula de sucesso de um empreendimento é a junção de paixão + habilidade + a utilidade do seu negócio para as pessoas. 

2 – Empreendedorismo - Elabore seu plano de negócio e faça a diferença! – Marcelo Nakagawa


Esse não é mais um livro de histórias e frases inspiradoras. É indicado para quem gosta de exemplos concretos e metodologia. 

Vai te ajudar a colocar suas ideias no lugar.

Nele, Marcelo Nakagawa apresenta técnicas de como ter ideias de negócio e se realmente são boas oportunidades.

Além disso, sugere métodos para construir bons planos de negócio. Etapa fundamental para quem não quer ter surpresas desagradáveis logo nos primeiros meses do negócio.


Um jogo de cartas acompanha o livro para estimular o aprendizado do empreendedor de primeira viagem e fazê-lo desenvolver um empreendimento realmente diferenciado.


Marcelo é uma referência no assunto e um grande professor.

3 – Sem dinheiro - Bruno Perin 


Esse é mais um livro para aqueles que querem empreender, mas tem pouco dinheiro.

O autor mostra que não ter grana para investir no seu negócio não deve ser um fator impeditivo.

Isto é, você precisa ter algo de valor para entregar ao seu futuro cliente.

Em entrevista ao site startando-se, Bruno diz que “Muitas pessoas querem começar negócios e apenas tem uma ideia superficial, e acham que isso é grande coisa, a ideia é justamente fazê-las entender, que de muitas formas você pode começar a ter mais valor no que está fazendo, mesmo que não tenha grana para ajudar”.

Livros abrem portas para o conhecimento!


Aqui você conheceu os 3 potenciais livros e bons sobre empreendedorismo para quem quer ser um empreendedor de sucesso.

Isso porque eles possuem o conhecimento, técnicas e metodologias realmente capazes de transformá-lo em um empresário preparado para o mundo dos negócios. 

São livros que vão ajudá-lo a organizar seus projetos e tirá-los do papel.

Entretanto, não se esqueça que conhecimento nunca é demais! 

Então, continue estudando sempre, busque por outros títulos, cursos e mentorias, mesmo que você já esteja no mercado há algum tempo.

Estar preparado é essencial para o sucesso do seu empreendimento!

Bom trabalho e grande abraço.

Adm. Rafael José Pôncio




Conheça também:



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Educação para Negócios com o uso da Andragogia


A palavra Andragogia pode soar estranha em um primeiro momento, porém, o seu significado é muito simples, até comum pode-se dizer. O termo vem do grego andros (adulto) e gogos (educar). 

Em uma tradução livre, a Andragogia  é a educação ou ensino para adultos e tem ganhado força na atualidade. E não é para menos! Ela tem contribuído fortemente no desenvolvimento da educação corporativa e sua maior colaboração nesse sentido é a quebra do paradigma de que o professor detém todo o conhecimento e deposita o que sabe nos alunos.

A Andragogia caminha em outra direção, pois acredita que em todo e qualquer treinamento deve haver espaço para o diálogo, troca e aprendizado mútuo.

No século XX, mais precisamente na década de 70, a palavra ganhou uma dimensão corporativa, quando Malcolm Knowles ampliou o conceito e  definiu a Andragogia como a arte ou ciência que estuda a educação para adultos com o objetivo de atingir uma aprendizagem efetiva, capaz de desenvolver habilidades, conhecimentos e competências.

É atribuída a Knowles também a ideia de que pessoas adultas aprendem mais facilmente em ambientes confortáveis, flexíveis, informais e livres de ameaças. Não há como negar que quando o lugar e o clima são agradáveis e propícios para a aprendizagem, os resultados tornam-se mais significativos, concorda? É isso o que a Andragogia propõe: o aprendizado maduro e consciente, fluindo em um contexto plenamente favorável.

Adultos não aprendem como crianças. Isso é fato! Partindo desse pressuposto, a educação para adultos não deve ser baseada nos princípios pedagógicos e sim nos pilares andragógicos. Isso quer dizer que o adulto é o sujeito da educação e não meramente o objeto dela. Em outras palavras, propõe-se autonomia, colaboração e a autogestão da aprendizagem, atributos importantíssimos para quem deseja crescer profissionalmente.

A educação corporativa pautada neste método deve trazer um aprendizado aplicável, claro e relevante. A teoria não é suficiente nesse sentido, pois na Andragogia o conhecimento do aprendiz é tão importante quanto o conhecimento do facilitador/instrutor. Sendo assim, entram no ensino as experiências de vida, os valores pessoais e as habilidades profissionais. Ficam do lado de fora a inflexibilidade, as respostas prontas e as metodologias ultrapassadas.

A Andragogia pode contribuir na capacitação de equipes, isso porque ela se apresenta como um caminho educacional diferente e eficiente para qualificar adultos através de metodologias, técnicas e recursos específicos para esse público.

O objetivo é buscar conhecer o que os adultos esperam, como agem, o que desejam e, a partir desse conhecimento, possibilita-se a elaboração de estratégias customizadas, elevando potencialmente a qualidade do ensino e também os resultados. Cabe acrescentar que quando essa metodologia faz parte do projeto de educação corporativa, o aprendizado é prazeroso e se converte em prática.

O Gestor como instrutor deve ater-se aos princípios fundamentais que ajudam a compreendê-la e aplicá-la melhor, veja e analise:

  • Necessidade de saber: Os adultos precisam saber qual a necessidade de aprender e o que eles ganharão no decorrer do processo de aprendizagem.
  • Autoconceito do aprendiz: Os adultos são  responsáveis por suas vidas e decisões, portanto precisam ser encarados e tratados como indivíduos capazes de se fazer suas próprias escolhas.
  • Papel das experiências: Os adultos possuem experiências prévias e justamente essas experiências são a base do aprendizado.
  • Prontidão para aprender: Os adultos ficam mais dispostos a aprender quando o conteúdo  parece ser útil em seu dia a dia, ou seja, quando o conhecimento tem a finalidade de ajudá-los a enfrentar os desafios cotidianos.
  • Orientação para aprendizagem: Os adultos aprendem melhor quando a aprendizagem é orientada para os fatos, aplicabilidade e resultados.
  • Motivação: Os adultos respondem bem quando fatores motivacionais entram em cena, como por exemplo, a satisfação, qualidade de vida, autoestima, desenvolvimento e afins.

"Andragogia é a arte de causar o entendimento" (Franklin Wave).

E, a comparação de Pedagodia x Andragodia?
O modelo andragógico proposto por Malcolm Knowles (o "pai da andragogia" nos Estados Unidos), difere do modelo pedagógico acerca de oito elementos fundamentais e dos seis pressupostos e nas figuras a seguir.



É preciso considerar que a experiência é a fonte mais rica para a aprendizagem de adultos. Estes são motivados a aprender conforme vivenciam necessidades e interesses que a aprendizagem satisfará em sua vida. O Gestor poderá usar o modelo andragógico canalizando as melhores práticas para orientar adultos a aprender na Organização. 

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 12 de junho de 2017
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: 
https://administradores.com.br/artigos/educacao-para-negocios-com-o-uso-da-andragogia



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

domingo, 7 de setembro de 2014

Por que a educação empreendedora deve ser ensinada nas escolas?


Você sabia que os alunos podem aproveitar os benefícios da educação empreendedora antes mesmo de entrar na faculdade?

Uma educação voltada para o empreendedorismo pode ajudar jovens do ensino fundamental e médio a desenvolver habilidades essenciais para a vida que servirão muito para além das paredes da sala de aula.


Embora o empreendedorismo esteja mais relacionado ao ambiente de negócios, seu conceito vai muito mais além. 


O dicionário define a palavra “empreender” como a habilidade de realizar tarefas difíceis. Ou seja, empreender é superar desafios.


E essa capacidade de superação exige inovação, ousadia e criatividade. Características que podem ser aprendidas.


E porque não aprendê-las logo nos primeiros anos de escola?


Neste artigo, você vai aprender o que é a educação empreendedora e porque ela deve ser ensinada nas escolas.


O que é educação empreendedora


Educação empreendedora é a capacidade de aproveitar oportunidades e ideias e de as transformar em coisas com valor cultural, social ou financeiro.


No âmbito escolar, ela se concentra no desenvolvimento de habilidades do mundo real que ajudarão os alunos a identificar e enfrentar desafios e oportunidades de forma criativa e inovadora.
A educação para o empreendedorismo ensina aos alunos habilidades essenciais para a vida, as formas de:
  • Como colaborar e trabalhar com uma equipe;

  • Como falar em público e preparar uma apresentação eficaz;

  • Como coletar e analisar dados;

  • Como usar as mídias sociais;

  • Como resolver problemas reais e complexos que não têm uma resposta definitiva;

  • Como usar a curiosidade e a criatividade para encontrar uma abordagem inovadora para problemas difíceis.

Rose Mary Almeida Lopes, no livro Educação Empreendedora: Conceitos, Modelos e Práticas, diz que, essa abordagem é “um processo dinâmico de conscientização, reflexão, associação e aplicação que envolve transformar a experiência e o conhecimento em resultados aprendidos e funcionais. Compreende conhecimento, comportamento e aprendizagem afetivo-emocional”.


Em outras palavras, é possibilitar ao aluno que o conhecimento técnico seja aplicado por experimentos dentro e fora da sala de aula para que eles desenvolvam-se como cidadãos críticos e responsáveis.


Além disso, a autora salienta que  “o desenvolvimento e implementação de programas de educação empreendedora podem seguir as recomendações da Unesco para a educação do século XXI, que são aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.”


Fernando Dolabela, em seu livro “ Oficina do empreendedor", o autor diz que, pela primeira vez na história, o que se aprende na escola é rapidamente superado pelo que se aprende fora dela. 


Dolabela destaca que é preciso um processo de aprendizagem que ensine aprender a aprender, encarando os erros como uma oportunidade de aprendizado. 


A importância de uma educação para superar desafios


Vivemos em uma era de transformação global e tecnológica sem precedentes.


"Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes", diz Klaus Schwab, autor do livro A Quarta Revolução Industrial.


Os alunos enfrentarão um futuro incerto cheio de complexas questões globais, sociais e ambientais. De acordo com a pesquisa Future of Jobs do World Economic Forum  , metade das atividades de trabalho de hoje podem ser automatizadas até 2055, criando funções, responsabilidades e desafios completamente novos para a força de trabalho futura.

Portanto, não podemos prever exatamente o que nossos alunos precisarão saber depois de se formarem. Por isso, políticas públicas focadas em uma educação empreendedora proporcionam aos alunos habilidades para solucionar problemas reais, trabalhar em equipe, ter resiliência e empatia.  Características essenciais para enfrentar o que está por vir quando adultos. Além disso, educar os alunos para uma mentalidade empreendedora incentiva a criatividade e a inovação. Para solucionar os desafios de forma inovadora, característica essencial do empreendedorismo, é preciso uma boa dose de criatividade, de criar soluções que ninguém pensou até agora.  Ainda mais, desenvolver essas habilidades nos alunos significa que eles se envolvam de forma construtiva na vida da escola e da comunidade de maneira legítima e autossuficiente. Uma pesquisa realizada pelo instituto êxito, perguntou para os estudantes sobre a importância de existir atividades educacionais voltadas para a aprendizagem sobre empreendedorismo em sua escola, revelou que a imensa maioria (95%) dos estudantes considera importante ou muito importante a educação voltada para o empreendedorismo.

Como inserir a educação empreendedora nas escolas

O site da Nova Escola dá algumas dicas de como inserir o empreendedorismo no currículos das escolas.  O texto diz que é possível já inserir a educação empreendedora logo nos primeiros anos do período escolar, e salienta a importância do ensino ser contextualizado para a realidade dos alunos. Uma sugestão de caminho do que pode ser feito para trabalhar com os alunos na perspectiva da Educação empreendedora feito pelo blog da Nova Escola é:

  • Compreender o problema;

  • Pesquisar jeitos de resolvê-lo;

  • Verificar a possibilidade de colocar uma das soluções em prática;

  • Mudar de ideia ou adaptá-la caso necessário;

  • Conversar com os demais envolvidos sobre qual caminho seguir e argumentar sobre isso, além de escutar e analisar as ideias deles;

  • Permitir se reinventar quando alguma ideia falhar;

  • Ser resiliente e persistente para alcançar o objetivo final.

Um exemplo de sucesso é o projeto 'Educação Empreendedora: Sonhos e Práticas', da escola estadual Américo Martins, em Montes Claros (MG), realizado pela professora de Língua Portuguesa da escola, Sande Polyana Silva Almeida, no ano de 2016. Sande identificou que seus alunos do nono ano do ensino fundamental, apesar da desmotivação, tinham o desejo de ajudar suas famílias. A partir disso, a professora levou estratégias para desenvolver habilidades empreendedoras para dentro da sala de aula. O resultado foi a criação de empresas de reciclagem de diferentes tipos de materiais. No final do ano, eles organizaram uma feira piloto com o tema sustentabilidade, para apresentar e vender seus produtos.  Portanto, inserir a educação empreendedora no currículo escolar é de suma importância se quisermos proporcionar um futuro com um horizonte de oportunidades para os nossos jovens.  Ensinar as habilidades necessárias para solucionar problemas de forma inovadora e criativa, e desenvolver a capacidade do trabalho em equipe, a empatia e resiliência, é o que vai prepará-los para o futuro desafiador que temos pela frente. Bom trabalho e grande abraço. Adm. Rafael José Pôncio


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.