Empreender tem mais chances de sucesso através das melhores práticas de Gestão, quer dizer, está além do gosto por assumir riscos calculados, é importante um comportamento de Empreendedor + Gestor, que é visionário, apaixonado por realizar, organiza, planeja e estuda profundamente o assunto, para ter uma atividade consistente com sucesso pleno.
terça-feira, 13 de agosto de 2024
Dia do Economista no Brasil e o Legado de José da Silva Lisboa - O Visconde de Cairú
terça-feira, 2 de julho de 2024
Guia para fazer o Planejamento Estratégico, Tático e Operacional
Para que o seu negócio tenha sucesso, um fator fundamental é ter um bom planejamento estratégico, tático e operacional.
Assim, é possível direcionar sua energia, recursos e atenção para alcançar seus objetivos por meio de um plano bem estruturado. Em contrapartida, sem um planejamento, as chances de se deixar levar pelos problemas cotidianos e se afastar das metas aumentam significativamente.
Por isso, neste conteúdo trouxe uma explicação do que é cada tipo de planejamento, as principais diferenças entre o planejamento estratégico, tático e operacional e como construir o seu e ter um guia para atingir os propósitos da sua empresa.
Conheça o que é planejamento estratégico, tático e operacional e as diferenças entre eles
Existem 3 níveis básicos de planejamento: estratégico, tático e operacional com finalidades e funções diferentes, mas que têm igual relevância para o crescimento do negócio.
O planejamento estratégico funciona como uma bússola para a empresa, ele que permeará todas as decisões da empresa determinando a visão de futuro, os objetivos e as metas necessárias para atingir os melhores resultados a longo prazo.
Por essa razão ele é o primeiro a ser feito, geralmente em uma reunião com colaboradores de cargos estratégicos como dono, sócios e diretores que estabelecerão a visão, missão e valores da empresa, bem como os objetivos a longo prazo.
Já o planejamento tático é considerado um nível intermediário e deve ser realizado após a criação do planejamento estratégico indicando onde e como as ações serão executadas, sendo realizado pelos gerentes e coordenadores.
Nesta etapa, em vez de pensar na empresa como um todo, são definidas as principais ações de cada departamento para o médio prazo, geralmente de 1 a 3 anos. É neste momento que é desenvolvido o planejamento de marketing da empresa, por exemplo.
Por último, como o nome já indica, o planejamento operacional são as rotinas práticas do dia a dia, necessárias para atingir os objetivos organizacionais. As metas e atividades são pensadas no curto prazo, de 3 a 6 meses, com foco em obter resultados específicos.
Esta etapa costuma envolver os supervisores de cada setor e a sua equipe que detalham cada uma das tarefas, os equipamentos necessários, os recursos e quais colaboradores serão responsáveis pela execução das tarefas.
Como fazer o seu planejamento estratégico, tático e operacional
Agora você aprenderá a criar um plano estratégico, tático e operacional a partir de ferramentas da administração empresarial.
Por onde começar o planejamento estratégico
Como já comentei o planejamento estratégico, funciona como um guarda-chuva para os demais planejamentos, por isso ele é o primeiro a ser desenvolvido, nele é feito uma análise geral da empresa para compreender em que ponto ela está e quais serão os próximos passos, uma ferramenta muito utilizada é a análise SWOT.
Também chamada de FOFA, a metodologia investiga os pontos fortes, pontos fracos, as oportunidades e as ameaças que envolvem a empresa.
Os pontos fortes e fraquezas são elementos controláveis pelo empreendedor, como a qualidade dos produtos comercializados (ponto forte) ou a falta de funcionários qualificados (ponto fraco). Por outro lado, as ameaças não podem ser controladas como a criação de uma nova linha de crédito (oportunidade) e a sazonalidade (ameaça).
Tenho um conteúdo de blog que explica exatamente como fazer uma análise SWOT da sua empresa, para acessar é só clicar aqui.
Depois de compreender o cenário no qual a empresa se encontra é o momento definir quais os objetivos queremos atingir, vale destacar que quando se trata do planejamento estratégico os objetivos devem ser mais gerais e focados no longo prazo, por volta de 5 a 10 anos.
Uma ferramenta que pode ser utilizada para o planejamento estratégico, tático e operacional são as metas SMART, uma maneira de criar objetivos de acordo com os seguintes critérios:
Específico: o objetivo de ser algo claro e direcionado;
Mensurável: deve ser possível medir o progresso ao longo do tempo;
Atingível: algo que realmente seja possível de se alcançar;
Relevante: se as metas de fato vão contribuir para o sucesso do negócio;
Temporal: precisa ter um tempo determinado para que o objetivo seja atingido.
Exemplo: Diminuir 25% dos custos com aquisição de novos equipamentos em 10 meses.
As iniciais destes critérios em inglês formam o acrônimo SMART que também é a palavra inteligente nesta língua, para saber mais como aplicar a ferramenta em diferentes áreas da sua vida leia este conteúdo.
Aplicando o planejamento tático
Sendo o intermediário no planejamento estratégico, tático e operacional, nesta etapa os planos são muito mais detalhados, por essa razão é importante ter uma ferramenta que guie o processo, sendo o 5W2H, uma ótima opção.
Esta ferramenta de gestão originada do inglês é composta por sete perguntas fundamentais para o desenvolvimento de um projeto:
What/O quê?: o objetivo do projeto;
Why/ Por quê?: o motivo para por trás da ação;
Where/Onde?: define o local de desenvolvimento do projeto;
When/Quando?: estabelece os prazos para a execução;
Who/Quem?: designa quais são os responsáveis;
How/Como?: de que maneira as tarefas serão executadas;
How Much/Quanto?: qual será o valor financeiro investido.
Para conhecer melhor a ferramenta e por que utilizá-la clique aqui.
Criando um planejamento operacional eficaz
Chegamos a base da pirâmide do planejamento estratégico, tático e operacional, também chamado de plano de trabalho, nesta etapa é pensar nos objetivos específicos para alcançar os resultados almejados e os tópicos que envolvem a operação, sendo eles:
Recursos humanos: quem ficará responsável pelas atividades?
Recursos financeiros: Qual é o orçamento necessário para a execução das ações? De qual lugar sairão esses valores?
Recursos de tempo: Quanto tempo é possível utilizar para a execução dos projetos? Qual o cronograma das ações?
Indicadores de performance: Como vamos avaliar o progresso das atividades? Quais ferramentas serão utilizadas?
Realizando todas essas etapas você terá um planejamento estratégico, tático e operacional que te colocará em um caminho sólido para alcançar os objetivos da sua empresa da melhor forma possível. Mas para isso é importante que o planejamento não fique só no papel e seja levado em prática e revisado sempre que necessário.
Bom trabalho e grande abraço.
Rafael José Pôncio, PROF. ADM.
terça-feira, 4 de junho de 2024
O Diagrama de Dispersão
Aprenda a criar um Diagrama de Dispersão de forma simples, como interpretar os resultados e as vantagens de utilizar esta ferramenta da qualidade.
Diagrama de Dispersão: criação e interpretação
O Diagrama de Dispersão é uma representação gráfica para analisar a relação entre duas variáveis, sendo uma excelente forma de identificar padrões e assim tomar as decisões mais assertivas para o seu negócio.
Neste conteúdo descobrirá o que é o Diagrama de Dispersão, como criar um a partir de um passo a passo simples utilizando o Excel, como analisar os resultados obtidos e quais as vantagens e desvantagens dessa ferramenta.
Boa leitura!
O que é Diagrama de Dispersão
O Diagrama de Dispersão é uma das 7 ferramentas da qualidade, um conjunto de metodologias criadas por Kaoru Ishikawa para identificar, definir, mensurar e propor soluções para problemas organizacionais.
O diagrama também é conhecido como Gráfico de Dispersão ou de Correlação e faz uma representação visual da relação entre duas variáveis (o eixo x e o eixo y). Através disso é possível validar hipóteses relacionadas a causa e efeito.
Para facilitar a compreensão segue um exemplo: uma loja de roupas online acredita que encaminhar um cartão de agradecimento com as encomendas aumenta as chances dos consumidores comprarem os produtos da loja novamente. Para validar essa hipótese pode-se utilizar o Diagrama de Dispersão.
A partir dos resultados obtidos com o uso da ferramenta é possível tomar decisões mais assertivas, seguindo o exemplo, se for identificado que não há correlação entre os cartões de agradecimento e as compras, é possível destinar os recursos para o que de fato é mais atrativo aos consumidores.
Como construir e analisar o Diagrama de Dispersão
Para montar o Diagrama de Dispersão o primeiro passo é identificar qual hipótese, ou seja, qual relação de causa e efeito você deseja analisar. Alguns exemplos são:
O programa de fidelidade da empresa aumenta a retenção dos consumidores?
O tempo de espera na fila impacta negativamente a satisfação dos clientes?
A quantidade de produtos na loja impacta no número de compras feitas pelos clientes?
Depois de definir qual será o tópico analisado, é hora de coletar os dados, em seguida desenhar o gráfico colocando as informações relacionadas a causa (eixo x) na horizontal e o efeito (eixo y) na vertical. Por fim, verificar a disposição dos pontos no gráfico e identificar a correlação.
Exemplificando: O gerente de uma pousada deseja saber se o programa de fidelidade, que oferece um cupom de 10% na próxima hospedagem, de fato está aumentando a recorrência dos hóspedes na pousada.
Para isso ele coleta os dados dos últimos 6 meses e verifica quantas reservas foram realizadas em cada um dos meses (causa) e dessas, quantas utilizaram o cupom do programa de fidelidade (efeito).
Os dados foram estes:
Escolha os dados que você deseja analisar. Os dados que você definir serão usados no eixo X e no eixo Y. Certifique-se de que os dados estejam organizados em colunas separadas.
Com os dados selecionados, vá até a aba "Inserir" na barra de ferramentas do Excel.
Na aba "Inserir", procure e clique na opção "Gráfico de Dispersão".
- Para melhorar a compreensão do diagrama, adicione títulos aos eixos X e Y. Para fazer isso, clique nos rótulos dos eixos e insira os títulos relevantes.
Para analisar a correlação entre os dados, adicione uma linha de tendência ao gráfico clicando com o botão direito do mouse no gráfico e escolha "Adicionar Linha de Tendência". A Linha de Tendência é uma representação linear que mostra o comportamento dos dados.
O resultado ficará desta forma:
Como analisar do Diagrama de Dispersão
Agora com o Diagrama de Dispersão concluído é o momento de interpretar as informações obtidas através da correlação e também da dispersão dos pontos.
Tipos de correlação
Em relação às interações há 3 tipos de correlação: positiva, negativa e nula.
Correlação Positiva
Quando podemos observar um aumento que segue a linha tendência, isso significa que quando uma variável cresce, a outra também cresce.
Isso fica evidente no exemplo anterior, em que o aumento no número de reservas está diretamente relacionado ao aumento no número de reservas com o cupom do programa de fidelidade.
Correlação Negativa
Neste caso há uma linha de tendência decrescente, conforme uma variável aumenta a outra diminui. Isso aconteceria, por exemplo, se o número de reservas geral aumentasse enquanto o número de reservas efetuadas com o cupom de fidelidade diminuísse.
Correlação Nula
Como o nome já indica, é quando há uma grande dispersão dos dados, não sendo possível traçar uma linha de tendência para identificar se há uma correlação positiva ou negativa.
Outra maneira de analisar o Diagrama de Dispersão é a distribuição dos pontos dentro do gráfico, podendo ser: perfeita, forte ou fraca.
Dispersão Perfeita: quando há uma dispersão sequencial nos pontos do gráfico fazendo com que eles formem uma linha quase perfeita.
Dispersão Forte: é identificado quando os pontos estão bastante próximos, o que mostra uma grande correlação entre os dados.
Dispersão Fraca: quando as informações ficam bastantes espalhadas pelo diagrama, indicando que a correlação entre os pontos é pequena.
Vale destacar que além das dispersões já citadas, é possível encontrar os outliers, pontos isolados que estão distantes de onde a maioria dos pontos estão concentrados. Normalmente eles representam uma situação atípica ou erros na medição de dados.
Vantagens e desvantagens de utilizar a ferramenta
Um dos principais benefícios de fazer uso do Diagrama de Dispersão é a facilidade com que ele pode ser aplicado, ainda mais se você utilizar ferramentas como o Excel que criam os gráficos a partir dos dados coletados. Também é muito simples de ser interpretado já que é possível identificar se há uma correção entre as informações e se ela é positiva ou negativa apenas de olhar o gráfico.
No entanto, há um grande limitante que é o fato de analisar apenas duas variáveis, o que restringe bastante as opções relacionadas, outra desvantagem é que para ter uma medição mais precisa é necessário uma grande quantidade de dados.
Além disso, não é porque o Diagrama de Dispersão indicou uma conexão entre os dados que eles têm uma relação de causa e efeito, podendo ser influenciada por um terceiro fator, sendo necessárias outras ferramentas para confirmar a hipótese.
Bom trabalho e grande abraço.
Rafael José Pôncio, PROF. ADM.
Conheça também:
terça-feira, 7 de maio de 2024
GESTÃO ÁGIL: A Revolução da Gestão Empresarial para a Era Digital
No cenário empresarial dinâmico e altamente competitivo de hoje, a capacidade de adaptar-se rapidamente às mudanças do mercado, principalmente agora na era digital, e responder de forma ágil às demandas dos clientes tornou-se essencial para o sucesso das organizações. Nesse contexto, a Gestão Ágil, também conhecida como Agile Management, emerge como uma abordagem moderna que prioriza a flexibilidade, a colaboração e a entrega contínua de valor.
Neste artigo, exploraremos: 1) o que é a Gestão Ágil; 2) como ela funciona; e 3) como ela pode ser aplicada para impulsionar a inovação e a competitividade.
1) ENTENDENDO A GESTÃO ÁGIL
A Gestão Ágil é uma abordagem de gestão que se baseia nos princípios e valores do Manifesto Ágil, desenvolvido por um grupo de especialistas em desenvolvimento de software em 2001. Embora tenha suas raízes na indústria de tecnologia, a Gestão Ágil transcendeu as fronteiras do desenvolvimento de software e tornou-se uma filosofia aplicável a uma ampla gama de setores e contextos empresariais. Ela se concentra na entrega de valor contínua e iterativa, na colaboração entre equipes multidisciplinares e na resposta rápida às mudanças.
Princípios fundamentais:
Indivíduos e interações mais do que processos e ferramentas: valoriza-se mais a comunicação e a colaboração entre as pessoas do que a adesão rígida a processos e ferramentas.
Software em funcionamento mais do que documentação abrangente: o foco está na entrega de produtos funcionais e utilizáveis em vez de documentação extensiva e detalhada.
Colaboração com o cliente mais do que negociação de contratos: prioriza-se a colaboração contínua com o cliente para entender e atender às suas necessidades em vez de seguir contratos e acordos rígidos.
Responder a mudanças mais do que seguir um plano: valoriza-se mais a capacidade de se adaptar e responder rapidamente às mudanças do que seguir um plano predeterminado.
2) COMO FUNCIONA A GESTÃO ÁGIL
A Gestão Ágil é caracterizada por sua abordagem iterativa e incremental para o desenvolvimento e entrega de produtos ou serviços. As equipes trabalham em ciclos curtos e frequentes, conhecidos como sprints, durante os quais desenvolvem e entregam incrementos de valor ao cliente. A cada sprint, a equipe reavalia suas prioridades e ajusta seu plano de acordo com o feedback recebido. Isso permite uma adaptação rápida às mudanças do mercado e uma entrega contínua de valor ao cliente.
3) APLICAÇÃO PRÁTICA DA GESTÃO ÁGIL
A Gestão Ágil pode ser aplicada em uma ampla gama de contextos empresariais:
Desenvolvimento de software: na indústria de tecnologia, a Gestão Ágil é amplamente utilizada para desenvolver e entregar software de alta qualidade de forma rápida e eficiente.
Gestão de projetos: em projetos de qualquer natureza, a Gestão Ágil permite uma abordagem adaptativa e flexível, melhorando a capacidade de responder às mudanças de escopo e requisitos.
Marketing e vendas: no setor de marketing e vendas, a Gestão Ágil permite uma resposta rápida às mudanças nas preferências e comportamentos dos clientes, melhorando a eficácia das campanhas e estratégias de vendas.
Gestão de recursos humanos: na gestão de equipes e talentos, a Gestão Ágil promove a colaboração e a autonomia, criando um ambiente de trabalho mais engajado e produtivo.
Entre os benefícios da Gestão Ágil, temos:
Maior flexibilidade: permite uma resposta rápida e eficaz às mudanças do mercado e dos requisitos do cliente.
Entrega contínua de valor: prioriza a entrega contínua de valor ao cliente, garantindo a satisfação e fidelização do mesmo.
Maior colaboração: promove a colaboração entre equipes multidisciplinares, criando um ambiente de trabalho mais colaborativo e inovador.
Maior foco no cliente: coloca o cliente no centro do processo de desenvolvimento, garantindo que suas necessidades e expectativas sejam atendidas de forma eficaz.
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