terça-feira, 29 de junho de 2021

3 dicas de como empreender na pandemia e alavancar sua vida financeira


 
A pandemia trouxe profundas transformações na sociedade. Mudou planos, prioridades, remodelou nossos valores.
E com tanta mudança, muita gente resolveu empreender na pandemia.
Com 14% da população desempregada, segundo dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o empreendedorismo veio como uma alternativa para enxergar nos desafios certas oportunidades ocultas.
Muita gente aproveitou o momento como uma alternativa para enfrentar a crise e construir negócios de sucesso.
Portanto, se você está na dúvida se deve empreender na pandemia e nesta transição para pós pandemia, saiba que essa pode ser uma boa oportunidade de tirar seu sonho do papel!
Neste artigo vou mostrar como empreender na pandemia.
Confira!
Empreender na pandemia
A crise durante a pandemia tem levado muita gente para o desemprego.
Dados do IBGE apontam que cerca de 14 milhões de pessoas estão sem emprego no primeiro trimestre no Brasil.
Além disso, em 2021, até o mês de abril, cerca de 317 mil empreendimentos fecharam suas portas. Em 2020, foram cerca de um milhão de empreendimentos.
Enquanto muitas empresas encerraram suas atividades durante o ano de 2020, parece que muitas pessoas resolveram apostar no empreendedorismo como uma nova fonte de renda.
Somente em Janeiro de 2021, a Pesquisa da Serasa Experian mostra que foram abertos 300.000 novos registros para microempreendedores, o maior número desde 2010.
Mesmo durante a crise, o brasileiro não se abateu e transformou os obstáculos em excelentes oportunidades de dar um novo rumo na vida profissional.
A possibilidade de definir seu próprio horário de trabalho, alavancar seus ganhos financeiros e trabalhar com o que gosta, tem estimulado os brasileiros a enfrentar os desafios de empreender num momento de crise do trabalho formal.
E você que está pensando em ser o mais novo empreendedor da área, sabe quais são os negócios com mais chance de sucesso para empreender na pandemia?
Continue lendo e eu vou te mostrar 3 excelentes oportunidades para empreender na pandemia.

3 negócios de sucesso que foram alavancados pela pandemia:

1º Delivery
Quando a necessidade de fazermos quarentena para conter a disseminação do vírus começou, a nossa principal preocupação foi como conseguiríamos ter acesso a itens de necessidade básica sem nos colocarmos em exposição.
O isolamento e a melhora da tecnologia impulsionou o crescimento das empresas de delivery e esse é um ramo que só deve crescer nos próximos anos. 
Se você está pensando em investir no sistema delivery, o setor de alimentação é um dos que mais solicita esse tipo de serviço e existe uma lacuna muito grande em termos de qualidade, pois muitos entregas são feitas de "qualquer jeito", sem aquele foco em padrões de qualidade e excelência pensando no cliente, posso citar um exemplo aqui é aquele motoboy que põe a caixa do alimento no chão enquanto pega a maquininha de cartão para manusear a cobrança ao cliente.
2º E-commerce
Junto com o delivery, o e-commerce não para de crescer desde o início da pandemia.
Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) em parceria com a Neotrust Compre&Confie, em 2020 o setor teve um salto de 68,2% no faturamento, para R $126,3 bilhões, e a projeção para 2021 é de 18% de crescimento.
As compras online vieram para ficar, e a tendência é de crescimento mesmo após a crise sanitária passar.
3º Educação a distância
A educação a distância é uma realidade desde a época dos cursos por correspondência.
Mas com o surgimento da internet, o avanço da tecnologia, e as restrições da pandemia, estudar a distância passou a ser uma realidade muito mais presente na vida dos estudantes.
De acordo com dados do Sebrae, publicados na Agência Brasil, mais de 1,5 milhão de pessoas se inscreveram em cursos online este ano - 400 mil a mais do que em 2019.
Se você pretende dar aulas, esse é um ótimo momento para estruturar um curso e oferecê-los nas plataformas de cursos online, por exemplo.
Neste artigo, você percebeu que, apesar de todos os desafios que estamos enfrentando na maior crise sanitária do século, é possível empreender na pandemia.
Muitas pessoas estão mudando sua vida financeira apostando em empreendimentos lucrativos.
Seja um delivery, um e-commerce, ou um curso online, a gente sabe que empreender pode ser desafiador, e exigirá de nós muita resiliência e superação.
Mas com um bom planejamento, você pode tirar aquele sonho antigo do papel em investir em um empreendimento de sucesso na pandemia!
Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio

Publicado em: 22 de junho de 2021

Especial: Artigos no Jornal da Tribuna

Link fonte: https://jornaltribuna.com.br/2021/06/3-dicas-de-como-empreender-na-pandemia-e-alavancar-sua-vida-financeira/




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sábado, 19 de junho de 2021

Empreendedorismo digital: por que embarcar nessa?

Em um curto período o empreendedorismo digital passou de tendência a quase uma obrigação para muitos negócios, no entanto, se ainda tem dúvidas de o porquê entrar na internet, veja as respostas nesse texto.


Por que e como ingressar no empreendedorismo digital?

Um dos resultados da pandemia da Covid-19 foi o crescimento do empreendedorismo digital, e não é para menos, pois só no primeiro semestre de 2020 houve um crescimento de 47% no faturamento das lojas online.

O que só comprova a frase do Bill Gates “em alguns anos, vão existir dois tipos de empresa: as que fazem negócios pela internet e as que estão fora dos negócios”.

Mas o que é empreendedorismo digital?

O empreendedorismo digital são negócios que funcionam no mundo online, ou seja, todo o processo de compra e venda dos produtos ou serviços acontece pela internet, sem precisar de um espaço físico.

No empreendedorismo digital usam-se ferramentas como: sites, marketplaces, e-commerces, aplicativos, redes sociais, etc.

Por que ser um empreendedor digital?

Separei 5 vantagens do empreendedorismo digital para quem deseja começar nesta área ou quer ampliar o seu negócio.

1.    Investimento inicial baixo

Esse é um ótimo benefício para quem está começando, já que sem o gasto de aluguel, por exemplo, o custo de um negócio digital é bem menor comparado a uma empresa física.

2.    Facilidade em encontrar o público-alvo

Como a internet não tem limitações geográficas, é possível ter clientes de qualquer lugar.

Além disso, é uma ferramenta utilizada pela maioria das pessoas para se comunicar, se divertir e comprar, só Brasil 82,7% dos domicílios possuem acesso à internet, então é onde o público está.

3.    Vitrine 24 horas

O mundo online é um dos poucos lugares em que a frase ganhe dinheiro dormindo faz sentido, isso porque a internet está aberta 24 horas por dia, 7 dias por semana, então mesmo que não esteja trabalhando alguém pode acessar a sua página.

4.    Flexibilidade de horários

Um dos motivos que leva uma pessoa a empreender é fazer o seu próprio horário e isso é bem mais fácil no empreendedorismo digital.

Como não há espaço físico para o trabalho, não tem porque ficar preso ao horário comercial, por isso é possível trabalhar na hora e no lugar que quiser.

5.    Marketing Digital

Outra vantagem que se abre ao entrar no mundo online é o marketing digital, que normalmente é uma forma de promoção acessível e simples, já que uma conta para o seu negócio no Instagram é gratuita.

Ideias de negócios no empreendedorismo digital

Agora seguem 3 sugestões de negócios que estão em alta no empreendedorismo digital.

Freelancer

Essa é uma ótima estratégia para quem deseja fazer uma transição de empregado para empreendedor, já que é possível conciliar os dois por um certo tempo.

Mas para conseguir sucesso como freelancer é fundamental ter um excelente portfólio, deixar os contatos disponíveis para os clientes e alimentar as suas redes sociais.

As carreiras mais comuns neste mercado são: redatores, fotógrafos, social medias, programadores, tradutores e diversos outros.

Venda e revenda

Comercializar produtos online nunca foi tão fácil. Atualmente existem muitas plataformas de sites que permitem montar uma loja virtual própria (e-commerce) ou sites para expor e vender produtos (marketplace).

Essa é uma ótima ideia para quem deseja entrar no empreendedorismo digital e tem habilidades de negociação.

Também é uma excelente oportunidade para quem tem uma loja física e quer comercializar itens que estão parados no estoque.

Os produtos mais comuns para venda e revenda online são: roupas, cosméticos, acessórios, livros e papelaria.

Ensino

Para quem tem domínio de alguma área ou algo valioso para ensinar existe a opção de criar cursos online, livros digitais e fazer monitorias.

Além disso, é possível criar um blog ou canal do youtube, por exemplo, ensinando, conteúdos relevantes e monetizar esse material, através de anúncios publicitários e/ou parcerias com outras empresas.

Essas são só algumas possibilidades do empreendedorismo digital, a verdade é que como a internet é muito dinâmica novas opções surgem constantemente.

Você já pratica empreendedorismo digital ou vai começar agora? Conte para mim, quero te conhecer!

Bom trabalho e grande abraço!

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 18 de junho de 2021
Especial: Artigos no Jornal da Tribuna
Link: https://jornaltribuna.com.br/2021/06/empreendedorismo-digital-por-que-embarcar-nessa/



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terça-feira, 15 de junho de 2021

Como nasceu o empreendedorismo? Conheça mais sobre sua origem, história e sobre quem pode ser empreendedor.


Atualmente falamos muito sobre empreendedorismo no Brasil. É fato que uma grande parcela da nossa sociedade deseja começar um negócio, seja devido a crise econômica em que vivemos ou por esse ser um sonho antigo. Mas para além disso, o que faz com que queiramos inovar e nos arriscar nesse mundo? O empreender seria uma necessidade nossa enquanto espécie ou uma saída individual para superar momentos economicamente difíceis?

Antes de entrarmos no assunto, é preciso retomar um pouco a história e entender como nasce o empreendedorismo e qual seu significado.

Ao buscar a sua etimologia, notamos que a palavra “empreendedor” deriva da palavra francesa entrepreneur, que significa “aquele que assume riscos e começa algo novo”. Essa, por sua vez, tem sua origem no latim e vem da palavra Emprehendere, que significa “segurar diante de si”. Partindo disso, podemos deduzir que o empreendedor é aquele que assume riscos e aproveita as oportunidades que surgem à sua frente. Interessante, não é?

A origem do empreendedorismo como necessidade humana

Levando em consideração o significado de empreendedor, podemos dizer que nós enquanto espécie temos uma necessidade de exercer o empreendedorismo. Pensemos juntos: somos o único ser autoconsciente do planeta, isso significa dizer que não tomamos nossas decisões baseadas somente por instinto, como é o caso dos outros animais. Os seres humanos podem escolher seu modo de ação no mundo, o que lhe garante a capacidade de assumir riscos, necessários ou não. 

Graças a essa capacidade de escolha fomos capazes de fabricar ferramentas, aprender novas técnicas de manipulação do solo e construir monumentos que perduram até os dias atuais. A inovação e a busca por melhorias foi o que nos tirou das cavernas e nos fez criar pirâmides, civilizações e nos levar à lua.

Portanto, a evolução da nossa sociedade só pôde ocorrer graças àqueles que assumiram riscos e ousaram criar algo novo. E ainda somos assim, visto que inovação é um dos pilares da nossa sociedade. Estamos sempre buscando novos meios e produtos para melhorar nossa qualidade de vida, o que torna o empreendedorismo uma atividade essencial para nossa dinâmica social.

Ao contrário do que diz o senso comum, o empreendedor não é alguém que busca vantagens econômicas e ganhar a qualquer preço. Acima do lucro, há uma mentalidade, uma postura de vida que o impulsiona e que, em algum grau, há em todos nós. Estamos certos que nem todos nós somos tão inovadores quanto Bill Gates, Steve Jobs ou o Barão de Mauá, mas ainda assim reside em nós essa semente do empreendedorismo.

O Empreendedorismo e o Século XVIII: quando o assunto chegou aos livros.

Durante muito tempo as teorias econômicas não levaram em consideração o papel do empreendedor. Isso porque, nos modelos tradicionais, a criatividade e subjetividade acerca da inovação não eram fatores mensuráveis para a elaboração de teses. Ao tratar de seus modelos econômicos eram necessários dados sólidos e que pudessem ser medidos, analisados e comprovados. 

Apesar de estar inicialmente fora desses modelos, é no turbulento século XVIII que o empreendedor vai ganhar destaque nos livros de economia. A primeira menção à figura do empreendedor se faz por Richard Cantillon, economista francês considerado o “pai da economia empresarial”. Cantillon vai diferenciar o empreendedor do capitalista dizendo que o primeiro é aquele que assume riscos, enquanto que o segundo nada mais é do que aquele que financia-o a partir do capital

Colocando em exemplos, lembremos da história de Marco Pólo. Em sua jornada até a China ele foi financiado por diversos banqueiros, que lhe deram os meios para que o aventureiro conseguisse chegar até a corte de Kublai Khan.

Nesse caso Marco Polo era o empreendedor, pois buscou encontrar uma nova rede comercial e seu sucesso permitiu a entrada de diversos artigos orientais, até então pouco conhecidos pelos europeus da Idade Média. O mercador também estava pensando em obter lucro e sucesso, porém sua identidade está na construção de novos caminhos e na inovação dessas rotas comerciais.

Esse exemplo deixa claro que empreender está para além de buscar capitalizar a partir da criação de novos produtos e que o empreendedor diferencia-se e muito do capitalista. Se hoje confundimos esses dois papéis é por não sabermos definir as atribuições e perspectivas de cada um.

O que caracteriza, afinal, um empreendedor?

Não há dúvidas de que ser um empreendedor exige diversas habilidades. Algumas pessoas desde cedo já demonstram certo talento para assumir riscos, entretanto, esses não são os fatores principais para um empreendedor de sucesso. A maior parte das ferramentas que tornam uma pessoa um empreendedor pode ser desenvolvida ao longo da vida através de esforço e dedicação. 

Aqui estão quatro características fundamentais para quem pretende lançar-se no mundo do empreendedorismo:

1. Iniciativa

Empreendedores são pessoas que lançam-se ao futuro e buscam inovações. Para isso é preciso iniciativa. Muitas vezes, frente a situações cotidianas, nos colocamos em uma situação passiva, ou seja, esperamos que outra pessoa venha e resolva o nosso problema. O empreendedor deve estar sempre em busca de tomar ações, essa característica garante estar a frente dos seus concorrentes. 

2. Adaptação 

Nosso mundo está em constante transformação. Todos os dias ocorrem mudanças tecnológicas, políticas e sociais que afetam a nossa vida. Portanto, tal como a seleção natural de Charles Darwin, precisamos nos adaptar.Um amante do empreendedorismo deve ser capaz de enxergar o cenário em que vive e perceber não apenas a mudança, mas seus efeitos e direção. 

3. Organização e disciplina 

Geralmente achamos que aventurar-se a fazer algo novo é fruto de uma impulsividade. Entretanto, um bom empreendedor nunca é levado apenas por seus impulsos, mas sim constrói, de maneira ordenada e eficaz, o seu caminho. Às vezes ter uma ideia boa não é o bastante, é preciso disciplina e foco para alcançar metas e tornar o sonho realidade. 

4. Assumir riscos e lidar com falhas 

Nem tudo são flores quando se trata de empreender. É preciso, antes de mais nada, saber lidar com as frustrações e resultados negativos. Por isso não basta apenas assumir riscos e lançar-se no desafio, mas compreender que as falhas fazem parte do jogo. Se você considera esses fatores e aprende a lidar com eles, você estará num bom caminho para realizar seus sonhos no mundo do empreendedorismo. 

Para saber mais sobre aprender a lidar com erros e superar seus medos, indicamos nosso artigo “empreendedorismo tem tudo a ver com superar obstáculos”

Bom Trabalho e Grande Abraço!

Autor:  Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em:  14 de junho de 2021
Especial:  Artigos no Jornal da Tribuna
Link: https://jornaltribuna.com.br/2021/06/como-nasceu-o-empreendedorismo/


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

terça-feira, 1 de junho de 2021

John Davison Rockefeller, o homem mais rico da História

o homem mais rico da história

No mundo dos negócios é natural que se procure o lucro, afinal, todos nós, em maior ou menor grau, necessitamos de uma renda para sobrevivermos e também manter nossos empreendimentos ativos. Porém, o que faríamos se conseguíssemos atingir um patamar tão alto em nossos recursos que não fosse mais preciso investir ou mesmo trabalhar para ter tudo que desejássemos? Esse é um questionamento que muitos de nós podem se fazer, porém, na prática, poucos foram os que viveram essa realidade. Buscando refletir sobre isso, hoje no 'Grandes Empreendedores da História' falarei sobre o homem que ainda hoje pode ser considerado o mais rico do mundo: John Davison Rockefeller. 

Quem foi Rockefeller? 

A história do nosso personagem de hoje começa nos Estados Unidos do século XIX, mais precisamente no ano de 1839. Ao contrário do que se imagina, John Davison Rockefeller teve uma origem humilde. Seu pai, Avery Rockefeller, trabalhava como madeireiro e sua mãe dedicava-se a cuidar dos filhos . Além disso, grande parte da infância do jovem Rockefeller foi longe de sua figura paterna, uma vez que Avery passava longas temporadas fora de casa devido ao trabalho e também por seu jeito de viver. O pai do magnata do petróleo era conhecido por atos promíscuos e de constituir outra família.

Criado sob influência quase única da sua mãe, Eliza, talvez tenha sido essa a grande vantagem de Rockefeller na sua formação enquanto cidadão. Sua mãe era uma religiosa fervorosa e, como é de se esperar, buscou ensinar tudo que compreendia dos valores cristãos aos seus filhos. Desse modo, Rockefeller desde cedo desenvolveu laços profundos com o cristianismo e seus princípios. Atuante na congregações Batista, foi graças a essa formação moral que, mais tarde, ele dedicou-se ao filantropismo e buscou contribuir positivamente para a sociedade. 

Quanto a isso, é interessante refletirmos sobre alguns pontos. Um deles é o quanto a formação de temos em nossos núcleos familiares nos influencia de forma positiva e negativa. Há, atualmente, milhares de crianças que crescem sem a figura paterna ou materna em suas casas, por diversas razões. Muitas vezes fala-se que os problemas que vivemos enquanto adultos são o resultado desse “abandono” por algum dos nossos pais. Porém, analisando o caso de Rockefeller e sabemos que ele não pode ser considerado a regra, vemos que ele conseguiu, dentro do possível, superar a falta do pai. Além disso, formou o seu caráter a partir dos melhores valores que seu núcleo familiar podia oferecer, visto que seu pai não foi a melhor das influências para o jovem Rockefeller. Sendo assim, é interessante perceber como a decisão individual pode também nos potencializar e superar as adversidades que o meio nos impõe. 

Assim, ainda na infância, nos parece que John Davison Rockefeller já apresentava uma característica fundamental de todo empreendedor: a resiliência. Resiliência, a grosso modo, é a capacidade de suportar as adversidades e superá-las, ou seja, de não permitir que os problemas da vida nos “quebre”.

A adaptabilidade de Rockefeller nos negócios foi fundamental para o seu sucesso, além da coragem em arriscar-se em novos empreendimentos e sua visão frente aos problemas e necessidades dos EUA na segunda metade do século XIX. Entretanto, todos nós sabemos que nenhum empreendedor nasce pronto para os desafios que lhe aguardam. O jovem Rockefeller iniciou sua carreira aos 16 anos, trabalhando por um salário de 20 dólares por mês sendo assistente de escritório. Com isso, juntou um pequeno capital ao longo de cinco anos e abriu uma empresa de alimentos junto com seu parceiro, Maurice Clark.

Assim, no começo dos seus vinte anos Rockefeller iniciava sua jornada no mundo dos negócios. Ele ganhou experiência com sua primeira empresa, mas sua vida mudaria a partir dos anos 1860 quando ele passou a investir em um empreendimento ainda novo para a sua época: o Petróleo. 

Tornando-se o magnata do Petróleo 

Para entendermos como Rockefeller se tornou o grande magnata do petróleo é imprescindível que saibamos um pouco sobre o contexto histórico dos Estados Unidos nesse período. Durante quatro anos (1861 - 1865) os EUA encontraram-se em um dos seus momentos mais delicados enquanto país, pois vivia-se uma guerra civil, a famosa “Guerra de Secessão". O foco principal da guerra era a libertação dos escravos, tema que dividia opiniões entre a União (a favor da libertação) e os confederados (defensores da manutenção da escravidão). A guerra mergulhou o país em um caos social e muitos, que nada tinham a ver com as relações escravocratas da época, foram arrastados para os campos de batalha. 

Entretanto, Rockefeller conseguiu não entrar em conflito e dedicar-se durante esses anos em sua recém-fundada empresa, uma refinaria de petróleo. Assim, enquanto grande parte dos EUA observava atentamente o desenrolar do conflito, John Davison passava a entender melhor sobre seu novo segmento e já enxergava, nesse período, que o futuro teria as cores do óleo diesel e da gasolina. Antes da utilização do Petróleo, como sabemos, usavam-se para a iluminação pública e fabricação de outros produtos o óleo de baleia, um recurso retirado da caçada desses grandes mamíferos marinhos. Porém, Rockefeller percebia que o óleo de baleia não seria viável ao longo prazo, uma vez que tornava-se cada vez mais escasso e de difícil acesso. Assim, sua solução para esse problema de abastecimento foi passar a utilizar o petróleo como matéria-prima e combustível. 

O que para os dias atuais parece óbvio, porém, durante os anos 1860 era praticamente inimaginável. O uso do óleo de baleia estava consolidado a pelo menos um século e apostar em outro recurso seria como um tiro no escuro. Porém, um dos grandes atributos de um empreendedor é sua capacidade de enxergar mais longe, o que está para além do “óbvio”. Assim, em 1865, Rockefeller decidiu arriscar-se mais uma vez e comprou a parte do seu sócio na refinaria que havia aberto apenas dois anos antes. Esse momento entrou para a História do magnata do petróleo como, em suas palavras, “o dia que determinará minha carreira”. 

Para conseguir comprar a outra parte da refinaria, Rockefeller precisou pegar empréstimos e endividar-se demasiadamente. Caso o petróleo não se tornasse viável, certamente a falência chegaria a passos largos até a porta de John. Mas não foi o que ocorreu. A aposta de Rockefeller gerou frutos e seus lucros passaram a crescer rapidamente. Com o fim da guerra de secessão, o país precisava restabelecer-se economicamente, o que tornou, para Rockefeller, um campo de oportunidades que o magnata soube aproveitar. A “tomada do Oeste” ocorrida no fim do século XIX possibilitou a exploração de novas terras e o avanço das ferrovias, levando assim de forma célere mercadorias para exportação por todo o país. 

Dentro desse crescimento nasceu a principal companhia de Petróleo do mundo, comandada por Rockefeller: a Standard Oil Company. O papel da empresa estava em atuar em diferentes fases do petróleo: desde a sua extração até o transporte e refinamento. Assim, Rockefeller dominava todas as etapas do processo, monopolizando toda a indústria petrolífera dos Estados Unidos. 

O homem mais rico do mundo 

A guinada nos negócios de Rockefeller veio como fruto da sua visão. Apoiado pelo contexto histórico que viveu, seu negócio expandiu ao ponto de, à sua época, sua fortuna ser avaliada em 1,4 bilhão de dólares. Isso correspondia a 1,6% do PIB dos Estados Unidos. Nos dias atuais podemos até considerar que essa não é uma quantia assustadora se comparada com outros grandes empresários da atualidade. Porém, se convertessem esses números para os dias atuais, os “humildes” 1,4 bilhão se converteriam em 418 bilhões de dólares. Além disso, as diferentes empresas que foram criadas a partir da Standard Oil Company somam um valor de mercado de aproximadamente 2 trilhões de dólares.

Cá entre nós, esse é um patrimônio praticamente imbatível e isso nos leva ao questionamento do começo do texto: o que fazer com tanto dinheiro? A resposta de Rockefeller para essa questão foi a filantropia. Sua formação cristã desde sempre o impulsionou para à caridade e a ajudar a sociedade. Grande parte dos lucros obtidos por Rockefeller foram destinados a universidades, a igrejas de sua congregação e a pesquisas científicas. Doenças como a febre amarela, por exemplo, só foram erradicadas graças aos esforços e apoio financeiro do magnata do Petróleo. 

Assim, essa talvez seja uma excelente resposta para o que fazer com aquilo que tenho em abundância: doar a quem precisa. Claro, estamos falando de recursos financeiros e isso, talvez, seja o mais fácil que podemos doar. Pensando nessa ideia, podemos aplicar essa percepção em diversas áreas da nossa vida, seja financeira, emocional ou pessoal. No fim, dedicar-se aos outros e colocar o que temos de melhor à serviço do outro é a maneira mais inteligente de dispormos nossos recursos, seja em que esfera for. Por isso, Rockefeller não é um empreendedor de sucesso por suas características e lucro, mas, acima disso, por manter seus princípios e valores humanos ao longo de sua jornada. 

Bom trabalho e grande abraço.

Prof. Adm. Rafael José Pôncio



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sexta-feira, 14 de maio de 2021

Empreendedorismo feminino: Saiba quais os principais desafios que você precisa superar para aumentar o tempo de vida do seu negócio.

O empreendedorismo feminino está em crescimento no país, contribuindo para a renda familiar e o crescimento da economia nacional.


Contudo, ser mulher e empreendedora no Brasil não é uma tarefa fácil, não é mesmo?


Dados do Sebrae mostram que cerca de 9,3 milhões de mulheres são donas do seu próprio negócio. 


Elas representam mais de 34% de todos os donos de empresas formais e informais do país, e também são 48% dos microempreendedores individuais.


Entretanto, apenas 34% das empresas lideradas por mulheres permanecem em funcionamento.


Por que isso acontece?


A desistência maior acontece porque as mulheres enfrentam restrições de tempo, humanas, físicas e sociais que limitam sua capacidade de expandir seus negócios.


Neste artigo, você vai descobrir os 3 principais desafios do empreendedorismo feminino para se preparar na hora de abrir o seu negócio.


1) Autoestima baixa


De acordo com um relatório do Global Entrepreneurship Monitor sobre o empreendedorismo feminino, apenas 29% das mulheres no mundo se consideram capazes de iniciar um negócio com sucesso, em comparação com 42% dos homens.


A autoestima baixa é uma das principais vulnerabilidades das mulheres na hora de empreender. A maioria delas não se vê como uma empreendedora de sucesso tanto quanto os homens.


Elas não se reconhecem nesse lugar e ainda há uma cultura de que as iniciativas do empreendedorismo feminino são coadjuvantes financeiramente nos lares, algo apenas para complementar a renda familiar.


Esta questão parece ainda mais paradoxal num país como o Brasil em que as mulheres atingem em média um nível de instrução superior ao dos homens.


Segundo dados do IBGE, entre os homens com 25 anos ou mais de idade, 15,1% têm ensino superior completo. Já entre as mulheres com 25 anos ou mais de idade no país, 19,4% completaram o ensino superior.


2) Acesso a crédito


A dificuldade ao acesso a crédito é um grande obstáculo ao crescimento das empresas pertencentes a mulheres.


A Gallup World Poll mostra diferenças significativas no acesso a serviços financeiros para empresas pertencentes a mulheres e homens nos países em desenvolvimento.


Em média, as mulheres têm menos acesso a serviços bancários básicos, como conta corrente e conta poupança.


Os empréstimos feitos por mulheres são de menor valor, devido a baixa competitividade dos seus empreendimentos e, apesar de pagarem em dia seus empréstimos, a taxa de juros é maior para elas.


Como resultado, muitas mulheres empresárias dependem de suas próprias economias, empréstimos de familiares e amigos ou micro-empréstimos para financiar suas necessidades de negócio. 3) Jornada Tripla O Relatório Especial sobre Empreendedorismo Feminino no Brasil do Sebrae, divulgado em Março de 2019, aponta que mulheres trabalham 18% a menos nos seus negócios do que os homens.


Entretanto, as mulheres trabalham 70% a mais no total de horas em relação aos homens por conta da jornada tripla. Elas precisam conciliar seus negócios com os afazeres domésticos.


Segundo dados do IBGE, em 2019, os homens dedicam em média 11 horas por semana aos cuidados de pessoas e/ou afazeres domésticos, enquanto o tempo dedicado pelas mulheres a estas tarefas foi de cerca de 21 horas e meia por semana. 


Neste artigo, vimos os 3 principais desafios do empreendedorismo feminino. 


A autoestima baixa, a dificuldade ao acesso ao crédito e a jornada tripla são os principais fatores que impedem a mulher de consolidar e expandir os seus negócios.


Você deve estar se perguntando: Será que existe a possibilidade de encarar os desafios e ser uma empreendedora de sucesso?


Claro que sim!


O primeiro ponto é buscar se fortalecer e se reconhecer como uma mulher empreendedora dona do seu próprio negócio, segundo é fazer uma análise do seu valor humano, das competências e habilidades. Toda pessoa tem o seu valor, quão mais as mulheres que possuem uma inclinação fortíssima em administrar várias coisas ao mesmo tempo, por conta do histórico na qual a antropologia atesta.


Além disso, buscar referências do empreendedorismo feminino e grupos de apoio de mulheres empreendedoras é fundamental para o sucesso e longevidade do seu negócio!


Bom trabalho e grande abraço.

Prof. Adm. Rafael José Pôncio



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