segunda-feira, 30 de setembro de 2019

3 livros essenciais sobre empreendedorismo para quem quer ser um empreendedor de sucesso

 


Você está planejando empreender, mas não sabe quase nada sobre empreendedorismo?


Muitas pessoas, assim como você, se preocupam com a parte técnica do seu negócio, mas esquecem de aprender sobre como o mundo dos negócios funciona.

Então, a não ser que você seja um expert em empreendedorismo, logo perceberá que seu conhecimento pode não estar no mesmo nível de quem está no ramo e isso o assusta.

Porém, não precisa se preocupar.

Se você tem facilidade em aprender, e gosta de uma boa leitura, isso pode ser resolvido.

Neste artigo trago 3 melhores livros sobre empreendedorismo para quem quer ser um empresário de sucesso.

Confira!

1 – Startup - Chris Guillebeu


Se você quer empreender e tem poucos recursos, esse livro é pra você.

Ele relata várias histórias de sucesso de pessoas que nunca pensaram em empreender, mas tiveram que se reinventar devido a alguma fatalidade da vida. 

Além disso, motiva você a enxergar as oportunidades que já possui, sejam elas óbvias ou não.

O livro ainda mostra várias sacadas de como vender o seu produto ou serviço  com várias estratégias práticas de marketing.

Um ponto importante que Chris deixa de mensagem no livro, é que a fórmula de sucesso de um empreendimento é a junção de paixão + habilidade + a utilidade do seu negócio para as pessoas. 

2 – Empreendedorismo - Elabore seu plano de negócio e faça a diferença! – Marcelo Nakagawa


Esse não é mais um livro de histórias e frases inspiradoras. É indicado para quem gosta de exemplos concretos e metodologia. 

Vai te ajudar a colocar suas ideias no lugar.

Nele, Marcelo Nakagawa apresenta técnicas de como ter ideias de negócio e se realmente são boas oportunidades.

Além disso, sugere métodos para construir bons planos de negócio. Etapa fundamental para quem não quer ter surpresas desagradáveis logo nos primeiros meses do negócio.


Um jogo de cartas acompanha o livro para estimular o aprendizado do empreendedor de primeira viagem e fazê-lo desenvolver um empreendimento realmente diferenciado.


Marcelo é uma referência no assunto e um grande professor.

3 – Sem dinheiro - Bruno Perin 


Esse é mais um livro para aqueles que querem empreender, mas tem pouco dinheiro.

O autor mostra que não ter grana para investir no seu negócio não deve ser um fator impeditivo.

Isto é, você precisa ter algo de valor para entregar ao seu futuro cliente.

Em entrevista ao site startando-se, Bruno diz que “Muitas pessoas querem começar negócios e apenas tem uma ideia superficial, e acham que isso é grande coisa, a ideia é justamente fazê-las entender, que de muitas formas você pode começar a ter mais valor no que está fazendo, mesmo que não tenha grana para ajudar”.

Livros abrem portas para o conhecimento!


Aqui você conheceu os 3 potenciais livros e bons sobre empreendedorismo para quem quer ser um empreendedor de sucesso.

Isso porque eles possuem o conhecimento, técnicas e metodologias realmente capazes de transformá-lo em um empresário preparado para o mundo dos negócios. 

São livros que vão ajudá-lo a organizar seus projetos e tirá-los do papel.

Entretanto, não se esqueça que conhecimento nunca é demais! 

Então, continue estudando sempre, busque por outros títulos, cursos e mentorias, mesmo que você já esteja no mercado há algum tempo.

Estar preparado é essencial para o sucesso do seu empreendimento!

Bom trabalho e grande abraço.

Adm. Rafael José Pôncio




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terça-feira, 3 de setembro de 2019

O inicio da cura pela autohonestidade


A autohonestidade é o tipo mais importante de honestidade porque a verdadeira mudança e cura jamais aconteceriam sem ela.

Quando somos emocionalmente desencadeados ou desafiados por algo que alguém diz, a lógica e a autorreflexão honesta dificilmente sucumbirá. Quando em disputa ou desacordo com alguém que não vê os fatos e no intuito de eliminar a lógica, poderá sentir-se indefeso com a aceitação da realidade.

Depois de anos de meditação sobre este método e tentando quase de tudo para superar as defesas de alguém, a melhor maneira de saber abordar esse impasse é perguntar ao interlocutor: "Quando você examina seu coração de forma vulnerável com uma mente honesta, o que a verdade faz você achar? "

A razão para essa abordagem é que nenhuma quantidade de lógica vai conseguir que outros (ou 99% das pessoas) vejam a luz quando eles têm um investimento emocional sobre fatos que contesta sua estrutura de realidade existente. Isso é chamado de dissonância cognitiva: uma incapacidade de acreditar no que contradiz o conhecimento atual, muitas vezes porque é muito assustador transformar o mundo de cabeça para baixo com novos conhecimentos. Poucas pessoas estão dispostas a ser seu próprio "eu cético racional".

Não podemos romper a dissonância cognitiva com a lógica, a menos que alguém esteja disposto a enfrentar o medo emocional subjacente do que faz com que eles rejeitem o que ouvem. E, quanto mais você pressiona contra essa resistência, mais eles (interlocutores) excluem a única coisa que realmente podem despertá-los. É por isso que a única solução seria pedir-lhes que olhem honestamente em seu coração - porque só eles são capazes de ignorar suas defesas.

No entanto, os corajosos, os poucos, os que têm integridade e um desejo de verdade, e estão dispostos a sofrer o alinhamento com a realidade, aceitarão dissonância cognitiva desconcertante e desorientadora sobre o medo de rejeitar novas verdades apenas porque a última aparenta muito medo. Essencialmente, quando nos preocupamos em descobrir a verdade mais do que proteger nossa visão de mundo, a dor de negar a verdade é mais dolorosa do que enfrentá-la. O que torna essa dor de negação mais ou menos dolorosa é a bússola moral. Os poucos, os valentes, os guerreiros integrantes da verdade, sacrificam explicações arrumadas e o conforto das percepções estáticas para permanecer na fronteira da descoberta e uma visão de mundo constantemente ajustável, que a experiência e o novo conhecimento promovem.

A integridade, para a honestidade intelectual e emocional, não nos deixa ficar na negação, não nos permitirá evitar a dor (para o ego) da autocorreção e da humildade ao custo do que é verdade. Uma maneira de descobrir o que é verdadeiro é ouvir e considerar verdadeiramente a informação que nos é apresentada. Outro é usando o argumento e o debate - mesmo com seu parceiro, um amigo ou chefe - mais como uma ferramenta de aprendizado do que para "vencer". Apresentar o raciocínio e o argumento de uma pessoa está tudo bem, desde que também seja sincero sobre a veracidade dos pontos do nosso interlocutor.

Tenha em mente que o nosso medo da realidade que voa em face de crenças erradas geralmente é inconsciente em tais indivíduos e se manifesta como negação, raiva e até violência - tudo para proteger a "visão de mundo" de alguém quando está ameaçado por uma verdade inconveniente. Estes são os sintomas da dissonância cognitiva. Os "fatos alternativos" são um bom exemplo da negação da verdade que ameaça o ego frágil e autoilusão narcisista. É um exemplo de desonestidade intelectual gerado por insegurança emocional excessiva e subjacente.

Tudo o que podemos fazer perante a desonestidade e negação pode ser plantar a semente de autohonestidade, e se germinar, ótimo. Se não for, geralmente não há outra maneira de gerar manualmente a autorealização em outra pessoa. Se não germinar, então você deve praticar a autoaceitação radical e deixá-lo ir para o melhor que puder, pois respeitar o tempo dele também é necessário.

A autohonestidade é o motor da mudança, da evolução, da compaixão e da paz. Então, da próxima vez que você perceber isso em alguém, pergunte-lhes a questão que promove a autohonestidade, e veja se você pode deixar descansar sobre isso, porque provavelmente não haverá outra maneira de se aproximar:

'Quando você examina seu coração de forma vulnerável com uma mente honesta, que verdade você encontra?'

Se o interlocutor está muito irritado, defensivo ou em negação, o plantio desta semente ainda tem o poder de ficar com ele. Isso vai incomodar a consciência de alguém que seja digno de ser incomodado pela verdade, ou quem, na melhor versão de si mesmo, é humilde, consciente e autohonesto o suficiente para ver sua loucura. Claro, alguém que tem medo da verdade provavelmente não será realmente aberto de coração para se autorefletir de forma emocional e intelectualmente honesta. Mas, é tudo o que podemos fazer, penso eu, e pelo menos prejudicial e mais compassivo possível.

E, é claro, nós também nos deparamos com nossa própria autohonestidade. Estamos sendo honestos com nós mesmos, estamos negando ouvir e acreditar no que está sendo compartilhado conosco? Em um jogo de egos, é o primeiro a deixar as suas defesas, tornar-se vulnerável (se apenas com outro interlocutor) e reconhecer a verdade naquele cálice sagrado de coração aberto e mente sincera, unida. Quando somos capazes de indagar honestamente, talvez quando estivermos calmos o suficiente, podemos nos perguntar:

'Quando eu olho de forma vulnerável em meu coração, e examino meus próprios pensamentos e crenças, com uma mente sincera, que verdade eu encontro lá?'

Se eliminarmos nossa autohonestidade e autoreflexão através de uma mente clara e um coração regulado, podemos descansar em nossa própria integridade e praticar a aceitação radical do que a outra pessoa não é capaz de fazer. Plantar a semente da autoreflexão e concordar em discordar é tudo o que podemos fazer às vezes. Isso ocorre porque qualquer despertar depende primeiramente de nossa vontade de ser sincero consigo mesmo.

Em suma, a maioria das curas depende da autohonestidade; uma vez que o medo assombra o grau em que podemos ser honestos, mais podemos enfrentar o medo neurótico, quanto mais honesto pudermos e quanto mais possamos curar.

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 02 de setembro de 2019
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link: https://administradores.com.br/artigos/o-inicio-da-cura-pela-autohonestidade-nbsp



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quarta-feira, 28 de agosto de 2019

3 atitudes para eliminar a exaustão ao empreender e evitar o 'burnout'



Apesar do propósito e manutenção da visão empreendedora sobre o negócio, mesmo assim sente-se cansado e desgastado, a isso pode ser o início ou o estágio avançado da síndrome burnout.

Os sintomas incluem cansaço profundo, falta de entusiasmo pelo que faz e sensação de não dar conta das responsabilidades.

Você tem dificuldade de se levantar de manhã para trabalhar, embora tenha dormido o suficiente? Sente-se profundamente desgastado com o que faz? Se a resposta for afirmativa, talvez você esteja exausto — “queimado” — pelo trabalho. Sensações assim às vezes são pontuais. Podem ocorrer, por exemplo, quando enfrentamos uma situação que foge do habitual; quando as férias se aproximam; quando você está absorto num projeto muito exigente ou quando está num estágio complicado. 

Nesses casos, não há motivos para se preocupar. Mas quando os sintomas são intensos e constantes, e não existem fatores externos que expliquem tal sensação, corremos o risco de cair no estresse crônico ou síndrome de bournout [termo em inglês que significa “queimar até o fim”].

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu esse transtorno como uma doença laboral. Estima-se que atinja 10% da população ativa no mundo. Entre os seus sintomas, incluem-se o desgaste profundo, a falta de entusiasmo com o que faz e a sensação de não dar conta frente ao acúmulo de responsabilidades. 

Muitas pessoas podem estar “queimadas” pelo trabalho, mas isso não significa que tenham a doença. Só poderemos evitá-la se identificarmos, de forma antecipada, as situações que nos levam a sofrê-la. Vejamos então os sintomas em mais detalhes — e de que forma seria possível preveni-los.

A principal armadilha para reconhecer que estamos “queimados” é gostar muito do trabalho ou considerá-lo nossa vocação. Se a vida inteira você sonhou em ser empreendedor em determinada área ou várias, como é possível que ir ao trabalho seja tão animador quanto escalar o Everest? Acredita-se que a maioria das pessoas com burnout tenha um propósito que ajuda terceiros num comprometimento excessivo com pessoas. Se esse é o seu caso, preste atenção em como você se sente agora e aceite que isso pode acontecer.

Uma das formas de prevenir o desgaste é dedicar um tempo a si mesmo. Horas excessivas de trabalho (mesmo que seja por paixão) e não ter âmbitos para se cuidar são fatores que trazem um risco importante. As consequências não são imediatas: aparecem depois de cinco a oito anos, segundo os especialistas. Podemos evitá-las como uma agenda rigorosa, ainda que implique uma pausa naquilo que tanto gostamos de fazer.

Em segundo lugar, ser muito exigente consigo mesmo pode trazer problemas. A auto exigência significa mais e mais horas de esforço. Essa atitude, em si, não é prejudicial; o problema surge quando a dose é excessiva, quando a necessidade de autoafirmação através do sucesso não nos permite uma trégua ou quando a própria cobrança nos leva a buscar a aprovação constante dos demais. Essas situações geram um estresse a mais, que pode provocar o surgimento da síndrome. O antídoto é treinar a mente do aprendiz. Ou seja: transformar os desafios em oportunidades de aprendizagem e não agir como juízes de nós mesmos. Para conseguir isso, a professora Carol Dweck propõe desenvolver a “mente de crescimento”: se esforçar na aceitação profunda de quem você é, sem necessidade de que o resto do mundo aprove o quanto você faz.

O terceiro inconveniente aparece quando você chega à meia idade trabalhando há vários anos num ritmo intenso. A síndrome de burnout exige tempo para vir à tona. O problema é a dificuldade de detectá-la em tempo hábil. Primeiro, como vimos, porque gostamos do que fazemos. Segundo, porque é um tipo de estresse sigiloso e constante. Quando entramos nesse ritmo, aparece a chamada “síndrome do sapo fervido”. Isto é: se um sapo for colocado numa panela de água fria que esquenta lentamente, acabará morrendo queimado. O animal não é consciente de que deve pular para fora da panela, embora possa fazer isso. É assim que o estresse silencioso age em nossa vida.

O antídoto é aprender a dizer não, trabalhar espaços de relaxamento e desconexão (como o mindfulness e o esporte) e repensar por que fazemos o que fazemos. Se damos tudo de nós trabalhando pelos demais, por mais que isso tenha sentido, e não cuidamos de nós, viveremos numa prisão que nos destruirá aos poucos. Todos corremos o risco de esgotamento no trabalho — seja porque gostamos do empreendimento ou porque o realizamos de corpo e alma, perdendo a noção de que devemos cuidar de nós mesmos. Se isso acontece, podemos desenvolver o síndrome de burnout no longo prazo. Seus sintomas são especialmente prejudiciais para a saúde. Cabe ao empreendedor prevenir, portanto presentei-se a sim mesmo fazendo uma reflexão profunda e diagnosticando as práticas e habituando-as, é simples.

Bom trabalho e Grande Abraço.
 

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 19 de agosto de 2019
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/3-atitudes-para-eliminar-a-exaust%C3%A3o-ao-empreender-e-evitar-o-burnout


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Os traços de um empreendedor versus um gerente


Gerentes e empreendedores desempenham um papel fundamental na comunidade empresarial, ambos são importantes e necessários. Muitos deles compartilham algumas das mesmas características, mas algumas diferenças existem quando trata-se dos traços básicos de cada um. O gerente desempenha um papel totalmente diferente de um empreendedor - a menos, é claro, que um empreendedor esteja administrando seu próprio negócio, nesse caso, o empreendedor assume algumas das características de um gerente por necessidade e isso ocorre frequentemente quando é no início do negócio.

Vejamos algumas peculiaridades:

O Foco


O foco de um empreendedor e um gerente tendem a ser diferentes quando se trata de seu objetivo geral em um negócio. Um empreendedor é alguém que está preocupado principalmente com os componentes necessários para iniciar um negócio. Já um gerente normalmente se preocupa com a sustentabilidade e concentrar-se no que pode ser feito no âmbito que ele recebeu para trabalhar em uma empresa existente.

O Crescimento


Tanto os gerentes quanto os empreendedores estão preocupados com o crescimento dos negócios. Um empreendedor começa com a ideia do negócio desde o início e o seu potencial de crescimento a longo prazo. Uma análise do mercado e dos recursos disponíveis em relação à ideia original desempenha um papel primordial em suas decisões de negócios. Enquanto um gerente de negócios está focado em gerar crescimento com base nos recursos disponíveis. Um gerente deve fazer com que os colaboradores desempenhem ótimos níveis e deve fazer uso de recursos não humanos para gerar crescimento adicional além da sustentabilidade básica.

A Inovação


Empreendedores tendem a serem visionários. Eles veem uma tendência ou um mercado potencial para um produto/serviço e transformam sua visão em realidade. Um gerente tem que se preocupar com a visão de outra pessoa. Empreendedores são muitas vezes inovadores na indústria em que se aprofundam, enquanto os gerentes normalmente confiam em métodos testados e verdadeiros para administrar um negócio. Os gerentes podem ser inovadores, mas não iniciam novos negócios nem abrem novos mercados. Eles inovam em termos de como lidam com seus colaboradores e os inspiram a fazer melhor, ou da maneira como aumentam a eficiência com o uso de recursos, mas normalmente não iniciam algo novo.

O Risco


Empreendedores são tomadores de risco inerentes, enquanto os gerentes não o são. Isso não quer dizer que um empreendedor apenas tenha riscos "cegos", os riscos são frequentemente calculados, mas ele precisa "engatilhar" e dar o aval de vez em quando. Um empreendedor opera em uma atmosfera de incerteza, enquanto um gerente de negócios só pode assumir riscos dentro dos parâmetros estabelecidos pelo empregador. Um gerente tem que ser mais conservador nesse sentido, porque está preocupado com os negócios de outra pessoa que não os seus. Os gerentes são especialistas em gerenciamento de risco que avaliam a probabilidade de um empreendedor ou proprietário de uma empresa. Eles também calculam os riscos, mas têm a garantia, na maioria dos casos, de que seu trabalho estará lá no dia seguinte. Um empreendedor não sabe se seu negócio será bem-sucedido ou se ele conseguirá aumentar as receitas com seu empreendimento.

A grandeza das competências e habilidades de cada um devem serem observadas e compartilhadas entre si, o alvo por resultados qualitativos e satisfatórios ao cliente é o que fará toda a diferença, pois muito além dos traços e características que já são inatos no empreendedor e gerente - o que mais importa para ambos é o cliente feliz.

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 17 de abril de 2019
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link 
fonte: https://administradores.com.br/artigos/os-tracos-de-um-empreendedor-versus-um-gerente



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sábado, 3 de agosto de 2019

O que é Cultura do Consumo?


É importante destacar a importância de saber o cerne da Cultura do Consumo, para compreender como se estabeleceram e evoluíram as relações de consumo na sociedade e, dessa forma, ampliar a análise sobre os fenômenos de formação do mercado atual e antever os seus possíveis desdobramentos no futuro.

Inicialmente, optei pela definição e pela fixação temporal da cultura do consumo, estabelecidas pelo sociólogo americano Don Slater (2002). Para ele, a Cultura do Consumo surgiu em meados do século XVIII e foi concebida como uma afirmação de diferenciação social, tida como uma cultura progressista, moderna, livre, racional.

De acordo ainda com Slater (2002), o ‘consumo’ é um processo cultural, mas, a ‘cultura do consumo’ é única, porque é o modo prevalecente da reprodução cultural, desenvolvido durante a modernidade, no Ocidente. Isso implica salientar que a cultura do consumo e a sociedade de consumo são áreas da vida social e princípios institucionais que, na prática, não se encontram, podendo ser desligados uns dos outros (BARBOSA, 2010).

Barbosa (2010) elucida que uma sociedade pode ser de mercado, mas, em relação à questão cultural, o consumo não é utilizado como principal forma de reprodução e diferenciação social. Nessas sociedades de mercado, o grupo étnico, o sexo, a idade e o status ainda representam o referencial do que deve ser usado e consumido.

A antropóloga Barbosa (2010) cita a sociedade indiana como exemplo dessa distinção entre sociedade e cultura do consumo. A religião na Índia designa os tipos de alimentos que devem ser consumidos, a forma de preparo e de ingestão. Na ausência de uma ideologia de amor romântico, a escolha dos cônjuges pelos pais também é direcionada pela religião. Essas práticas culturais atingem o direito de escolha individual, quesito indispensável na cultura do consumo de distintas sociedades ocidentais. Por isso, a necessidade de diferenciar o que seja sociedade e cultura do consumo, como exploraremos nos tópicos subsequentes.

Ao retomar o significado de cultura do consumo, adotaremos a afirmação de Slater (2002) que a identifica como o modo dominante de reprodução cultural desenvolvido no Ocidente durante a modernidade. Mas qual foi a influência vivenciada naquela época para justificar essa mudança no comportamento social? Seria o início da produção industrial o responsável por incitar e estabelecer novas relações de consumo, a partir do aumento da oferta e do acesso às mercadorias?

Cultura do Consumo antecede a produção industrial

Conforme defende Slater (2002), a ideia de cultura do consumo nasce antes mesmo da produção industrial e da participação em massa no consumo. Nas palavras do sociólogo, a cultura do consumo não é um efeito da modernização industrial e da modernidade cultural. A cultura do consumo é parte da própria edificação do mundo moderno.

Ele confere à cronologia a conclusão errônea de que a Cultura do Consumo sucedeu a industrialização. Essa “tendência produtivista” em relação ao consumo foi contestada por meio de uma revisão histórica, que afirma que uma “Revolução do Consumo” precedeu a “Revolução Industrial”, ou, no mínimo, destacou-se como ingrediente fundamental do início da era moderna ocidental.

Para justificar seu raciocínio, o sociólogo chama atenção para a seguinte questão: como a industrialização conseguiria progredir numa base capitalista, sem a existência preliminar de uma demanda efetiva para produção? Sua conclusão é que a Cultura do Consumo é obra de uma revolução nas relações de consumo e não consequência direta da Revolução Industrial, como justifico a seguir.

O mundo ocidental e o acesso às mercadorias

No século XVIII, a expropriação de mercadorias, decorrentes dos descobrimentos e da exploração colonial, permitiu a introdução de mercadorias no mundo ocidental até então nunca vistas. O acesso a produtos como tabaco, frutas, botões, brinquedos, café, louça para casa, dentre outros, estimulou ‘novos’ costumes e ‘novas’ necessidades de consumo, gerando a demanda associada de produção de novos bens de consumo. As xícaras representam essa transição de comportamento. O objeto e os demais itens foram inseridos nas casas para atender o consumo de bebidas quentes, como o café (SLATER, 2002).

Outro exemplo mais específico da revolução do consumo - antes mesmo do processo de industrialização - foi a transformação do lazer em mercadoria. A venda de ingressos tornou-se uma prática para acessar eventos de caráter diversos, desde esportivo, bailes comuns e de máscara, espetáculos teatrais.

Para Slater (2002), a Cultura de Consumo se estabeleceu em razão da ideia impregnada de modernidade. O moderno denota um mundo liberto da tradição, em que os sujeitos, na condição de livres, podem, de maneira racional e científica, vivenciar plenamente suas escolhas, por causa da oferta abundante de possibilidades proporcionadas pela experiência do consumo.

Mas o que é Sociedade de Consumo?

Para determinado grupo de intelectuais, a Sociedade de Consumo é aquela que pode ser definida por um tipo de consumo, o consumo de signos. A essa vertente de pensamento, podemos incluir Fredric Jameson, Zygmunt Bauman, Jean Baudrillard, dentre outros.

A esses autores está vinculada a interpretação comum de que a cultura do consumo é a cultura da sociedade pós-moderna. As questões tratadas têm caráter específico, como a relação íntima entre reprodução social e identidade; consumo e estilo de vida; signo como mercadoria; críticas negativas ao consumo como materialismo, superficialidade e perda de autenticidade nas relações sociais (BARBOSA, 2004).

Ao outro grupo de estudiosos, a Sociedade de Consumo englobaria características sociológicas que ultrapassam as fronteiras do consumo de massa e para as massas. Colin Campbell, Don Slater, Pierre Bourdieu, Daniel Miller, Grant McCraken e Mary Douglas são alguns dos nomes de intelectuais que trabalham com temas desconsiderados pelo debate pós-moderno.

Dentre os assuntos investigados, estão: qual é a importância do consumo na condição de um processo que intermedeia as relações e as práticas sociais?; como o consumo se une a outras áreas da experiência humana?; qual o significado do consumo?; quais são as razões que impulsionam as pessoas a consumirem determinados tipos de bens? (BARBOSA, 2004).

Independente dos perfis de pesquisa, os autores produzem discussões que, invariavelmente, se contrapõem e se complementam. Para elucidar como todas essas contribuições podem esclarecer e aprimorar nossas análises, Barbosa (2004), a partir das contribuições dos diferentes especialistas, distingue as características e as discussões que podem ser mais associadas à sociedade de consumo e as que preponderam em relação à cultura do consumo.

Os debates são: consumo de e para as massas; sociedade de mercado; elevado índice de consumo individual; sociedade capitalista; quantidade de descarte de produtos quase na mesma medida que a aquisição; concentração de cultura material por meio de aquisição de produtos e serviços.

Em relação à Cultura do Consumo, os temas mais recorrentes são: a aquisição de bens e serviços como a principal forma de reprodução e comunicação social; signo (símbolo) como mercadoria; insaciabilidade; indistinção entre alta cultura (baseada nos padrões clássicos) e baixa cultura (baseada nas tradições populares, com objetivos mercadológicos); ideologia individualista; valorização da ideia de liberdade; a palavra cidadania ingressou no vocábulo dos consumidores.

Sociedade de Consumo para Baudrillard

O consumo de bens e serviços está inserido integralmente no comportamento humano e é tido como algo indissociável da sociedade contemporânea, mas você consegue imaginar como todo esse processo iniciou? Não existem dados históricos com exatidão de datas. Entretanto, a ação descrita como sendo o princípio da sociedade de consumo se estabelece a partir das relações de troca.

A “Sociedade de Consumo”, termo convencionado por Baudrillard (2008), surge quando a motivação para a aquisição de determinado produto muda. A relação de importância em razão da utilidade do objeto transforma-se em uma relação de aquisição pelo significado dado ao produto pelo sujeito. A modernização da relação de consumo se dá quando o processo de indução às compras ocorre por meio de uma relação de símbolos, para atribuir ‘valor’ ao produto, já que a sua pura e simples utilidade – valor de uso – não é mais um condicionante.

A Sociedade de Consumo, portanto, para Baudrillard (2008), designa toda e qualquer sociedade permeada pela economia de mercado, pelas produções e consumos de massa, em que o capital tenha livre circulação. Ainda nesse sentido, a funcionalidade do objeto não ocupa a condição primordial para escolha do consumidor e, aliado ao sistema de produção industrial, tornou o exercício de compra padronizado, rotineiro, imbuído de significados e referências para estabelecer relações sociais.

O processo de formação da sociedade de consumo

O não consenso entre os historiadores em relação à data e ao local de emergência do consumo moderno (ou da Revolução do Consumo) ainda gera debates entre os grupos de intelectuais. Para Chandra Mukerji (1983), o nascimento do consumo moderno foi na Inglaterra entre os séculos XV e XVI. Neil McKendrick (1982) insere o momento histórico no contexto do século XVIII na Inglaterra e Rosalina H. Williams (1982), na França, no século XIX (MCCRACKEN, 2003). McCracken (1988) atribui a cada uma dessas datas o momento-chave da história do consumo e da emergência da Modernidade (apud DUARTE, 2010).

Na abordagem de McCraken (2003), a sociedade de consumo é consequência da Revolução do Consumo, que representou muito mais que mudança nos gostos e nos hábitos de compra, foi responsável pela alteração da cultura mundial na primeira modernidade e na modernidade. Essa revolução do consumo que estruturou a cultura do consumo forma a sociedade de consumo com novas percepções conceituais sobre espaço, sociedade, tempo, estado, família e indivíduo.

O tipo de tecido, a cor, a forma da roupa, a estrutura da casa e seus cômodos, a quantidade de servos a serem explorados, tudo isso era constituído a partir de uma tradição imperativa que indicava, a partir do status social (plebeu ou nobre, por exemplo), qual era o comportamento ideal a ser desempenhado. Não havia vontade individual, porque tudo estava relacionado e funcionava em torno de valores tradicionais.

A importância do consumo na mudança social é que ele passou a integrar o comportamento humano. A sociedade pós-tradicional é marcada pela pluralização, pela fluidez de valores, interações sociais, escolhas individuais, recursos simbólicos que também produzem a identidade social de um indivíduo (SLATER, 2002).

Nesse sentido, Baudrillard (2008) afirmou que a Sociedade de Consumo é a sociedade pós-moderna e que vivenciamos o tempo dos objetos. O autor ilustra sua afirmação ao considerar que, nas civilizações anteriores, os objetos (monumentos e instrumentos) sobreviviam às gerações. Atualmente, somos nós que presenciamos o nascimento, a produção e a morte dos objetos.

Nos tempos atuais, a cultura não é mais uma fonte exclusiva de expressão da organização social e também passou a vigorar como bem de consumo. Por isso, podemos afirmar que a cultura do consumo na sociedade de consumo é, em si, uma reprodução social.

Estudos de consumo e suas abordagens
De acordo com Barbosa e Campbell (2006), nas ciências sociais contemporâneas, o consumo possui significados positivos e negativos. O entendimento ambíguo dá-se em razão do consumo ser compreendido como uso e manipulação e, também, como experiência. Por vezes, a palavra está atrelada à compra, em outros casos, como esgotamento ou mesmo realização.

Os autores ratificam que essa distinção de compreensão se deve, também, por causa da etimologia do termo, sendo, no latim, consumere, que significa usar tudo, esgotar e destruir e, no termo inglês, consummation, que significa somar. O significado da palavra consumo no Brasil ficou com a conotação do sentido negativo por conta da influência filosófica socialista nas décadas de 80 e 90, enquanto consumação; com sentido positivo, ficou restrita ao ato sexual.

O sentido negativo do consumo que se sobrepõe ao positivo, historicamente, pode explicar a razão pela qual o tema é tratado por intelectuais e acadêmicos e, ao mesmo tempo, pelo senso comum. Essa ambivalência tende a progredir, à medida que o interesse do estudo do consumo conceitua os sentidos negativo e positivo do termo, ao considerar, por exemplo, tanto o consumo no sentido de esgotamento do meio ambiente, quanto também o de adição, realização e criação de sentido.

Mas, como definir o consumo com tamanha ambiguidade? Podemos conferir, nos próximos tópicos, se a resposta para essa questão pode estar inserida na mesma miscelânea que dá origem ao termo.

O que é consumo?

Como revelam Barbosa e Campbell (2006), o consumo, empiricamente, esteve presente em qualquer sociedade, à medida que o uso dos objetos, dos serviços e dos bens materiais sempre foi utilizado para reprodução física e social. Os autores exemplificam que, mesmo ao suprir as necessidades físicas e biológicas, no sentido do seu esgotamento, o consumo de objetos, serviços e bens materiais também são utilizados para mediação de nossas relações sociais, para nos distinguir enquanto grupos e pessoas. Da mesma forma, o consumo de objetos, serviços e bens materiais contribuem para a manifestação dos nossos desejos, para ampliar nosso autoconhecimento e, nesse sentido, constituirmos a nossa identidade.

Entretanto, teoricamente, os estudos sobre circulação de bens e mercadorias nas ciências sociais não eram interpretados dentro dessas três esferas de classificação, ao contrário, porque agregava-se ao consumo um moralismo que subjugava o termo somente ao materialismo, à aquisição de poder e à competição acirrada por status social. Esse moralismo ainda permeia os estudos do consumo e dificulta, de acordo com Barbosa e Campbell (2006), até mesmo a distinção entre análise sociológica e crítica social.

Campbell e as bases metafísicas do consumo moderno

Campbell (apud BARBOSA; CAMPBELL, 2006) relaciona a metafísica ao consumo moderno. Essa conclusão se deve ao fato do seu questionamento sobre a razão pela qual o consumo conquistou tamanha importância na sociedade contemporânea. A pergunta não está relacionada a por que consumimos, cujas respostas amplamente aceitas e difundidas referem-se desde a afirmação de status social, satisfação de necessidade, à busca pelo prazer, dentre outras.

Essa conexão – restrita ao consumismo moderno, diferente dos padrões tradicionais de consumo – entre a metafísica, descrita por Campbell (2006) como os princípios básicos em relação a ser e a saber, e a atividade de consumo, identificada como a rotina, a prática e o mundano, está interligada como respostas as questões que os seres humanos fazem sobre a sua condição de existência. A ligação entre a metafísica e a atividade de consumo está no fato de o consumismo moderno estar mais propenso a saciar desejos do que suprir necessidades.

O senso de identidade atual não é nitidamente determinado como fora antigamente. Antes, a construção da identidade utilizava como referência a filiação à determinada classe social ou a status de determinado grupo. O nosso referencial na sociedade contemporânea é múltiplo e a nossa auto definição está representada por nossos gostos e desejos, principal preocupação do consumismo moderno.

O consumismo moderno na condição de proliferação de escolhas é o processo atual de confirmação e criação de identidade. A identidade para o especialista não deriva de um produto ou serviço consumido, mas, sim, das nossas reações aos produtos; monitorando o que gostamos ou não, poderemos descobrir quem somos.

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 17 de abril de 2019
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/o-que-e-cultura-do-consumo



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