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terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Pirâmide das Necessidades de Maslow: o que é e aplicações para o seu negócio

Conheça a Pirâmide das Necessidades de Maslow, as suas características e saiba como ela pode contribuir para o crescimento da sua empresa

Pirâmide das Necessidades de Maslow: o que é e aplicações para o seu negócio

A Pirâmide das Necessidades de Maslow é um conceito da Psicologia, mas que também pode ser utilizado no mundo corporativo para estimular os colaboradores, auxilia os líderes a encontrar as melhores formas de lidar com a equipe e como desenvolver estratégias assertivas para conquistar os clientes.

Continue a leitura e descubra o que é a Pirâmide de Maslow, quais as necessidades que fazem parte dela e sugestões para aplicar os ensinamentos dela no seu negócio.

Entenda a Pirâmide das Necessidades de Maslow

Criada pelo psicólogo e pesquisador Abraham Harold Maslow (1908 – 1970), que desenvolveu a Teoria das Motivações Humanas, a partir de um estudo realizado com macacos, o que originou a Pirâmide das Necessidades de Maslow.

De acordo com essa teoria, as pessoas têm diferentes tipos de necessidades que se relacionam de maneira hierárquica, começando pelas necessidades básicas como alimentação e sono até algo mais complexo como a realização pessoal.

Para ilustrar essa “escala” de necessidades foi criada a pirâmide, sendo que o indivíduo só “sobe” de nível, caso aquela demanda já tenha sido alcançada, conforme imagem abaixo:

As duas primeiras etapas (Fisiológica e Segurança) são consideradas necessidades primárias, já as outras três (Social, Estima e Auto Realização) são necessidades secundárias, conheça melhor cada uma delas a seguir:

Necessidades Fisiológicas

Na base da Pirâmide das Necessidades de Maslow está o que é essencial para a nossa sobrevivência como se alimentar, descansar, beber água, ir ao banheiro, etc.

No ambiente de trabalho essas necessidades são refletidas no intervalo para o almoço, nas pausas durante a jornada de trabalho e na flexibilidade de horários.

Necessidade de Segurança

São vinculadas à autopreservação, ou seja, aquelas que nos fazem sentir seguros, como ter um seguro de automóvel ou uma reserva financeira de emergência.

A empresa também supre essa necessidade oferecendo um bom plano de saúde para os funcionários, estabilidade na sua contratação e EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) adequados.

Necessidade Social

A terceira etapa da Pirâmide das Necessidades de Maslow está relacionada a nossa necessidade de manter relacionamentos harmoniosos com outras pessoas, sejam eles familiares, amizades ou relações amorosas. As interações com os colegas e os gestores na empresa fazem parte deste tópico.

Necessidade de Estima

Esse tópico está relacionado a nossa autoestima, sendo primeiro a forma com que nos vemos e reconhecemos as nossas capacidades. Também está ligado a maneira com que os outros enxergam e identificam os nossos talentos.

Nos negócios, são promoções ao longo da carreira, feedbacks dos líderes, atribuições de responsabilidades.

Necessidade de Autorrealização

O nível mais alto da pirâmide está relacionando diretamente aos sonhos das pessoas, por isso, é muito associado em vencer os obstáculos para crescer pessoal e profissionalmente. São os desafios no trabalho, desenvolvimento da autonomia, trabalhar na área que deseja.

Vale destacar que além das 5 necessidades da pirâmide, Maslow identificou mais duas necessidades das pessoas, são elas:

Necessidade de conhecer e entender: está relacionada à busca para tentar entender as pessoas, a natureza e o mundo como um todo.

Necessidade de satisfação estética: está ligada à vontade que temos de nos sentirmos fisicamente bonitos e de atender aos padrões de beleza.

Aplicações da Pirâmide das Necessidades de Maslow

Agora que você já conhece todas as etapas da pirâmide de Maslow, descubra de quais maneiras ela pode contribuir para a evolução da sua empresa.

Para encontrar a motivação certa para os colaboradores

Manter a equipe engajada é um dos desafios de muitos gestores, mas a Pirâmide das Necessidades de Maslow pode ajudar bastante nesse sentido, pois ao compreender as necessidades dos colaboradores nos diferentes níveis da pirâmide, permitem à empresa criar um local de trabalho mais saudável e produtivo.

Como citei, na base da pirâmide estão as necessidades fisiológicas, comer, descansar, etc. Este ponto já deixa claro que tentar motivar os funcionários com horas extras, pode até dar certo por um tempo, mas também pode levar a exaustão do colaborador, que não conseguirá cumprir as necessidades primárias.

Para o segundo tópico da pirâmide está a necessidade de segurança, então manter um ambiente seguro e estável é fundamental. Mas passada essa etapa, é hora de pensar em outras estratégias para motivar os colaboradores.

O reconhecimento de uma tarefa executada com excelência, não precisa ser apenas financeiro, um café da manhã com toda equipe, uma tarde de folga, também podem ser formas eficazes de motivar os funcionários.

Um bom clima organizacional é outro aspecto que faz toda a diferença para a produtividade e os resultados da equipe, então estimular a cooperação através de um programa de troca de talentos onde todos compartilham seus conhecimentos e habilidades uns com os outros, por exemplo.

Aprimorar a capacidade de liderança dos gestores

A Pirâmide das Necessidades de Maslow também ressalta que é essencial para os líderes compreenderem as necessidades dos colaboradores antes de demandarem produtividade.

Por exemplo: se um colaborador busca a Necessidade de Autorrealização é preciso pensar em estratégias para motivá-lo, como incluí-lo em um projeto importante para empresa ou permitir que ele tenha mais autonomia nas tomadas de decisão.

Porém, caso a necessidade que o afeta no momento seja a Estima, é fundamental pensar em outras formas de estimulá-lo dentro do ambiente de trabalho, como reconhecimento através de feedbacks positivos e bonificações.

Mas para alcançar esse patamar é importante que os líderes perguntem aos funcionários como eles se sentem em relação à empresa, o que eles acreditam ser importante para manter um ambiente de trabalho saudável e que propicie o crescimento.

Dessa maneira terá uma melhor compreensão das necessidades dos colaboradores e como motivá-los a partir delas.

Descobrir qual/quais necessidades dos clientes os seus serviços/produtos atendem

A Pirâmide das Necessidades de Maslow é muito utilizada dentro do marketing para compreender as motivações que levam os consumidores a escolher o seu produto e assim criar estratégias mais assertivas.

Por exemplo: o produto da sua empresa comercializa sistemas de segurança residencial, nas comunicações vale a pena ressaltar a tranquilidade que a pessoa terá ao adquirir o item (Necessidade de Segurança).

Já se é uma empresa de carros de luxo, ressaltar o status que este produto traz e como a pessoa será vista pelos outros ao dirigir um dos veículos na rua (Necessidade de Estima).

Como podemos ver, com a ajuda da Pirâmide das Necessidades de Maslow é possível entender o comportamento dos colaboradores, ajudar as lideranças e desenvolver estratégias mais eficazes para e assim levar a empresa a melhores resultados.

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Prof. Rafael José Pôncio
Publicado em: 01 de setembro de 2023
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: 
https://administradores.com.br/artigos/piramide-das-necessidades-de-maslow-o-que-e-e-aplicacoes-para-o-seu-negocio




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terça-feira, 7 de novembro de 2023

O que é CRM e como ele pode te ajudar?

O que é CRM

É bem provável que você já tenha escutado esta sigla, mas será que sabe mesmo o que é CRM e como ele pode contribuir para o crescimento do seu negócio?

O CRM é uma estratégia focada no relacionamento com o cliente, para isso, ela utiliza a tecnologia como principal aliada, como mostro a seguir.

O que é CRM?

Para entender o que é CRM vamos dar uma passeada pela história. Antes do século XX a maioria dos produtos eram manufaturados e não tinham um padrão ou um controle de qualidade rígido.

Foi só com o sistema de linha de montagem desenvolvido por Henry Ford que as mercadorias passaram a ser padronizadas. Com isso, os consumidores também começaram a cobrar um nível de qualidade.

Se antes, pequenos defeitos nos produtos eram aceitos, atualmente um pequeno risco na pintura já é o motivo para uma troca. Esta exigência se tornou ainda maior com a globalização e o rompimento das fronteiras comerciais.

Neste cenário, as empresas precisam se destacar para atrair os clientes e conseguir a fidelização. Por isso surgiu o CRM.

A sigla CRM significa Customer Relationship Management ou em português Gestão do Relacionamento com o Cliente, uma estratégia na qual o foco principal está nos consumidores.

Os principais objetivos das estratégias de CRM são antecipar as necessidades e desejos do cliente, criando uma conexão com eles e a partir disso, aumentar os lucros da empresa.

O CRM e a tecnologia

Muitas pessoas acreditam que a resposta para a pergunta “o que é o CRM?” está em um software. De fato, com a evolução da tecnologia existem muitos sistemas que auxiliam no relacionamento com os clientes.

Por exemplo: você pode personalizar o seu e-mail marketing enviando a mesma comunicação para todos os clientes adicionando o primeiro nome nos assuntos.

Também o uso de sistemas CRM auxilia o armazenamento e análise das informações dos clientes, facilitando a comunicação das equipes de marketing, vendas e atendimento.

Por isso, o entendimento do que é CRM está muito vinculado à tecnologia.

Pilares do CRM

Para que o relacionamento com o cliente de fato traga benefícios para as empresas, os setores de marketing, vendas e atendimento devem trabalhar de forma conjunta, compartilhando e alimentando as bases de dados dos clientes.

A fim de você compreender melhor como acontece esta troca, segue um resumo sobre o funcionamento de cada um deles:

CRM no Marketing

O marketing desempenha um papel fundamental na gestão do relacionamento com o cliente, afinal é papel do marketing trazer o consumidor até a empresa.

Com as informações dos consumidores já existentes é possível traçar o perfil dos clientes ideais e assim montar estratégias precisas para atrair e conquistar novos públicos.

Vale destacar que o processo de vendas muitas vezes não acontece no primeiro contato, ou seja, primeiro é preciso que o setor de marketing desenvolva um relacionamento com os potenciais clientes, entendendo os seus problemas e dificuldades para a partir daí, encaminhar os “contatos quentes” para o setor de vendas.

CRM em Vendas

Já quando os contatos chegam ao departamento de vendas, que tem o papel de finalizar a compra, é importante que ele tenha os dados dos clientes obtidos através do marketing e atendimento para fazer a melhor proposta.

É fundamental que todo esse processo aconteça de forma rápida, para que o cliente não se sinta abandonado ou acabe fechando com outra empresa. Portanto, os dados mais importantes daquele cliente precisam ser fáceis de acessar e compreender.

CRM no Atendimento

É responsável por dar o suporte para os clientes antes, durante e depois da venda. Por isso, ele exerce um papel fundamental no relacionamento, sendo o que irá fazer o consumidor fidelizar ou não com a empresa.

Antes e durante a compra o setor de atendimento tira dúvidas e resolve os problemas que surgirem. Já no relacionamento pós-venda é o momento de consultar os clientes e descobrir o que está bom e o que pode ser melhorado.

Como aplicar o CRM

Agora que você já sabe o que é CRM, é o momento de aprender a aplicar esta estratégia dentro do seu negócio.

Como já disse, mesmo que a prática da gestão do relacionamento com o cliente esteja muito interligada ao uso de softwares, o CRM não se resume a isso.

Um dos primeiros passos para utilizar esta estratégia é trabalhar a cultura da empresa. Afinal, se você deseja que a empresa seja centralizada nos clientes é preciso que todos os colaboradores pensem desta maneira.

Depois que a cultura é estabelecida é hora de criar os processos para alimentar e gerir as informações dos consumidores. Pois, se você deseja criar um relacionamento com os clientes é preciso conhecê-los.

Nesta parte entra a escolha do sistema CRM, para decidir o melhor para você, seguem 5 dicas:

  1. Compreenda a sua necessidade: é importante saber quais são os objetivos da empresa ao adquirir os sistemas CRM. Assim você poderá escolher um sistema que se adeque às suas necessidades.

  2. As possibilidades de personalização: como cada empresa tem um perfil de cliente, é fundamental que dentro no software de gestão de relacionamento, seja possível adaptar algumas funcionalidades para atender melhor os consumidores.

  3. O suporte fornecido: não adianta, independente da qualidade do sistema sempre haverá problemas, por isso, antes de finalizar a aquisição você deve saber como é feito o atendimento da equipe de suporte e se ele corresponde às suas necessidades.

  4. A usabilidade: outro ponto importante é que o software precisa ser simples e prático para a sua equipe utilizar, afinal ele existe para facilitar o contato com os clientes e não para dificultar o trabalho dos vendedores e atendentes.

  5. Integração com outros sistemas: provavelmente você já utiliza na sua empresa outra plataforma para se comunicar com os clientes, como redes sociais, e-mails marketing, newsletters, etc. É fundamental que o próximo sistema CRM também interaja com eles.

Tipos de CRM

Ainda antes de escolher o sistema de CRM que você terá na sua empresa é importante conhecer os tipos mais comuns do mercado, são eles:

  • CRM Operacional: tem como foco o acesso fácil às informações dos clientes, permitindo um atendimento rápido e ágil. Aplicando este sistema, você terá maior retenção dos clientes.

  • CRM Analítico: como o nome já indica o ponto central deste software é a análise e relação dos dados dos consumidores. Esta ferramenta auxilia na segmentação e personalização dos serviços.

  • CRM Colaborativo: prioriza a integração das áreas, fortalecendo o trabalho em equipe. Ele contribui bastante no relacionamento pós-venda e na interação entre os clientes.

  • CRM Estratégico: esse tipo de CRM visa unir as funcionalidades de todos os outros (operacional, analítico e colaborativo) em um só sistema. Desta maneira, ele entrega todos os resultados dos demais, com mais eficiência.

Com a equipe entendendo o que é CRM e com a ferramenta de trabalho adequada é bem provável que o seu relacionamento com o cliente seja um grande sucesso.

Bom trabalho e grande abraço.


Prof. Adm. Rafael José Pôncio




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terça-feira, 24 de outubro de 2023

Os princípios e aplicações Just in Time

Descubra o que é o Just in Time, quais são as suas vantagens desta metodologia e quais pontos considerar antes de aplicar no seu negócio.

Just in Time é um termo em inglês cuja tradução seria “na hora certa”, ou seja, produzir no momento correto e na quantidade exata.

Esta filosofia surgiu na década de 70 e até hoje é utilizada por muitas empresas, principalmente na área industrial, alguns exemplos são: Harley Davidson, Votorantim, Unilever e Avon.

Continue a leitura e aprenda os princípios desta metodologia e dicas para aplicá-lo dentro do seu negócio.

O que é Just in Time?

Just in Time é uma estratégia de gestão com o objetivo de aumentar a eficiência, reduzindo os custos e dando mais agilidade aos processos. Neste sistema a empresa compra e produz somente a quantidade certa de itens para entregar aos clientes no prazo.

Este modelo surgiu na montadora de carros Toyota Motor Company, visando manter a competitividade da empresa frente ao crescimento do mercado norte-americano.

O sistema funcionou tão bem que hoje é utilizado por outros tipos de negócios, o que levou a uma ampliação do termo, sendo que hoje o Just in Time é considerado uma filosofia para o gerenciamento de materiais, qualidade, gestão da equipe e produto. 

Por que escolher o Just in Time?

Seguem as principais vantagens que escolher a metodologia para gerenciar a sua empresa oferecerá para o seu negócio. 

Redução dos custos

Como na filosofia Just in Time as demandas são o que impulsiona a produção, não há o risco de produzir mais itens do que o necessário, reduzindo assim os custos com matérias-primas e com a própria execução dos processos.

 Mais qualidade dos produtos

Por trabalhar com um estoque pequeno e com a produção sob demanda, é possível dar mais atenção nos detalhes e eliminar o máximo de problemas que possam surgir, diminuindo o desperdício e buscando a melhoria contínua.

Otimização dos processos

No Just in Time existe muito pouco espaço para erros e mudanças de última hora. Logo, é importante que os processos sejam muito bem mapeados e se tornem cada vez mais rápidos, trazendo agilidade para a produção.

Personalização dos produtos

Como nesta estratégia, os itens são fabricados a partir das demandas e não feitos com antecedência, assim é possível personalizar os produtos conforme a necessidade dos clientes. O que é um grande diferencial das empresas que trabalham com exclusividade.

Cuidados ao utilizar a estratégia

Antes de aplicar o Just in Time é fundamental analisar se ele faz sentido para o seu negócio, uma vez que ele não é a melhor estratégia para todas as empresas.

O planejamento é um ponto essencial no Just in Time, afinal, os processos precisam estar muito bem alinhados para não haver atrasos.

O monitoramento e o controle de qualidade constante também fazem parte do dia a dia da empresa que aplica o Just in Time. Pois desta maneira a equipe conseguirá identificar pontos de melhora ou os ajustes.

Além disso, esta metodologia não há abertura para aguardar os melhores preços nas matérias-primas. O que mostra a importância de fornecedores confiáveis e comprometidos.

Será que posso utilizar a metodologia?

Como já disse, o Just in Time não funciona em qualquer tipo de negócio. Por exemplo: empreendimentos com pouca previsibilidade de demanda ou que precisam ter um estoque disponível não encontram nesta metodologia a melhor opção.

Para você descobrir se o seu negócio pode aplicar esta metodologia segue 3 perguntas que você deve fazer antes de implementar a filosofia.

  1. Conheço todas as oscilações do mercado e as necessidades dos meus clientes?

  2. A empresa tem a capacidade de fabricar e entregar para o cliente de forma rápida?

  3. Meu fornecedor é ágil o suficiente para entregar a matéria-prima necessária? 

Um grande exemplo de empresas que podem utilizar esta filosofia para melhorar os resultados do seu negócio são os que trabalham com itens personalizados como: brindes, roupas sob medida, acessórios exclusivos, etc.

 Como aplicar o Just in Time

Agora que você já compreende a metodologia, vamos conhecer como o Just in Time funciona dentro do Sistema Toyota de Produção:

  1. Quando um pedido de veículo é recebido, as instruções de produção devem ser emitidas para o início da linha de produção o mais rápido possível;

  2. A linha de montagem deve estar abastecida com o número necessário de todas as peças para que qualquer tipo de veículo encomendado possa ser montado;

  3. As peças utilizadas são substituídas para que a linha de montagem tenha o mesmo número de itens de antes do início da produção;

  4. Um pequeno número de todos os tipos de peças deve ser estocado para apenas para recuperar o que foi utilizado.

Com estes pontos já é possível ter uma noção básica de como a metodologia é aplicada no dia a dia. Agora você só precisa adaptar a realidade do seu negócio.

Dicas para utilizar na sua empresa

Separei os pontos essenciais para que a operação da Just in Time no seu empreendimento traga os melhores resultados possíveis.

Planeje todas as mudanças necessárias

Antes de aplicar a filosofia é importante organizar todos os pontos que serão necessários para operá-lo como:

  • Definir as metas e objetivos e metas que devem ser alcançados;

  • Estimar a demanda exata do que precisa ser produzido;

  • Saber os prazos de produção e entrega;

  • Pensar no treinamento necessário para a equipe;

  • Analisar os fornecedores ideais;

  • Definir a qualidade esperada em cada etapa do processo. 

Repense a sua estrutura

Para que o Just in Time funcione da melhor forma possível é preciso que a empresa esteja estruturada de uma maneira que otimize os espaços e facilite o fluxo do trabalho, desde a chegada da matéria-prima até o transporte do produto.

Desta forma a equipe terá todas as condições necessárias para conseguir entregar os produtos com a qualidade esperada.

Defina e alinhe com os seus fornecedores

Como já havia comentado, ter os fornecedores certos é parte fundamental do sucesso da metodologia. Por isso, trabalhar com parceiros que cumpram todos os prazos e entreguem itens de alta qualidade é um ponto essencial.

Então, reforce com os fornecedores o cuidado e a responsabilidade com as datas. Afinal, se uma entrega acabar atrasando por qualquer motivo, toda a cadeia produtiva será afetada. 

Comunique-se e treine a equipe

Com tantas mudanças ocorrendo na empresa, é importante que as equipes sejam informadas e que cada colaborador compreenda a sua importância dentro do processo.

Treinamentos periódicos também devem fazer parte do dia a dia da empresa, seja no processo de adaptação ou para agir de maneira rápida e eficiente caso surja algum problema.

Agora que você já conhece o Just in Time e pode identificar se ele é a melhor solução para a sua empresa, resta colocá-lo em prática e melhorar os resultados do seu negócio.

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Prof. Adm. Rafael José Pôncio Publicado em: 27 de janeiro de 2023
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/os-principios-e-aplicacoes-just-in-time


  Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte. 

domingo, 1 de outubro de 2023

Saiba tudo sobre a Espiral do Conhecimento de Nonaka e Takeuchi

A Espiral do Conhecimento ou SECI pode otimizar a transferência do conhecimento entre os colaboradores e assim impulsionar a inovação e o crescimento do seu negócio.

A razão para isso é que, através deste modelo de gestão do conhecimento, é possível transmitir os aprendizados adquiridos através das experiências dos funcionários mais antigos para os mais novos de uma forma sistematizada.

Continue a leitura de saiba os motivos para estudar a Espiral do Conhecimento, quais são as suas etapas e como proporcionar uma cultura de aprendizagem no seu negócio.

Por que aprender sobre a Espiral do Conhecimento?

A chegada de um novo colaborador dentro da empresa é sempre um desafio, é natural que ele leve um tempo para se familiarizar com a equipe, com os processos e com as novas funções, mas se você utilizar a Espiral do Conhecimento é possível facilitar esse momento.

Isto acontece porque esse modelo detalha todo o processo de criação do conhecimento nas organizações de uma maneira cíclica,  para que seja mais fácil disseminá-los para os outros funcionários.

Além disso, com esse modelo fica mais fácil que os colaboradores mais experientes passem os aprendizados práticos. Desta forma a empresa retém os conhecimentos dos colaboradores mais talentosos e pode promover melhorias contínuas através deles.

Classificações do conhecimento segundo Nonaka e Takeuchi

Os professores da universidade japonesa Hitotsubashi, Ikujiro Nonaka e Hirotaka Takeuchi desenvolveram diversos estudos relacionados ao conhecimento organizacional e a criação do conhecimento.

Um dos seus trabalhos mais conhecidos é o livro “ The Knowledge Creating Company” (A Empresa Criadora de Conhecimento), no qual eles apresentam a Espiral do Conhecimento.

Para esses dois estudiosos,  há duas formas principais de conhecimento, o tácito e o explícito, agora vamos conhecer melhor cada um deles.

Conhecimento Tácito

A palavra tácito vem do latim e significa silencioso, ou seja, é o conhecimento que surge a partir das experiências que temos ao longo da vida, muitas vezes até passando quase despercebido.

Por essa razão, é uma das formas de conhecimento mais difíceis de serem transferidas de maneira formal, através de aulas, por exemplo, já que o próprio indivíduo muitas vezes não sabe explicar como adquiriu esse aprendizado.

Nas organizações é fácil de saber quem possui este conhecimento. Um exemplo é são os vendedores mais experientes, que só de olhar para os futuros clientes já sabem quais são as melhores táticas para apresentar os produtos e persuadi-los a comprar.

Conhecimento Explícito

Outra forma de conhecimento apresentada por Nonaka e Takeuchi e que foram utilizadas para embasar a Espiral do Conhecimento é o conhecimento explícito, também com origem no latim, esta palavra significa declarado, dito.

Ao contrário do conhecimento tácito, esses aprendizados acontecem por meio de leitura e estudos em documentos formais como vídeos, livros, normas, etc. O maior exemplo são os livros acadêmicos, mas não se resume a isso, se você reproduz a receita de um livro de culinária, por exemplo, está fazendo uso do conhecimento explícito.

Dentro das organizações você encontra esta forma de aprendizado através dos manuais que detalham as atividades de um determinado setor ou função e os bancos de dados com informações sobre os clientes.

A partir da percepção dessas duas formas de criar conhecimento,  Nonaka e Takeuchi pensaram em uma maneira de uni-los, e assim surgiu a Espiral do Conhecimento.

Etapas da Espiral do Conhecimento

Como já mencionei, um dos grandes desafios para a gestão do conhecimento nas empresas é passar as experiências e informações adquiridas pelos colaboradores para os outros, e assim melhorar o desempenho do negócio como um todo.

Para isso, Nonaka e Takeuchi criaram um modelo de conversão do conhecimento do tácito em conhecimento explícito que funciona em 4 etapas de forma cíclica, como uma espiral: socialização, combinação, externalização e internalização, conforme imagem feita pelo SEBRAE.

Socialização

A primeira etapa da Espiral do Conhecimento é a socialização, nela acontece a transmissão de um conhecimento tácito de um colaborador para outro. Esta troca ocorre através de uma mentoria, trabalho em equipe ou brainstorming.

Mas além disso, a socialização também surge da observação, quando um novo funcionário assiste o outro atendendo aos clientes, por exemplo.

Por isso, é importante criar um ambiente no qual a interação entre os membros seja estimulada, permitindo que as trocas aconteçam e assim o conhecimento seja transmitido.

Externalização

Passada a etapa de socialização vamos para a externalização, quando o conhecimento tácito e passado para o explícito.

Essa fase bastante delicada do processo, pois como já comentei o conhecimento tácito é mais difícil de ser comunicado, então o que se busca nesta fase é facilitar o processo.

Para chegar neste objetivo são criadas ferramentas que facilitem o acesso do conhecimento para outros membros da empresa. Alguns exemplos são: elaboração de um manual técnico a partir de um brainstorming com os colaboradores e a criação de um diagrama para solucionar problemas.

Combinação

Nessa etapa da Espiral do Conhecimento, um conhecimento explícito é transformado em outro conhecimento explícito, combinando eles para ampliar a sua capacidade de aprendizagem.

Durante esse processo surgem muitas ideias inovadores que produzem um novo conhecimento. Uma maneira de aplicar isso nas empresas é fazer reuniões entre os setores para que juntos encontrem a solução para determinado problema.

Internalização

A internalização é o encerramento do ciclo, quando o conhecimento explícito já foi tão bem incorporado que ele passa a ser tácito, isto é, quando o colaborador já compreende tão bem que já está no “modo automático”.

Gostou de aprender mais sobre a Espiral do Conhecimento de Nonaka e Takeuchi e como colocá-la em prática? Por meio desta estratégia é possível criar novas ideias, melhorar a tomada de decisão e incentivar a participação dos colaboradores levando ao crescimento do seu negócio.

Cultura da aprendizagem nas organizações

Para que a Espiral do Conhecimento de Nonaka e Takeuchi faça parte do dia a dia da empresa é muito importante criar uma cultura que estimule aprendizagem. Para facilitar este processo fiz uma lista com iniciativas para incluir na rotina da sua empresa.

Forneça e incentive os feedbacks

Por mais que essa seja uma dica bastante óbvia, vale a pena sempre reforçar que é importante criar um ambiente seguro para os colaboradores exporem a sua opinião.

Uma forma de fazer isso é incluir esses momentos no cronograma da empresa, como um one a one (conversas rápidas entre gestores com membros da equipe) mensal.

Invista em treinamento e desenvolvimento

Promover capacitações é uma ótima maneira de estimular uma cultura de aprendizagem. Mas além das atividades relacionadas a função é importante trazer temas que complementam a vida profissional dos colaboradores.

Lembrando que muitas vezes não são necessários grandes investimentos nestas atividades, a própria gestão pode contribuir compartilhando os seus conhecimentos e experiências.

Estabeleça uma relação entre o que é aprendido e o ambiente de trabalho

Para manter o interesse dos funcionários na busca pelo conhecimento é fundamental conectar os conhecimentos adquiridos através dos treinamentos, manuais e reuniões com o dia a dia da empresa.

Realizar tarefas e testes, buscar soluções para situações vivenciadas no negócio, fazer estudos de caso são algumas maneiras de unir o conhecimento teórico (explícito) à prática.

Seguindo essas dicas já será possível começar a desenvolver uma cultura de aprendizagem dentro do seu negócio.

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Prof. Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 24 de junho de 2023
Especial: artigos no Jornal da Tribuna
Link fonte: 
https://jornaltribuna.com.br/2023/06/saiba-tudo-sobre-espiral-do-conhecimento-de-nonaka-e-takeuchi/



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