segunda-feira, 29 de agosto de 2016

As 5 Tendências do Varejo


Invariavelmente, pela natureza dinâmica do modelo de negócio do varejo, a tendência natural é sempre aquela apoiada pela tecnologia. Neste ano de 2016, aconteceu, em Nova York, o Retail’s BIG Show, um dos mais importantes eventos de varejo no mundo, organizado pela National Retail Federation (NRF).

Grandes debates em torno das grandes gigantes americanas do setor, como Amazon e Wall-Mart, por exemplo, trouxe à tona um assunto que causa desconforto aos mais tradicionais gestores do setor e, ao mesmo tempo, faz brilhar os olhos dos empreendedores mais conectados: o varejo on-line, ou e-commerce.
1. Vamos precisar de Gôndolas cada vez mais interativas e inteligentes:
Elas deixaram de ser simples prateleiras. Cada vez mais, as gôndolas vêm dotadas de atrativos para despertar a atenção na hora da compra, como uma geladeira, inovação da KraftHeinz, que utiliza o espaço de visualização do produto como reforço de promoção para veicular propaganda digital em tempo real. Na onda da customização, a rede Muji dá oportunidade ao cliente para criar sua própria fragrância de perfume. Outro recurso, proposto pela RFID, permite um scannear em 3D que tira todas as medidas da forma do pé do cliente e, assim, após análise prévia, recomenda qual o melhor modelo de tênis.
2. Agora os manequins têm vida:
A tendência de manequins com câmeras integradas que reforçam os sistemas de monitoramento interno que também registram o comportamento do consumidor. Há, ainda, sistema de comunicação que permite ao cliente acessar conteúdo extra na hora da compra via smartphone.
3. Interatividade é bola da vez:
Interatividade e inovação serão prioridades nos projetos das futuras lojas físicas das principais marcas de varejo do mundo. Além de projetos arquitetônicos ousados, as lojas deverão agregar mais conteúdo ao consumidor final e a possibilidade de encontrar produtos cada vez mais individualizados, customizados para atender os desejos individuais do consumidor.
4. Comunicação em todos os lugares:
A linguagem visual das gôndolas também ganhou reforço com etiquetas eletrônicas, agora full color, saindo do preto e vermelho tradicional, trazendo novas oportunidades de comunicação.
5. Vendedor-especialista:
Outro ponto é que o vendedor também tem de fazer a diferença, com informações adicionais, um verdadeiro especialista naquele segmento. A nova loja da Microsoft em Nova York já segue essa tendência. O espaço quer trazer o cliente para o universo da marca e promover a socialização na hora da compra. Curiosamente: uma das apostas do espaço, em uma das principais avenidas da cidade, são os cursos rápidos, não relacionados somente aos produtos oferecidos pela marca, mas existem opções diferenciadas como um que dá dicas de empreendedorismo, por exemplo.

Essas tendências, na verdade, não são totalmente inéditas. O setor já vinha sentindo as necessidades e inclinações dos consumidores que, cada vez mais conectados, passaram a exigir que os estabelecimentos pudessem acompanhar essas necessidades. Peter Drucker (2012, p. 241) já trazia conceitos da administração focada na organização inovadora. Drucker compara a inovação aos bebês, “que nascem pequenos, imaturos e sem forma”, a organização precisa pensar que a forma, a maturidade e a grandeza dessa inovação será moldada por ela, de acordo com sua capacidade e flexibilidade, e, se ela não for capaz, outra organização poderá ser. Assim, voltamos ao dilema da sustentabilidade organizacional.

Grande abraço e sucesso!

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 28 de agosto de 2016
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/as-5-tendencias-do-varejo


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

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