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domingo, 19 de junho de 2016

Como usar Andragogia para desenvolver intraempreendedores?

Você já ouviu falar da andragogia? Conheça esse método de aprendizado eficaz e saiba como aplicá-lo no empreendedorismo corporativo e nos negócios.

Como usar Andragogia para desenvolver intraempreendedores?

É fato: adultos não aprendem como as crianças. Então por que tentamos ensiná-los da mesma forma? Para isso existe a andragogia.

Ficou curioso? Descubra como esta metodologia funciona e como aplicá-la na educação empreendedora e dentro das organizações.

O que é Andragogia?

A palavra andragogia vem da junção dos dois termos gregos andros (adulto) e gogos (educar), logo é a educação para adultos em todas as áreas: acadêmico, profissional, política...

A andragogia parte da ideia que diferente das crianças, os adultos já vêm com uma bagagem de conhecimento e experiências que não podem ser ignoradas durante a aprendizagem. 

Esta palavra apareceu pela primeira vez em 1833 no livro Platon’s Erziehungslehre (Ideias Educacionais de Platão) do professor alemão Alexander Kapp.

Mas só ganhou força a partir da década de 70 nas mãos do educador americano Malcolm Knowles, considerado o “Pai da Andragogia”.

Ele que definiu os pilares da aprendizagem de adultos, que comento a seguir.

6 princípios da Andragogia

Conheça as premissas básicas da andragogia:

1.   Necessidade 

Nos tempos da escola muitas vezes nos pegamos refletindo: para que eu vou usar isso?

No ensino para adultos, a resposta deve ser o ponto-chave. Afinal, se você entende para o que determinado conhecimento serve e quais os benefícios que terá, automaticamente aumenta os seus esforços.

2.   Autonomia

Pessoas maduras têm a capacidade de tomar as suas decisões e escolher o que deseja aprender, como e quando. Por isso, a educação para adultos deve considerar estes pontos.

Mesmo assim, vale destacar que nem sempre as pessoas conseguem ter este autoconceito, algumas precisam de uma mãozinha.

3.   Experiência

Como diz o ditado “se aprende melhor fazendo", os adultos já descobriram isso na prática. Então, todo o conhecimento adquirido durante a vida pode enriquecer o aprendizado.

Portanto, na andragogia os estudantes e profissionais são estimulados e trazem relatos de situações que vivenciaram.

4.   Prontidão para a Aprendizagem

Os adultos têm mais vontade de aprender aquilo que está diretamente relacionado com o seu cotidiano, o ajudando a enfrentar as dificuldades do dia-a-dia.

Sendo assim, é fundamental que os objetivos do aluno correspondam com o ensino oferecido.

 5.   Aplicação para a Aprendizagem

Os alunos mais velhos têm mais interesse por assuntos que estejam dentro do seu contexto e que tenham uma aplicação imediata.

Então é fundamental relacionar o conteúdo ao ambiente em que o estudante está inserido.

6.   Motivação

Os adultos são movidos por fatores internos como: autoestima, reconhecimento e qualidade de vida. E por fatores externos como: ganhos financeiros, evolução profissional e network.

No entanto, o que mais toca estes estudantes são as motivações internas, por isso, nem sempre as notas altas são suas prioridades.

Qual a relação da andragogia com o intraempreendedorismo?

Como dito lá em cima, a andragogia pode ser aplicada em diferentes tipos de aprendizagem, dentre elas a profissional.

Isso está muito relacionado à educação empreendedora, pois infelizmente, a maioria das pessoas só terá contato com o empreendedorismo na fase adulta.

Mas como fazer isso?

Seguem táticas para usar esta metodologia no desenvolvimento de empreendedores.

Não seja um professor e sim um facilitador

Para aplicar essa metodologia o primeiro passo é entender que as pessoas não estão ali somente para te escutar, mas sim, para com você chegar a uma solução.

As experiências do seu “aprendiz” são tão importantes quanto o seu conhecimento, por isso, você deve agir mais como um assistente, orientando quando necessário.

Comece aos poucos

Como nós estamos acostumados com o método de ensino utilizado na escola (o pedagógico) uma mudança muito repentina pode causar estranheza e até rejeição.

Por isso é fundamental perceber como as pessoas reagem durante a aprendizagem. Também é muito importante deixar claro para o aluno qual o objetivo daquela atividade.

Estimule o autoconhecimento

Uma das razões que levam uma pessoa a empreender é solucionar uma dor que ela sinta ou que ela percebe que existe na sociedade.

Por exemplo, o motivo que levou o colombiano David Vélez a criar o Nubank foram as altas taxas, atendimentos ruins e excesso de burocracia que ele identificou nos bancos brasileiros.

Então, faz parte da educação empreendedora incentivar que os adultos analisem os problemas que passam e pensem em soluções para eles.

Utilize a gamificação

Gamificação é uma adaptação da palavra em inglês gamification, que é o uso de técnicas comuns em jogos com outros fins.

O objetivo é tornar o processo mais divertido, fazendo com que as pessoas tenham mais interesse, melhorando o aprendizado.

Trazendo para o empreendedorismo, seria apresentar uma dificuldade: a burocracia para abrir um negócio regulado pelo governo. Quem encontrasse a melhor solução ganharia um prêmio.

Mais possibilidades com a andragogia

Existem diversas maneiras de aplicar a andragogia no mundo dos negócios, como facilitar a adaptação de um novo colaborador, melhorar o relacionamento entre a equipe e principalmente utilizar em treinamentos.

Afinal, as capacitações empresariais em muitos casos são vistas pelos colaboradores como cansativas e pouco atrativas, das quais muitos participam apenas quando são “obrigados”.

Parte da culpa vem da forma com que os treinamentos são conduzidos, através do modelo pedagógico em que uma pessoa fala e os outros escutam, sem que os colaboradores participem de forma ativa do processo.

No entanto, ao desenvolver uma capacitação seguindo os princípios da andragogia, a tendência é que os colaboradores fiquem interessados. 

Para isso é importante adaptar o conteúdo para cada parte da empresa.

Por exemplo: em um treinamento sobre comunicação eficaz, a programação para o setor de vendas é diferente da para o setor de recrutamento e assim por diante.

A participação das pessoas precisa ser estimulada, com relatos de situações do cotidiano em que houve falha de comunicação, atividades em grupo e debates para encontrar soluções.

Também é importante mostrar de forma concreta quais os benefícios que uma comunicação assertiva trará para os colaboradores e a empresa como um todo.

 

Como vimos, a aplicação dos princípios da andragogia pode ser muito útil para a educação empreendedora e também como uma maneira de melhorar o ambiente de trabalho.

No entanto, como a metodologia não é tão utilizada pode haver um estranhamento, por isso o ideal é começar gradualmente e sentir como as pessoas reagem.

Bom trabalho e forte abraço!

Adm. Rafael José Pôncio



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

sábado, 21 de dezembro de 2013

O poder da empatia em nossa vida de negócios

Na área do empreendedorismo corporativo ou intraempreendedorismo como alguns costumam citar, temos lido a palavra empatia em quase tudo ultimamente. Mas você sabe exatamente o que significa empatia? É sobre isso que gostaria de conversar hoje!

No curta metragem de animação chamado “The Power of empathy”, narrado pela renomada Dra. Brené Brown, um estudo identifica 4 características que definem uma pessoa empática: 

·     ter a habilidade de identificar e analisar a perspectiva do outro;

·     não julgar;

·     reconhecer emoção em outras pessoas;

·     e saber como comunicar esse reconhecimento.

 

Você não precisa necessariamente ter vivido a mesma situação para compreender o sentimento envolvido nela. O que conta aqui é a sensação, e não o fato.

 

Se não tiver tido uma experiência que te coloque na mesma posição do que a pessoa, sinta-se tranquilo ao dizer apenas que sente muito. Ou que nem mesmo sabe o que dizer. A sinceridade de um abraço silencioso pode ser uma forma poderosa de conexão.

 

Eu acredito que a empatia é uma escolha que nos deixa bastante vulneráveis! Isto porque, para identificar e analisar a perspectiva do outro, e conseguir se conectar de forma empática com uma pessoa em dificuldade, você precisa se colocar em um determinado lugar dentro de si que conhece a sensação causada por aquela dificuldade. E abrir uma gaveta possivelmente dolorosa. Isso não é fácil. Tampouco confortável.


Empatia não é sobre você!

 



Quer aprender a ser uma pessoa de negócios empática em apenas uma frase?

 

Nunca diga que tudo vai ficar bem, não faça comparações com sua própria história, não pergunte demais e jamais minimize os fatos ou a situação.

 

Se lembra de quando você ralou o joelho pela primeira vez, e seu pai, sua mãe ou algum adulto que estava por perto te disse “quando eu era pequeno, ralei muito meu joelho e sobrevivi”? O que você sentiu naquele exato momento? Você consegue acessar essa memória? Se sentiu acolhido e bem cuidado, ou simplesmente achou que essa frase não te ajudou em nada a superar o susto? Não interessa quantas vezes você ralou seu próprio joelho. Empatia é sempre sobre o outro!


Quando estamos em uma situação de estresse, algumas vezes basta uma respiração mais profunda ou o sorriso de alguém para que o desconforto seja dissipado. Em outras vezes, precisamos de muito mais do que isso. Portanto, na vida, aja sempre como gostaria que agissem com você quando perceber alguém em desassossego. Ou quando este alguém de fato te pedir ajuda.

 

Seja uma pessoa verdadeiramente empática!

 

·      esteja presente;

·      conecte-se com a experiência do outro;

·      escute;

·      tenha compaixão pelos sentimentos, não necessariamente pelas atitudes;

·      guie, para que a pessoa em sofrimento encontre uma saída digna.

 

De certa forma, todos nós sabemos o que é empatia. Porém, a vida profissional às vezes nos engole. E damos pouca atenção à situações que possam estar gerando um grau elevado de stress em alguém sentado ao nosso lado. Por isso, é tão importante manter o diálogo aberto nas corporações, na família, nas relações humanas. Desta forma, nosso olhar empático chegará antes que a tempestade se instaure.

 

A empatia é uma ferramenta extraordinária. Saiba usá-la a seu favor, para que ela te ajude a fortalecer seus laços afetivos e profissionais!


Bom trabalho e grande abraço.


Rafael José Pôncio


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.