segunda-feira, 7 de novembro de 2016

O que é Planejamento?


De certa forma, todo planejamento inicia-se de uma ideia, isso só é possível porque o ser humano é dotado de imaginação. A imaginação é responsável pelo pensamento, o mesmo pode se transformar em algo muito poderoso e eficiente dependendo do propósito que você estabelecer. Dentro desse raciocínio inicial, temos uma simples formulação estrutural do planejamento, ou seja, imaginação, seguida de pensamentos, ideias, propósitos e objetivos.

Como toda ciência o planejamento também possui uma infinidade de conceitos. Veremos alguns deles: conforme Moreira, Perrotti e Duner (2003, p.328), planejamento corresponde ao “ato ou efeito de planejar, elaborar por etapas, como bases técnicas; planificações”. Para Correa (2002, p.98), o planejamento é um “processo administrativo e sistemático para atingir um objetivo proposto”. Outro pensamento, conforme Pasquale (2012, p.98), tem o planejamento como “processo de elaborar o plano, que é o documento escrito: portanto, planejamento é a ação, enquanto o plano é o resultado”, ou seja, o plano pode ser considerado como a expressão de uma ideia ou pensamento em algo físico.

Segundo Oliveira (2004), o planejamento consiste em identificação, análises estruturação, coordenação de missão, propósitos, objetivos, desafios, metas, estratégias, políticas internas e externas, programas, projetos e atividades, a fim de alcançar de modo mais eficiente, eficaz, efetivo o máximo do desenvolvimento possível, com a melhor concentração de esforços e recursos.

O planejamento gera resultados porque tem uma visão ampla do negócio. Empresas sem planejamento são aquelas que abrem suas portas pela manhã e simplesmente esperam acontecer. Já empresas com plano e criatividade são aquelas que estão prontas para buscar. Porém, não basta simplesmente ter um planejamento ou plano, é necessário saber executá-lo. Outro ponto é discernir que uma empresa possui vários tipos de planejamentos, todos importantes em suas respectivas áreas. 

O fato é que todos devem ser integrados para corresponderem às necessidades do negócio.

Outras definições de planejamento

Administrador(a), existe uma variedade conceitual de planejamentos, os mesmos podem ser encontrados nos vários níveis hierárquicos de uma organização. Em suma, temos o planejamento organizacional, estratégico, de marketing, de comunicação e de campanha.

Planejamento Organizacional: é integrado, pois o mesmo envolve os níveis hierárquicos do negócio interdependente de seu modelo organizacional, facilitando e unificando as tomadas de decisão.

Planejamento Estratégico: como exemplo aqui, no que diz respeito ao marketing o planejamento estratégico auxilia a empresa a reagir positivamente às alterações do ambiente (interno e externo) e assim explorar de forma mais adequada as oportunidades de mercado, por meio de um posicionamento de marketing coerente. Ainda contempla as implantações de novas técnicas de administração e um conjunto de ações que objetivem atingir as metas em sintonia com a missão da empresa.

Planejamento de Marketing: é um processo de intensos exercícios racionais, coordenação de pessoas, recursos financeiros, comunicação, mix (marketing) e materiais com o propósito central de atender e satisfazer as verdadeiras necessidades e desejos dos consumidores. Em outras palavras, é ajudar o consumidor a se sentir um pouco mais próximo, feliz e satisfeito e em consequência, gerar resultados positivos para a empresa e seus clientes.

Planejamento de Comunicação: é um processo de nível tático derivado do planejamento de marketing. Ele possui o método administrativo, organizado, sistêmico cujo objetivo é coordenar os objetivos, estratégias referentes às ações de comunicação, como campanha de propaganda, promoção de vendas, relações públicas, assessoria de imprensa etc.

Planejamento de Campanha: é a forma de organizar as informações e estratégias de maneira criativa e assim detectar e solucionar problemas. Outro aspecto que deve ser previsto nesse planejamento é a definição do público-alvo e qual mensagem que será a ele dirigida, definindo ainda os meios pelos quais a mensagem publicitária será transmitida, bem como definir como serão aferidos os resultados alcançados.

Desta forma, todo planejamento parte do princípio de que você deve saber exatamente o caminho a seguir, produção, público-alvo, fornecedores, comunicação, concorrentes etc. Mas para que isso ocorra em perfeita sinergia é necessária integração. Reconhecer o valor agregado de planos tão abrangentes ajuda a fortalecer todo esse conjunto articulado de esforços de ações, estratégias, produtos/serviços, comunicação, pessoas, organização etc. Assim, essa soma de atividades refletirá na eficiência e eficácia do planejamento proposto.

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 06 de novembro de 2016
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/o-que-e-planejamento




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        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

domingo, 30 de outubro de 2016

Como funciona o Franchising no Brasil


O que é franquia?

É um modelo empresarial baseado na venda de licença de uso de um negócio com marca, know-how, estruturas, rotinas e produtos/serviços desenvolvidos por um franqueador. É uma estratégia de mercado para aqueles que desejam iniciar um novo projeto já com bases mais consolidadas, aplicações testadas e certo reconhecimento pelo público-alvo. Quem adquire esses direitos se torna um franqueado.

O que ser um franqueador?

É ser um empreendedor que concebe, desenvolve e evolui um negócio, que compartilha essa expertise com outros profissionais (franqueados), fornecendo a marca, as normas, a capacitação e todos os insumos necessários para o trabalho. Forma-se assim uma rede que prestará serviços e vendará produtos com os mesmos padrões de qualidade.

O que ser um franqueado?

É ser um empreendedor que detém o direito de uso de uma marca já estabelecida, por meio de licença e contrato concedidos pelo franqueador (aquele que desenvolveu no negócio transformado em franquia).

O Sistema de Franquias

Devido ao grande número de redes hoje espalhadas pelo Brasil e pelo mundo, é familiar a todos nós. Uma empresa, por ser franquia, terá o direito de utilizar a marca de outra, comercializará seus produtos e serviços e gerará no consumidor a expectativa de ver o mesmo modelo de negócio nos diversos locais onde ele se deparar com aquela marca.

Mas não existe uma definição única para franquia. De forma simplificada podemos dizer que é uma estratégia empresarial para distribuição e comercialização de produtos e serviços e que a franquia de negócio formatado (Business Format Franchising) é a que melhor tem representado os sistemas comercializados hoje em dia.

Esse modelo se caracteriza pela existência de um contrato, no qual uma empresa, detentora de uma marca ou patente (franqueador), utiliza o sistema de franquias para expandir seus negócios, concedendo a outros (franqueados) o direito de uso de sua marca ou patente e de exploração comercial do que tiver sido desenvolvido ou testado por ela. Para reproduzir corretamente o modelo e  se beneficiar de um negócio experimentado e bem sucedido, o franqueado deverá receber orientação para a instalação e operação da unidade franqueada, mantendo o padrão exigido e remunerando a franqueadora pela concessão dos direitos e pela transferência desses conhecimentos.

Termos utilizados

O termo franquia é utilizado tanto para designar o sistema, quanto a pessoa jurídica que participa de uma rede de franquias (a unidade franqueada). O termo franchising é comumente utilizado para designar a estratégia de distribuição e comercialização de produtos e serviços.
Para que uma rede seja criada, o sistema de franquias pressupõe dois participantes: o franqueador e o franqueado.

Franqueador: Pessoa jurídica detentora dos direitos sobre determinada marca ou patente, que formata um modelo de negócio e cede a terceiros (franqueados) o direito de uso desta marca ou patente e do know-how por ela desenvolvido, sendo remunerada por eles pelo uso deste sistema.

Franqueado: Pessoa física ou jurídica que adere à rede de franquias idealizada pelo franqueador, mediante o pagamento de um determinado valor pela cessão do direito de uso da marca ou patente e transferência de know-how, comprometendo-se a seguir o modelo por ele definido.

Royalty: Remuneração periódica paga pelo franqueado pelo uso da marca e serviços prestados pelo franqueador. Geralmente é cobrado um percentual sobre o faturamento bruto.

Taxa de franquia:  (franchise fee ou taxa inicial). É um valor único estipulado pelo franqueador para que o franqueado possa aderir ao sistema, pago na assinatura do pré-contrato ou contrato de franquia. Esta taxa também remunera o franqueador pelos serviços inicialmente oferecidos ao franqueado. Alguns franqueadores cobram um percentual da taxa de franquia no momento da renovação do contrato.

Fundo de Propaganda: (ou fundo de promoção). Montante referente às taxas de publicidade pagas pelos franqueados e pelas unidades próprias dos franqueadores e que deve ser utilizado para ações de marketing que beneficiem toda a rede. Em geral, o franqueador é o administrador do fundo, mas deve prestar contas periódicas aos franqueados.

Conselho de Franqueados: Tem caráter consultivo e é constituído pela franqueadora e por um grupo de franqueados principalmente para a administração do Fundo de Propaganda.

Circular de Oferta de Franquia: Documento que, segundo a legislação brasileira, deve ser entregue pelo franqueador ao candidato a franqueado até 10 dias antes da assinatura do pré-contrato, contrato ou pagamento de qualquer valor. Em resumo, ela deve ser entregue por escrito e ser redigida de forma clara, contendo as informações sobre a franquia, a rede de franqueados e tudo o que será exigido do franqueado antes e após a assinatura do contrato de franquia.

Licenciamento de uso de marca X contratos de franquia: Muitos empresários confundem contratos de franquia com licenciamento de uso de marca. Algumas diferenças podem ser apontadas para facilitar este entendimento.
  • Os contratos de licenciamento, para que tenham validade perante terceiros, têm que ser averbados/registrados no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Nas franquias, a averbação é facultativa para contratos internos e só é necessária para os contratos cujos franqueadores sejam domiciliados no exterio
  • As franquias são regidas pela Lei 8.955/94, também conhecida como a Lei de Franquias. É um contrato mais complexo que o de licenciamento de marca e inclui a transferência de know-how e uma série de direitos e obrigações entre as partes, o que permite ao franqueado replicar o modelo de negócio.
  • Os contratos de franquia incluem o licenciamento da marca, mas não se resumem a isso.
  • A Lei de Franquias determina que o franqueado receba a Circular de Oferta de Franquia (COF).
  • Contratos de licenciamento podem ser questionados na justiça e considerados uma forma disfarçada de franquia se incluir a transferência de know-how e o cumprimento de exigências típicas dos contratos de franquia empresarial.

Gestão e atuação


Por essas e outras razões, tanto detentores de marcas e patentes, quanto àqueles que desejam ter o direito de comercializá-las, precisam saber claramente, na hora de redigir ou analisar o contrato, se estão diante de um simples licenciamento do direito de uso da marca ou se está caracterizada a transferência de um modelo de negócio formatado, neste caso, uma franquia.

Tipos de franquia

Para expandir sua marca, o franqueador pode optar por diversos tipos de franquias, escolhendo a que melhor atenda à sua estratégia de crescimento. De acordo com os locais onde pretende atuar e as responsabilidades que pretende transferir, ele poderá escolher o tipo de contrato a ser firmado com os franqueados e o papel que estes terão na expansão da franquia.
Desta forma podemos destacar alguns modelos de franquia, como:

Franquia Unitária: Cessão de direito de abertura de uma unidade, com exclusividade de atuação em local determinado pelo franqueador. Exemplo: uma loja ou quiosque em um determinado Shopping Center.  O mesmo franqueado pode adquirir outras franquias unitárias, dependendo de sua capacidade financeira, desempenho alcançado e plano de expansão do franqueador.

Franquia Master: Modelo comumente utilizado nos planos de internacionalização de franquias e em países de grandes dimensões geográficas, como o Brasil. O Master Franqueado (ou Sub Franqueador) assina um contrato que lhe dá o direito de implantar ou terceirizar outras unidades franqueadas em uma determinada região. Neste caso, os contratos serão assinados pelo Master Franqueado e ele receberá parte do valor da taxa de franquia e dos royalties cobrados dos franqueados, responsabilizando-se pelo treinamento e suporte a eles.

Franquia de Desenvolvimento de Área: Cessão de direito para exploração de uma determinada região, onde o franqueado abrirá mais de uma unidade em um determinado espaço de tempo. Será firmado um contrato para o desenvolvimento da área e para cada unidade que ele abrir. O desenvolvedor de área também poderá vender unidades em sua região, recebendo parte do valor cobrado a título de taxa de franquia e royalties. Todos os contratos serão firmados com o franqueador.

As microfranquias: As microfranquias são caracterizadas por exigirem um baixo investimento inicial de até R$ 80 mil (em 2016), terem um baixo custo operacional e uma operação simplificada, em atividades que podem ser realizadas pelo próprio franqueado e, muitas vezes, sem exigência de um ponto comercial.  Geralmente o franqueado pode operá-la de sua própria residência ou se deslocar até o endereço do cliente para atendê-lo, sendo, nestes casos, chamadas de “home based”. Devido ao seu baixo custo, o retorno do capital investido ocorre mais rapidamente do que em franquias mais caras, mas o faturamento tende a ser compatível com o investimento feito. Na compra de uma microfranquia é importante observar se há exigência de um volume de compras mensais de produtos do franqueador e  cobrança de qualquer taxa ou cumprimento de qualquer exigência se um determinado limite de faturamento for alcançado.  São informações que precisam estar discriminadas na COF - Circular de Oferta de Franquia e estas condições não podem comprometer a sustentabilidade do negócio. Essas franquias também são regidas pela Lei 8.955/94 – Lei de Franquias e todas as taxas a serem pagas têm de estar previstas em contrato e redigidas de forma clara na Circular de Oferta de Franquia (COF), para que o candidato a franqueado possa analisá-las antes do pagamento de qualquer valor. Esse tipo de franquia pode significar uma boa oportunidade, especialmente para empreendedores iniciantes, sem experiência, com poucos recursos para investir e que desejam contar com o reconhecimento da marca e o apoio oferecido pelas franquias. Mas, como toda franquia, antes de efetuar a compra é imprescindível que o candidato a franqueado analise alguns pontos: se o seu perfil se enquadra neste modelo de franquia, cuja operação requer a participação direta do franqueado no dia a dia da empresa, as condições da franquia quanto ao reconhecimento da marca, sua experiência de mercado, suporte oferecido à rede, satisfação dos franqueados e viabilidade econômico-financeira do negócio.

A remuneração do sistema
Ao optar pela franchising, inicialmente o franqueador investe para que seu modelo de negócio seja formatado e comercializado como franquia. Com a venda das primeiras unidades franqueadas ele começa a ser ressarcido por este investimento.

Taxa de Franquia é a primeira taxa paga pelo franqueado. Ela é um valor fixo e cobrado uma única vez quando do ingresso do franqueado na rede. Esta taxa remunera o franqueador pelos treinamentos, elaboração dos manuais e todo tipo de assistência necessária à abertura de sua unidade. Durante a vigência do contrato outras taxas serão cobradas mensalmente, como os Royalties e o Fundo de Propaganda.

Os Royalties costumam corresponder a um percentual sobre o faturamento bruto da unidade franqueada, girando em torno de 5 a 10% deste valor, mas também podem ter um valor fixo mensal estipulado, estar embutidos nos produtos fornecidos pelo franqueador e, mais dificilmente, serem cobrados sobre as receitas líquidas. Os Royalties ressarcem o Franqueador pelo uso do sistema, direito de uso da marca e serviços prestados ao Franqueado durante a vigência do contrato.

Já o Fundo de Propaganda, valor pago mensalmente pelos franqueados para custear ações de marketing, não deve ser considerado como receita do franqueador, e sim uma antecipação de despesas. A administração do fundo pode ser feita por ele ou por um Conselho de Franqueados (ou Conselho de Marketing). Os valores devem, preferencialmente, ser depositados em uma conta específica para este fim, permitindo que seja contabilizado à parte e sua utilização divulgada de forma transparente para toda a rede. A lei não determina como deve ser feita esta prestação de contas, nem exige a participação do franqueador para a sua composição.

Legislação do Setor

Ser um franqueado consiste em receber a cessão do direito de uso da marca/patente e outros direitos com atuação empresarial autônoma. Ou seja, os estabelecimentos são independentes entre si.
O crescimento acelerado do Sistema de Franchising no Brasil, em meados dos anos 1990, tornou necessária a criação da Lei nº 8955/94, específica para essa área.
A Lei de Franquias foi elaborada com base no modelo estadunidense e apresenta informações relevantes para o novo franqueado avaliar o negócio ofertado, através da Circular de Oferta de Franquias (COF).
Mas ela é considerada insuficiente para sustentar o setor. Em razão disso, o PLC nº 91/2013 (numeração na Câmara dos Deputados – PL nº 4319/2008), que propõe uma legislação mais completa para a área, está em tramitação no Congresso Nacional, aguardando apreciação do Senado.
A legislação atual também não é muito específica quanto ao Contrato de Franquia, mas entende-se que deve seguir os princípios gerais do Direito Civil, servindo estes como parâmetros para análise, elaboração e interpretação do contrato.

Atuação do Candidato ao uso da Franquia

O empreendedor pode atuar de duas maneiras: como franqueado ou master franqueado.
Os franqueados são aqueles que adquirem a franquia e o direito de uso da marca e todo o sistema formatado pela franqueadora.
Já os master franqueados, além desses direitos, são autorizados a explorar determinada região para expansão do sistema da franquia. Isto é, eles realizam a comercialização de sub-franquias em território determinado, cedendo o direito de utilização da marca e do sistema.
Vale ressaltar que todo franqueado está sujeito a uma análise do perfil por parte da franqueadora, antes que ocorra a transferência da franquia.

Ser Franqueadora

Atualmente, ao iniciar suas atividades, qualquer empresa já pode franquear seu negócio, desde que obedeça à legislação vigente. No entanto, dentre outras alterações, a nova proposta de lei exige, no mínimo, um ano de atuação antes que um empreendimento possa iniciar seu sistema de franquia.

O objetivo é auxiliar as empresas que já estão no mercado, evitando a concorrência com aventureiros e empresas que entram nesse negócio sem estrutura e preparo para oferecer a seus franqueados.

Diferenças

Complementando informações anterior, é importante entender a diferença entre licença de uso da marca e franchising e identificar qual delas está de acordo com o perfil do seu empreendimento. O registro da marca é inerente ao Sistema de Franchising, sendo que a franquia é o sistema pelo qual a franqueadora cede ao franqueado o direito de uso da marca ou patente, associados a outros direitos. Sendo assim, é imprescindível que a marca esteja registrada para que se ingresse no sistema de franchising.

O franchising, além da autorização do uso da marca, impõe a transferência de know-how, de métodos  administrativos e padrões de operação absolutos para o franqueado que ingressa na rede.

Já na licença de uso da marca, existe a autorização para utilização e comercialização da marca, mas não importa na transferência de know-how, oferecendo flexibilidade maior em relação aos métodos administrativos e padrões de operação.

Instrumentos jurídicos

Esses documentos são redigidos de acordo com o que determina a Lei 8.955/94, como a Circular de Oferta de Franquia (COF), o Pré-contrato e Contrato e as características de cada franquia.

Algumas consultorias acrescentam outros documentos, como recibos e protocolos de entrega de documentação para os franqueados ou orientações para filiação da franquia junto à ABF – Associação Brasileira de Franchising.
Pasta Arquivo para formalização:
Ficha Cadastral do Candidato;
  • Documentos e Certidões dos Sócios (para arquivos);
  • COF- Circular de Oferta da Franquia;
  • Contrato de Franquia Unitária ou Contrato de Franqueado Master;
  • Termo de Confidencialidade;
  • Recibo de Protocolo da entrega do Manual do Franqueado.

Manualização

Em seguida serão estruturados os manuais da franquia, tanto os que orientarão os franqueados, quanto os que nortearão os trabalhos a serem executados pela equipe da franqueadora. Aqui será detalhado o projeto arquitetônico e de decoração, serão mapeados os processos, definido o sistema de gestão e tudo o que será objeto de treinamento e de padronização dentro da rede.

Caso ainda não tenha sido feito, é recomendável que esse modelo seja testado em uma unidade-piloto, para que sejam reproduzidas as condições que serão enfrentadas pelos franqueados no dia a dia da operação e para que sejam  feitos os ajustes necessários ao modelo.

Após esses passos, e desde que já esteja estruturada internamente, a empresa já terá condições de pôr em prática seu Plano de Expansão, com a seleção dos candidatos e a venda das franquias.

Avaliando a capacidade de investimento

Erram aqueles que acreditam ser possível implantar uma rede de franquias valendo-se dos recursos que serão captados com a venda das primeiras unidades. Até a rede atingir seu ponto de equilíbrio, será exigida uma sólida capacidade financeira da empresa franqueadora, sem que ela possa contar unicamente com os recursos advindos das unidades franqueadas. Por isso, deve-se avaliar o custo de implantação do Plano de Expansão da franquia, ter uma cuidadosa avaliação da projeção dos resultados e do prazo para o retorno do capital que será investido.

É aconselhável que o franqueador tenha capital próprio para suportar o investimento nas primeiras unidades e que comece a expansão partindo de uma rede regional/nacional para depois atingir outros mercados, como a internacionalização requer maior know-how de franchising, além dos processos padronizados do negócio em si que poderão existir certas complexidades devido a certas culturas e âmbitos jurídicos.

O franqueador precisa estar pronto para dar suporte aos franqueados e, se houver necessidade e for estrategicamente recomendável, até mesmo recomprar uma unidade cujo franqueado queira sair da rede ou cujo contrato tenha sido cancelado.

Caso não tenha estes recursos,  e ainda assim queira iniciar a expansão, o empresário poderá se valer de algumas estratégias para captação de recursos de terceiros, como a busca por um Sócio Investidor ou linhas de financiamento disponibilizadas pelos bancos e agências de fomento, sempre avaliando as condições desses financiamentos e sua capacidade de pagamento para não colocar em risco a saúde financeira da empresa.

Franquear um negócio custa mais caro e é mais demorado do que normalmente se imagina. É preciso cuidar para que o percentual de comprometimento do faturamento não inviabilize a própria empresa.

Processos e estratégias

Devido à importância dos processos para a padronização das atividades nas redes de franquias, torna-se fundamental decidir quais processos devem ser mapeados e incluídos nos manuais que serão entregues à equipe da empresa franqueadora e aos franqueados e que servirão de objeto de análise de conformidade nas consultorias de campo.

Para definirmos quais processos padronizar é preciso conhecer seus impactos junto aos clientes e as vantagens que o franqueador e os franqueados terão em padronizá-los. Processos simplificados e bem estruturados podem reduzir o tempo e os custos envolvidos na execução de uma atividade, serem mais facilmente repassados nos treinamentos e permitirem um melhor acompanhamento da sua execução, gerando um maior controle da qualidade final dos produtos e serviços oferecidos aos clientes.

Mas como priorizar o que deve ser padronizado? Em princípio começando por aqueles processos que trouxerem riscos à segurança, ganhos operacionais e que estejam mais diretamente relacionados com o diferencial competitivo da franquia e, portanto, valorizados pelos clientes.

Cabe lembrar que os processos devem ser integrados e que quando atendem bem ao propósito para o qual foram criados, são mais facilmente assimilados. E, para que os melhores resultados sejam alcançados eles precisam ser flexíveis, visando a sua melhoria e adaptação a novas situações.

Definindo as estratégias

A vontade associada à necessidade de expansão dos negócios é traço comum entre as empresas que pensam no franchising como um canal de distribuição para seus produtos e serviços. Mas antes de iniciar esse processo, é preciso que as estratégias estejam claramente definidas, as potencialidades e necessidades de ajustes internos devidamente analisados, bem como o conhecimento das oportunidades e ameaças do mercado no qual a empresa atua ou pretenda atuar.

Ao pensar em criar uma rede de franquias o empresário precisa não só conhecer a operação do seu próprio negócio, como saber o quanto e o que é viável ser reproduzido neste formato.

Ter um negócio de sucesso não garante os mesmos resultados quando um modelo idêntico é replicado por terceiros em outros mercados.

O planejamento, embora não evite integralmente o risco, aumenta as chances de que ambos os negócios deem certo. Para o franqueador, que identificará sempre novas oportunidades para que sua franquia se mantenha no mercado; para o franqueado, que contará com inovações que o mantenha competitivo neste mesmo mercado.

Definir estratégias é planejar, é ter uma visão ampla do que se quer, do que é preciso fazer para alcançar o que se deseja, saber como será feito, quanto será necessário  e quando deverá ser colocado em prática. Deixar de  planejar pode colocar em risco não só a franquia como o próprio negócio.

As boas práticas procuram definir a melhor forma de atuar tanto dos franqueadores, quanto dos franqueados, para que todos possam se beneficiar das vantagens do sistema, minimizando os riscos inerentes a todos os negócios e, acima de tudo, reduzindo os conflitos que possam ocorrer entre as partes.

Dos franqueadores espera-se:
-Que ofereçam produtos e serviços de qualidade e com diferenciais que permitam manter a competitividade da franquia no mercado;
-Que amplie sua tecnologia constantemente;
-Que tenha o registro da marca e um projeto de identidade visual que resguarde os direitos de exclusividade de uso pelos franqueados;
-Que tenha foco no relacionamento com a rede, buscando sempre a minimização dos conflitos;
-Que tenha regras claras e bem estabelecidas, seguindo o que determina a Lei de Franquia Empresarial;
-Que ofereça constantemente treinamentos e consultoria de campo, investindo na modernização da rede e capacitação de seus franqueados;
-Que faça um adequado uso do fundo de propaganda (melhor ainda é ter um Conselho dos Franqueados), mantendo uma contabilidade transparente dos recursos nele aplicados e investindo em um plano de marketing que amplie os resultados dos franqueados.

Dos franqueados espera-se:
-Que sigam os padrões determinados pela franquia, reconhecendo a importância de sua manutenção para o fortalecimento da rede e satisfação dos clientes;
-Que participe ativamente do treinamento juntamente com sua equipe;
-Que se empenhe na conquista e manutenção de clientes;
-Que monitore a concorrência na região onde atua, municiando a franquia com informações que auxiliem na elaboração do planejamento estratégico da rede;
-Que tenha uma boa gestão financeira, planejando e estabelecendo metas a serem atingidas, controlando os custos e a produtividade dos funcionários;
-Que zele pelo bom relacionamento com o seu franqueador e os demais franqueados.
Fatores para o sucesso

Muitos fatores são responsáveis pelo sucesso ou insucesso de uma empresa ou grupo de empresas, mas os Fatores Críticos de Sucesso (FCS) representam aqueles que devem merecer atenção especial e contínua. Nas franquias, onde o desempenho de cada empresa pode afetar o desempenho das demais empresas que compõem a rede, alguns fatores assumem papel preponderante para que os melhores resultados sejam atingidos.

O bom relacionamento entre franqueadores e franqueados é frequentemente citado como um dos principais Fatores Críticos de Sucesso e, quando se analisam as razões para os principais conflitos nas redes, outros FCS ficam evidenciados:
-Elaboração de um Planejamento Estratégico de longo prazo para a franquia, onde fique evidenciada sua estratégia de expansão, com base em análise de mercado e satisfação de clientes, que apontem para a aceitação dos produtos e serviços oferecidos e a viabilidade econômico-financeira do negócio;
-Definição clara do perfil do franqueado ideal por parte do franqueador e escolha de um modelo de negócio com o qual tenha afinidade por parte do franqueado;
-Capacidade de investimento próprio do franqueador para o plano de expansão e suporte à rede e do franqueado para o pagamento dos custos iniciais de implantação, pagamento de taxas e capital de giro;
-Comunicação clara, objetiva e constante para evitar mal entendidos;
-Estratégia de marketing bem definida e implementada;
-Escolha do ponto comercial, adequação ao modelo de negócio;
-Estabelecimento de parcerias com fornecedores que representem boas condições de preço e confiabilidade no suprimento das unidades franqueadas.
Quando bem definidos e monitorados, os Fatores Críticos de Sucesso refletem os objetivos estratégicos das empresas e representam sua sobrevivência no mercado.

Vantagens e Desafios do Franqueador e do Franqueado

Do Franqueador:
Estando o modelo de negócio pronto para ser replicado, o sistema de franquias pode oferecer inúmeras vantagens para o franqueador, como:
-Maior rapidez na expansão do negócio, com baixo investimento próprio, uma vez que o investimento em cada novo ponto será feito pelos franqueados.
-Aumento da disponibilidade de tempo e recursos para ações de marketing e desenvolvimento de produtos e serviços.
-Fortalecimento da marca e penetração de mercado, devido à visibilidade e capilaridade alcançadas com a abertura das unidades franqueadas.
-Economia de escala, com redução do custo médio de produção e do preço pago pelos insumos, uma vez que o maior volume de compras aumenta o poder de negociação junto aos principais fornecedores da rede.
-Equipe reduzida, quando comparada ao negócio próprio, por ser uma gestão descentralizada, cabendo aos franqueados manter e gerenciar sua própria equipe.
-Lealdade do canal de distribuição, por tratar-se de uma parceria firmada entre franqueadores e franqueados para o sucesso da rede.
-Disponibilização de tempo para desenvolvimento de produtos e serviços devido ao não envolvimento no dia a dia das unidades franqueadas.
-Expectativa de maior eficiência na gestão das unidades, por contar com a motivação e liderança de cada franqueado em busca de resultados para a sua empresa.
-Redução de riscos trabalhistas, por não haver vínculo empregatício entre a empresa franqueadora e os franqueados e seus funcionários.

Contudo, toda atividade empresarial envolve riscos, que dentro do Sistema de Franchising, se impõem ao franqueador como desafios a serem enfrentados. Devido à sua influência no sucesso ou insucesso de uma franquia, alguns deles podem ser ressaltados:
-O primeiro desafio é aquele que impõe uma divisão de poderes, uma vez que os franqueados são empresários, responsáveis legais por suas empresas, além de terem interesse em participar das decisões tomadas pela franquia com o intuito de defenderem seus interesses.
-Um dos temas mais delicados no franchising é o relacionamento entre franqueadores e franqueados e a administração de conflitos na rede, que exigirão atenção e liderança dos franqueadores para que possam ser minimizados.
-A definição do perfil ideal do franqueado e a escolha daqueles que melhor se enquadrem neste perfil representam menos problemas a serem resolvidos.
-A manutenção dos padrões operacionais determinados pelo franqueador e que, frequentemente, por falta de treinamento ou descaso deixam de ser seguidos, é vital para a imagem da marca.
-O franqueador precisa acompanhar o desempenho dos franqueados para que um mau desempenho não ponha em risco a saúde financeira da franquia e sua imagem no mercado.
-A necessária transmissão de informações implica em perda relativa de sigilo empresarial.

Do Franqueado:
Conhecendo como funciona o sistema e encontrando uma franquia adequada ao seu perfil, o franqueado poderá aproveitar as vantagens que o sistema proporciona, dentre as quais podem ser destacadas:
-Uso de marca testada e reconhecida no mercado, reduzindo os erros comuns em negócios iniciantes, uma vez que o modelo franqueado será fruto da experiência do franqueador, que já terá promovido ajustes, antes e durante a opção pelo modelo de franquia, para melhoria e credibilidade da marca junto ao público-alvo da empresa.
-Participação em uma rede, aumentando o poder de negociação junto aos principais fornecedores, troca de experiências e maior presença da marca no mercado.
-Menores riscos, devido ao uso de modelo já testado e apoio para escolha do ponto, implantação e gestão da unidade franqueada.
-Utilização de know-how do franqueador, o que reduz o tempo para a implantação, otimização dos recursos utilizados e riscos de insucesso.
-Economia de escala, por participar de um processo de compras que envolve toda a rede, reduzindo os preços pagos ou rateando as despesas, como os custos de propaganda.
-Orientação e assistência na administração do negócio, com treinamentos, manuais e consultoria de campo.
-Maior concentração nas vendas, resultado da transferência de know-how, do apoio na gestão e por ser responsabilidade do franqueador o desenvolvimento de produtos e serviços para a rede.

Muito embora a participação em uma rede de franquias possa representar inúmeras vantagens para o franqueado, é preciso que ele tenha ciência dos desafios mais comuns do sistema, como:
-Controle permanente para manutenção dos padrões. Durante toda a vigência do contrato o franqueador verificará se o modelo está sendo corretamente replicado pelo franqueado, exigindo os ajustes necessários para correção de erros ou adequação a mudanças.
-Poder de decisão limitado, devendo o franqueado consultar a franquia e obter sua autorização toda vez que desejar realizar ações que não digam respeito às decisões gerenciais de responsabilidade exclusiva do franqueado, inclusive quanto à escolha de fornecedores.
-Pagamentos de royalties e taxas, pela cessão do direito de uso da marca, para usufruir do modelo franqueado e se beneficiar do suporte oferecido pelo franqueador.
-Risco de insucesso do franqueador, uma vez que também é uma empresa sujeita às incertezas do ambiente externo ou a erros de gestão, que afetam não só a ela, mas a toda a rede de franqueados que utilizam sua marca, know-how ou até produtos.
-Dificuldade na transferência do negócio, por caber ao franqueador a aprovação do novo franqueado a participar da rede e pelas taxas que serão cobradas a título de transferência do contrato de franquia e, em muitos casos, do contrato de locação.
-Obediência à determinação de localização, que tanto pode ter o aspecto positivo de assessoria para a escolha do ponto, quanto redução da liberdade de escolha por ter que acatar as determinações de localização previstas no plano de expansão da franquia.

"Esse modelo de negócio deve ser baseado na premissa do ganha-ganha e da colaboração entre todas as partes envolvidas".

Cabe aos empreendedores Franqueador e Franqueado a responsabilidade em desenvolver as melhores práticas para o bom andamento e sucesso do negócio, e, é importante ambos sempre estarem totalmente alinhados em conformidade com o negócio.

O Sebrae e a ABF possuem vasto material, fornecem informações e cursos do setor de Franschising.

Desejo-vos sucesso no empreendimento e abraço forte.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 09 de outubro de 2016
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/como-funciona-o-franchising-no-brasil

Fontes de informações:
-SEBRAE SP Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas.
-ABF Associação Brasileira de Franchising.
-UNIPAR Universidade Paranaense.


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

sábado, 15 de outubro de 2016

As 7 Regras do Consenso para uma Reunião Produtiva


Uma Equipe trabalha melhor quando todos compreendem seus objetivos, suas metas e os resultados esperados. Para isso, é necessário que haja consenso sobre:
  • os objetivos e a forma de torná-los exequíveis;
  • a clareza das metas e como atingi-las;
  • a importância dos resultados;
  • a definição dos papéis de cada membro da Equipe.
Consenso, no entanto, não é unanimidade. Unanimidade é a opinião idêntica de todos os membros de uma Equipe. É difícil mas pode ocorrer.

Consenso é a ação da Equipe em torno do mesmo objetivo, ainda que opiniões individuais divirjam. 

No consenso existe a predisposição das pessoas de acatar as opiniões dos outros, sem com isso fazer valer suas próprias opiniões.

Consenso não é média aritmética ou qualquer outra forma de se “ajeitar” os resultados e evitar a discussão. Consenso não é votação.

Quando se chega ao ponto em que todos os membros da Equipe consideram determinada posição como objetivo a ser alcançado, podemos considerar que foi alcançado um consenso e que a solução encontrada é uma decisão de Equipe.

A técnica do consenso é uma das principais conquistas de uma Equipe amadurecida e eficaz. A base da técnica está no processo de comunicação. As discussões são produtivas dependendo da maneira de como a informação circula entre os membros da Equipe.

Os membros da Equipe devem:
  • falar com clareza e objetividade;
  • ser sucintos, evitando longas e exaustivas histórias;
  • explorar mais do que discutir o ponto de vista dos outros;
  • evitar conversas paralelas quando alguém estiver falando.
É imprescindível que todo participante conheça e domine as Sete Regras para o Consenso:

1- Participar efetivamente
Não se omita, não fique calado, fale! Exponha seus pontos de vista.

2- Escutar e refletir
A opinião dos outros é tão importante quanto a sua. Escute, pondere, reflita. A grande vantagem do trabalho em Equipe é poder juntar pontos de vista, opiniões, sugestões, acrescentando e enriquecendo as discussões.

3- Evitar a irritação
Ímpetos de raiva e demonstração de irritação só atrapalham a consecução dos trabalhos, inibindo a participação dos membros da Equipe, fazendo com que o trabalho perca em produção e criação.

4- Evitar interrupções inadequadas
É muito desagradável ser interrompido quando se está desenvolvendo um raciocínio e tentando expô-lo, além de ser indelicado. É preciso que as pessoas exponham seus pontos de vista uma de cada vez, para que os trabalhos não se transformem numa Torre de Babel, ninguém compreendendo ninguém.

5- Discutir em alto nível
Significa escutar, aguardar sua vez para argumentar, enriquecer a fala do colega, discordar com franqueza e com fundamentos, acrescentar, elogiar a boa ideia, incentivar a falar mais a respeito.

6- Marcar presença
Estar na reunião apenas fisicamente não interessa. É necessário participar, concordar, discordar, acrescentar, argumentar, enfim, comprometer-se.

7- Ficar satisfeito
Não conclua os trabalhos sem ter exposto aquela sua ideia, sem ter interferido quando julgava conveniente, sem ter discordado quando devia. Saia da reunião satisfeito com os resultados do trabalho e feliz consigo mesmo.
É importante que a equipe congregue com a visão de gestão por valores humanos fundamentados por consenso, no qual exista um propósito maior na organização, para que cada objetivo pessoal faça parte do todo de forma sistêmica. A liderança cabe disseminar com que cada colaborador busque incessantemente a evolução, formando assim um time de pessoas inteligentes emocionalmente que integram esse propósito maior.

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 06 de outubro de 2016
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/as-7-regras-de-consenso-para-uma-reuniao-produtiva




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