domingo, 11 de maio de 2014

Planejamento Estratégico por Consenso de Equipe com Analise Swot


A construção do Planejamento Estratégico quando criado por consenso junto a todos os Colaboradores, logo, surtirá grandes efeitos tanto no curto como no longo prazo, e, serão muito mais efetivos os resultados usando o método consensual; Sendo microempresa com poucos colaboradores é muito simples do que muitos pensam, mas, numa estrutura de muitas pessoas, então poderá fazer por departamento e cada líder reunir-se-á ao final no consenso dos consensos.

É importante cada Colaborador sentir-se parte integrante do processo, verás que o resultado é pleno!

Já dizia Peter Drucker: "A simplicidade tende ao desenvolvimento, a complexidade à desintegração".

A compreensão dos Stakeholders, e, principalmente a criação da missão, visão e valores deverá estar estampada nos corações de cada membro da empresa, e, senão for assim será apenas belas frases estampadas no site e na recepção da empresa, daquele tipo que a "rádio peão" diz: "-é para inglêêêiiis vê", por isso da elaboração com todos na empresa, permita que todo membro participe e verás a mágica do Planejamento Estratégico.

Criando a Missão


Seguindo essa orientação a organização poderá definir a missão do negócio, dar o primeiro passo na realização do planejamento estratégico. Existe um formulário para causar brainstorming nos setores da empresa, é importante que o(s) líder(es) antes disso esteja(m) alinhado(s) com o propósito da construção do plano, é importante que cada integrante pratique seu lado empreendedor.

Para chegarmos às repostas é necessário fazer e refazer essas perguntas algumas vezes, ou seja, não cometer erros para evitar o fracasso, pois a estratégia está em todo o planejamento.

Confira o exemplo do formulário de criação da missão:
-O que fazemos?
-Para quem fazemos?
-Como fazemos?
-A síntese é: (a sugestão missionária de cada um, por mais que as vezes pareça "míope" levará cada Colaborador a um nível de comprometimento).

Podemos observar de forma clara a formulação, construção e conclusão da definição de missão de negócio de uma empresa. Importante é a abordagem as questões e como ele consegue ser estratégico desde o início da construção do negócio. Lembrando que para que uma empresa seja estratégica é necessário que o pensamento esteja na raiz do negócio, pois é fundamental ter uma filosofia empresarial que adote o raciocínio pautado em análises e planejamentos.

Criando a Visão


Visão precisa ser algo real e não impraticável. A visão da empresa deve apresentar características como objetivos gerais e de longo prazo e ambições para o futuro. Acima de tudo, a visão deve inspirar as pessoas.

Seguindo essas orientações você poderá definir a visão do negócio, e continuar os passos da realização do planejamento estratégico. Aproveite e continue para que todos pratiquem o seu lado empreendedor de futuro, onde cada Colaborador sonhe e enxergue a empresa no futuro.

Confira o exemplo do formulário de criação da visão:
-O que queremos ser no futuro e o que não somos hoje?
-Queremos ser:
-Não somos ainda:
-A síntese é:

Seguindo uma filosofia de negócios pautados em decisões coerentes, eficientes e eficazes. Gostaria de lembrá-lo(a) que todos os itens do planejamento estratégico devem seguir um raciocínio estratégico, seja qual for o nível hierárquico em que esteja sendo desenvolvido ou executado.

O próximo item que vamos analisar são os valores de uma empresa. Os valores são os princípios, padrões e ações consideradas válidas dentro de uma empresa, incluem as pessoas e suas relações uma com as outras etc.

Definindo os Valores Humanos


No que diz respeito aos valores, temos que levar em consideração quais são os princípios da empresa, padrões e ações válidas, como as pessoas tratam umas às outras e o mais importante na empresa. Devemos desenvolver significados claros e concisos que possam ser compartilhados por todos, além disso, é preciso verificar o impacto desses valores na microempresa, média ou grande empresa.

"Neste momento com a fórmula do Planejamento Estratégico, a microempresa tornar-se-á igual a grande empresa, pois na sabedoria dos simples existe uma grande realeza".

Conforme essa explicação, você poderá definir os valores do negócio e assim dar sequência na realização do planejamento estratégico. Observe o formulário e tente descrever ou visualizar os valores. Caro(a) amigo(a), esse modelo que estamos executando até o momento é pertinente a uma microempresa, porém o mesmo pode ser utilizado para outros tamanhos de empresa.

Novamente se faz necessário um raciocínio estratégico, muita análise e observação de ambiente. Faça a seguinte reflexão: imagine a empresa como um ser humano, pense em seus princípios, objetivo, caráter, valores, pense o que esse ser tem, gostaria de ter, o que pode ser incorporado, resgatado ou eliminado. Observe a tabela (Formulário para identificar valores) novamente, convide a todos para transcrever tais informações para a essa tabela:
Nesta construção dos Valores deverá ouvir a opinião por consenso de cada um sobre os valores-humanos, são os princípios inatos ao ser de cada Colaborador. E, havendo muitos participantes onde criou-se um crivo de "funil", é importante que as pessoas discutam sobre a importância e o fundamento que cada valor refletirá no dia-a-dia da empresa.

Eu mesmo, já participei na construção dos Valores de diversas empresas e ocorre as vezes na maioria dos departamentos que a exposição sobre o que é um Valor-Humano é necessário, por isso, uma lista pronta de alguns valores para convidar o Colaborador a entender qual valor se encaixa no departamento dele e na empresa como um todo é necessário, é um convite lógico para a simplicidade e o despertar da pureza de cada integrante.

Uma pequena lista de alguns valores, mas, podeis ampliar a lista:
-Responsabilidade;
-Integridade;
-Honestidade;
-Segurança;
-Saúde;
-Respeito;
-Coragem;
-Verdade;
-Disciplina;
-Gratidão;
-Assertividade;
-Humildade;
-Amor;
-Simplicidade;
-Justiça;
-Respeito;
-Fraternidade;
-Liberdade;
-Comprometimento;
-Lealdade;
-Inovação;
-Honra;
-Trabalho;
-Perseverança;
-Pontualidade.

São inúmeros os valores, mas quando criados com a participação de todos, logo o culto a aplicabilidade do Planejamento Estratégico será de grande valia, bem como os resultados e crescimento do negócio.

Por mais que as medidas governamentais intervencionistas nos setores de mercado, que influenciam nas vidas de todos os participantes de cada negócio estiverem presentes, ainda assim haverá prosperidade para uma empresa alinhada estrategicamente.

O processo de exigibilidade nos valores participativos construtivistas tem um efeito benéfico para todos, sejam Colaboradores, Fornecedores, Gestores, Líderes, Sócios, Investidores, Clientes ou Terceirizados, quando bem construídos e cultuados por toda a cadeia produtiva - trata-se de uma empresa progressista e lucrativa.

Compreensão dos Stakeholders


O próximo item está relacionado com os públicos de uma empresa, o mesmo é conhecido como Stakeholders. Entender que são as pessoas que podem causar algum impacto ou influência na empresa. No que diz respeito aos tipos de impactos, os mesmos podem ser positivos ou negativos no planejamento estratégico.

Os exemplos não são regras, você pode adaptar os gráficos e as análises dependendo da empresa em questão. O que vale destacar é a importância da análise desse elemento, ou seja, os Stakeholders.

Avaliando o Macro e Microambiente


Outro ponto de grande importância no processo do desenvolvimento do planejamento são os ambientes em que a empresa está inserida. Gostaria de relembrá-lo(a) que os mesmos são considerados Macro ou Microambiente. Observe como a empresa é cercada de fatores que interferem direta e indiretamente no processo de formação do planejamento estratégico e também do negócio.

Como foi relatado em unidades anteriores, identificar fatores internos e externos que afetam forças, fraquezas, oportunidades e ameaças às atividades ou operações da empresa, bem como caracterizar o ambiente da empresa por suas características impactantes, ou seja, adquirir conhecimentos sobre os benefícios da Ferramenta Análise SWOT é fundamental para conhecer tipos de recursos, gerar informações úteis para alinhar as metas, os programas e a capacidade da empresa ao ambiente na qual opera.

São muitas as razões de ser da análise do ambiente de uma empresa, o primeiro ponto é que você está realizando um planejamento estratégico. As demais razões são: a sobrevivência e o sucesso de uma empresa depende da sua interação e sintonia com o ambiente. A dependência da microempresa em relação ao seu ambiente torna vital um esforço permanente de monitoramento dos ambientes externo e interno.

Fatores internos, forças e fraquezas - características: podem ser controlados, resultado das estratégias de atuação definida pelos próprios responsáveis da empresa. Tratamento: forças ou pontos fortes, ressaltar ao máximo. Fraquezas ou pontos fortes, controlar ou minimizar seu impacto. Fatores externos, oportunidades e ameaças - características: não podem ser controladas, resultado de variáveis exógenas à empresa. Tratamento de oportunidades: conhecer e aproveitar. Tratamento de ameaças: identificar e evitar. 

Diante dessas orientações é possível determinar o plano de ação, porém é necessário seguir algumas orientações que apresentam um aprofundamento prático sobre o assunto planejamento estratégico.

Analise de forma tranquila pela ferramenta Swot:

Forças, fraquezas, ameaças e oportunidades


Força e oportunidades: tirar o máximo de partido dos pontos fortes para aproveitar o máximo das oportunidades.

Forças e ameaças: tirar o máximo de partido dos pontos fortes para minimizar ou evitar os impactos das ameaças detectadas.

Fraquezas e oportunidades: desenvolver estratégias que minimizem os efeitos negativos dos pontos fracos e que, ao mesmo tempo, aproveitem as oportunidades identificadas.

Fraquezas e ameaças: definir as estratégias a serem adotadas para minimizar ou vencer os pontos fracos e fazer frente às ameaças existentes no ambiente.

Observe o exemplo, o mesmo demonstra de forma clara o que vimos até o momento de forma conceitual.

Análise SWOT, exemplo de uma média empresa no setor têxtil:

Forças
Oportunidades
  • Força de trabalho motivada e leal.
  • Estilistas talentosos.
  • Maquinário atualizado.
  • Exportação para o mercado externo.
  • Utilização de energias renováveis.
  • Programa de capacitação do SEBRAE sobre gestão de pessoas a um baixo custo.
Fraquezas
Ameaças
  • Distância dos fornecedores (Alto custo de transporte).
  • Rede elétrica da fábrica é instável.
  • Grande número de funcionários antigos por se aposentar.
  • Fábricas concorrentes externas.
  • Alta carga de imposto.
  • Aumento de carga tributária.
Temos um bom exemplo da importância das análises de um negócio no que diz respeito ao seu macro e microambiente. Isso vem comprovar na prática a importância de se conhecer o negócio, pois esse conhecimento aprofundado faz com que o(s) gestor(es) possa(m) tomar decisões estratégicas assertivas e ainda suprir as necessidades da empresa. Sendo assim, as análises ajudam a direcionar as melhores ações a serem executadas pelos níveis hierárquicos de uma organização, empresa, negócio etc.

A análise Swot de um ambiente do negócio para alguns é, sem dúvida, o item mais mensurável após o planejamento estratégico, o mesmo é um sistema de avaliação de desempenho empresarial. O plano de ação traduz a visão e a estratégia da microempresa em um conjunto coerente de medidas de desempenho e para alguns empresários, é mais importante do que as análises, pois eles estão apenas preocupados em resolver problemas que estão prejudicando seus negócios.

Esse tipo de pensamento não é muito aconselhável, pois geralmente alguns problemas que surgem podem ser evitados ou previstos, basta o plano possuir algum instrumento de controle que auxilie. A analise Swot não é apenas um mecanismo de soluções de problemas, mas também uma ferramenta de controle e observação.

A criação da missão, visão, valores, mapa dos Stakeholders, por consenso de equipe e ao final fazendo uso da analise Swot, gerará um ganho no trabalho, nas vendas, nas relações humanas e na comunidade onde a empresa atua será motivo de orgulho para todos os envolvidos, pois isto vai muito além do velho modelo industrial, é um processo sistêmico que emanará paixão dos colaboradores, podeis fazer que funciona!

Bom trabalho e grande abraço.

Adm. Rafael José Pôncio



Conheça também:

A importância de repensar o negócio — saiba o momento e de que forma recalcular a rota


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

terça-feira, 22 de abril de 2014

Matriz GUT: uma estratégia para tomar decisões


A Matriz GUT é uma ferramenta para definir quais tarefas são prioridades, otimizando a suas decisões. Continue a leitura e saiba como montar esta matriz.

Matriz GUT: uma estratégia para tornar a suas decisões mais eficientes

Criada pelos empresários, Benjamin B. Tregoe e Charles H. Kepner, a Matriz GUT é uma ferramenta que te ajuda a definir o que deve ser solucionado primeiro.

Também conhecida como Matriz de Prioridades, ela é bem versátil e simples de utilizar. 

Por essa razão pode ser aplicada nos negócios e na vida pessoal.

Continue a leitura e aprenda como criar uma matriz e o que fazer após estabelecer as prioridades.

Os 3 componentes da Matriz GUT

A Matriz GUT se baseia nos 3 critérios que formam o seu nome: 

  • Gravidade

  • Urgência

  • Tendência 

Cada critério é avaliado por uma escala de 1 a 5.  Sendo 5 o mais importante e 1 o menos importante.

1.   Gravidade

Este elemento avalia o impacto que a não solução do problema trará para empresa. Por exemplo: uma loja de roupas a falta de peças no estoque é mais relevante do que a motivação dos vendedores.

Para medir o impacto usa-se a pontuação:

5. Extremamente grave: que causa prejuízos irreparáveis.

4. Muito grave: leva problemas graves, mas com solução.

3. Grave: gera danos regulares.

2. Pouco grave: ocasiona perdas pequenas.

1. Sem gravidade: problemas que podem ser desconsiderados.

2.   Urgência

A urgência na Matriz GUT está relacionada ao tempo disponível para resolver a situação. Neste caso, quanto mais próximo do prazo, maior é a urgência.

Por exemplo: um buffet de eventos tem uma encomenda para uma festa infantil para 30 pessoas daqui a 3 dias e outra um casamento para 100 convidados daqui a 7 dias.

Pelo critério da urgência, mesmo sendo uma encomenda menor, a festa infantil deve ser priorizada.

 Segue escala:

5. Extremamente urgente: precisa de uma solução instantânea.

4. Muito urgente: quanto mais rápido solucionar, melhor.

3. Urgente: deve ser solucionado assim que possível.

2. Pouco urgente: possui um prazo para realização.

1. Sem urgência: não precisa se apressar.

 3.   Tendência

A tendência procura avaliar o agravamento de um problema, quando algo começa pequeno, mas se nada for feito, ele acaba aumentando.

Por exemplo: um computador que está travando, a princípio não é uma prioridade. Contudo, se não houver manutenção, pode ser que ele acabe parando de vez.

A classificação é:

5. Piora rapidamente: exige uma ação imediata.

4. Piora a curto prazo: se agrava rapidamente.

3. Piora a médio prazo: se demorar muito, causa complicações.

2. Piora a longo prazo: irá complicar lentamente.

1. Sem tendência a piorar: não ocasiona transtornos.

Como fazer uma matriz?

Agora que você já entende o que compõe a Matriz GUT é hora de colocá-la em prática.

A ela pode ser usada de forma individual ou coletiva, no segundo caso basta se reunir a sua equipe e seguir as etapas:

Etapa 1: Liste os tópicos que precisam de atenção

O primeiro passo é colocar em um papel, ou numa planilha Excel quais são os problemas, projetos e ações que você precisa gerenciar.

Etapa 2: Defina a pontuação para cada item da planilha

Neste momento você dá uma nota individual para cada situação levantada conforme os 3 componentes da Matriz GUT (gravidade; urgência e tendência).

Por exemplo, um dos problemas apontados é a sobrecarga de trabalho dos colaboradores, seguindo os critérios foi determinado as notas:

  • G:2

  • U:3

  • T:4

Etapa 3: Calcule os resultados e defina as prioridades

Para calcular basta multiplicar as notas: gravidade x urgência x tendência. Quanto maior a nota, maior será a prioridade.

Ao final você terá uma planilha assim:

 

Caso dê o mesmo resultado e você não possuir recursos para solucionar a questão ao mesmo tempo, a estratégia é decidir com a equipe o que deve ser priorizado, ou, utilizar outra técnica como a Matriz de Eisenhower.

Por que usar a Matriz GUT?

Uma das maiores vantagens desta ferramenta é a facilidade de uso, você só precisa de um quadro e saber multiplicação.

Por esse motivo, pode ser utilizada em qualquer setor de uma empresa, de forma individual, coletiva ou até na sua vida pessoal.

Ainda é uma estratégia para reduzir os desperdícios, visto que você foca no que pode trazer mais prejuízo para empresa.

Por último, ajuda a diminuir o estresse dos problemas, pois, seguindo um método tudo fica mais claro e você consegue tomar a melhor decisão com confiança e eficiência.

Mas lembre-se: a Matriz GUT ajuda a priorizar as tarefas, o trabalho ainda precisa ser feito.

Como montar um plano de ação?

Agora que você já tem as suas prioridades em mãos, pode surgir a dúvida: o que fazer?

Então, separei dicas para você criar um plano de ação e solucionar a suas prioridades:

Liste as tarefas necessárias

Seguindo a situação colocada no exemplo da Matriz GUT “falta de produtos em estoque”, defina quais são as atividades necessárias para resolver este problema:

  • Fazer um levantamento da quantidade de produtos necessária.

  • Entrar em contato com o fornecedor.

  • Confirmar com o financeiro se há orçamento disponível para repor o estoque.

Se uma tarefa for muito grande você pode separá-las em itens menores, facilitando o gerenciamento.

Delegue os responsáveis

Confie uma tarefa para cada membro da equipe.

É muito importante não sobrecarregar ninguém. Por isso, avalie a complexidade das atividades e tente distribuir da maneira mais igualitária possível.

Estabeleça prazos

Crie prazos realistas para o cumprimento das atividades, assim, não há o risco de a tarefa não ser concluída.

Para isso, converse com o responsável pela execução e escolha uma data limite que seja boa para os dois.

Monte uma representação visual do plano

Ter um quadro com as atividades e os prazos, irá facilitar a comunicação e organização da equipe. Também é uma maneira de motivar o time a cumprir o programado.

Acompanhe as ações

Para garantir que tudo seja cumprido no prazo, é importante monitorar o andamento das atividades.

Desta maneira, você sabe se algo não está indo conforme o planejado, se um colaborador está com dificuldades e corrigir quando algo está errado.

Você pode fazer o acompanhamento através de relatórios semanais ou reuniões periódicas.

Preveja problemas

Como diz o ditado: “é melhor prevenir do que remediar”. Então presumir o que pode dar errado e ter um plano B é fundamental para não ser pego de surpresa.

Bom trabalho e grande abraço.

Adm. Rafael José Pôncio




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10 razões para sair da zona de conforto e exercitar a resiliência


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domingo, 9 de março de 2014

Entenda quando o erro é aceitável e supere o medo de errar


O medo de errar te limita? Como você lida com as suas falhas e os erros dos outros? 


Atualmente, vivemos no mundo corporativo um contexto dúbio e, de alguma forma, até incoerente. Enquanto as empresas buscam e valorizam a inovação, o posicionamento ativo e proativo e a atitude empreendedora, ainda existe uma cultura organizacional pautada na punição diante de qualquer falha, em que o medo de errar está enraizado no padrão de comportamento dos colaboradores. 


Dessa forma, a capacidade de experimentação é tolhida e as pessoas tendem a insistir nos mesmos padrões e processos, sem qualquer questionamento ou iniciativa de fazer diferente, ou apresentar novas soluções. Afinal, existe receio e a ideia de que errar é sinônimo de algo negativo e passível de algum tipo de repreensão superior. 


Porém, o erro pode ser fonte de aprendizado e nem todo erro é igual. Entenda os tipos de erros existentes, o que deve ser evitado, quando o erro é aceitável e quando ele é importante para gerar crescimento. Acompanhe a leitura e domine o medo de errar!

Como o medo de errar pode impactar o desenvolvimento de pessoas e negócios

Como mencionei, a perspectiva da inovação é uma das coisas mais valorizadas pelas empresas nos dias de hoje. Não é para menos. A cada dia, ideias disruptivas vêm mudando padrões de comportamento e revolucionando mercados. Assim, é preciso estar aberto para o novo e se permitir testar novas possibilidades. A questão é que nem tudo vai dar certo. Ou seja, pessoas cometerão erros. 


No entanto, se qualquer tipo de falha for condenada e repreendida, dificilmente as pessoas se arriscarão a experimentar e a propor ideias novas. Isso tende a minar o processo criativo e a postura proativa, o que afetará o desenvolvimento, tanto da empresa quanto do colaborador. 

A importância do erro para o aprendizado

Nesse sentido exposto acima, podemos dizer que erros são essenciais para o aprendizado e fazem parte de processos de inovação. A partir deles, ideias podem ser aprimoradas e desenvolvidas. Além disso, eles podem contribuir para elaboração de soluções a partir de problemas detectados e até para o surgimento de novos projetos. 

Os tipos de erros

Não podemos colocar todos os erros no mesmo pacote. Apesar de defender que não devemos condenar as falhas, gerando ansiedade, medo e desmotivação nos colaboradores, também acredito que não devemos ser coniventes com todo tipo de erro, criando uma cultura relapsa e descompromissada — o que será outro problema. 


Além disso, é importante evitar insistir em um mesmo erro repetitivamente com a desculpa do aprendizado. Isso não faz sentido e é inútil. Classifico então a seguir alguns tipos de erros com o propósito de orientá-lo melhor nessa empreitada de gerenciar falhas. 

Erro evitável

São erros causados por falta de atenção, desvios de conduta, falta de capacidade e inadequação para executar o trabalho. São fáceis de serem identificados, corrigidos e prevenidos por meio de treinamento e orientação.  

Erro aceitável

Geralmente são erros decorrentes de situações complexas e imprevisíveis, ou devido à complexidade de um processo, e, muitas vezes, são inevitáveis. No entanto, podem gerar aprendizado e até uma vantagem competitiva para a empresa.

Erro inteligente

São os erros considerados benéficos, que ficam na fronteira entre o conhecimento e a inovação. Isso porque é um risco exigido para se chegar a um determinado resultado, que poderá ser essencial para o crescimento do negócio. 

Maneiras de melhorar a gestão de falhas e lidar com os erros

Agora que já compreende melhor com quais erros podemos lidar, confira ações para administrar melhor essa relação com a falha, seja quando ela for sua ou de terceiros. 

Reconheça o erro e parta para a ação

Não fique buscando desculpas, nem apontando culpados. Isso não soluciona nada. O ideal é detectar o erro rapidamente, admitir que a estratégia falhou e agir. Nem tudo está perdido. Analise o que deu errado e como o problema pode ser corrigido e evitado no futuro. 

Entenda que falhas acontecem mesmo quando há planejamento

Por mais frustrante que isso possa ser, precisamos entender que nem sempre é possível prever tudo e que erros podem acontecer mesmo quando há planejamento e organização nos mínimos detalhes. Alguns cenários podem ser incertos e dependerem de inúmeros fatores que não estão em seu controle. 

Estimule a cultura do aprendizado e incentive a postura de coragem diante das situações adversas

Para os que ocupam cargos de gestão e liderança, reforço que precisamos mudar essa mentalidade em relação ao medo de errar entre as equipes e instaurar um novo comportamento que estabeleça uma maior tolerância a falhas. 


Nesse sentido, é importante que as pessoas se sintam confortáveis em compartilhar e expor seus erros e busquem aprender com eles. Incentivaremos, dessa forma, uma cultura de aprendizado, incorporando e normalizando a possibilidade de falhas como parte do processo. 

Encare o erro com equilíbrio

Esse é um grande desafio para as pessoas que não admitem errar e tem dificuldade de aceitar a máxima de que “errar é humano”. Não é mesmo fácil, ainda mais para pessoas perfeccionistas. 


Além disso, as circunstâncias atuais também não ajudam, já que somos constantemente exigidos pelo ritmo frenético das mudanças e a competitividade no mercado. Entretanto, é necessário encontrar um equilíbrio, aceitar a vulnerabilidade e repensar a postura diante dos erros, sem negligenciar as entregas, ou jogar tudo para o alto. Ou seja, nem 8, nem 80. Comprometer-se é importante, mas não devemos ser tão duros e inflexíveis conosco, ou com os outros. Afinal, em alguns casos, erros são inevitáveis e até necessários.


Como vimos, o medo de errar no ambiente de trabalho pode paralisar e até comprometer o desenvolvimento de pessoas em empresas. Mas ele não é infundado. De fato, existe uma cultura organizacional punitiva que contribui para isso e que determina que erros jamais podem ser cometidos, fazendo com que as pessoas evitem ousar e questionar padrões. Conclusão Todo profissional deve ser bom no seu ofício - é um requisito básico, e neste grupo errar por falta de propósito, atenção, falta de foco e presença ou por conta do automatismo - isso é inaceitável numa organização e na condição humana de si mesmo, porém existe outro grupo, que ao errar dentro da tentativa de inovações, um processo novo de ofício, um método novo imposto por circunstâncias de mercado, dentre outras formas de força maior, então isso deve ser aceitável pela organização, pelo colaborador, inclusive ao perfeccionista entender que isso é temporário até incorporar o novo. Se desejamos mudar essa mentalidade, precisamos encontrar um equilíbrio ao lidar com as falhas, adotar uma postura de coragem e separar o “joio do trigo”, já que os erros não são todos iguais e não devem ser encarados da mesma forma.


E você? O que tem a dizer sobre isso? Bom trabalho e grande abraço.


Adm. Rafael José Pôncio



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Curva de Aprendizagem: como ela funciona e como aprimorá-la


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.