sábado, 30 de maio de 2020

Os 11 métodos de empreendedores eficientes



Numa análise minuciosa de características, comportamentos e hábitos de empreendedores é possível perceber um certo padrão da psique humana em determinado grupo de pessoas, traçando um perfil podemos concluir a seguinte metodologia no dia a dia do empreendedor:

Exímios leitores sobre certas necessidades do ofício
Pergunte a um empreendedor o que ele está lendo atualmente e potencialmente irá lhe responder que está na busca de informações ligadas ao segmento em que atua, pois são exímios buscadores de conhecimento de forma atávica, pois são obcecados em fazer sempre melhor no mercado onde empreendem.

Dormem o necessário
É de admitir que de tempo em tempo ficam incomodados por ter que negar o ócio e quando enxergam uma oportunidade são despertados por um turbilhão de ideias, mas, sabem a necessidade de descansar dormindo o suficiente, pois seu corpo é a locomotiva empreendedorial que os leva ao sucesso de cada negócio.

Gerem muito bem as finanças
Quando começam um negócio pequeno, os empreendedores são o seu próprio sistema financeiro e conforme cresce o empreendimento, logo aumentam a equipe e cercam-se de pessoas para cada área de trabalho, mas se existe um setor que eles dominam e sabem controlar com uma visão sistêmica são as finanças, podem até não gostarem, mas por necessidade sabem controlar muito bem e ver o todo, a exemplo na área doméstica se nascer um filho - acabam de enxergarem os investimentos necessários para 10, 15, 20 anos ou mais, imaginem só na empresa que também é um 'filho'!

As atividades físicas diariamente
Com o tempo percebem através do autoconhecimento que cuidar do corpo humano é manter o equilíbrio no dia a dia dos negócios, pois em momentos de pico do stress, o que os fazem exímios sensores de justiça perante eventos marcantes laborais são resultados de uma jornada de exercícios físicos, sejam caminhadas, práticas esportivas mais ou menos elaboradas.

Praticam um hobby prazeroso
São verdadeiros perfeccionistas por um hobby, é uma conexão que transpassa sentidos e prazer, são momentos de foco, e por incrível que parece enxergam como desafio de superação, muitos empreendedores geraram novos negócios através dos seus hobbies - inexistia intenção para lançar negócio novo, mas como o dna de empreender estão nas 'veias', então logo virou negócio, para empreendedores a vida já é uma arte; é óbvio que o exemplo de empreender á partir de um hobby são casos isolados, mas a significação aqui é o prazer por fazer, é diferente e isso está neles.

Tem metas claras com visão de curto, médio e longo prazo
Dentre todos os métodos do empreendedor, creio ser este o mais profundo na característica dos empreendedores, quando o psicólogo Phd. David McClelland mapeou a tipologia dos empreendedores, deu bastante ênfase na verossimilhança sobre 'traçam metas claras e objetivas' a todo instante e alguns conseguem enxergar um longuíssimo prazo; quando o franco-empreendedor saudoso Abraham Kasinski vendeu o Grupo Cofap com 80 anos e após inquieto aos 82 anos lançou as  Motos Kasinski onde fonte fidedigna diz que ele traçava metas para 40 anos luz e sabia que não estaria mais na nova companhia.

Fazem o que tem que ser feito
São pessoas de ação, agem em circunstâncias desfavoráveis ou a seu favor, tomam decisões mensuradas sobre perspectivas incomuns e procrastinação está fora do seu perfil, as virtudes de um empreendedor é baseada em comportamentos ao invés de meras palavras ou seja agem de acordo com o que acreditam.

São severos em cumprir prazos e pactos
Se existe um hábito empreendedor marcante é cumprir os prazos sobre algo por tempo determinado, pois valorizam muito isso de forma honrosa, para eles atrasos é uma questão desonrosa, existe muita seriedade em cumprir e até mesmo fazer cumprir, é uma questão moral fortíssima para os empreendedores.

Desenvolvem rede de contatos
Valorizam e cultivam seu networking social, fazendo uso quando necessário, seja para desenvolver novos negócios, novas oportunidades de serviços ou produtos, os empreendedores sabem dar valor a um contato sem "coisificar" a relação, de forma respeitosa também servem de apoio a quem precisa no ecosistema empreendedor onde estão inseridos.

Avaliam risco o tempo todo
O risco faz parte de todo empreendedor, senão estariam em estruturas sociais de trabalho onde não demandaria risco, e bons empreendedores não são afoitos e sim correm riscos calculados em todas as perspectivas, possuem um certo prazer por riscos mensurados, isso foi desenvolvido em momentos da vida e sabem disso.

São avessos a mesmice
Já viu um empreendedor aceitar rotinas de hábitos muito conservadores? São verdadeiros avessos ao "costumismo", vivem procurando novas formas de evoluir na vida pessoal, na jornada dos negócios, sempre buscando mais e melhor, um tanto perfeccionistas, mas faz parte do cotidiano deles.

Uns com métodos e procedimentos para mais e outros para menos, mais acentuados e menos em certas características, esse agrupamento faz dos empreendedores pessoas que desenvolvem a economia, geram inovações e descobertas - inclusive cientificas, estão presentes em todo o mundo gerando vida para si e a comunidade onde atuam.

Bom trabalho e Grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 29 de maio de 2020
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/os-11-métodos-de-empreendedores-eficientes


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

sábado, 16 de maio de 2020

Risco é a taxa de admissão no empreendedorismo


O risco é fácil de entender. Ao crescer, ouvimos lembretes diários de risco: “Não brinque na chuva - você pode ficar doente”, e aquele outro: “Olhe para os dois lados ao atravessar a rua”.

Quando ficamos mais velhos, aprendemos a ver o risco como uma taxa de admissão por recompensa, como exemplo: "A pessoa que você gosta não vai sair com você se você não perguntar". "Para conseguir um emprego, você precisa se inscrever". Mais tarde ainda, aprendemos que as recompensas mais altas envolvem riscos mais altos.

Claramente, transformar oportunidade reconhecida em recompensa requer risco!

Colocar capital é o primeiro risco que a maioria das pessoas veem, mas o risco empresarial é mais profundo, e a reputação pessoal é que fica em questão. Os empreendedores também investem - e arriscam - tempo e custo de oportunidade, eles apostam no capital intelectual - expondo suas ideias empreendedoras ao mercado.

Para muitos empreendedores, os riscos são obstáculos que os mantêm à margem. O risco de perder um financiamento necessário para startup pode ser impensável, ou o risco de deixar um emprego estável pode ser demais para uma pessoa de um trabalho "conservador".

E há custos não financeiros a considerar!

No Japão, por exemplo, um empreendimento empresarial mal sucedido é tão prejudicial para a reputação de uma pessoa que aqueles que não obtêm sucesso são forçados a se afastar para não envergonhar sua comunidade. Essa pesada barreira de risco é parte do motivo pelo qual o empreendedorismo de startups no Japão está entre os mais baixos do mundo.

Em um ambiente de sala de aula, podemos reduzir o risco e criar um local seguro para os alunos tentarem praticar o empreendedorismo. Mesmo no espaço seguro da sala de aula, a noção de se levantar diante de 25 de seus pares e apresentar uma ideia está repleta de riscos sociais. Mas eles aprendem a avaliar esses riscos, enfrentam e passam por eles.

O mundo real não é tão simples, as empresas falham e riscos e consequências são reais. Um bom conselho para todos os potenciais empreendedores, seja em uma sala de aula ou em uma mesa de cozinha, é ser claro e objetivo sobre os riscos de atuar em oportunidades reconhecidas. Sente-se e escreva-as! Faça avaliações honestas sobre o que seu esforço custará em valores econômicos, dias e outras formas menos imediatas.

Pense em tudo o que você escreve como um empréstimo que está fazendo para a sua ideia - um empréstimo que nunca pode ser pago de volta.

Depois de ter sua lista de riscos, procure maneiras de reduzi-la ou gerenciá-la.

Para reduzir os riscos financeiros, aqueles que consideram uma nova ideia ou produto frequentemente pensam em se aproximar de investidores anjos ou capitalistas de risco. Infelizmente, especialmente como empreendedor pela primeira vez, atrair investidores iniciais pode ser especialmente complicado, demorado e pouco recompensador. Mas se financiamento externo é obrigatório para o sucesso da sua oportunidade, faça o seu trabalho de casa e prepare seu Plano de Negócios por escrito.

Em vez de perseguir investidores anjos, a maioria dos empreendedores pequenos, iniciantes e jovens aproxima-se da família e dos amigos para e apoiar - pessoas que provavelmente investirão nelas como suas ideias. Tenha em mente, no entanto, que, independentemente de quem você está pedindo auxilio para investir, colocar seu próprio dinheiro também demonstra confiança na sua ideia.

Outra ótima maneira de reduzir o risco é obter aconselhamento de mentores que podem dar uma visão inicial e analisar o risco. É por isso que, além de nossos professores, infundimos nossas salas de aula com mentores voluntários e líderes empresariais experientes.

Fora da sala de aula, existem redes de empreendedores e mentores através do networking, como o bem-sucedido Encontro Empretecos Centro SP, lá, e em centros semelhantes em todo o Brasil, aqueles com novas ideias ou novos negócios podem se conectar com aqueles que podem ajudá-los a entender e gerenciar seus riscos.

Infelizmente, não há resposta para saber quando o risco supera a recompensa ou ao contrário.

Antes de assumir qualquer risco empresarial, o primeiro passo nessa segunda fase de pensar como empreendedor é reconhecer, analisar e, quando possível, reduzi-los.

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 25 de setembro de 2019
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/risco-é-a-taxa-de-admissão-no-empreendedorismo



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Os 11 métodos de empreendedores eficientes



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sábado, 25 de abril de 2020

O jeito Disney de encantar clientes: uma lição que todo empreendedor precisa conhecer


Um pesamento inovador, focado na satisfação do cliente.

Aliás, no bem estar do cliente.


Melhor falando, no encantamento do cliente.


Esse era a ideia que norteava as criações de Walt Disney e que é praticado até hoje nos parques temáticos.


E funciona bem demais.


O Jeito Disney de encantar clientes é mais que um livro, é uma lição que todo empreendedor deve conhecer.


Esse tremendo criativo, com visão a longo prazo é uma inspiração para todo aquele que sonha em ter o próprio negócio.


Ele tem a resposta para perguntas fundamentais.


Quer ver?


O que você faz para atrair mais clientes e fidelizar quem conseguiu angariar uma vez?


UMA CHANCE
Você só tem uma chance.

O que você faz com ela?

A melhor resposta parece ser: tenha em seu cliente um aliado e não perca a oportunidade de fazer com ele uma parceria a longo prazo, quem sabe por uma vida inteira.


Seus clientes serão sua melhor e mais poderosa propaganda.

O boca a boca é a top entre as estratégias tops para conseguir novos fãs de cada negócio.


O cliente precisa se sentir seguro para aceitar ter algum tipo de relação com um produto ou empresa.


Você não deixa qualquer um entrar na sua casa e fazer parte da sua vida.

O cliente também não.

O USO DA MAGIA


A inspiração de Walt Disney para criar a Disneylândia foi o desejo de dar às filhas um lugar mágico e seguro para brincar.


Foi essa ideia que ele multiplicou para milhares de outras crianças e suas famílias.


A lição dele aqui é a arte de entregar ao cliente exatamente o que ele deseja, ainda que ele ainda não saiba o que quer.


E mais do que isso, entregar esse desejo de forma surpreendente.


Quem vai aos parques temáticos da Disney está em busca de uma experiência única e cheia de elementos lúdicos.


Pois lá tem tudo isso e mais, quem está naqueles lugares não quer estar em qualquer outro local.


Cada atração da Disney tem o compromisso de “teletransportar” o espectador para outro mundo, bem longe dos problemas do dia a dia.


OS COLABORADORES SÃO ALIADOS FUNDAMENTAIS


O jeito Disney de encantar clientes é uma cultura seguida por todos os colaboradores que trabalham ali para proporcionar ao público a melhor experiência de suas vidas.


A receita de sucesso do empreendimento é focar no empoderamento de seus funcionários.


É acreditar que eles são a chave para levar de geração em geração a forma lúdica de ver o mundo.


Para isso, eles têm que possuir um sentimento de pertencimento muito forte.


Precisam ter em mente que são a empresa e, portanto parte fundamental de toda a cadeia produtiva.


Também precisam internalizar os fortes valores da marca e sua função social.


A eles é repassado que a Disney não quer um cliente para uma vivência única.


Ela trabalha para cultivar um relacionamento duradouro com seus consumidores.


A paixão pela Disney vai além dos parques temáticos e seus personagens.


A marca está espalhada ao redor do mundo em diferentes tipos de produtos.


A empresa agrada não só as crianças atuais, mas continua a manter apaixonadas as que já viraram adultos.


CHEGANDO FUNDO NA EMOÇÃO


A Disney promete e cumpre: entrega ao público felicidade.


E quem não quer se sentir feliz?


A empresa consegue alcançar um território ainda pouco explorado: as emoções dos clientes.


E é aí que está a grande sacada.


Quando você fascina o cliente levando em consideração suas emoções, ele tende a ser fiel à sua marca e a seus produtos.


De uma forma ou outra, sempre existem oportunidades para aumentar a qualidade de cada negócio, por mais particularidades que ele tenha.


Grandes lições de um grande empreendedor!

Bom trabalho e grande abraço.
Prof. Adm. Rafael José Pôncio


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terça-feira, 14 de abril de 2020

A Inovação: É moderna? E a sua importância?


Ao contrário do que muitos podem pensar, a inovação não é um assunto tão recente no setor econômico. Na verdade, desde a primeira metade do século XX, ela vem sendo debatida e explorada a favor de melhores resultados em diversos setores da economia, dentre eles, o varejo. Segundo Schumpeter (1982, p. 47) “entendemos por desenvolvimento, portanto, apenas as mudanças da vida econômica que não lhe forem impostas de fora, mas que surjam de dentro, por sua própria iniciativa”, Fica claro, portanto, que o varejo, sendo ele máquina impulsionadora da economia, está amplamente envolvido nas prerrogativas da inovação, sua gestão, suas ferramentas e seus modelos de aplicação.

A competitividade é a mola propulsora de busca pela superação e pela sustentabilidade do negócio, seja ele de pequeno porte, como o mercadinho de bairro, até os grandes hipermercados de rede internacional, ou seja, ela é quesito de sobrevivência. Para Carvalho, Reis e Cavalcante (2011, p. 13), “a resposta às pressões surge na forma de consolidação ou adoção de práticas de gerenciamento, como gestão de qualidade, planejamento estratégico, gestão financeira, marketing, gestão de projetos, gestão da produção, gestão de pessoas e, mais recentemente, gestão da inovação”. A partir da ordenação sistêmica dada pelos autores e conhecedores das exigências que a globalização trouxe para a dinamicidade das relações de negócio, já não podemos mais pensar em relações de compra e venda apenas sob a perspectiva dos lucros. É, então, um conjunto, tratado pelos pesquisadores como ‘agregação de valor’, que definirá e ditará os rumos das organizações.

Já sabemos que a inovação não é evento exclusivo da tecnologia. Ela é, sim, sistêmica, por exigir que as ações caminhem em conjunto; e é continua, pois a dinamicidade das relações econômico-sociais exige que os produtos ou serviços sejam capazes de acompanhar a rapidez das mudanças. Para Carvalho, Reis e Cavalcante (2011), a inovação ainda precisa ser considerada sob dois elementos: internos e externos à organização. Observe no quadro a seguir:

Elementos internos
Ambiente propício à inovação.
Pessoas criativas (empresários, colaboradores, funcionários), preparadas e estimuladas para inovar.
Processo (ou método) sistêmico e contínuo.

Elementos externos
Políticas.
Investimentos e estímulos do governo.
Articulação entre associações e federações de empresas.
Abertura de universidades e institutos a parcerias.
E financiamento e fomento à inovação.

E quais as vantagens que as empresas têm em inovar?

  • Aumento da demanda para seus produtos e serviços.
  • Melhor defesa de sua posição competitiva.
  • Redução de custos.
  • Ampliação de margens de lucros.
  • Aumento na competência para inovar.

Para Carvalho, Reis e Cavalcante (2011, p. 18-19), é por meio da inovação que as empresas conseguem alcançar maior desempenho e diferenciam-se positivamente das concorrentes.

As ações de maior representatividade para as empresas que investem e sempre atentas a mudanças, com alta cultura de desafios é sempre foi a inovação.

É, portanto, pelo caminho da inovação que não só as grandes organizações, mas sim empresas inovadoras de qualquer porte alcançam e, principalmente, mantêm o destaque perante os concorrentes e a sustentabilidade dessa vantagem.

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 17 de abril de 2019
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/a-inovacao-e-moderna-e-a-sua-importancia



Conheça também:

Por que ser um profissional de excelência é a base de qualquer negócio no empreendedorismo?



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sábado, 4 de abril de 2020

Teoria dos Três Fatores de Sirota



Mantendo os funcionários entusiastas

O alto entusiasmo no trabalho geralmente significa disposição, para trabalhar afinco.

Então você viu pessoas começarem novos trabalhos com muito entusiasmo, prontas para começar a contribuir, mas depois observaram enquanto perdiam essa motivação constantemente?

Infelizmente, isso é comum. E isso pode levar a sérios problemas para os gerentes, pois eles lutam para motivar membros da equipe frustrados, indiferentes, não cooperativos e improdutivos. Supervisão rigorosa, discursos motivacionais, programas de recompensa, disciplina progressiva e transferências de departamento - tudo isso faz parte da caixa de ferramentas do gerente. No entanto, essas estratégias geralmente não são eficazes.

O Dr. David Sirota, pesquisador e consultor organizacional, conduziu uma pesquisa sobre formas de motivar funcionários. Seu trabalho foi baseado em pesquisas de mais de quatro milhões de trabalhadores em todo o mundo - assim como grupos focais, entrevistas, estudos de caso e observações informais. Mais proeminentemente exposto em seu livro de 2005 denominado The Enthusiastic Employee, ele concluiu que a maneira de entusiasmar os trabalhadores é dar a eles o que eles querem.

A Teoria dos Três Fatores de Sirota da Motivação Humana no Local de Trabalho baseia-se em três princípios fundamentais:
  1. Os objetivos da organização não estão em conflito com os objetivos dos colaboradores. 
  2. Os colaboradores têm necessidades básicas que as organizações devem tentar atender. 
  3. O entusiasmo da equipe é uma fonte de vantagem competitiva.
Para entender e apreciar a teoria de Sirota, é importante reconhecer o ponto de partida: que a maioria das pessoas inicia um novo trabalho com altos níveis de motivação e entusiasmo e que geralmente querem aproveitar o que fazem. Ele argumenta que esse estado natural de motivação é então reduzido, ao longo do tempo, por más práticas e más condições dentro da empresa. 

Os três fatores, que juntos constroem entusiasmo, são os seguintes:
  1. Equidade/Justiça - As pessoas querem ser tratadas de forma justa no trabalho. 
  2. Realização - As pessoas querem fazer um trabalho importante e útil e serem reconhecidas por isso. 
  3. Camaradagem - As pessoas querem ter bons relacionamentos com seus colegas de trabalho.
Vamos analisar cada um destes fatores:

Fator Um: Equidade/Justiça

As pessoas são motivadas por um tratamento justo e querem que sua empresa ofereça condições básicas que respeitem suas necessidades fisiológicas, econômicas e psicológicas.

As pesquisas de Sirota incluíam questões sobre condições físicas de trabalho, segurança no trabalho, a quantidade de trabalho esperado, remuneração, comunicação, favoritismo e a consistência das ações e comunicação da administração.

De acordo com Sirota, para garantir que sua organização demonstre equidade, você precisa abordar todos os três elementos de justiça:

Segurança fisiológica
  • Garantir a segurança física dos trabalhadores. 
  • Crie condições de trabalho seguras.
  • Estabeleça expectativas que dêem à sua equipe um equilíbrio razoável entre trabalho e vida pessoal.
  • Certifique-se de atender a todos os requisitos de segurança no local de trabalho.
  • Fornecer treinamento de segurança regularmente.
Segurança Econômica
  • Fornecer um nível razoável de segurança no trabalho.
  • Considere todas as alternativas possíveis antes de demitir colaboradores.
  • Peça demissões voluntárias quando uma dispensa for inevitável.
  • Comunique-se aberta e honestamente sobre a demissão.
  • Fornecer recolocação e apoio financeiro para os colaboradores que perderam seus empregos.
  • Manter as necessidades de justiça dos colaboradores. que permanecem.
Fornecer compensação justa
  • Pague salários competitivos e acompanhe a inflação.
  • Inclua algum pagamento variável (bônus) por desempenho.
  • Permitir que os colaboradores compartilhem o sucesso da empresa por meio da participação acionária ou de outros programas de participação nos lucros. 
A teoria de Sirota é forte em compensação. Ele não acredita (como alguns fazem) que o dinheiro está abaixo na lista de fatores motivadores. Sua teoria diz que o pagamento representa respeito e realização, não apenas a capacidade de comprar as necessidades da vida.
 
Saúde psicológica
  • Crie um ambiente de respeito.
  • Trate todos os colaboradores. da mesma forma, independentemente de quanto poder eles têm.
  • Use o poder de forma justa.
  • Minimize as distinções de status no local de trabalho - por exemplo, evitando estacionamentos separados ou áreas de alimentação.
  • Fornecer autonomia suficiente e apropriada e trabalho independente.
  • Preste atenção ao que os colaboradores dizem, o que querem e precisam.
  • Forneça feedback e reconhecimento positivos.
  • Mostrar interesse nos colaboradores e insistir na cortesia comum.


Fator Dois: Realização

As pessoas querem ter orgulho de seu trabalho e querem que suas conquistas sejam reconhecidas. Eles também querem se sentir orgulhosos do que a organização como um todo alcança.

Sirota fez perguntas aos colaboradores sobre a quantidade e o tipo de feedback que receberam, sobre como o ambiente de trabalho era participativo, se os recursos adequados eram fornecidos e como estavam orgulhosos de sua empresa.

Para ajudar as pessoas a sentir esse sentimento, uma organização precisa fazer quatro coisas:

1. Fornecer um ambiente de trabalho capacitador:
  •  Dê às pessoas o que elas precisam para fazer bem o trabalho.
  • Use equipes de forma eficaz.
  • Use liderança participativa prática.
  • Torne a organização o mais plana possível - em outras palavras, elimine a burocracia e a hierarquia onde você puder.
  • Delegar efetivamente, e evitar o microgerenciamento.
2. Fornecer um trabalho desafiador:
  • Permitir que as pessoas façam um trabalho interessante e que use suas habilidades e competências.
  • Contrate pessoas com base no ajuste.
  • Trabalhos com possibilidade da criatividade para enriquecimento e satisfação.
  • Comunique como cada trabalho contribui para a empresa como um todo.
  • Fornecer treinamento e oportunidades para as pessoas aprenderem novas habilidades.
3. Use Feedback, Reconhecimento e Recompensa:
  • Deixe as pessoas saberem como estão se saindo.
  • Comunique expectativas claras.
  • Estabelecer e concordar com prioridades.
  • Use recompensas tangíveis para reconhecer conquistas.
  • Balanço de críticas com muitos elogios.
  • Promover de dentro, sempre que possível.
  • Leia mais sobre como dar feedback.
4. Seja uma Organização de Propósito e Princípios:
  • As pessoas querem trabalhar para empresas confiáveis ​​de que possam se orgulhar. 
  • Crie uma visão, isso pode deixar os colaboradores orgulhosos.
  • Comunique os princípios da empresa.
  • "Fale do seu negócio com paixão." 
  •  Adote e aplique a liderança ética.
  • Fornecer um produto ou serviço de qualidade e usar práticas de gerenciamento de qualidade.


Fator Três: Camaradagem

Quando as pessoas vão trabalhar, elas querem se divertir. Isso faz com que as relações interpessoais sejam muito importantes. Uma cultura que apoia e incentiva a cooperação, a comunicação, a amizade, a aceitação e o trabalho em equipe é fundamental para manter o entusiasmo. Como tal, a parceria precisa ser uma parte importante da cultura da empresa.

Cultura de Parceria
  • Os colaboradores querem sentir um senso de comunidade e trabalho em equipe.
  • Faça das "habilidades das pessoas" uma prioridade. Demonstre empatia, consideração e respeito - e espere o mesmo de todo colaborador.
  • Incentive as interações e forneça oportunidades sociais.
  • Recompense os comportamentos positivos da equipe.
  • Incentivar a interação interfuncional e o trabalho em equipe.
  • Revise os mandatos e práticas do departamento regularmente para garantir a consistência na abordagem e na mensagem.
  • Use normas por consenso de equipe para desenvolver regras básicas.
  • Use a resolução colaborativa de conflitos negociação ganha-ganha técnicas para resolver diferenças.
Ao criar um ambiente que atenda a todos os três fatores de entusiasmo, você pode garantir melhor a satisfação, a motivação e a produtividade do colaborador. No entanto, esses fatores não são independentes um do outro: você não pode ignorar as necessidades de compensação e esperar compensá-lo com maior camaradagem.

Da mesma forma, você não pode permitir que um gerente trate mal sua equipe, mesmo que você forneça elementos de alta realização.

Importante: Uma das descobertas de Sirota é que os elementos de equidade são mais fundamentais, e você deve abordá-los antes de acrescentar outros fatores de entusiasmo.

Pontos chave

O entusiasmo, como uma medida da motivação e produtividade do trabalhador, é o ponto central para a Teoria dos Três Fatores de Sirota.

Ao invés de acreditar que você de alguma forma tem que motivar as pessoas a fazerem o trabalho, essa teoria assume que todos começam motivados - mas então outras coisas acontecem, ou não acontecem, que reduzem essa motivação natural.

Para reconstruir o entusiasmo dos colaboradores, os líderes e gerentes devem criar um ambiente e práticas de apoio que ofereçam altos níveis de equidade, conquistas e camaradagem. Quando as pessoas são tratadas de forma justa, orgulham-se do trabalho que fazem, e fazem isso com as pessoas de quem gostam, então o entusiasmo aumenta - juntamente com o moral e a produtividade.

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 02 de fevereiro de 2019
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/a-teoria-dos-tres-fatores-de-sirota



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