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segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Simbolo ADM: Alegorias, Simbologias, Abreviatura e Disposições de Identidade Visual dos Administradores


A História do Símbolo da Administração


Em 1979, a diretoria do Conselho Federal de Administração - CFA decidiram por unanimidade em promover um concurso nacional para a criação do símbolo que representasse a notória profissão do administrador Na ocasião, especialistas da área de design, artes e personalidades ligadas aos Conselhos Regionais de Administração - CRAs foram conclamados para compor um corpo de jurados responsável por eleger o símbolo que aprouve-se da administração no Brasil. O concurso recebeu no total 309 artes gráficas, enviadas de quase todos os estados brasileiros. Na primeira fase de seleção, apenas 40 trabalhos foram escolhidos. No dia 9 de abril de 1980, foram selecionados os 10 finalistas na segunda fase de julgamento. Segundo o CFA, a avaliação final foi bastante acirrada devido às diversas linguagens gráficas, bastante distintas e oriundas de diversas regiões do país. Por fim, o símbolo selecionado foi desenvolvido pelo grupo “Oficina de Criação”, oriundo de Curitiba, Estado do Paraná. O simbolo ou logotipo como alguns definem, foi devidamente registrado no INPI (Instituto Nancional da Propriedade Industrial) sob número 811444562 em 1985. O símbolo definido para identificar a profissão do Administrador tem a seguinte explicação pelos seus autores daquela ocasião:

"A forma aparece como intermediário entre o espírito e a matéria".
Para Goethe o que está dentro (idéia), está também fora (forma).

1. Justificativa:

O quadrado é o ponto para atingir o símbolo, uma condensação expressiva e precisa correspondente ao (intensivo/qualitativo), por contraposição ao (extensivo/quantitativo).


2. O Quadrado como Ponto de Partida:
Uma forma básica, pura, onde o processo de tensão de linhas é recíproco;

constrsimb


Sendo assim, os limites verticais/horizontais entram em processo recíproco de tensão.


constrsimb1


Uma justificativa para a profissão, que possui também certos limites em seus objetivos:

- organizar;
- dispor para funcionar reunir;
- arbitra;
- relatar;
- planejar;
- dirigir;
- encaminhar os diferentes aspectos de uma questão / para um objetivo comum.


O quadrado é regularidade, possui sentido estático quando apoiado em seu lado, é sentido dinâmico quando apoiado em seu vértice, (a proposição escolhida).

quadrado

As flechas indicam um caminho, uma meta. A parte de uma premissa, de um princípio de ação (o centro). Considerando o ser humano um elemento pluralista, para atingir estes objetivos, através dos elementos propostos, as flechas centrais se dirigem para um objetivo comum, baseado na regularidade; para atingir o mundo das idéias/para obter o supra sumo, chegando a uma meta comum, através de uma exposição prévia de fundamentos, partindo das razões de um parecer. (movimentação) interna das flechas.


setas

3. Evolução Gráfica:

Parte-se de um quadrado inscrito num outro quadrado. O quadrado inscrito é destacado do centro, isto é, é vazado, os vértices verticais tentam encontrar o centro através de dobramento.


evolução logo


O distintivo uso do Símbolo da Administração


Pela Resolução Normativa nº 594/2020, Art. 05º, do Conselho Federal de Administração, o CFA permitiu aos administradores e empresas regularmente inscritos junto aos CRAs, o uso do símbolo profissional, vide aqui.


A Cor Predominante dos Administradores


A cor escolhida que representa a Administração, inclusive na área acadêmica, o próprio curso da Administração é o azul safira e simboliza a criatividade, a riqueza e a sabedoria. 


Essa cor predominante é perfeita para representar os profissionais que trabalham com ofícios relacionados ao raciocínio, análise e criação, assim como são e têm sido os administradores, competências estas essenciais para gestão de processos em empresas, organizações, consultorias e negócios.


Qual a Pedra Preciosa nomeada para a Administração?


Valiosa insignia e muito se destaca dentre outras por sua coloração azul e seu esplendoroso brilho inigualável, assim foi nomeado oficialmente a Safira Azul Escuro para a Administração e tradicionalmente nas formaturas do curso de administração as pessoas presenteiam com anéis, pulseiras, gargantilhas, brincos e adereços, até mesmo encravados o “simbolo adm” nas jóias que o compõem.


Muito versado e desejado para joias, esta gema também carrega diversos significados, pois desde a antiguidade, a safira é relacionada ao intelecto, sabedoria e criatividade. A safira azul na cultura alegórica egípcia era eternizada como a pureza da natureza e estimulo da honestidade, verdade e justiça. O nome safira é derivado do termo grego sappheiros que significa “a coisa mais bela” e do latim saphirus que significa “azul”. Era muito utilizada por reis, rainhas e o alto clérigo da Igreja. Cravadas em anéis, tiaras e coroas, representavam o alto grau social das pessoas que as possuíam. Ainda hoje, a Corte Inglesa exibe suas peças excepcionais cravadas com essa pedra preciosa.


As pedras safira azul escuro são encontradas em Sião, Birmônia, Madagascar e no Brasil.


O Anel do Administrador



O Anel do Administrador tem como pedra a safira de cor azul escura, pois é cor que identifica as atividades humanas criadoras, por meio das quais as pessoas  demonstram suas competências e habilidades em desenvolverem-se para o aumento de suas riquezas, tendo em vista suas preocupações não serem especulativas. Em um dos lados da pedra safira deverá ser aplicado o Símbolo da Profissão do Administrador.


Abreviaturas usadas pelos Administradores


O CFA recomenda que o profissional, com registro em CRA, adote a abreviatura abaixo exemplificada, antes do seu nome, exemplo:

- Administrador = Adm. Fulano de Tal.

- Administradora = Admª Fulana de Tal.

- Tecnólogo = Tecnol. Cicrano de Tal.
- Tecnóloga = Tecnolª Cicrana de Tal.

O Juramento do Administrador

O juramento retrata o momento solene em que o profissional na plenitude de sua formação profissional, de sua conscientização como membro da corporação de ofício, de seu amadurecimento como patriota investido de responsabilidade para com toda a sociedade, afirma, livre mas enfaticamente, sua integral dedicação aos postulados da profissão e total respeito aos seus valores morais, técnicos e legais.

A Assembléia de Presidentes de Conselhos de Administração, Federal e Regionais, aprovou em sua 2ª reunião, realizada em Brasília no dia 8 de maio de 1978, o juramento do “ADMINISTRADOR”, nos termos propostos pelo Conselho Regional de Administração de São Paulo - CRASP.

“Prometo DIGNIFICAR minha profissão, consciente de minhas responsabilidades legais, observar o código de ética, objetivando o aperfeiçoamento da ciência da administração, o desenvolvimento das instituições e a grandeza do homem e da pátria”.
Fazer o juramento ao ingressar na profissão, constitui o dever inicial de todo o Administrador; respeitá-lo, obedecendo-o, constitui o dever de sempre por cada Administrador.

Façamos de nossa profissão razão de nosso orgulho. Façamos que seja respeitada, admirada e valorizada. O profissional reflete o conceito que sua categoria goza. Elevemos, cada vez mais, a profissão de Administrador, honrando a escolha que fizemos e o juramento deve ser revisto constantemente na jornada administrativa até tornar-se um fundamento de vida do administrante.

A Oração do Administrador


“Senhor, diante das organizações devo ter CONSCIÊNCIA de minhas responsabilidades como ADMINISTRADOR; Reconheço minhas limitações, mas, humildemente, junto com meus companheiros de trabalho busco o consenso para alcançar a SOLUÇÃO e tornar o trabalho menos penoso e mais produtivo; Senhor, despido do egoísmo, quero crescer, fazendo crescer, também, os que me cercam e que são a razão de minha escolha profissional; Senhor, ADMINISTRE o meu coração para que ele siga o caminho do bem, pois, a mim caberá realizar obras sadias para tornar as organizações cada vez melhores e mais humanas.” Autoria: Adm. Rui Ribeiro de Araújo (CRA/DF 228)

O Dia do Administrador

Nove de setembro (09/09) é o Dia do Administrador, por ser a data de assinatura da Lei nº 4769, aos nove dias do mês de setembro do ano de 1965, foi instituído a regulamentação da profissão do Administrador. O dia do Administrador foi indicado com precisão pela Resolução do Conselho Federal de Administração - CFA nº 65/68, de 09/12/1968.

A Bandeira da Administração


A Bandeira deverá ser construída inspirada na malha modular da Bandeira Brasileira, que tem as seguintes medidas: 2,0m na horizontal e 1,4m na altura. O símbolo deverá ser posto no centro da malha, numa posição simétrica. A área tomada pelo Símbolo deverá ser de exatamente 1,6m por 0,8cm. A cor do tecido deverá contrastar com o mesmo azul predominante do Símbolo ADM.

O Patrono da Administração


Belmiro Siqueira, Administrador e Professor – que dá nome ao concurso nacional que anualmente é promovido pelo Sistema CFA/CRAs, o Prêmio “Belmiro Siqueira” de Administração – é o Patrono dos Administradores, título que lhe foi outorgado post-mortem. Atuou na área federal: funcionário de carreira, aprovado sempre em primeiro lugar em seleções a que se submeteu, inicialmente como Assistente Administrativo e Técnico de Administração, denominação primeira do que é hoje o Administrador. No DASP (Departamento Administrativo do Serviço Público) ocupou vários cargos, dentre eles o de Diretor Geral nos anos de 1967 e 1968. Na área estadual: foi Assessor/Consultor de vários Governos, com destaque para o Rio de Janeiro, onde exerceu o cargo de Diretor da Escola de Serviço Público do então Estado da Guanabara (1966). Foi colunista de vários jornais, sempre escrevendo sobre assuntos ligados à sua área de atuação. Autor de vários trabalhos sobre Administração, foi professor de várias faculdades. No Conselho Federal de Administração - CFA foi eleito Conselheiro Federal em 1977 e, assim que assumiu, foi levado pelos seus pares a Vice Presidente, permanecendo até 1986, ano de seu falecimento, em Porto Velho/RO. Na ocasião, encontrava-se no exercício do cargo de Presidente do CFA. Era mineiro de Ubá, nascido a 22 de outubro de 1921.


O conteúdo desta resenha é fonte pública do Sistema CFA/CRAs, apenas adaptado e reunido para este artigo com propósito específico em dignificar a Administração.

Conclusão:

É premente o ofício do Administrador em nossa sociedade e cada vez mais a Ciência da Administração condensada em conhecimento ajusta-se a novos tempos em conformidade com novos processos tecnológicos e inovações, e diga-se que a profissão é atemporal, é conhecido que desde quando Jetro (sogro de Moisés, Livro Êxodo 18) em meados de 1.450 a.c. exerceu um processo de gestão por organograma em matriz, por esta escrita dos primórdios pode-se dizer que administrar é inato ao ser humano, por isso, administração sempre existirá enquanto houver pessoas em comunidade, independentemente de forças disruptivas, pois a administração é uma ordem espontânea.

Bom trabalho e grande abraço.

Prof. Rafael José Pôncio
ADM com muito orgulho!



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

domingo, 3 de março de 2019

Sistema de Informação de Marketing - SIM


A pesquisa de mercado ou pesquisa de marketing pode ser definida como o interesse planejado de obter conhecimento para direcionar as decisões de mercado. As necessidades e os desejos do consumidor podem ser explorados em uma pesquisa, determinando, por exemplo, uma adequação de produtos ou serviços já disponibilizados para ampliar as vendas.

O registro e a análise de todos os fatos coletados durante a pesquisa também cumprem a função de antever tendências e oportunidades de negócios, contribuindo para criação e lançamento de novos produtos e serviços, identificando o perfil do público-alvo, potencial de abrangência de vendas, preço ao consumidor, desenvolvimento da marca, promoções e o planejamento de marketing.

Informação, dados e suas fontes

Crocco (2006), ao discorrer sobre a pesquisa de marketing, distingue informação de dados. Os dados são classificados como fatos e estatísticas. Enquanto a informação é a organização dos dados que responda às questões geradas para a pesquisa. Portanto, os dados, quando estão dispersos, não geram nenhuma informação aos profissionais de marketing.

Desse modo, os dados podem ser consultados ou gerados a partir de fontes de pesquisa interna e externa à empresa. Os dados primários são coletados durante a execução da pesquisa, direto com o pesquisado, no caso, o cliente, fonte externa de informação. Os dados secundários estão disponíveis em razão de uma pesquisa anterior e suas fontes externas podem ser banco de dados de organizações, publicações especializadas, entidades e institutos de pesquisa.

De posse desses dados, depois de organizados e analisados, é possível estruturar um Sistema de Informação de Marketing (SIM), em que se agrega, também, os dados de fontes internas à empresa, como dado sobre quantidade de vendas por região atendida.

Sistema de Informação de Marketing - SIM

Um Sistema de Informação de Marketing (SIM) é constituído por “pessoas, equipamentos e procedimentos para a coleta, classificação, análise, avaliação e distribuição de informações necessárias, precisas e atualizadas para os responsáveis pela tomada de decisões de marketing” (KOTLER, 2007, p.84).

O SIM também pode ser definido como um processo sistemático de organização, geração, padronização, armazenamento, análise e disseminação contínua de informação para ser utilizada nas decisões de marketing (ETZEL et al., 2001). O ciclo de funcionamento do SIM inicia e termina com os usuários da informação, que são gestores de marketing, colaboradores internos e externos (revendedores e fornecedores) à empresa.

O ponto de partida é a demanda de informações pelos usuários. A interação se dá com a geração de informações solicitadas, a partir do banco de dados interno, das atividades de inteligência de marketing (coleta e análise de informações publicamente disponíveis sobre concorrentes e suas ações) e da pesquisa de marketing. Depois, o sistema ajuda os usuários a analisarem as informações que devem contribuir para as suas tomadas de decisões (KOTLER, 2007).

Os modelos matemáticos e as análises estatísticas são utilizados para representarem a realidade. Os relatórios gerados regularmente e seus respectivos estudos integram novos e antigos dados para atualizarem as informações e sinalizarem tendências. O SIM programado, para ser considerado com boa capacidade, deve estar estruturado com um banco de dados, pessoas, ferramentas analíticas e tecnologia.

Para modelar o sistema, o computador pode ou não ser utilizado. Seu uso depende do tamanho da empresa, do volume de negócios, do nível de complexidade do SIM, de recurso disponível para o investimento e a frequência de demanda pelas informações. O processamento de dados com a utilização de tecnologia contribui para processar mais rápido as informações, facilitar o acesso e ampliar seu armazenamento.

Qual é o ponto de partida para pesquisa de mercado?

A pesquisa de mercado ou a pesquisa de marketing pode ser aplicada em várias situações na rotina da empresa. A frequência também depende das necessidades apontadas pelos gestores, por exemplo, para compreender determinado comportamento de compra do cliente ou mesmo entender a sua satisfação de consumo.

O ponto de partida, portanto, encontra-se no momento em que surge uma dúvida que precisa ser respondida. Essa questão a ser respondida é chamada em pesquisa de problema, porque a pergunta a ser respondida é a identificação do problema a ser sanado. O modelo de pesquisa a ser adotado também depende da natureza do problema, como veremos a seguir.

Problema de pesquisa

Os gestores de marketing e os pesquisadores estão incumbidos de trabalhar juntos para definir o problema de pesquisa e determinar os seus objetivos. A união desses profissionais é essencial, porque essa é considerada a fase mais difícil da pesquisa (KOTLER, 2007). O administrador compreende melhor qual é a informação almejada, por outro lado, o pesquisador entende melhor qual processo de pesquisa é mais indicado para obter tal informação.

De acordo com Crocco (2006), as necessidades de estudos mais frequentemente identificadas na área de pesquisa de mercado são:
  • Análise de propaganda: as pesquisas podem ser estruturadas como pré-testes de campanhas a serem desenvolvidas; também contribuem para mensurar a performance da mídia; realizar teste de memorização de campanhas, recall (chamar de volta, recolher o produto) de produtos; pós-testes para analisar a efetividade das campanhas realizadas.
  • Análise de negócios: previsões e tendências de novas oportunidades de negócio.
  • Análise de produtos e serviços: testar conceitos da marca e embalagens; níveis de conhecimento sobre o uso do produto; hábitos e atitudes do consumidor.
  • Análise de mercado: oportunidades de mercado; identificar o tamanho do mercado; identificação de segmentos e nichos; imagem e estrutura das empresas concorrentes.
  • Análise de clientes e funcionários: identificar o comportamento de consumo; mensurar a satisfação dos clientes interno e externo; identificar e quantificar os níveis de satisfação do consumidor.
Se o problema de pesquisa, a pergunta a ser respondida, não for estruturado da maneira correta, o modelo de pesquisa a ser adotado será equivocado e, portanto, sua informação gerada poderá indicar uma análise diferente da demanda inicial. Por isso, ambos profissionais – pesquisadores e gestores – devem trabalhar juntos, definir a questão a ser respondida na pesquisa e, em seguida, estruturar um planejamento de pesquisa incluindo quais os tipos de pesquisa e os métodos mais adequados que serão desenvolvidos para atenderem aos objetivos propostos.

Tipos de pesquisa

O desenvolvimento do plano de pesquisa é, basicamente, traduzir as necessidades específicas de informações em objetivos de pesquisa, que podem ser classificados em três categorias: exploratória, descritiva e causal. Cada tipo de pesquisa possui finalidades, características e métodos distintos.

A pesquisa exploratória é aplicada na sua fase inicial e é realizada a partir de um estudo exploratório. O intuito é reunir informações preliminares que possam contribuir com a definição do problema e, também, sugerir ideias, dados e hipóteses de resposta ao problema. A sua característica é a flexibilidade e a versatilidade na aplicação da pesquisa. Os métodos mais utilizados são análise de dados secundários, entrevista com especialistas e pesquisa qualitativa.

A pesquisa descritiva é aplicada para descrever características de grupos importantes, como clientes em relação ao seu comportamento de compra, vendedores do produto e dos fornecedores, contribuindo para fazer previsões de consumo. Outros fatores podem ser identificados, como o potencial de mercado para determinado produto ou dados demográficos de sua abrangência. Como característica, esse tipo de pesquisa necessita da formulação prévia de hipóteses específicas. Os métodos de pesquisa são survey (entrevista dos participantes utilizando um questionário estruturado), painéis (amostra de entrevistados que fornecem informações específicas em um período extenso) e observação (registro de forma sistemática dos padrões de comportamento das pessoas, sem qualquer tipo de comunicação com o observado).

A pesquisa causal tem o objetivo de descobrir a relação de causa e efeito, testar hipóteses sobre as relações de causa e efeito. A sua característica é comumente a pretensão de verificar quais são as causas (variável independente) e quais são os efeitos (variáveis dependentes) de determinado fenômeno. Esse tipo de pesquisa requer uma concepção planejada e estruturada, usada para manipular uma ou mais variáveis independentes. O método de pesquisa é a experimentação.

Plano de pesquisa

O planejamento de pesquisa deve ser estruturado e apresentado por escrito para estabelecer os parâmetros a serem cumpridos no processo, facilitar a comunicação entre pesquisadores e gestores, além de incluir as explicações dadas à complexidade do projeto ou quando o processo é conduzido por empresa terceirizada.

O plano deve conter quais os tipos de pesquisa e os métodos a serem adotados, os problemas de gestão que serão abordados, os objetivos da pesquisa, as informações a serem obtidas e a maneira como os resultados adquiridos poderão ajudar no processo decisório da administração. O custo do investimento da pesquisa deve estar incluído na proposta.

No caso histórico do Phd. Kotler (2007, p.88) exemplifica um plano de proposta fazendo uma suposição de pesquisa sobre a Campbell Soup Company, empresa fundada nos Estados Unidos, em 1869, que produz sopas enlatadas e produtos relacionados. O objetivo da pesquisa ‘imaginada’ é saber como os consumidores reagiriam se fosse lançada uma nova embalagem para suas linhas de SpaghettiOs. Essa nova embalagem pode ser levada ao micro-ondas para a preparação do produto. Mesmo os recipientes com custo mais elevado comparados ao atual, a novidade permitiria aos consumidores praticidade e economia de tempo, pois esquentar o produto no forno micro-ondas também dispensaria o uso de panelas e pratos. As primeiras informações necessárias seriam identificar as características demográficas, econômicas e o estilo de vida dos consumidores do SpaghettiOs. As hipóteses de pesquisa são que casais que trabalham fora e são muito ocupados podem achar que a praticidade compense o valor mais elevado do produto. No entanto, famílias com crianças podem querer pagar menos e lavar panelas. Uma das perguntas a serem respondidas é se a nova embalagem criaria novas vendas ou simplesmente substituiria as vendas da embalagem atual. A resposta a essa e a outras perguntas é que pode orientar a melhor decisão de lançar ou não a nova embalagem.

Lembre-se que um planejamento para coletar informações precisas de informações sobre os clientes, deve ter um bom objetivo elaborado e dividi-lo em fases, mas, também é possível transformá-lo em cultura na organização, desde que sempre discutido com os Colaboradores em todas as áreas da empresa a fim da participação tornar-se efetivamente um processo inteligente.

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 19 de janeiro de 2018
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/sistema-de-informacao-de-marketing-sim 



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terça-feira, 9 de julho de 2013

Comparação técnica dos controles do Empreendedor versus cargos Administrativos e Gerenciais


Ao analisar os estudos sobre o papel e as funções do administrador, efetuados por Mintzberg, Kotter, Stewart, e ainda sobre a abordagem processual do trabalho do administrador, pode-se dizer que existem muitos pontos em comum entre o empreendedor e administrador. Ou seja, o empreendedor é um administrador, mas com diferenças consideráveis em relação aos gerentes ou executivos de organizações tradicionais, pois os empreendedores são mais visionários que os gerentes.

Assim, quando a organização cresce, os empreendedores geralmente têm dificuldades em tomar decisões do dia-a-dia dos negócios, pois preocupam-se mais com os aspectos estratégicos, com os quais sentem-se mais à vontade.

As diferenças de controle empreendedor e administrativo podem ser comparadas em cinco dimensões distintas de negócio: orientação estratégica, análise de oportunidades, comprometimento dos recursos, controle dos recursos e estrutura gerencial:

Controle EMPREENDEDOR




Controle ADMINISTRATIVO


Norteadores

< DIMENSÕES 

Norteadores


DO NEGÓCIO >

Mudanças rápidas:

Dirigido pela percepção de oportunidades

Orientação estratégica

Dirigido pelos recursos atuais sob controle

Critérios de medição de desempenho; sistemas e ciclos de planejamento

-Tecnológicas,

-Valores sociais,

-Regras políticas.






Orientação para ação; decisões rápidas; gerenciamento de risco

Revolucionário de curta duração

Análise de oportunidades

Revolucionário de longa duração

Reconhecimento de várias alternativas; negociação da estratégia; redução do risco






Falta de previsibilidade das necessidades; falta de controle exato; necessidade de aproveitar mais oportunidades; pressão por mais eficiência

Em estágios periódicos com mínima utilização em cada estágio

Comprometimento dos recursos

Decisão tomada passo a passo, com base em um orçamento

Redução de riscos pessoais; utilização dos sistemas de alocação de capital e de planejamento formal






Risco da obsolescência; necessidade de flexibilidade

Uso mínimo dos recursos existentes ou aluguel dos recursos extras necessários

Controle dos recursos

Habilidade no emprego dos recursos

Poder, status e recompensa financeira; medição da eficiência; inércia e alto custo das mudanças; estrutura da empresa






Coordenação das áreas-chave de difícil controle; desafio de legitimar o controle da propriedade; desejo dos funcionários de serem independentes

Informal, com muito relacionamento pessoal

Estrutura gerencial

Formal, com respeito a hierarquia

Necessidade de definição clara de autoridade e responsabilidade; cultura organizacional; sistemas de recompensa; inércia dos conceitos administrativos


Também podemos comparar entre gerentes tradicionais e empreendedores sobre temas relevantes:

TEMAS                             

GERENTES TRADICIONAIS       

   x  

EMPREENDEDORES     





Motivação principal

Promoção e outras recompensas tradicionais da corporação, como secretária, status, poder etc.                                  

Independência, oportunidade para criar algo novo, ganhar dinheiro.                               





Referência de tempo

Curto prazo, gerenciando orçamentos semanais, mensais etc, e com horizonte de planejamento anual.


Sobreviver e atingir cinco a dez anos de crescimento do negócio.





Atividade

Delega e supervisiona.


Envolve-se diretamente.





Status

Preocupa-se com o status e como é visto na empresa.


Nem importa com status.





Como vê o risco

Com cautela.


Assume riscos calculados.





Falhas e erros

Tenta evitar erros e surpresas.


Aprende com erros e falhas.





Decisões

Geralmente concorda com seus superiores.


Segue seus sonhos para tomada de decisões.





A quem serve

Aos outros (superiores).


A si próprio e aos clientes.





Histórico familiar

Membros da família trabalharam em grandes empresas.


Membros da família possuem pequenas empresas ou já criaram algum negócio.





Relacionamento com outras pessoas

A hierarquia é a base do relacionamento.


As transações e acordos são a base do relacionamento.


Outro fator que diferencia o empreendedor de sucesso do administrador comum é o constante planejamento a partir de uma visão de futuro. Esse talvez seja o grande paradoxo a ser analisado já que o ato de planejar é considerado uma das funções básicas do administrador desde os tempos de Fayol. Então não seria o empreendedor que assume as funções, os papéis e as atividades do administrador de forma complementar a ponto de saber utilizá-los no momento adequado para atingir seus objetivos? Nesse caso, o empreendedor estaria sendo um administrador completo, que incorpora as várias abordagens existentes sem se restringir a apenas uma delas e interage as várias abordagens existentes sem se restringir a apenas uma delas e interage com seu ambiente para tomar as melhores decisões.

Todo empreendedor necessariamente deve ser um bom administrador para obter o sucesso, no entanto, nem todo bom administrador é um empreendedor. O empreendedor deve buscar algo a mais, algumas características e atitudes que o diferenciam dos administradores convencionais contratados nas empresas, pois o grau de responsabilidade recai sobre o primeiro devido o locus de controle e ser o visionário criador do negócio. Longe de menosprezar um em detrimento ao outro, mas cabe ao empreendedor buscar o conhecimento de administração nas melhores práticas, pois ser empreendedor é saber gerir com profundidade e clareza.

Bom trabalho e grande abraço.

Rafael José Pôncio



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