Equipes de trabalho podem ser
funcionais ou interfuncionais.
Segundo Oliveira (2010, p. 287),
equipes funcionais são aquelas cujos membros trabalham juntos em um mesmo
departamento ou seção [...] têm existência permanente na estrutura
organizacional e as pessoas se dedicam a maior parte do tempo às atividades do
próprio grupo, evitando que outras atividades alheias a este lhes roube esse
tempo.
As equipes funcionais são constituídas
por um titular e seus subordinados, que geralmente são profissionais de uma
mesma área. Seus membros podem ter a mesma função ou funções complementares e
podem existir assessores que prestam serviços ao gestor, porém não se incluem
na linha de subordinação.
Tonet et al. (2009, p. 69) reforçam ainda que “nas equipes funcionais, o relacionamento
interpessoal e as relações de autoridade, liderança e tomada de decisão tendem
a ser diretos e normatizados formal ou informalmente”.
Já as equipes interfuncionais contam
com profissionais de áreas distintas e que provêm de setores ou departamentos
diferentes, por isso possuem um caráter multidisciplinar. Segundo Tonet et al. (2009, p. 69), “geralmente são constituídas para formar um
conjunto de habilidades que nenhum indivíduo da equipe isolado possui”.
Seus objetivos geralmente são claros e
advêm das mais diversas funções ou especialidades da organização, cujo esforço
conjunto é fundamental para se alcançar o fim pretendido.
Fica evidente a importância de o líder
ser um facilitador do processo e garantir que tais potencialidades sejam
extraídas ao máximo para que o sucesso do trabalho seja alcançado da maneira
esperada.
A importância de saber lidar com os conflitos nas equipes
Os processos de conflito que envolvem
desempenho e performance da equipe são originários da distribuição de tarefas,
podendo, posteriormente, evoluir para um caso mais amplo de conflitos de
relacionamentos entre os membros das organizações, podendo comprometer a
estrutura do processo e seus procedimentos.
Temporalidade
Temporalidade diz respeito ao tempo de
duração de uma equipe de trabalho, que pode ser temporária ou permanente,
conforme nos apresentam Parket et
al. (1995 apud TONET et al., 2009, p. 69):
Entre as primeiras estão as
constituídas para atender situações atípicas ou de emergência, geralmente
denominadas força-tarefa; incluem-se também as equipes para soluções de
problemas, equipes de projetos, etc. As equipes permanentes fazem parte do
organograma da empresa e seus objetivos têm caráter duradouro, geralmente
permanente, e estão relacionados com os processos operacionais da empresa.
Podemos perceber, então, que a duração
das equipes temporárias depende da missão ou problema a ser solucionado,
portanto, assim que tais questões forem resolvidas, a equipe tende a se
dissolver. Podemos usar como exemplo as equipes de projetos, forças-tarefas,
equipes de cirurgia em hospitais, entre tantas outras.
Já as equipes permanentes são grupos
que existem dentro da empresa e geralmente são interdepartamentais, assim como
as equipes temporárias. Têm como missão lidar com problemas permanentes como,
por exemplo, brigadas de incêndio, CIPA (Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes), comitês de qualidade, entre outros.
Equipes de alto desempenho
São aquelas que superam os padrões e
limites convencionais e surpreendem pelos resultados que conseguem obter.
Partem de expectativas elevadas, que funcionam como estímulos poderosos para a
motivação que possuem e servem como balizadores da performance que apresentam.
Perseguem padrões de desempenho extraordinariamente elevados, por essa razão
precisam de conhecimentos, habilidades e atitudes apropriadas e relevantes para
o trabalho que realizam.
Podemos afirmar com certeza que
qualquer organização gostaria de contar com equipes que possuem tais
características em seu quadro funcional. Porém, conforme vimos, para que o
sucesso do trabalho dessas equipes seja alcançado, elas precisam contar com um
ambiente de trabalho que ofereça as condições mínimas e a motivação necessária.
Porém, por possuírem um perfil de
superação e enfrentamento das dificuldades, fica evidente que as equipes de
alto desempenho jamais terão dificuldades em superar dificuldades ambientais
que possam encontrar no seu local de trabalho.
É importante ressaltar que tais
equipes só conseguem alcançar resultados tão significativos justamente por
haver um bom entrosamento e interdependência entre as pessoas que as integram.
Elas têm perfeita clareza do seu potencial e buscam sempre se desenvolver em
todas as dimensões humanas e técnicas, assim conseguem aprimorar suas
habilidades e continuar contribuindo para a melhoria do trabalho que realizam.
Katzenbach e Smith (1994 apud TONET et al., 2009, p. 73) chamam atenção para o fato de que “o
comprometimento acentuado dos elementos da equipe com os seus pares é uma
característica que diferencia as equipes de alta performance das demais”. Ou
seja, são indivíduos extremamente produtivos e que alimentam altas expectativas
em relação a si mesmos e aos demais membros, por isso possuem perfis
semelhantes e precisam o tempo todo serem desafiados e estimulados a produzirem
mais e melhor.
Equipes virtuais
O avanço das tecnologias da
comunicação e informação e a globalização tornaram possível o surgimento das
equipes virtuais, pois, hoje em dia, é cada vez mais comum existirem
organizações que possuem unidades de trabalho instaladas em locais separados
geograficamente ou mesmo que funcionam sem escritórios físicos e que apenas
alugam espaços quando precisam fazer reuniões ou se encontrar eventualmente.
Também é cada vez mais comum o
conceito de home office, ou seja, pessoas que trabalham em casa. Para isso,
elas trabalham conectadas por computadores ou celulares de suas casas ou outros
locais que considerarem pertinentes, sendo o que é mais importante para a
empresa são os resultados e as entregas que esses profissionais conseguem
alcançar.
Tonet et
al. (2009, p. 76) dizem que:
A equipe virtual pode ser formada por pessoas que atuam de forma
interdependente, embora trabalhem isoladas entre si e situadas em espaços
geográficos e temporais diferentes, na busca de propósitos em comum ou que se
complementam. Os princípios de supervisão e controle do trabalho,
característicos das organizações presenciais, não são aplicáveis aos
trabalhadores virtuais.
É comum que os profissionais que
compõem essas equipes se reportem simultaneamente a vários supervisores e serem
autônomos, por isso precisam ter algumas características como: total
conhecimento do trabalho que executam, autonomia para realizar as tarefas,
competências técnicas e comportamentais, iniciativa, motivação e bom
relacionamento com seus líderes e pares.
Algo imprescindível para o sucesso da
realização do trabalho virtual é que alguns aspectos sejam considerados com
muito cuidado, como responder rapidamente aos e-mails e estar online sempre que
forem marcadas reuniões ou outras trocas virtuais, sendo que os retornos devem
ocorrer de forma rápida e efetiva para garantir que as atividades do outro
possam ser realizadas conforme planejado.
Tonet et al. (2009, p. 78) reforçam ainda que “fazer a gestão do próprio tempo é
seguramente a primeira competência a ser adquirida pelo trabalhador virtual”.
Ou seja, cabe a ele definir o melhor horário e local para desempenhar suas
funções e isso exige organização e um exímio cumprimento dos prazos.
É comum pensarmos que o profissional
que trabalha virtualmente faz o que quer como quer, na verdade, ele precisa se
planejar, cumprir metas e atingir níveis de produtividade que sejam
satisfatórios para a empresa ou então poderá não servir mais para a
organização.
Equipes autogerenciadas
Como o nome diz, nessas equipes, os
próprios membros são responsáveis pelo cumprimento dos objetivos e realizam os
controles necessários para atingirem o proposto. Não existe uma figura de
líder, mas essa função é dividida entre os integrantes, conforme o domínio de
cada um em relação ao desenvolvimento do projeto que está sendo executado. Ou,
então, quem mantém uma melhor rede de contatos ou quem está com mais tempo
livre em determinado momento poderá exercer a liderança por tempo determinado.
Sendo assim, a liderança nessas unidades de trabalho é contingencial.
Tonet et al. (2009, p. 79) afirmam que “nas equipes autogerenciais a liderança tem
a função de aglutinar os esforços, não visa controlar os processos, pois isso é
feito pelos próprios executores”.
Os indivíduos que compõem essas
equipes precisam contar com características como: maturidade profissional,
senso de responsabilidade, visão compartilhada das tarefas e responsabilidades
a serem executadas e, ainda, bom relacionamento interpessoal, pois as ações
individuais nesse caso deverão convergir para objetivos comuns e alcance dos
resultados do grupo como um todo.
Conclusão:
Independente da configuração que
possua a equipe, é imprescindível contar com profissionais qualificados e
comprometidos e oferecer um ambiente propício ao alcance dos resultados
esperados, assim tanto a organização quanto os profissionais ficarão
satisfeitos e poderão seguir alcançando bons resultados de trabalho e melhorias
contínuas em seus ambientes de trabalho.
Bom trabalho e grande abraço.
Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 09 de julho de 2017
Especial: artigos no portal Administradores.com
Bom trabalho e grande abraço.
Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 09 de julho de 2017
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/os-tipos-de-equipes-para-trabalho
Conheça também:
Por que ser um profissional de excelência é a base de qualquer negócio no empreendedorismo?
Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário