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domingo, 1 de outubro de 2023

Saiba tudo sobre a Espiral do Conhecimento de Nonaka e Takeuchi

A Espiral do Conhecimento ou SECI pode otimizar a transferência do conhecimento entre os colaboradores e assim impulsionar a inovação e o crescimento do seu negócio.

A razão para isso é que, através deste modelo de gestão do conhecimento, é possível transmitir os aprendizados adquiridos através das experiências dos funcionários mais antigos para os mais novos de uma forma sistematizada.

Continue a leitura de saiba os motivos para estudar a Espiral do Conhecimento, quais são as suas etapas e como proporcionar uma cultura de aprendizagem no seu negócio.

Por que aprender sobre a Espiral do Conhecimento?

A chegada de um novo colaborador dentro da empresa é sempre um desafio, é natural que ele leve um tempo para se familiarizar com a equipe, com os processos e com as novas funções, mas se você utilizar a Espiral do Conhecimento é possível facilitar esse momento.

Isto acontece porque esse modelo detalha todo o processo de criação do conhecimento nas organizações de uma maneira cíclica,  para que seja mais fácil disseminá-los para os outros funcionários.

Além disso, com esse modelo fica mais fácil que os colaboradores mais experientes passem os aprendizados práticos. Desta forma a empresa retém os conhecimentos dos colaboradores mais talentosos e pode promover melhorias contínuas através deles.

Classificações do conhecimento segundo Nonaka e Takeuchi

Os professores da universidade japonesa Hitotsubashi, Ikujiro Nonaka e Hirotaka Takeuchi desenvolveram diversos estudos relacionados ao conhecimento organizacional e a criação do conhecimento.

Um dos seus trabalhos mais conhecidos é o livro “ The Knowledge Creating Company” (A Empresa Criadora de Conhecimento), no qual eles apresentam a Espiral do Conhecimento.

Para esses dois estudiosos,  há duas formas principais de conhecimento, o tácito e o explícito, agora vamos conhecer melhor cada um deles.

Conhecimento Tácito

A palavra tácito vem do latim e significa silencioso, ou seja, é o conhecimento que surge a partir das experiências que temos ao longo da vida, muitas vezes até passando quase despercebido.

Por essa razão, é uma das formas de conhecimento mais difíceis de serem transferidas de maneira formal, através de aulas, por exemplo, já que o próprio indivíduo muitas vezes não sabe explicar como adquiriu esse aprendizado.

Nas organizações é fácil de saber quem possui este conhecimento. Um exemplo é são os vendedores mais experientes, que só de olhar para os futuros clientes já sabem quais são as melhores táticas para apresentar os produtos e persuadi-los a comprar.

Conhecimento Explícito

Outra forma de conhecimento apresentada por Nonaka e Takeuchi e que foram utilizadas para embasar a Espiral do Conhecimento é o conhecimento explícito, também com origem no latim, esta palavra significa declarado, dito.

Ao contrário do conhecimento tácito, esses aprendizados acontecem por meio de leitura e estudos em documentos formais como vídeos, livros, normas, etc. O maior exemplo são os livros acadêmicos, mas não se resume a isso, se você reproduz a receita de um livro de culinária, por exemplo, está fazendo uso do conhecimento explícito.

Dentro das organizações você encontra esta forma de aprendizado através dos manuais que detalham as atividades de um determinado setor ou função e os bancos de dados com informações sobre os clientes.

A partir da percepção dessas duas formas de criar conhecimento,  Nonaka e Takeuchi pensaram em uma maneira de uni-los, e assim surgiu a Espiral do Conhecimento.

Etapas da Espiral do Conhecimento

Como já mencionei, um dos grandes desafios para a gestão do conhecimento nas empresas é passar as experiências e informações adquiridas pelos colaboradores para os outros, e assim melhorar o desempenho do negócio como um todo.

Para isso, Nonaka e Takeuchi criaram um modelo de conversão do conhecimento do tácito em conhecimento explícito que funciona em 4 etapas de forma cíclica, como uma espiral: socialização, combinação, externalização e internalização, conforme imagem feita pelo SEBRAE.

Socialização

A primeira etapa da Espiral do Conhecimento é a socialização, nela acontece a transmissão de um conhecimento tácito de um colaborador para outro. Esta troca ocorre através de uma mentoria, trabalho em equipe ou brainstorming.

Mas além disso, a socialização também surge da observação, quando um novo funcionário assiste o outro atendendo aos clientes, por exemplo.

Por isso, é importante criar um ambiente no qual a interação entre os membros seja estimulada, permitindo que as trocas aconteçam e assim o conhecimento seja transmitido.

Externalização

Passada a etapa de socialização vamos para a externalização, quando o conhecimento tácito e passado para o explícito.

Essa fase bastante delicada do processo, pois como já comentei o conhecimento tácito é mais difícil de ser comunicado, então o que se busca nesta fase é facilitar o processo.

Para chegar neste objetivo são criadas ferramentas que facilitem o acesso do conhecimento para outros membros da empresa. Alguns exemplos são: elaboração de um manual técnico a partir de um brainstorming com os colaboradores e a criação de um diagrama para solucionar problemas.

Combinação

Nessa etapa da Espiral do Conhecimento, um conhecimento explícito é transformado em outro conhecimento explícito, combinando eles para ampliar a sua capacidade de aprendizagem.

Durante esse processo surgem muitas ideias inovadores que produzem um novo conhecimento. Uma maneira de aplicar isso nas empresas é fazer reuniões entre os setores para que juntos encontrem a solução para determinado problema.

Internalização

A internalização é o encerramento do ciclo, quando o conhecimento explícito já foi tão bem incorporado que ele passa a ser tácito, isto é, quando o colaborador já compreende tão bem que já está no “modo automático”.

Gostou de aprender mais sobre a Espiral do Conhecimento de Nonaka e Takeuchi e como colocá-la em prática? Por meio desta estratégia é possível criar novas ideias, melhorar a tomada de decisão e incentivar a participação dos colaboradores levando ao crescimento do seu negócio.

Cultura da aprendizagem nas organizações

Para que a Espiral do Conhecimento de Nonaka e Takeuchi faça parte do dia a dia da empresa é muito importante criar uma cultura que estimule aprendizagem. Para facilitar este processo fiz uma lista com iniciativas para incluir na rotina da sua empresa.

Forneça e incentive os feedbacks

Por mais que essa seja uma dica bastante óbvia, vale a pena sempre reforçar que é importante criar um ambiente seguro para os colaboradores exporem a sua opinião.

Uma forma de fazer isso é incluir esses momentos no cronograma da empresa, como um one a one (conversas rápidas entre gestores com membros da equipe) mensal.

Invista em treinamento e desenvolvimento

Promover capacitações é uma ótima maneira de estimular uma cultura de aprendizagem. Mas além das atividades relacionadas a função é importante trazer temas que complementam a vida profissional dos colaboradores.

Lembrando que muitas vezes não são necessários grandes investimentos nestas atividades, a própria gestão pode contribuir compartilhando os seus conhecimentos e experiências.

Estabeleça uma relação entre o que é aprendido e o ambiente de trabalho

Para manter o interesse dos funcionários na busca pelo conhecimento é fundamental conectar os conhecimentos adquiridos através dos treinamentos, manuais e reuniões com o dia a dia da empresa.

Realizar tarefas e testes, buscar soluções para situações vivenciadas no negócio, fazer estudos de caso são algumas maneiras de unir o conhecimento teórico (explícito) à prática.

Seguindo essas dicas já será possível começar a desenvolver uma cultura de aprendizagem dentro do seu negócio.

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Prof. Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 24 de junho de 2023
Especial: artigos no Jornal da Tribuna
Link fonte: 
https://jornaltribuna.com.br/2023/06/saiba-tudo-sobre-espiral-do-conhecimento-de-nonaka-e-takeuchi/



Conheça também:

Sobre Virtudes e Empreendedores


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

terça-feira, 26 de setembro de 2023

Programa 5s: como funciona, benefícios e desafios

Descubra como o Programa 5S é na prática, quais as vantagens para o seu negócio e as principais dificuldades para a sua implementação.

O Programa 5s é uma técnica de gestão criada no Japão muito conhecida para melhorar a organização dos espaços para manter a fluidez das tarefas. Podendo ser utilizada tanto no mundo corporativo quanto na vida pessoal, ela funciona como um guia com boas práticas para trazer mais eficiência no dia a dia.

Continue a leitura e descubra como essa metodologia funciona, como é possível utilizá-la nas empresas para obter benefícios e quais são os principais desafios da sua implementação.

O que significa cada S do sistema

O Programa 5s é baseado em cinco palavras de origem japonesa que guiam cada etapa do funcionamento da ferramenta para trazer mais eficiência e controle para as empresas.

Seiri (Senso de utilização)

O primeiro “S” diz respeito à necessidade dos objetos no local de trabalho, afinal muitas vezes a equipe acaba acumulando materiais que nem sempre são utilizados no dia a dia.

Nesta etapa, deve-se olhar para os equipamentos, materiais e documentos para avaliar a frequência de uso e se é realmente necessário mantê-los ali.

Desta maneira você aumenta a concentração e produtividade da equipe, pois retira tudo que pode causar distração e ainda otimiza o ambiente.

Seiton (Senso de ordenação)

Agora que os itens já foram separados, é hora de organizar o local de trabalho, a ideia é deixar “a mão” apenas os materiais que são utilizados com mais frequência, guardar o que é usado de forma esporádica e descartar o que não é inútil. Então, é hora de arrumar a mesa, organizar os documentos e pastas do computador.

Vale destacar que o senso de ordenação do Programa 5S deve estar presente também no dia a dia da empresa para evitar que os itens voltem a se acumular.

Seiso (Senso de limpeza)

Além de manter o ambiente organizado é fundamental que ele também fique limpo, assim os colaboradores terão um espaço mais agradável, produtivo e saudável.

Para que essa etapa seja realizada é muito importante despertar o senso de compromisso nos funcionários, assim cada um faça a sua parte para que o local de trabalho fique bem cuidado.

Nesta fase também é feito conserto de equipamentos estragados ou que causem desconforto para os colaboradores,  como uma impressora que não está funcionando adequadamente ou uma cadeira que está com problemas no ajuste do assento.

Seiketsu (Senso de padronização)

Para que o Programa 5S se torne de fato uma rotina dentro da empresa foi criada esta etapa. Como o nome indica, o objetivo é padronizar o que já foi feito nas fases anteriores para que elas façam parte da rotina do negócio.

Por isso, são definidas as pessoas que ficarão responsáveis para manter a continuidade da técnica e motivar os demais membros da equipe para cuidar do ambiente de trabalho conforme o que foi feito antes.

Shitsuke (Senso de autodisciplina)

A última etapa está relacionada à disciplina indispensável para prosseguir com a aplicação do Programa 5S e torná-lo parte da cultura da empresa, sem que sejam necessários estímulos dos gestores.

Para chegar a este resultado é importante capacitar os colaboradores para que eles possam praticar as fases anteriores proativamente, pois desta forma ela se tornará parte da empresa e todos poderão colher os frutos de um ambiente de trabalho mais organizado e agradável.

Vantagens do Programa 5S

Executar a metodologia trará diversos benefícios para a sua empresa que ajudarão a atingir excelentes resultados. Conheça agora quais são elas:

Organizar o ambiente de trabalho

A dificuldade de manter o local de trabalho organizado pode provocar muitos problemas como a perda de documentos importantes, desperdício de tempo e até levar a acidentes de trabalho.

Mas colocando o Programa 5S em prática, só haverá espaço para o essencial tornando o ambiente mais agradável e saudável.

Aumentar a produtividade dos colaboradores

Este com certeza é uma das maiores vantagens do 5S para as empresas, pois com a sua aplicação os funcionários ficam mais focados nas suas atividades sem perder tempo à procura de documentos ou instrumentos de trabalho, por exemplo.

Além disso, como está tudo limpo e organizado, o local de trabalho passa a ser um ambiente propício para a produtividade e favorável a construção de ideias já que os colaboradores não precisam se preocupar tanto com o que não é essencial.

Reduzir os custos

A falta de organização pode levar ao desperdício e acúmulo, o que por sua vez, gera despesas desnecessárias. Quando o Programa 5S é aplicado, os gestores conseguem identificar o que é realmente fundamental para a empresa, reduzindo os custos.

A metodologia também possibilita um melhor gerenciamento do tempo e do espaço físico utilizado pelos colaboradores, otimizando ainda mais o uso dos recursos disponíveis.

Melhorar na qualidade de produtos e serviços

Além de contribuir para o bem-estar dos colaboradores, o Programa 5S também pode aprimorar as mercadorias da empresa, pois com a padronização é possível evitar erros e manter a consistência na entrega dos produtos e serviços do negócio.

Facilidade de implementação

Como já comentamos, essa técnica pode ser utilizada em qualquer tipo de empresa, em órgãos públicos e até na sua vida pessoal, melhorando relacionamentos e também a maneira de lidar com a rotina diária.

Outro motivo que facilita a aplicação do Programa 5S é que são necessários poucos recursos para colocá-lo em prática, de fato, o que mais faz a maior diferença para que ele seja um sucesso, é o compromisso das pessoas.

Favorece a aplicação de outras metodologias

Ao implementar a metodologia cria-se um ambiente favorável para a utilização de outras ferramentas como o 5W2H, o Kaizen e o Diagrama de Ishikawa.

Desafios que podem surgir na implementação do Programa 5S

Durante as mudanças dos processos em um negócio é natural que surjam dificuldades. Pensando nisso, trouxe alguns eventuais desafios que podem aparecer durante a aplicação da metodologia para você se preparar.

Manter o engajamento da equipe

Como já pontuamos, um dos fatores essenciais para que o Programa 5S atinja os resultados é o compromisso da equipe. Então times com uma rotatividade alta e com dificuldades de engajamento podem comprometer bastante o sucesso da implementação.

Falta de compreensão dos conceitos

Quando cada etapa não é compreendida, será mais difícil alcançar os resultados esperados. Por exemplo: confundir o Seiso com uma simples limpeza. Por isso, pesquisar as melhores formas de apresentar e treinar a equipe é essencial para a implementação e manutenção do Programa 5S.

Resistência às mudanças

A aversão às mudanças é algo natural nos seres humanos e pode dificultar a implementação do Programa 5S. Uma maneira de minimizar este aspecto é deixar claro os benefícios que os colaboradores terão com a aplicação da técnica. Também começar de forma lenta, sem grandes transformações, pode diminuir os conflitos.

Ausência da promoção contínua do Programa 5S

Muitas vezes as empresas limitam o uso da técnica a apenas um período, no começo do ano e no final, geralmente. Porém para chegar ao nível de excelência com o 5S é importante garantir a continuidade do programa e a perseverança do novo modelo de atuação.

Agora que você já conhece o Programa 5S, as suas vantagens e desafios,  está disposto a aplicá-lo no seu negócio?

Bom trabalho e grande abraço.,

Autor: Prof. Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 02 de setembro de 2023 Especial: artigos no Jornal Tribuna
Link fonte: https://jornaltribuna.com.br/2023/09/programa-5s-como-funciona-beneficios-e-desafios




Conheça também:

Um guia prático da ferramenta 5W2H



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

terça-feira, 29 de agosto de 2023

O que é a Matriz de Ansoff e como ela vai te ajudar

Matriz de Ansoff

Se você já tem um negócio ou sonha em empreender, a Matriz de Ansoff pode ser a ferramenta que você precisa para colocar as ideias em ordem e partir para ação. 

Este modelo foi criado na década de 60 pelo pai da estratégia corporativa, Harry Igor Ansoff, mas que ainda funciona muito bem para analisar o ambiente externo e interno da empresa e a partir disso escolher as melhores ações.

Continue a leitura e descubra como funciona a matriz e os benefícios de colocá-la em prática. 

O que é a Matriz de Ansoff?

A Matriz de Ansoff, também chamada Tabela de Expansão de Produto ou Mercado, é uma ferramenta utilizada no planejamento estratégico de um negócio.

O objetivo dela é analisar como está o posicionamento da empresa no através das suas mercadorias e com base nisso, decidir quais serão as próximas ações. Para isso, ela analisa basicamente dois elementos: mercado e produtos.

As principais funções da Matriz Ansoff são:

  • Ajustar as estratégias: quando o negócio não está obtendo os resultados esperados.

  • Visualizar novos cenários: analisar se é vantajoso ou não desenvolver um novo produto.

  • Ampliar o número de clientes: conquistar mais consumidores no mesmo mercado ou explorar um novo.  

Ela recebe o mesmo nome do seu criador, o professor russo naturalizado estadunidense, Harry Igor Ansoff. Considerado o pai da gestão estratégica, publicou vários livros sobre este assunto na década de 60, inclusive alguns se tornaram clássicos como o “Estratégia Corporativa” de 1965.

A grande inovação da Matriz de Ansoff é que diferente da maioria dos modelos da época, ela considerava fatores externos dentro da sua análise, o que foi visto como revolucionário.

Quais as vantagens da Matriz de Ansoff?

Conheça os benefícios que esta estratégia trará para a sua empresa.

Simplifica a visualização

A ferramenta traz uma visão global da empresa ao mesmo tempo que indica os melhores caminhos que você pode seguir. Com ela é fácil entender onde a empresa está e quais decisões serão necessárias para melhorar a situação do negócio.

Planejamento para curto e longo prazo

A Matriz Ansoff apresenta 4 possibilidades para o negócio, algumas podem ser aplicadas no curto e outras já precisam de mais tempo e preparação, portanto, funcionam melhor ao longo prazo.

Então, é uma ótima estratégia para quem busca mais clareza de quais ações tomar no presente, mas já programando os projetos futuros. 

Sinergia empresarial

Para ilustrar os benefícios da coesão entre o mercado e o produto, o professor Harry Igor Ansoff, utilizava o “Efeito 2+2=5”.

É lógico que a conta matemática está incorreta, porém, ele aproveitava este erro para mostrar que a união perfeita entre os dois fatores (mercado x produto) resultava em um desempenho superior aos dos seus concorrentes, ou seja, um 5.

Como fazer na prática?

Entender uma Matriz de Ansoff é bastante simples, ela é divida em dois eixos mercados e produtos, comparando entre novos e existentes e dividida em 4 quadrantes. Um formato muito similar à análise SWOT, por isso as duas matrizes são consideradas complementares.

Os elementos que compõem a Matriz de Ansoff são:

  • Penetração de mercado: a empresa já possui um produto ou serviço e atua em um mercado que já tem participação.

  • Desenvolvimento de mercado: a empresa tem uma mercadoria consolidada que deseja oferecer aos novos consumidores.

  • Penetração de produto: quando o negócio lança um novo produto para em um mercado que já atua.

  • Diversificação: A combinação de um produto novo em um mercado também novo.

Para facilitar o entendimento, observe a figura abaixo disponibilizada pela E-commerce Brasil:

Matriz de Ansoff

Entenda com detalhes como funcionam essas variáveis e quais estratégias você pode utilizar a partir delas:

1.   Penetração de Mercado

Como na penetração de mercado a empresa já possui um produto/serviço no mercado, ela é considerada uma estratégia de baixo risco. A ideia é focar em um item e utilizá-lo para atrair os clientes da concorrência.

Para aplicar esta tática é importante analisar se o produto ou serviço tem uma qualidade superior aos dos concorrentes, tem ótimos canais de distribuição e a marca é reconhecida pelo público.

Caso atenda os requisitos, a empresa não precisa fazer nenhuma alteração no produto ou serviço antes de começar a estratégia.

Para conquistar uma fatia melhor do mercado as ações mais comuns são:

  • Fazer promoções.

  • Aumentar o alcance das estratégias de marketing.

  • Criar mais incentivos para a equipe de vendas.

  • Visitar potenciais clientes.

Exemplo: o seu restaurante faz a melhor feijoada do bairro, então para que outros clientes experimentem você fornece um desconto de 20% no primeiro pedido.

 2.   Desenvolvimento de Mercado

Este quadrante da Matriz Ansoff representa a junção de um produto existente + um novo mercado. Geralmente, ela é uma expansão geográfica para uma nova cidade, estado ou país.

Mas antes de aplicar o desenvolvimento de mercado, é importante que o empreendedor analise muito bem o novo cenário, verificando se o seu perfil de cliente existe nesta região. Outro aspecto relevante é a cultura local que deve sempre ser respeitada.

Também é fundamental examinar quais serão os concorrentes e como eles se posicionam. Ou seja, antes de entrar em um novo mercado é preciso fazer um excelente trabalho investigativo.

Exemplo: uma loja de móveis localizada em uma capital abre uma filial em uma cidade do interior.

3.   Desenvolvimento de Produtos

Se a empresa já tem uma clientela fiel que aprova e valoriza a marca, a estratégia de desenvolvimento de produtos pode funcionar muito bem.

Na prática a empresa fornece um item complementar a mercadoria que ela já possui, atendendo outras necessidades dos clientes e aumentando o seu ticket médio.

Para ter sucesso dentro desta estratégia o empreendedor precisa conhecer muito bem o seu público, reconhecer seus hábitos de consumo e entender as suas principais necessidades para encontrar a solução perfeita para ele.

Exemplo: uma empresa que comercializa produtos de banhos (shampoos, condicionadores e sabonetes) inclui hidratantes no seu catálogo.

4.   Diversificação

Na Matriz de Ansoff a diversificação é a estratégia que envolve os maiores riscos, pois, a empresa investe em um produto novo, para um novo mercado, o que gera muito esforço e muitos custos 

Existem dois tipos de diversificação:

  • Relacionada: quando o novo produto e mercado tem alguma relação com o atual modelo de negócio da empresa. Por exemplo: uma marca de roupas femininas começa a vender roupas masculinas, logo, continua atendendo o mesmo segmento.

  • Não relacionada: quando não há conexão entre o negócio atual e a nova estratégia. Seguindo o exemplo da empresa de roupas, seria caso ela escolhesse comercializar produtos de limpeza.

Esses são os 4 quadrantes da Matriz Ansoff e as principais estratégias que você pode encontrar correlacionando os seus produtos com o mercado.

Então, o que achou da ferramenta? Que tal utilizar este modelo na sua próxima análise?

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Prof. Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 24 de julho de 2023
Especial: artigos no Jornal da Tribuna
Link fonte: https://jornaltribuna.com.br/2023/07/o-que-e-a-matriz-de-ansoff-e-como-ela-vai-te-ajudar/

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        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.