domingo, 3 de março de 2019

Sistema de Informação de Marketing - SIM


A pesquisa de mercado ou pesquisa de marketing pode ser definida como o interesse planejado de obter conhecimento para direcionar as decisões de mercado. As necessidades e os desejos do consumidor podem ser explorados em uma pesquisa, determinando, por exemplo, uma adequação de produtos ou serviços já disponibilizados para ampliar as vendas.

O registro e a análise de todos os fatos coletados durante a pesquisa também cumprem a função de antever tendências e oportunidades de negócios, contribuindo para criação e lançamento de novos produtos e serviços, identificando o perfil do público-alvo, potencial de abrangência de vendas, preço ao consumidor, desenvolvimento da marca, promoções e o planejamento de marketing.

Informação, dados e suas fontes

Crocco (2006), ao discorrer sobre a pesquisa de marketing, distingue informação de dados. Os dados são classificados como fatos e estatísticas. Enquanto a informação é a organização dos dados que responda às questões geradas para a pesquisa. Portanto, os dados, quando estão dispersos, não geram nenhuma informação aos profissionais de marketing.

Desse modo, os dados podem ser consultados ou gerados a partir de fontes de pesquisa interna e externa à empresa. Os dados primários são coletados durante a execução da pesquisa, direto com o pesquisado, no caso, o cliente, fonte externa de informação. Os dados secundários estão disponíveis em razão de uma pesquisa anterior e suas fontes externas podem ser banco de dados de organizações, publicações especializadas, entidades e institutos de pesquisa.

De posse desses dados, depois de organizados e analisados, é possível estruturar um Sistema de Informação de Marketing (SIM), em que se agrega, também, os dados de fontes internas à empresa, como dado sobre quantidade de vendas por região atendida.

Sistema de Informação de Marketing - SIM

Um Sistema de Informação de Marketing (SIM) é constituído por “pessoas, equipamentos e procedimentos para a coleta, classificação, análise, avaliação e distribuição de informações necessárias, precisas e atualizadas para os responsáveis pela tomada de decisões de marketing” (KOTLER, 2007, p.84).

O SIM também pode ser definido como um processo sistemático de organização, geração, padronização, armazenamento, análise e disseminação contínua de informação para ser utilizada nas decisões de marketing (ETZEL et al., 2001). O ciclo de funcionamento do SIM inicia e termina com os usuários da informação, que são gestores de marketing, colaboradores internos e externos (revendedores e fornecedores) à empresa.

O ponto de partida é a demanda de informações pelos usuários. A interação se dá com a geração de informações solicitadas, a partir do banco de dados interno, das atividades de inteligência de marketing (coleta e análise de informações publicamente disponíveis sobre concorrentes e suas ações) e da pesquisa de marketing. Depois, o sistema ajuda os usuários a analisarem as informações que devem contribuir para as suas tomadas de decisões (KOTLER, 2007).

Os modelos matemáticos e as análises estatísticas são utilizados para representarem a realidade. Os relatórios gerados regularmente e seus respectivos estudos integram novos e antigos dados para atualizarem as informações e sinalizarem tendências. O SIM programado, para ser considerado com boa capacidade, deve estar estruturado com um banco de dados, pessoas, ferramentas analíticas e tecnologia.

Para modelar o sistema, o computador pode ou não ser utilizado. Seu uso depende do tamanho da empresa, do volume de negócios, do nível de complexidade do SIM, de recurso disponível para o investimento e a frequência de demanda pelas informações. O processamento de dados com a utilização de tecnologia contribui para processar mais rápido as informações, facilitar o acesso e ampliar seu armazenamento.

Qual é o ponto de partida para pesquisa de mercado?

A pesquisa de mercado ou a pesquisa de marketing pode ser aplicada em várias situações na rotina da empresa. A frequência também depende das necessidades apontadas pelos gestores, por exemplo, para compreender determinado comportamento de compra do cliente ou mesmo entender a sua satisfação de consumo.

O ponto de partida, portanto, encontra-se no momento em que surge uma dúvida que precisa ser respondida. Essa questão a ser respondida é chamada em pesquisa de problema, porque a pergunta a ser respondida é a identificação do problema a ser sanado. O modelo de pesquisa a ser adotado também depende da natureza do problema, como veremos a seguir.

Problema de pesquisa

Os gestores de marketing e os pesquisadores estão incumbidos de trabalhar juntos para definir o problema de pesquisa e determinar os seus objetivos. A união desses profissionais é essencial, porque essa é considerada a fase mais difícil da pesquisa (KOTLER, 2007). O administrador compreende melhor qual é a informação almejada, por outro lado, o pesquisador entende melhor qual processo de pesquisa é mais indicado para obter tal informação.

De acordo com Crocco (2006), as necessidades de estudos mais frequentemente identificadas na área de pesquisa de mercado são:
  • Análise de propaganda: as pesquisas podem ser estruturadas como pré-testes de campanhas a serem desenvolvidas; também contribuem para mensurar a performance da mídia; realizar teste de memorização de campanhas, recall (chamar de volta, recolher o produto) de produtos; pós-testes para analisar a efetividade das campanhas realizadas.
  • Análise de negócios: previsões e tendências de novas oportunidades de negócio.
  • Análise de produtos e serviços: testar conceitos da marca e embalagens; níveis de conhecimento sobre o uso do produto; hábitos e atitudes do consumidor.
  • Análise de mercado: oportunidades de mercado; identificar o tamanho do mercado; identificação de segmentos e nichos; imagem e estrutura das empresas concorrentes.
  • Análise de clientes e funcionários: identificar o comportamento de consumo; mensurar a satisfação dos clientes interno e externo; identificar e quantificar os níveis de satisfação do consumidor.
Se o problema de pesquisa, a pergunta a ser respondida, não for estruturado da maneira correta, o modelo de pesquisa a ser adotado será equivocado e, portanto, sua informação gerada poderá indicar uma análise diferente da demanda inicial. Por isso, ambos profissionais – pesquisadores e gestores – devem trabalhar juntos, definir a questão a ser respondida na pesquisa e, em seguida, estruturar um planejamento de pesquisa incluindo quais os tipos de pesquisa e os métodos mais adequados que serão desenvolvidos para atenderem aos objetivos propostos.

Tipos de pesquisa

O desenvolvimento do plano de pesquisa é, basicamente, traduzir as necessidades específicas de informações em objetivos de pesquisa, que podem ser classificados em três categorias: exploratória, descritiva e causal. Cada tipo de pesquisa possui finalidades, características e métodos distintos.

A pesquisa exploratória é aplicada na sua fase inicial e é realizada a partir de um estudo exploratório. O intuito é reunir informações preliminares que possam contribuir com a definição do problema e, também, sugerir ideias, dados e hipóteses de resposta ao problema. A sua característica é a flexibilidade e a versatilidade na aplicação da pesquisa. Os métodos mais utilizados são análise de dados secundários, entrevista com especialistas e pesquisa qualitativa.

A pesquisa descritiva é aplicada para descrever características de grupos importantes, como clientes em relação ao seu comportamento de compra, vendedores do produto e dos fornecedores, contribuindo para fazer previsões de consumo. Outros fatores podem ser identificados, como o potencial de mercado para determinado produto ou dados demográficos de sua abrangência. Como característica, esse tipo de pesquisa necessita da formulação prévia de hipóteses específicas. Os métodos de pesquisa são survey (entrevista dos participantes utilizando um questionário estruturado), painéis (amostra de entrevistados que fornecem informações específicas em um período extenso) e observação (registro de forma sistemática dos padrões de comportamento das pessoas, sem qualquer tipo de comunicação com o observado).

A pesquisa causal tem o objetivo de descobrir a relação de causa e efeito, testar hipóteses sobre as relações de causa e efeito. A sua característica é comumente a pretensão de verificar quais são as causas (variável independente) e quais são os efeitos (variáveis dependentes) de determinado fenômeno. Esse tipo de pesquisa requer uma concepção planejada e estruturada, usada para manipular uma ou mais variáveis independentes. O método de pesquisa é a experimentação.

Plano de pesquisa

O planejamento de pesquisa deve ser estruturado e apresentado por escrito para estabelecer os parâmetros a serem cumpridos no processo, facilitar a comunicação entre pesquisadores e gestores, além de incluir as explicações dadas à complexidade do projeto ou quando o processo é conduzido por empresa terceirizada.

O plano deve conter quais os tipos de pesquisa e os métodos a serem adotados, os problemas de gestão que serão abordados, os objetivos da pesquisa, as informações a serem obtidas e a maneira como os resultados adquiridos poderão ajudar no processo decisório da administração. O custo do investimento da pesquisa deve estar incluído na proposta.

No caso histórico do Phd. Kotler (2007, p.88) exemplifica um plano de proposta fazendo uma suposição de pesquisa sobre a Campbell Soup Company, empresa fundada nos Estados Unidos, em 1869, que produz sopas enlatadas e produtos relacionados. O objetivo da pesquisa ‘imaginada’ é saber como os consumidores reagiriam se fosse lançada uma nova embalagem para suas linhas de SpaghettiOs. Essa nova embalagem pode ser levada ao micro-ondas para a preparação do produto. Mesmo os recipientes com custo mais elevado comparados ao atual, a novidade permitiria aos consumidores praticidade e economia de tempo, pois esquentar o produto no forno micro-ondas também dispensaria o uso de panelas e pratos. As primeiras informações necessárias seriam identificar as características demográficas, econômicas e o estilo de vida dos consumidores do SpaghettiOs. As hipóteses de pesquisa são que casais que trabalham fora e são muito ocupados podem achar que a praticidade compense o valor mais elevado do produto. No entanto, famílias com crianças podem querer pagar menos e lavar panelas. Uma das perguntas a serem respondidas é se a nova embalagem criaria novas vendas ou simplesmente substituiria as vendas da embalagem atual. A resposta a essa e a outras perguntas é que pode orientar a melhor decisão de lançar ou não a nova embalagem.

Lembre-se que um planejamento para coletar informações precisas de informações sobre os clientes, deve ter um bom objetivo elaborado e dividi-lo em fases, mas, também é possível transformá-lo em cultura na organização, desde que sempre discutido com os Colaboradores em todas as áreas da empresa a fim da participação tornar-se efetivamente um processo inteligente.

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 19 de janeiro de 2018
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/sistema-de-informacao-de-marketing-sim 



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Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.

domingo, 24 de fevereiro de 2019

6 riscos que todo iniciante a empreendedor deve tomar consciência


Assumir riscos é quase sinônimo de empreendedorismo. Para começar e apoiar seu próprio negócio, você terá que colocar sua carreira, finanças pessoais e até mesmo sua saúde mental em risco. 
Para a maioria, a perspectiva de tomar suas próprias decisões e tomar conta de seu próprio destino vale a pena. Mas para ser bem-sucedido como empreendedor, precisa estar preparado para os riscos e desafios que o acompanham.
A seguir, sete riscos que todo empreendedor deve assumir, desde a concepção até o desenvolvimento contínuo:

1. Abandonando o salário fixo

Antes de se aventurar no mundo dos negócios, primeiro você terá que dizer adeus ao seu trabalho atual e, em alguns casos, à sua carreira, isso aos poucos conciliando ou imediato. Algumas pessoas têm o luxo de um plano de backup - uma opção para retomar sua carreira, caso as coisas não corram bem em seus negócios independentes.

Mas para a maioria dos empreendedores iniciantes, a escolha é um mergulho arriscadoNão há garantia de sua renda pessoal, especialmente nos primeiros meses e anos de existência da sua empresa, e você provavelmente estará ocupado demais para garantir ou sustentar uma linha alternativa de renda.

2. Sacrificando o capital pessoal

Alguns empreendedores são capazes de iniciar seus empreendimentos confiando apenas no financiamento externo. Isso geralmente significa aportes financeiros de investidores-anjo, subsídios e empréstimos de fundos "capital semente" e resultados de campanhas de crowdfunding. Mas muitos empreendedores também precisam mergulhar em suas próprias contas bancárias e economias pessoais para fazer as coisas começarem.
Você pode não precisar liquidar completamente o seu ninho de ovos, mas terá que enfrentar pelo menos algum dinheiro pessoal - e isso significa abandonar, ou pelo menos diminuir, sua estrutura mental de "segurança".

3. Confiando no fluxo de caixa

Mesmo se você tiver uma linha de crédito, garantir um fluxo de caixa regular é difícil e estressante. Você pode se posicionar por um ano de prosperidade financeira, mas ainda lutar com as necessidades do dia-a-dia se a sua receita não corresponder ou exceder seus custos de maneira oportuna.
As faturas podem aumentar rapidamente, e se você não tiver receita suficiente para suportar seu fluxo de caixa de saída, pode ficar sem capital para pagamento ou forçado a resgatar no fundo de emergência caso tenha provisionado. Esteja preparado para lidar com isso diariamente, ou pelo menos semanalmente.

4. Confiando em um funcionário importante

Quando você inicia um negócio, você não terá uma equipe completa de colaboradores trabalhando para você. Em vez disso, você provavelmente terá um grupo pequeno e unido de pessoas trabalhando incansavelmente juntas em um esforço para colocar as coisas em prática. Você terá que depositar uma enorme quantidade de confiança neles, especialmente se eles têm habilidades especiais que são difíceis de encontrar e estão dispostos a começar a trabalhar com um salário menor do que o padrão de mercado.
Por exemplo, se você contratar um único desenvolvedor líder experiente para trabalhar em seu produto ao longo de alguns meses, precisará ter absoluta confiança em sua capacidade de concluir o trabalho a tempo. Caso contrário, sua linha do tempo (e seu produto) pode ser fatalmente comprometida.

5. Apostar em um prazo crucial

As startups são, por natureza, forçadas a cumprir cronogramas rigorosos para seus lançamentos de produtos e metas. Suas finanças são frágeis e seus investidores estão ansiosos para começar a ver o negócio girando. Como resultado, a maioria dos empreendedores são forçados a fazer várias metas dependendo de um punhado de prazos, e esses prazos se tornam absolutamente críticos.
Esteja preparado para ficar acordado à noite, preocupando-se com sua capacidade de atingir esses prazos, e inventar contingências se não puder. A zona de desconforto também faz parte!

6. Doando tempo pessoal (e saúde)

O empreendedorismo tem um impacto sobre a pessoa. Você gastará incontáveis ​​horas fazendo trabalho para tornar sua empresa bem-sucedida, e suas horas restantes se preocupando com o que você tem ou não feito até agora. Você perderá o sono, perderá seu tempo pessoal e sofrerá muito mais estresse do que o normal.
As recompensas do empreendedorismo muitas vezes superam esses riscos pessoais, mas você precisa estar preparado para viver esse tipo de estilo de vida.
Estes e outros riscos não devem afastá-lo da busca do empreendedorismo. Em vez disso, veja-os como são e na pratica de ações eficazes poderá mitigá-los na jornada por empreender, os obstáculos são necessários num caminho maior e sucessivamente. Não há como evitar os riscos que você enfrentará como empreendedor, mas ao reconhecê-los, você poderá preparar-se, isso tudo faz parte do contexto da vida do empreendedor e buscando as melhores práticas com certeza a recompensa por realização pessoal tem grande valia.
Bom trabalho e grande abraço.
Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 23 de fevereiro de 2019
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: 
https://administradores.com.br/artigos/6-riscos-que-todo-iniciante-a-empreendedor-deve-tomar-consciencia


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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Quatro pressupostos do empreendedor


Como os sonhadores de todas as gerações, os empreendedores precisam conceber, implementar, gerenciar e expandir seus negócios. O que é preciso para trazer os sonhos de empreendedores para a realidade? A lista é longa, mas os empreendedores com uma chance de sucesso compartilham certas características que os impulsionam e os mantêm focados, apesar dos desafios que enfrentam. Estes incluem paixão, uma forte ética de trabalho, boa intuição de mercado e a capacidade de enxergar o quadro geral.

Paixão

Um empreendedor embarca em um empreendimento sobre o qual idealizou e apaixona-se pelo que faz com espírito em servir. Na prática, um empreendedor constrói um plano de negócios em torno de uma ideia que ele acredita ter valor para algum mercado demográfico. Sua crença em seu produto ou serviço lhe dá uma vantagem ao apresentar sua ideia a investidores e clientes em potencial. Por ser apaixonado pelo seu trabalho, ele tem o compromisso e a energia para continuar, mesmo diante de obstáculos. Ele gosta de seu trabalho e ele obtém satisfação de seus esforços, diz o empresário James Stephenson.

Ética de trabalho

Um empreendedor tem uma visão ampla do sucesso e está disposto a trabalhar incansavelmente para alcançar seus objetivos, mesmo correndo o risco de ser chamado de workaholic. O empreendedor deve ter uma ética de trabalho estável e enérgica, ser auto-motivado e seguir um cronograma rigoroso. Ele é um grande realizador em sacrificar alegrias de curto prazo, como sono e entretenimento, pela satisfação de longo prazo de desenvolver um negócio de sucesso por seus próprios esforços, segundo o estrategista de inovação Charles Lee.

Intuição do mercado

Antes e depois de pesquisar o mercado, um empreendedor deve empregar sua intuição. Se o seu produto ou serviço for positivo o suficiente, ele assume riscos calculados para realizar seu sonho. Um empreendedor sabe, sem ser informado, que prefere tentar e falhar do que nunca tentar, segundo Charles Lee.

Imagem Grande

Se um empreendedor só precisasse de três qualidades proeminentes para construir um sonho de negócios a partir de ideias, haveria mais empreendedores e empresas de sucesso. James Stephenson lista mais qualidades, incluindo gerenciamento do capital de forma inteligente, força de fechamento de vendas, autopromoção e colaboração. Ao aplicá-las à sua própria situação, faça um inventário pessoal e realista de seus pontos fortes. Se você acha que possui qualidades empreendedoras, comece a construir o seu sonho.

Não importa em que estágio você está, o importante realmente é o primeiro passo!

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 24 de janeiro de 2019
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/quatro-pressupostos-do-empreendedor



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Empreendedor frugal: as vantagens de ter um comportamento prudente e uma postura simples diante do sucesso de um negócio


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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Os 3 movimentos que o Líder deve ater-se ao formar um time de trabalho


Encontrar semelhanças entre os membros, encontrar as diferenças entre eles e administrá-las, visando ao bem comum da equipe; ao Líder requer estrita observância perceptiva!

Quando falamos em formação de uma equipe, não quer dizer que ela precise necessariamente ser uma equipe nova, que estará iniciando do zero naquele ambiente organizacional. Sabemos que várias situações ocorrem nas empresas, então, ao iniciar uma nova equipe ou trazer novos membros para ela, pode ser que as necessidades tenham sido das mais diversas e cabe ao líder encontrar a melhor maneira para atender a tais necessidades, visando à construção de um time forte e coeso.

Oliveira (2010, p. 291-292) nos apresenta três movimentos que o líder deve considerar ao formar um time de trabalho.

1) Encontrar semelhanças entre os membros:
Considerando: necessidades, intenções, objetivos pessoais, experiências e interesses, sendo que cada membro deve olhar para os demais integrantes da equipe e se ver neles ou algo parecido com aquilo o que ele sente ou faz.

2) O oposto do primeiro:
O segundo movimento descrito pelo autor seria o contrário do primeiro, ou seja, os integrantes devem procurar aquelas coisas nas quais sejam diferentes entre si. Para o autor, depois de identificadas essas características, ficará mais fácil para o líder definir tarefas específicas para cada membro, considerando aquilo que cada um consiga desempenhar melhor.

3) Percepção das assimilações e experimentos:
O autor nos apresenta como terceiro e mais importante movimento na formação de uma equipe aquele em que semelhanças e diferenças já tenham sido assimiladas e experimentadas por todos, tendo que agora ser administradas.

Para Oliveira (2010), após esse período de maturação, os membros do time já terão tido a oportunidade de crescerem e se desenvolverem como pessoas, suas habilidades mais importantes já deverão ter sido solicitadas pelo trabalho e aceitas pelos demais membros, assim eles terão a chance de tornarem-se profissionais melhor capacitados para continuar desempenhando as tarefas de forma satisfatória e, até mesmo, capazes de assumirem novas responsabilidades.

É válido lembrar também, que não basta apenas colocar em prática esses movimentos para garantir que haja harmonia no ambiente de trabalho onde várias pessoas, com diferentes realidades, estarão atuando juntas a fim de alcançarem objetivos comuns. É preciso considerar, ainda, as competências individuais, ou seja, saber se a pessoa possui habilidades para trabalhar com outras pessoas e em equipe, pois, caso essas realidades não atendam aos anseios particulares de cada membro, possivelmente sua atuação será insatisfatória e poderá comprometer o sucesso de toda a equipe.

Tonet et al. (2009, p. 40) salientam ainda que “apesar da tendência dos indivíduos para desempenharem determinados papéis, cada um poderá atuar em diferentes papéis, dependendo da época, dos interesses pessoais, da conveniência para a equipe ou outros motivos”. Ou seja, pessoas que sejam mais flexíveis e estejam dispostas a assumirem desafios poderão ser melhor aproveitadas e terão a oportunidade de desenvolverem competências que contribuam para seu desenvolvimento humano e profissional e para seu sucesso individual e da equipe como um todo.

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 02 de setembro de 2016
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/os-3-movimentos-que-o-lider-deve-ater-se-ao-formar-um-time-de-trabalho



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sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Mapeamento dos Valores Humanos do nobre Geraldo Rufino


O Geraldo Rufino esteve no dia 10/11/2018 na Escola Superior de Empreendedorismo - ESE, e veio nos brindar contando os acertos e erros da vida empresarial, um pouco da sua trajetória empreendedorial e falou sobre os Valores Humanos que norteiam seu dia a dia.

☆ Os Valores do Rufino:
-Credibilidade (aprendeu da mãe).
-Base familiar (motivos por eles).
-Ser gente com o outro (rapport).
-Produtividade (ser proativo).
-Servir (serviço ao próximo é vida).
-Gratidão pela vida diária (á Deus ou Universo).
-Aceitar o agora em detrimento da morte (tempo, estoicismo).
-Autonomia e Independência ("democracia cubana da mãe").
-Paixão por trabalho e pelo trabalho (amor em servir).
-Alta resiliência ("quebradeira").
-Humildade e simplicidade (coragem em pedir).
-A arte de vender (sorria e venda, vender, vender e vender).
-Carisma (carinho e disciplina).
-Amor (paixão por trabalhar).
-Autoridade da Honestidade (dormir tranquilo e cabeça erguida).

Ele conta que no início da trajetória da vida dele passou por certos per causos, porém, sem foi fiel aos seus princípios e diz hoje que se não fosse o autoconhecimento jamais teria vencido em sua área profissional e na educação dos filhos no qual diz Ele ser a base de tudo.

Mais informações a respeito da biografia do Geraldo, você vai encontrar no livro O Catador de Sonhos, publicado pela Editora Gente, e existem diversos vídeos e palestras no youtube deste nobre empreendedor.

Bom trabalho e grande abraço.
Adm. Rafael José Pôncio



Conheça agora:

 Orçamento Base Zero (OBZ): seja estratégico e encolha os custos


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terça-feira, 1 de janeiro de 2019

O que é objetivo?




Estabelecer os objetivos é de extrema importância para uma empresa, por meio deles é possível permitir à empresa algumas condições de crescimento equilibrado. O objetivo serve para direcionar a empresa em seus mais variados níveis, bem como seu desempenho. Sendo assim, os elementos envolvidos têm a função de esclarecer em qualquer dúvida sobre as metas, prazos, eliminar barreiras, facilitar o caminho etc.

A fixação de objetivos auxilia o desenvolvimento da empresa por todos os seus departamentos assegurando que cada colaborador tome suas decisões e encontre o melhor caminho para “entregar” seus resultados. Dentro do conceito de SMART (esperto em português), Peter Drucker (apud BARBOSA, 2008, p.130), aponta que uma meta deve atingir quatro objetivos básicos; “específico, mensurável, factível (Achiveable), realístico, tempo definido para execução”.

Os objetivos necessitam claramente de dados, análises, informações confiáveis e para isso se faz necessário a utilização de ferramentas de marketing, gestão etc., por exemplo, pesquisas e indicadores de mercado. Os mesmos influenciam diretamente nas ações e nas tomadas de decisões. Vale lembrar que alguns objetivos são traçados no histórico de anos anteriores gerando mais informações para direcionar a empresa em suas decisões futuras.

Os objetivos parecem estar distantes, porém se determiná-los podemos alcançá-los. Você Gestor(a), utilize você como exemplo, trace objetivos e conquiste cada um deles ao longo do tempo na medida em que seus esforços os permitam alcançá-los. Em uma organização não há muitas diferenças, o mercado possui as oportunidades, os estudos de mercado ampliam a percepção do que está acontecendo e então decisões são tomadas.

Determinando o objetivo

De forma que os objetivos sejam determinados adequada e assertivamente, é necessário saber a situação atual da empresa no mercado, quem são e como estão os concorrentes, e, principalmente, ouvir o consumidor. As organizações determinam seus objetivos com propósitos diferentes, pois nem todos os setores e segmentos mercadológicos são iguais.

Os melhores objetivos são aqueles que valorizam a capacidade da organização e de seus colaboradores, pois os mesmos devem ter coerência, devem estar dentro das possibilidades reais e futuras das empresas. Uma das possíveis formas de estabelecer os objetivos é identificando e definindo o SWOT (Forças e Fraquezas, e, Oportunidades e Ameaças).

Numa análise SWOT neste caso, estas perguntas também ajudam os gestores ou empresários a formularem seus objetivos mercadológicos com maior eficiência e eficácia, ou seja, explora seus potenciais e minimiza suas fraquezas. Isso também se aplica nas ameaças e nas oportunidades, pois ao diagnosticar o ambiente externo da empresa é possível se determinar objetivos que assegurem uma estabilidade diante de uma ameaça, bem como objetivos que busquem ao máximo as oportunidades.
A partir do momento que você elabora seus questionamentos e consegue obter suas respostas, devemos considerar nos objetivos alguns itens, como: prioridade, quantificação e prazos. Vejamos cada um deles em detalhes:

Prioridade: veja a prioridade como fundamental, pois esta deve abranger as reais necessidades da empresa. Não perca o foco nesse momento, não gaste energia com coisas desnecessárias. Como o velho ditado diz; “tempo é dinheiro” e trabalho também. Desta forma, você poderá definir o verdadeiro objetivo do seu plano.

Quantificação: expressar objetivos em números torna os propósitos mensuráveis. Geralmente, você encontrará em algumas literaturas da área empresarial que os objetivos têm o caráter qualitativo do propósito a ser alcançado e as metas o caráter quantitativo. Não veja isso como um problema, aliás, deixe isso para os teóricos resolverem. O que está sendo apresentado para você é a importância de dados mensuráveis no objetivo, pois os mesmos retrataram de forma clara o que se pretende atingir em seu plano.

Prazos: determinar o tempo de execução de objetivos conforme descrito anteriormente torna também o objetivo mensurável, desta forma você poderá visualizar o início, meio e o fim do que se pretende fazer. Veja bem, o prazo também pode auxiliar no controle das ações que podem ser propostas conforme seu objetivo. Porém, devemos lembrar, que os prazos devem ser estabelecidos seguindo critérios que mostrem a totalidade do assunto, pode-se assim determinar o tempo necessário para se atingir o objetivo. Evite fazer algo de grande dimensão em poucos dias.

Após considerar os itens em questão, você pode determinar alguns direcionamentos a serem seguidos no que dizem respeito à quantificação. Lembre-se que as considerações podem ser aplicadas em toda a organização, outro ponto é que os objetivos devem ser curtos e bem claros, devem também refletir, por exemplo, aspectos que envolvam alguns itens tanto do ambiente interno (exemplo: financeiro) quanto o externo (exemplo: mercado), da organização.

Administração por Objetivos

Conforme Chiavenato (2003, p.250), “a administração por objetivos é um estilo que enfatiza o estabelecimento do conjunto de objetivos tangíveis verificáveis e mensuráveis”, esse assunto é chamado de (APO – Administração Por Objetivos). Existem vários sistemas de APO, os mais encontrados nesse sistema são: Interação entre os departamentos, estabelecimento conjunto, revisão periódica e ênfase na mensuração. Tudo está interligado, como se fosse uma história com princípio (análises), meio (definições, interações, revisões etc.) e fim (mensuração).


Segundo Chiavenato (2003), outro ponto da APO seria os quatro ingredientes mais comuns: 
1. Especificação de objetivos; 
2. Tomada de decisão participativa; 
3. Um período definido de tempo; 
4. Retroação de desempenho.

Novamente temos uma conformação de que tudo é integrado e sequencial, as decisões erradas podem causar uma sucessão de novos erros.

Objetivos por Amostragem

Conforme Chiavenato (2003), os objetivos podem ser definidos mediante diferentes abordagens, como:

Abordagem determinística por extrapolação: cujo objetivo é determinado em uma derivação do objetivo que está sendo alcançado no momento e assim é definido um número, por exemplo, aumentar as vendas em 5% em relação ao ano anterior.

Abordagem qualitativa carismática: seu objetivo é definido pela vontade dos líderes e tem uma característica qualitativa, motivando assim seus responsáveis. Temos como exemplo: melhorar a imagem da organização/negócio com as ONGs.

Abordagem logística e funcional: seus objetivos pressupõem um diagnóstico anterior de avaliações e proposições de melhorias, para que durante o tempo de obtenção dos objetivos seja assegurada a maximização da aplicação dos recursos disponíveis. Um exemplo dessa abordagem: não ter um número de produtos devolvidos por defeito.

Abordagem estatística e contingencial: são definidos em cima dos resultados e dos obstáculos que vão surgindo. Essa abordagem é adequada para obtenção de resultados em curto prazo, quando o mais importante é a voluntariedade das pessoas.

Objetivos por hierarquia

Além da abordagem, os objetivos possuem uma hierarquia nos níveis de uma organização. Os objetivos são: objetivos de nível institucional, objetivos de nível intermediário, objetivos de nível operacional.


Conheça também sobre: O clima organizacional e os seus principais aspectos.

Por fim, objetivo é o que pretendemos atingir de forma qualitativa e quantitativa, o mesmo perpassa toda organização e para ser estabelecido necessita de um estudo aprofundado, por isso deve seguir as diretrizes enunciadas.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 08 de novembro de 2016
Especial: artigos no Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/o-que-e-objetivo




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