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terça-feira, 24 de maio de 2016

Como a Teoria dos Setênios pode ajudar seu desenvolvimento?

O número 7 é marcante em diversas situações e culturas. Sete dias da semana, sete pecados capitais, sete notas musicais, sete cores do arco íris, sete maravilhas do mundo. Em algumas culturas, é um símbolo místico. 

Para a Antroposofia, ciência espiritual que em grego significa “conhecimento do ser humano”, ou caminho em busca da verdade, o número está relacionado às fases de nossa vida. O filósofo Rudolf Steiner, idealizador da Antroposofia, desenvolveu a Teoria dos Setênios, por entender que nossa vida se transforma a cada 7 anos. 

Portanto, durante cada ciclo de 7 anos entramos em contato com novas experiências, as reconhecemos, nos adaptamos, aprendemos a lidar com elas e nos transformamos, desenvolvendo habilidades que nos preparam para o ciclo seguinte. 

Ao compreender o que significa cada setênio, temos maior condição de focar nas competências de cada um deles. E viver cada uma delas de forma mais plena. Ou seja, estamos em constante metamorfose. E prestar mais atenção nas oportunidades que cada setênio da vida nos trás na área profissional, é fundamental para não deixar nada passar batido! 

Voltando um pouco para nossa vida pessoal, porque meu foco é te ajudar como um todo e não apenas em sua vida empreendedorial, essa compreensão também faz de nós pais mais atentos. E nos indica as melhores formas de ajudar nossas crianças a se desenvolver!

Vejo sempre algumas pessoas dizerem em separar as dimensões do trabalho e família, mas como seria possível se o profissional é único e indivisível?

Descubra quais são as oportunidades que cada setênio oferece

0 a 7 anos – a primeira infância, ou o ninho

A primeira infância é um período de experimentação e de ser uma esponja. Portanto, ter liberdade para fazer descobertas torna-se a questão mais importante desse setênio. A criança aprende por tentativa e erro, imitando atitudes e falas de adultos ao seu redor, se permitindo testar. Durante esse ciclo, os pequenos se identificam como um indivíduo e não mais uma extensão do corpo de sua mãe. E a personalidade começa a ser moldada de acordo com o ambiente em que a criança é inserida. 

O que ela vivenciar aqui será armazenado como informação para ser base dos próximos ciclos. Esse é o melhor momento da vida para darmos aos nossos filhos a semente do que acreditamos ser importante e que vai começar a se transformar em verdade para eles. Por exemplo, uma criança que durante esse ciclo tem contato com a natureza, brinca na grama, admira a lua com seus cuidadores, terá mais chances de ser um adulto preocupado com questões ambientais.

7 a 14 anos – noção de pertencimento e processo de autoafirmação  

Durante esse ciclo, a criança passa a conhecer seu corpo. Não só os órgãos e membros, mas a percepção e emoções que o corpo carrega, como frio na barriga, coração disparado, nó na garganta. 

É também uma fase da vida em que as figuras de autoridade, seja em casa ou na escola, passam a ser grandes influenciadores em como será a visão de mundo da criança, e podem impactar de forma positiva ou negativa inclusive na saúde física e mental desse futuro adulto. Por exemplo, um excesso de cuidado pode tornar a criança extremamente frágil para as experiências da fase adulta. Já um excesso de comandos e broncas pode gerar timidez para uma criança que nunca tem espaço para ser ela mesma.

14 a 21 anos – nossa primeira crise de identidade

Claro que essa primeira crise chega junto com a adolescência! Adolescentes buscam seu espaço, querem ser ouvidos. Buscam sua tribo e tentam, longe da família, experimentar tudo que a vida oferece com mais intensidade. É o ciclo dos sentimentos exagerados, da tempestade em copo d’água o tempo todo. Parte disso é hormonal e parte é apenas uma necessidade de ser protagonista da própria história. 

21 a 28 – o “eu” grita por independência

Nesse ciclo, a necessidade de autoafirmação chega ao clímax. Queremos estabilidade emocional e profissional. E somos pressionados pela sociedade para conseguir tudo isso rapidamente. Nessa fase da vida, muitos de nós desenvolvemos um quadro de ansiedade absoluta. Pura pressão externa!

28 a 35 – crises e mais crises existenciais 

A passagem da juventude para a maturidade abala todo ser humano. Nos cobramos demais, questionamos sobre nosso verdadeiro papel no mundo, nos frustramos. Na chamada crise dos 30, começamos a repensar absolutamente tudo e mais um pouco. É o setênio em que nos é apresentada a grande oportunidade de abrir a mente ao equilíbrio. De amadurecer e entender que não precisamos nos cobrar tanto, ou gritar para conseguir nos adaptar ao mundo.

35 a 42 – crise de autenticidade

Esse setênio é carregado de momentos de reflexão. Supostamente com a família, carreira e patrimônio estabilizados, queremos dar mais sentido à nossa vida. Somar ao mundo e deixar um legado. E é a hora em que as pessoas buscam aprender coisas novas apenas por prazer, desaceleram um pouco e se permitem buscar a sensação de bem-estar.  Ainda que nossa longevidade tenha mudado bastante da época de Steiner para cá, nesse ciclo as pessoas realmente se abrem para momentos de prazer e felicidade. 

42 a 49 – Viva o altruísmo

Continuamos querendo mudanças, mas a idade começa a assustar um pouco. Apesar de nos sentirmos preparados para mudar as coisas, e de saber exatamente o que precisa ser feito para isso, ainda nos deparamos com contradições. É um ciclo da vida em que sentimos melancolia constantemente, buscamos os amigos do passado, revivemos histórias da infância quase que o tempo todo.

49 a 56 – Ah, o mundo...

Ao chegar nesse setênio, o mundo no qual crescemos foi totalmente alterado. As coisas evoluíram e isso é incrível! Mas só iremos enxergar dessa forma se tivermos nos preparado para isso. Se tivermos construído uma imagem positiva de nós mesmos, e da vida.

Durante esse ciclo, buscamos nos preparar para seguirmos úteis e capazes no próximo setênio. Começamos a nos engajar em causas diversas, contribuindo com um mundo melhor. Ainda que isso tenha sido nossa meta de vida, agora temos mais foco. 

56 a 63 adiante – sabedoria e história da minha vida

Fisicamente, nesse ciclo absolutamente tudo muda: a mobilidade, a audição e a visão. É fundamental manter a mente e o corpo em atividade para encontrar o equilíbrio nesta fase. E, ainda que o que você mais faça é contar e recontar a história da sua vida quando chegar nesse setênio, ainda tem sempre espaço para criar novas histórias e viver novas experiências. 


Steiner nos ensinou a identificar oportunidades de transformação em cada novo ciclo. Conhecer esses processos evolutivos é evoluir com mais harmonia na área profissional, com mais encanto. Lembre-se sempre que o todo é maior que a soma das partes que o constituem aonde quer que você esteja.

Bom trabalho e grande abraço.

Adm. Rafael José Pôncio



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

sábado, 21 de dezembro de 2013

O poder da empatia em nossa vida de negócios

Na área do empreendedorismo corporativo ou intraempreendedorismo como alguns costumam citar, temos lido a palavra empatia em quase tudo ultimamente. Mas você sabe exatamente o que significa empatia? É sobre isso que gostaria de conversar hoje!

No curta metragem de animação chamado “The Power of empathy”, narrado pela renomada Dra. Brené Brown, um estudo identifica 4 características que definem uma pessoa empática: 

·     ter a habilidade de identificar e analisar a perspectiva do outro;

·     não julgar;

·     reconhecer emoção em outras pessoas;

·     e saber como comunicar esse reconhecimento.

 

Você não precisa necessariamente ter vivido a mesma situação para compreender o sentimento envolvido nela. O que conta aqui é a sensação, e não o fato.

 

Se não tiver tido uma experiência que te coloque na mesma posição do que a pessoa, sinta-se tranquilo ao dizer apenas que sente muito. Ou que nem mesmo sabe o que dizer. A sinceridade de um abraço silencioso pode ser uma forma poderosa de conexão.

 

Eu acredito que a empatia é uma escolha que nos deixa bastante vulneráveis! Isto porque, para identificar e analisar a perspectiva do outro, e conseguir se conectar de forma empática com uma pessoa em dificuldade, você precisa se colocar em um determinado lugar dentro de si que conhece a sensação causada por aquela dificuldade. E abrir uma gaveta possivelmente dolorosa. Isso não é fácil. Tampouco confortável.


Empatia não é sobre você!

 



Quer aprender a ser uma pessoa de negócios empática em apenas uma frase?

 

Nunca diga que tudo vai ficar bem, não faça comparações com sua própria história, não pergunte demais e jamais minimize os fatos ou a situação.

 

Se lembra de quando você ralou o joelho pela primeira vez, e seu pai, sua mãe ou algum adulto que estava por perto te disse “quando eu era pequeno, ralei muito meu joelho e sobrevivi”? O que você sentiu naquele exato momento? Você consegue acessar essa memória? Se sentiu acolhido e bem cuidado, ou simplesmente achou que essa frase não te ajudou em nada a superar o susto? Não interessa quantas vezes você ralou seu próprio joelho. Empatia é sempre sobre o outro!


Quando estamos em uma situação de estresse, algumas vezes basta uma respiração mais profunda ou o sorriso de alguém para que o desconforto seja dissipado. Em outras vezes, precisamos de muito mais do que isso. Portanto, na vida, aja sempre como gostaria que agissem com você quando perceber alguém em desassossego. Ou quando este alguém de fato te pedir ajuda.

 

Seja uma pessoa verdadeiramente empática!

 

·      esteja presente;

·      conecte-se com a experiência do outro;

·      escute;

·      tenha compaixão pelos sentimentos, não necessariamente pelas atitudes;

·      guie, para que a pessoa em sofrimento encontre uma saída digna.

 

De certa forma, todos nós sabemos o que é empatia. Porém, a vida profissional às vezes nos engole. E damos pouca atenção à situações que possam estar gerando um grau elevado de stress em alguém sentado ao nosso lado. Por isso, é tão importante manter o diálogo aberto nas corporações, na família, nas relações humanas. Desta forma, nosso olhar empático chegará antes que a tempestade se instaure.

 

A empatia é uma ferramenta extraordinária. Saiba usá-la a seu favor, para que ela te ajude a fortalecer seus laços afetivos e profissionais!


Bom trabalho e grande abraço.


Rafael José Pôncio


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.