quarta-feira, 28 de agosto de 2019

3 atitudes para eliminar a exaustão ao empreender e evitar o 'burnout'



Apesar do propósito e manutenção da visão empreendedora sobre o negócio, mesmo assim sente-se cansado e desgastado, a isso pode ser o início ou o estágio avançado da síndrome burnout.

Os sintomas incluem cansaço profundo, falta de entusiasmo pelo que faz e sensação de não dar conta das responsabilidades.

Você tem dificuldade de se levantar de manhã para trabalhar, embora tenha dormido o suficiente? Sente-se profundamente desgastado com o que faz? Se a resposta for afirmativa, talvez você esteja exausto — “queimado” — pelo trabalho. Sensações assim às vezes são pontuais. Podem ocorrer, por exemplo, quando enfrentamos uma situação que foge do habitual; quando as férias se aproximam; quando você está absorto num projeto muito exigente ou quando está num estágio complicado. 

Nesses casos, não há motivos para se preocupar. Mas quando os sintomas são intensos e constantes, e não existem fatores externos que expliquem tal sensação, corremos o risco de cair no estresse crônico ou síndrome de bournout [termo em inglês que significa “queimar até o fim”].

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu esse transtorno como uma doença laboral. Estima-se que atinja 10% da população ativa no mundo. Entre os seus sintomas, incluem-se o desgaste profundo, a falta de entusiasmo com o que faz e a sensação de não dar conta frente ao acúmulo de responsabilidades. 

Muitas pessoas podem estar “queimadas” pelo trabalho, mas isso não significa que tenham a doença. Só poderemos evitá-la se identificarmos, de forma antecipada, as situações que nos levam a sofrê-la. Vejamos então os sintomas em mais detalhes — e de que forma seria possível preveni-los.

A principal armadilha para reconhecer que estamos “queimados” é gostar muito do trabalho ou considerá-lo nossa vocação. Se a vida inteira você sonhou em ser empreendedor em determinada área ou várias, como é possível que ir ao trabalho seja tão animador quanto escalar o Everest? Acredita-se que a maioria das pessoas com burnout tenha um propósito que ajuda terceiros num comprometimento excessivo com pessoas. Se esse é o seu caso, preste atenção em como você se sente agora e aceite que isso pode acontecer.

Uma das formas de prevenir o desgaste é dedicar um tempo a si mesmo. Horas excessivas de trabalho (mesmo que seja por paixão) e não ter âmbitos para se cuidar são fatores que trazem um risco importante. As consequências não são imediatas: aparecem depois de cinco a oito anos, segundo os especialistas. Podemos evitá-las como uma agenda rigorosa, ainda que implique uma pausa naquilo que tanto gostamos de fazer.

Em segundo lugar, ser muito exigente consigo mesmo pode trazer problemas. A auto exigência significa mais e mais horas de esforço. Essa atitude, em si, não é prejudicial; o problema surge quando a dose é excessiva, quando a necessidade de autoafirmação através do sucesso não nos permite uma trégua ou quando a própria cobrança nos leva a buscar a aprovação constante dos demais. Essas situações geram um estresse a mais, que pode provocar o surgimento da síndrome. O antídoto é treinar a mente do aprendiz. Ou seja: transformar os desafios em oportunidades de aprendizagem e não agir como juízes de nós mesmos. Para conseguir isso, a professora Carol Dweck propõe desenvolver a “mente de crescimento”: se esforçar na aceitação profunda de quem você é, sem necessidade de que o resto do mundo aprove o quanto você faz.

O terceiro inconveniente aparece quando você chega à meia idade trabalhando há vários anos num ritmo intenso. A síndrome de burnout exige tempo para vir à tona. O problema é a dificuldade de detectá-la em tempo hábil. Primeiro, como vimos, porque gostamos do que fazemos. Segundo, porque é um tipo de estresse sigiloso e constante. Quando entramos nesse ritmo, aparece a chamada “síndrome do sapo fervido”. Isto é: se um sapo for colocado numa panela de água fria que esquenta lentamente, acabará morrendo queimado. O animal não é consciente de que deve pular para fora da panela, embora possa fazer isso. É assim que o estresse silencioso age em nossa vida.

O antídoto é aprender a dizer não, trabalhar espaços de relaxamento e desconexão (como o mindfulness e o esporte) e repensar por que fazemos o que fazemos. Se damos tudo de nós trabalhando pelos demais, por mais que isso tenha sentido, e não cuidamos de nós, viveremos numa prisão que nos destruirá aos poucos. Todos corremos o risco de esgotamento no trabalho — seja porque gostamos do empreendimento ou porque o realizamos de corpo e alma, perdendo a noção de que devemos cuidar de nós mesmos. Se isso acontece, podemos desenvolver o síndrome de burnout no longo prazo. Seus sintomas são especialmente prejudiciais para a saúde. Cabe ao empreendedor prevenir, portanto presentei-se a sim mesmo fazendo uma reflexão profunda e diagnosticando as práticas e habituando-as, é simples.

Bom trabalho e Grande Abraço.
 

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 19 de agosto de 2019
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/3-atitudes-para-eliminar-a-exaust%C3%A3o-ao-empreender-e-evitar-o-burnout


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Os traços de um empreendedor versus um gerente


Gerentes e empreendedores desempenham um papel fundamental na comunidade empresarial, ambos são importantes e necessários. Muitos deles compartilham algumas das mesmas características, mas algumas diferenças existem quando trata-se dos traços básicos de cada um. O gerente desempenha um papel totalmente diferente de um empreendedor - a menos, é claro, que um empreendedor esteja administrando seu próprio negócio, nesse caso, o empreendedor assume algumas das características de um gerente por necessidade e isso ocorre frequentemente quando é no início do negócio.

Vejamos algumas peculiaridades:

O Foco


O foco de um empreendedor e um gerente tendem a ser diferentes quando se trata de seu objetivo geral em um negócio. Um empreendedor é alguém que está preocupado principalmente com os componentes necessários para iniciar um negócio. Já um gerente normalmente se preocupa com a sustentabilidade e concentrar-se no que pode ser feito no âmbito que ele recebeu para trabalhar em uma empresa existente.

O Crescimento


Tanto os gerentes quanto os empreendedores estão preocupados com o crescimento dos negócios. Um empreendedor começa com a ideia do negócio desde o início e o seu potencial de crescimento a longo prazo. Uma análise do mercado e dos recursos disponíveis em relação à ideia original desempenha um papel primordial em suas decisões de negócios. Enquanto um gerente de negócios está focado em gerar crescimento com base nos recursos disponíveis. Um gerente deve fazer com que os colaboradores desempenhem ótimos níveis e deve fazer uso de recursos não humanos para gerar crescimento adicional além da sustentabilidade básica.

A Inovação


Empreendedores tendem a serem visionários. Eles veem uma tendência ou um mercado potencial para um produto/serviço e transformam sua visão em realidade. Um gerente tem que se preocupar com a visão de outra pessoa. Empreendedores são muitas vezes inovadores na indústria em que se aprofundam, enquanto os gerentes normalmente confiam em métodos testados e verdadeiros para administrar um negócio. Os gerentes podem ser inovadores, mas não iniciam novos negócios nem abrem novos mercados. Eles inovam em termos de como lidam com seus colaboradores e os inspiram a fazer melhor, ou da maneira como aumentam a eficiência com o uso de recursos, mas normalmente não iniciam algo novo.

O Risco


Empreendedores são tomadores de risco inerentes, enquanto os gerentes não o são. Isso não quer dizer que um empreendedor apenas tenha riscos "cegos", os riscos são frequentemente calculados, mas ele precisa "engatilhar" e dar o aval de vez em quando. Um empreendedor opera em uma atmosfera de incerteza, enquanto um gerente de negócios só pode assumir riscos dentro dos parâmetros estabelecidos pelo empregador. Um gerente tem que ser mais conservador nesse sentido, porque está preocupado com os negócios de outra pessoa que não os seus. Os gerentes são especialistas em gerenciamento de risco que avaliam a probabilidade de um empreendedor ou proprietário de uma empresa. Eles também calculam os riscos, mas têm a garantia, na maioria dos casos, de que seu trabalho estará lá no dia seguinte. Um empreendedor não sabe se seu negócio será bem-sucedido ou se ele conseguirá aumentar as receitas com seu empreendimento.

A grandeza das competências e habilidades de cada um devem serem observadas e compartilhadas entre si, o alvo por resultados qualitativos e satisfatórios ao cliente é o que fará toda a diferença, pois muito além dos traços e características que já são inatos no empreendedor e gerente - o que mais importa para ambos é o cliente feliz.

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 17 de abril de 2019
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link 
fonte: https://administradores.com.br/artigos/os-tracos-de-um-empreendedor-versus-um-gerente



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sábado, 3 de agosto de 2019

O que é Cultura do Consumo?


É importante destacar a importância de saber o cerne da Cultura do Consumo, para compreender como se estabeleceram e evoluíram as relações de consumo na sociedade e, dessa forma, ampliar a análise sobre os fenômenos de formação do mercado atual e antever os seus possíveis desdobramentos no futuro.

Inicialmente, optei pela definição e pela fixação temporal da cultura do consumo, estabelecidas pelo sociólogo americano Don Slater (2002). Para ele, a Cultura do Consumo surgiu em meados do século XVIII e foi concebida como uma afirmação de diferenciação social, tida como uma cultura progressista, moderna, livre, racional.

De acordo ainda com Slater (2002), o ‘consumo’ é um processo cultural, mas, a ‘cultura do consumo’ é única, porque é o modo prevalecente da reprodução cultural, desenvolvido durante a modernidade, no Ocidente. Isso implica salientar que a cultura do consumo e a sociedade de consumo são áreas da vida social e princípios institucionais que, na prática, não se encontram, podendo ser desligados uns dos outros (BARBOSA, 2010).

Barbosa (2010) elucida que uma sociedade pode ser de mercado, mas, em relação à questão cultural, o consumo não é utilizado como principal forma de reprodução e diferenciação social. Nessas sociedades de mercado, o grupo étnico, o sexo, a idade e o status ainda representam o referencial do que deve ser usado e consumido.

A antropóloga Barbosa (2010) cita a sociedade indiana como exemplo dessa distinção entre sociedade e cultura do consumo. A religião na Índia designa os tipos de alimentos que devem ser consumidos, a forma de preparo e de ingestão. Na ausência de uma ideologia de amor romântico, a escolha dos cônjuges pelos pais também é direcionada pela religião. Essas práticas culturais atingem o direito de escolha individual, quesito indispensável na cultura do consumo de distintas sociedades ocidentais. Por isso, a necessidade de diferenciar o que seja sociedade e cultura do consumo, como exploraremos nos tópicos subsequentes.

Ao retomar o significado de cultura do consumo, adotaremos a afirmação de Slater (2002) que a identifica como o modo dominante de reprodução cultural desenvolvido no Ocidente durante a modernidade. Mas qual foi a influência vivenciada naquela época para justificar essa mudança no comportamento social? Seria o início da produção industrial o responsável por incitar e estabelecer novas relações de consumo, a partir do aumento da oferta e do acesso às mercadorias?

Cultura do Consumo antecede a produção industrial

Conforme defende Slater (2002), a ideia de cultura do consumo nasce antes mesmo da produção industrial e da participação em massa no consumo. Nas palavras do sociólogo, a cultura do consumo não é um efeito da modernização industrial e da modernidade cultural. A cultura do consumo é parte da própria edificação do mundo moderno.

Ele confere à cronologia a conclusão errônea de que a Cultura do Consumo sucedeu a industrialização. Essa “tendência produtivista” em relação ao consumo foi contestada por meio de uma revisão histórica, que afirma que uma “Revolução do Consumo” precedeu a “Revolução Industrial”, ou, no mínimo, destacou-se como ingrediente fundamental do início da era moderna ocidental.

Para justificar seu raciocínio, o sociólogo chama atenção para a seguinte questão: como a industrialização conseguiria progredir numa base capitalista, sem a existência preliminar de uma demanda efetiva para produção? Sua conclusão é que a Cultura do Consumo é obra de uma revolução nas relações de consumo e não consequência direta da Revolução Industrial, como justifico a seguir.

O mundo ocidental e o acesso às mercadorias

No século XVIII, a expropriação de mercadorias, decorrentes dos descobrimentos e da exploração colonial, permitiu a introdução de mercadorias no mundo ocidental até então nunca vistas. O acesso a produtos como tabaco, frutas, botões, brinquedos, café, louça para casa, dentre outros, estimulou ‘novos’ costumes e ‘novas’ necessidades de consumo, gerando a demanda associada de produção de novos bens de consumo. As xícaras representam essa transição de comportamento. O objeto e os demais itens foram inseridos nas casas para atender o consumo de bebidas quentes, como o café (SLATER, 2002).

Outro exemplo mais específico da revolução do consumo - antes mesmo do processo de industrialização - foi a transformação do lazer em mercadoria. A venda de ingressos tornou-se uma prática para acessar eventos de caráter diversos, desde esportivo, bailes comuns e de máscara, espetáculos teatrais.

Para Slater (2002), a Cultura de Consumo se estabeleceu em razão da ideia impregnada de modernidade. O moderno denota um mundo liberto da tradição, em que os sujeitos, na condição de livres, podem, de maneira racional e científica, vivenciar plenamente suas escolhas, por causa da oferta abundante de possibilidades proporcionadas pela experiência do consumo.

Mas o que é Sociedade de Consumo?

Para determinado grupo de intelectuais, a Sociedade de Consumo é aquela que pode ser definida por um tipo de consumo, o consumo de signos. A essa vertente de pensamento, podemos incluir Fredric Jameson, Zygmunt Bauman, Jean Baudrillard, dentre outros.

A esses autores está vinculada a interpretação comum de que a cultura do consumo é a cultura da sociedade pós-moderna. As questões tratadas têm caráter específico, como a relação íntima entre reprodução social e identidade; consumo e estilo de vida; signo como mercadoria; críticas negativas ao consumo como materialismo, superficialidade e perda de autenticidade nas relações sociais (BARBOSA, 2004).

Ao outro grupo de estudiosos, a Sociedade de Consumo englobaria características sociológicas que ultrapassam as fronteiras do consumo de massa e para as massas. Colin Campbell, Don Slater, Pierre Bourdieu, Daniel Miller, Grant McCraken e Mary Douglas são alguns dos nomes de intelectuais que trabalham com temas desconsiderados pelo debate pós-moderno.

Dentre os assuntos investigados, estão: qual é a importância do consumo na condição de um processo que intermedeia as relações e as práticas sociais?; como o consumo se une a outras áreas da experiência humana?; qual o significado do consumo?; quais são as razões que impulsionam as pessoas a consumirem determinados tipos de bens? (BARBOSA, 2004).

Independente dos perfis de pesquisa, os autores produzem discussões que, invariavelmente, se contrapõem e se complementam. Para elucidar como todas essas contribuições podem esclarecer e aprimorar nossas análises, Barbosa (2004), a partir das contribuições dos diferentes especialistas, distingue as características e as discussões que podem ser mais associadas à sociedade de consumo e as que preponderam em relação à cultura do consumo.

Os debates são: consumo de e para as massas; sociedade de mercado; elevado índice de consumo individual; sociedade capitalista; quantidade de descarte de produtos quase na mesma medida que a aquisição; concentração de cultura material por meio de aquisição de produtos e serviços.

Em relação à Cultura do Consumo, os temas mais recorrentes são: a aquisição de bens e serviços como a principal forma de reprodução e comunicação social; signo (símbolo) como mercadoria; insaciabilidade; indistinção entre alta cultura (baseada nos padrões clássicos) e baixa cultura (baseada nas tradições populares, com objetivos mercadológicos); ideologia individualista; valorização da ideia de liberdade; a palavra cidadania ingressou no vocábulo dos consumidores.

Sociedade de Consumo para Baudrillard

O consumo de bens e serviços está inserido integralmente no comportamento humano e é tido como algo indissociável da sociedade contemporânea, mas você consegue imaginar como todo esse processo iniciou? Não existem dados históricos com exatidão de datas. Entretanto, a ação descrita como sendo o princípio da sociedade de consumo se estabelece a partir das relações de troca.

A “Sociedade de Consumo”, termo convencionado por Baudrillard (2008), surge quando a motivação para a aquisição de determinado produto muda. A relação de importância em razão da utilidade do objeto transforma-se em uma relação de aquisição pelo significado dado ao produto pelo sujeito. A modernização da relação de consumo se dá quando o processo de indução às compras ocorre por meio de uma relação de símbolos, para atribuir ‘valor’ ao produto, já que a sua pura e simples utilidade – valor de uso – não é mais um condicionante.

A Sociedade de Consumo, portanto, para Baudrillard (2008), designa toda e qualquer sociedade permeada pela economia de mercado, pelas produções e consumos de massa, em que o capital tenha livre circulação. Ainda nesse sentido, a funcionalidade do objeto não ocupa a condição primordial para escolha do consumidor e, aliado ao sistema de produção industrial, tornou o exercício de compra padronizado, rotineiro, imbuído de significados e referências para estabelecer relações sociais.

O processo de formação da sociedade de consumo

O não consenso entre os historiadores em relação à data e ao local de emergência do consumo moderno (ou da Revolução do Consumo) ainda gera debates entre os grupos de intelectuais. Para Chandra Mukerji (1983), o nascimento do consumo moderno foi na Inglaterra entre os séculos XV e XVI. Neil McKendrick (1982) insere o momento histórico no contexto do século XVIII na Inglaterra e Rosalina H. Williams (1982), na França, no século XIX (MCCRACKEN, 2003). McCracken (1988) atribui a cada uma dessas datas o momento-chave da história do consumo e da emergência da Modernidade (apud DUARTE, 2010).

Na abordagem de McCraken (2003), a sociedade de consumo é consequência da Revolução do Consumo, que representou muito mais que mudança nos gostos e nos hábitos de compra, foi responsável pela alteração da cultura mundial na primeira modernidade e na modernidade. Essa revolução do consumo que estruturou a cultura do consumo forma a sociedade de consumo com novas percepções conceituais sobre espaço, sociedade, tempo, estado, família e indivíduo.

O tipo de tecido, a cor, a forma da roupa, a estrutura da casa e seus cômodos, a quantidade de servos a serem explorados, tudo isso era constituído a partir de uma tradição imperativa que indicava, a partir do status social (plebeu ou nobre, por exemplo), qual era o comportamento ideal a ser desempenhado. Não havia vontade individual, porque tudo estava relacionado e funcionava em torno de valores tradicionais.

A importância do consumo na mudança social é que ele passou a integrar o comportamento humano. A sociedade pós-tradicional é marcada pela pluralização, pela fluidez de valores, interações sociais, escolhas individuais, recursos simbólicos que também produzem a identidade social de um indivíduo (SLATER, 2002).

Nesse sentido, Baudrillard (2008) afirmou que a Sociedade de Consumo é a sociedade pós-moderna e que vivenciamos o tempo dos objetos. O autor ilustra sua afirmação ao considerar que, nas civilizações anteriores, os objetos (monumentos e instrumentos) sobreviviam às gerações. Atualmente, somos nós que presenciamos o nascimento, a produção e a morte dos objetos.

Nos tempos atuais, a cultura não é mais uma fonte exclusiva de expressão da organização social e também passou a vigorar como bem de consumo. Por isso, podemos afirmar que a cultura do consumo na sociedade de consumo é, em si, uma reprodução social.

Estudos de consumo e suas abordagens
De acordo com Barbosa e Campbell (2006), nas ciências sociais contemporâneas, o consumo possui significados positivos e negativos. O entendimento ambíguo dá-se em razão do consumo ser compreendido como uso e manipulação e, também, como experiência. Por vezes, a palavra está atrelada à compra, em outros casos, como esgotamento ou mesmo realização.

Os autores ratificam que essa distinção de compreensão se deve, também, por causa da etimologia do termo, sendo, no latim, consumere, que significa usar tudo, esgotar e destruir e, no termo inglês, consummation, que significa somar. O significado da palavra consumo no Brasil ficou com a conotação do sentido negativo por conta da influência filosófica socialista nas décadas de 80 e 90, enquanto consumação; com sentido positivo, ficou restrita ao ato sexual.

O sentido negativo do consumo que se sobrepõe ao positivo, historicamente, pode explicar a razão pela qual o tema é tratado por intelectuais e acadêmicos e, ao mesmo tempo, pelo senso comum. Essa ambivalência tende a progredir, à medida que o interesse do estudo do consumo conceitua os sentidos negativo e positivo do termo, ao considerar, por exemplo, tanto o consumo no sentido de esgotamento do meio ambiente, quanto também o de adição, realização e criação de sentido.

Mas, como definir o consumo com tamanha ambiguidade? Podemos conferir, nos próximos tópicos, se a resposta para essa questão pode estar inserida na mesma miscelânea que dá origem ao termo.

O que é consumo?

Como revelam Barbosa e Campbell (2006), o consumo, empiricamente, esteve presente em qualquer sociedade, à medida que o uso dos objetos, dos serviços e dos bens materiais sempre foi utilizado para reprodução física e social. Os autores exemplificam que, mesmo ao suprir as necessidades físicas e biológicas, no sentido do seu esgotamento, o consumo de objetos, serviços e bens materiais também são utilizados para mediação de nossas relações sociais, para nos distinguir enquanto grupos e pessoas. Da mesma forma, o consumo de objetos, serviços e bens materiais contribuem para a manifestação dos nossos desejos, para ampliar nosso autoconhecimento e, nesse sentido, constituirmos a nossa identidade.

Entretanto, teoricamente, os estudos sobre circulação de bens e mercadorias nas ciências sociais não eram interpretados dentro dessas três esferas de classificação, ao contrário, porque agregava-se ao consumo um moralismo que subjugava o termo somente ao materialismo, à aquisição de poder e à competição acirrada por status social. Esse moralismo ainda permeia os estudos do consumo e dificulta, de acordo com Barbosa e Campbell (2006), até mesmo a distinção entre análise sociológica e crítica social.

Campbell e as bases metafísicas do consumo moderno

Campbell (apud BARBOSA; CAMPBELL, 2006) relaciona a metafísica ao consumo moderno. Essa conclusão se deve ao fato do seu questionamento sobre a razão pela qual o consumo conquistou tamanha importância na sociedade contemporânea. A pergunta não está relacionada a por que consumimos, cujas respostas amplamente aceitas e difundidas referem-se desde a afirmação de status social, satisfação de necessidade, à busca pelo prazer, dentre outras.

Essa conexão – restrita ao consumismo moderno, diferente dos padrões tradicionais de consumo – entre a metafísica, descrita por Campbell (2006) como os princípios básicos em relação a ser e a saber, e a atividade de consumo, identificada como a rotina, a prática e o mundano, está interligada como respostas as questões que os seres humanos fazem sobre a sua condição de existência. A ligação entre a metafísica e a atividade de consumo está no fato de o consumismo moderno estar mais propenso a saciar desejos do que suprir necessidades.

O senso de identidade atual não é nitidamente determinado como fora antigamente. Antes, a construção da identidade utilizava como referência a filiação à determinada classe social ou a status de determinado grupo. O nosso referencial na sociedade contemporânea é múltiplo e a nossa auto definição está representada por nossos gostos e desejos, principal preocupação do consumismo moderno.

O consumismo moderno na condição de proliferação de escolhas é o processo atual de confirmação e criação de identidade. A identidade para o especialista não deriva de um produto ou serviço consumido, mas, sim, das nossas reações aos produtos; monitorando o que gostamos ou não, poderemos descobrir quem somos.

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 17 de abril de 2019
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/o-que-e-cultura-do-consumo



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domingo, 28 de julho de 2019

Criar valor a marca


De acordo com Kotler e Armstrong (2007), a marca é considerada por alguns analistas como o ativo mais perdurável de uma empresa. A marca é a junção de nomes e símbolos que representam a imagem de relação da empresa com os clientes.

Imagem e construção de marca

Paralelo à evolução dos estudos sobre as ferramentas utilizadas para gerenciar a marca – tratadas como um suporte para a construção do branding, o conceito de imagem da marca tornou-se essencial por estar relacionado ao posicionamento de uma empresa.

Sob essa perspectiva, o termo brand equity é concebido no marketing como o valor que influencia de maneira positiva a forma como o cliente pensa, sente e age em relação à marca. Uma medida de brand equity equivale a quanto a mais o cliente se dispõe a pagar pelo produto ou serviço da marca.

Nesse quesito, não está abordada somente a imagem da marca, mas o valor que a marca leva ao consumidor, relacionado aos seus atributos, sejam tangíveis ou não. Dessa forma, os profissionais de marketing podem posicionar as marcas dos clientes-alvo em três níveis (KOTLER; ARMSTRONG, 2007):
  • O primeiro com base nas características do produto. Esse posicionamento é o nível menos almejado em razão de os consumidores não se importarem com os atributos, mas com o que os atributos tem a oferecer a eles.
  • O segundo posicionamento está focado nos benefícios da marca para o cliente, como qualidade, segurança etc. Esse posicionamento com base nos benefícios é melhor se comparado ao primeiro, o nome é fixado de acordo com a associação do benefício desejável.
  • Para além do posicionamento por atributos e benefícios, as marcas mais fortes se posicionam a respeito de fortes crenças e valores. Os consumidores também esperam essa participação ativa da marca, não somente no ambiente em que ela está relacionada, mas também nos debates atuais em diversos segmentos da sociedade.
Cabe ao profissional de marketing definir uma missão para a marca e uma visão do que deve ser e fazer, ou seja, posicionar a marca. A marca deve abordar, de maneira simples e honesta, suas principais características e diferenciais. Esses atributos devem informar os valores da empresa e ser de fácil assimilação pelo cliente. A marca representa o compromisso da empresa com seus consumidores.

Consumo de luxo

A imagem de valor da marca depende, também, do mercado-alvo a ser atendido. Proponho dois setores distintos, rotulados como consumo de luxo e consumo consciente; esse segundo abordarei no tópico seguinte. No primeiro caso, as empresas de mercadorias e serviços de luxo agregam informações essenciais sobre os consumidores e o ambiente onde estão envolvidos para manterem a imagem de marca positiva.

Na Administração e no Marketing, convenciona chamar de luxo todo aquele produto ou serviço dotado de qualidade, estética, preço e imagem de marca superiores aos convencionais (D’ANGELO, 2004). O conceito de luxo é muito diverso e mutável e o consumo de luxo, como qualquer outra forma de consumo, acompanha tais alterações.

As pesquisas de mercado investigam a respeito das motivações para compra do luxo e o perfil do cliente pretendido, sua linguagem, valores, conceito e visão de mundo dentro do universo do luxo. As informações são utilizadas para a construção da imagem e da identidade da marca. Sabe-se, por exemplo, que a imagem da grife é decisiva para determinado consumidor, não por causa de conferir publicamente a ele o seu status social, mas em razão de veicular a sua expressão individual, refletir a sua personalidade por meio dos produtos adquiridos.

Em 2004, D’Angelo (p.174) assinalou que, nos anos seguintes, o consumo de luxo no Brasil poderia ser ‘marcado’ por combinar experiências de consumo (serviços) e personalização de produtos. Mesmo com a inovação, as práticas já estabelecidas seriam mantidas em razão da pluralidade do público consumidor de luxo, também formado por consumidores conservadores. “Saber combinar permanência e renovação poderá constituir o principal desafio das marcas”.

Consumo consciente

As transformações sociais, ambientais e econômicas nas últimas décadas acirrou o debate sobre a sustentabilidade nas práticas de mercado. O comportamento socioambiental começou a permear as atividades e os valores organizacionais de algumas empresas, moldando um segmento de atuação, o negócio sustentável.

As práticas socioambientais são utilizadas para produzir resultados positivos, tanto em relação à rentabilidade do processo produtivo quanto da imagem da empresa em relação ao seu público-alvo. O desenvolvimento sustentável condiz, também, com a responsabilidade individual do consumidor, ao desenvolver um comportamento de compra consciente.

Na gestão de negócios, o Marketing pode desempenhar a melhor função de interação entre a organização e o consumidor. Nessa dinâmica de mercado, essa nova abordagem defende uma perspectiva de negócio que possa transformar a vida dos consumidores, levando o máximo de informação sobre sustentabilidade e promovendo o empoderamento do consumidor.

As razões de conectar responsabilidade social e ambiental com o mundo dos negócios é garantir longevidade e qualidade de vida a toda humanidade. Além disso, a dependência de recursos naturais e o impacto ambiental gerado pelas empresas são irrefutáveis, então, a responsabilidade da empresa é contribuir sistematicamente para redução de danos e utilizar esse processo para criar, manter ou aprimorar a reputação ambiental da marca.

O consumo consciente enquanto ação de mercado pode ser entendido como contribuição das empresas para o bem-estar humano. O consumo consciente é o ato de compra do indivíduo preocupado com as questões de impacto na sociedade e no meio ambiente. A atual dinâmica de mercado é influenciada pelo poder de escolha desse consumidor que, por meio das suas atitudes, almeja reduzir o impacto negativo da produção mercantil.

Os especialistas e seus conceitos oriundos de análises multidisciplinares, tendo na base teórica social a ciência do consumo, estabeleceram pontes entre os pesquisadores e suas distintas áreas científicas, interligando relações antes impensáveis, como a comunicação, o marketing, a antropologia e até a biologia.

Nesse contexto, os profissionais de marketing atrelam a visão, a missão e os valores da empresa ao mesmo âmbito dos valores de justiça econômica, social e ambiental.

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 17 de abril de 2019
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/criar-valor-a-marca




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sexta-feira, 19 de julho de 2019

Quanto risco os empreendedores assumem na primeira vez?


O risco, especialmente o risco por empreender, tem duas partes: avaliação e ação.

Depois de reconhecer uma oportunidade e medir o risco, analisando e falando com especialistas, fazendo sua lição de casa, o próximo passo na arte de empreender é correr o risco calculado.

Mas quanto risco é apropriado? Seria fácil se houvesse uma "fórmula mágica" que pudesse nos dizer quando o risco é calculado e inteligente versus quando não é. Mas não há.

O histórico não é claro. Para todo empreendedor de sucesso, como Richard Branson -  que prega correr riscos ou outra pessoa que esta abandonando o emprego para lançar-se em empreender no seu próprio negócio.

Aceitar riscos e empreender não são para todos, mas realmente não existe um caminho para o empreendedorismo que não inclua risco.

Para ganhar, você tem que arriscar!


Para aqueles que não são naturalmente aventureiros ou tomadores de risco no coração, ser capaz de lançar ao novo empreendimento - arriscando seu dinheiro, energia e idéias - isso é uma habilidade e como qualquer habilidade, isso pode ser aprendido. Fica mais fácil quando você observa os outros fazerem isso.

"Assumir riscos fica muito mais fácil com a prática".

É por isso que a tomada de risco é parte essencial do pensamento do empreendedor e deve ser desenvolvida gradativamente, e a sugestão é investir o mínimo dentro do possível e crescer organicamente, nunca fazendo um alto aporte financeiro que venha comprometer um patrimônio familiar.

Dentro do processo de invenção ou inovação de mercado, sempre haverá maiores chances de investir menos e ganhar mais inicialmente, formando assim uma base para o novo negócio, é uma tarefa difícil mas que funcionou com muitos e pode funcionar com qualquer novo empreendedor persistente.

É necessário o proponente a empreender ir para a sala de aula e através de psicodinâmicas arriscar em protótipos de negócios no ensino, são vivências que ajudam a perceber o risco.

Através da prática e observação, o empreendedor poderá arriscar-se de forma mais inteligente e mais frequente posterior. 

Em cursos de empreendedorismo os alunos são encorajados a assumirem riscos calculados, como no caso do Seminário Empretec do Sebrae eles são obrigados, por exemplo, a apresentar idéias na frente de seus colegas, e vão para competições de negócios in loco a campo.

Para os estudantes do ensino médio é necessário autoridades governamentais colocarem na grade curricular e nas escolas privadas diretores e pais devem conscientizarem-se da importância, a arte de empreender é geralmente um enorme investimento emocional que ajudam os alunos a prepará-los para assumir e gerenciar os riscos futuros seja quem qualquer área da vida.

A exemplo na Babson College dos EUA em sala de aula, professores e mentores desafiam os alunos a se elevar e arriscar mais, e quando eles falham, tudo bem, isso gera uma carga de experiência importantíssima para a vida.

Ao observar, fazer e preparar, os futuros empreendedores ficam mais confortáveis ​​com o risco. Eles rapidamente se tornam menos nervosos e mais confiantes em suas ideias e objetivos. Como eles aprendem que eles também podem influenciar o resultado, alguns tornam-se experts em minimizar riscos - jogando mais energia e paixão por trás de seus investimentos.

Nem todo mundo é Richard Branson - a caricatura viva de um dissidente em busca de emoção. Para o resto de nós, esse espaço seguro para experimentar o risco é essencial. É duplamente essencial para os jovens que podem estar experimentando riscos financeiros e de negócios pela primeira vez.

Quando você estiver pronto para assumir seu risco e fazer suas apostas, aqui estão algumas coisas de minhas experiências na sala de aula que podem ajudar a melhorar a experiência - e o resultado.

1. Comece pequeno

Enviamos estudantes com valor de R$ 100,00 em dinheiro para um mercado atacadista na comunidade local para comprar produtos para revenda. Isso é provavelmente um empreendimento muito pequeno para a maioria das pessoas - mas o ponto é o mesmo. Se você é novo em risco por empreender, não é prudente arriscar tudo em seu primeiro micro empreendimento.

2. Encarar as falhas

O fracasso não é uma palavra ruim ou uma coisa ruim. Descobrir o que as pessoas querem e entender o que elas não querem faz parte do processo. Mas isso significa que os tomadores de risco pela primeira vez devem se preparar para a possibilidade de que seu investimento não valha a pena e a estrita observação para nunca virar teimosia.

3. Os próximos assuntos

Embora você não possa controlar os resultados, você pode influenciar o resultado do seu risco. O trabalho duro, a flexibilidade e o marketing podem influenciar se o seu empreendimento é bem-sucedido e em quanto. Investir em empreendedorismo não é um bilhete de loteria. Se parecer que o seu risco de empreendedorismo é um bilhete de loteria, talvez seja necessário reavaliar.

4. Observe, não leia

Em vez de olhar para os sucessos anteriores de outras pessoas, vá a um clube de empreendedores ou micro-investidor e assista aos outros enquanto eles investem tempo, dinheiro e energia em tempo real. Observá-los calcular, arriscar, ter sucesso e fracassar em um cenário do mundo real o ajudará a identificar perigos e oportunidades quando for a sua vez. As pessoas que você conhece também podem ser ótimos mentores.

5. Compartilhe sua paixão. 

Quando você é apaixonado e confiante, amigos e familiares irão apoiá-lo. Às vezes, uma palavra encorajadora é o empurrão que você precisa para dar um mergulho.
E, lembre-se que riscos calculados é diferente de ser ansioso, portanto, comece pequeno de onde está e cresça gradativamente, isso dá um força e é questão de tempo para o seu negócio ficar grande.
Bom trabalho e grande abraço.
Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 18 de julho de 2019
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: 
https://administradores.com.br/artigos/quanto-risco-os-empreendedores-assumem-na-primeira-vez


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sábado, 6 de julho de 2019

8 Dicas valiosas para o Empreendedor ter Foco no dia a dia


Realizar um objetivo pode ser um trabalho árduo. Mas mesmo que um projeto seja algo pelo qual você é apaixonado e deseja ser concluído, distrações como mídias sociais, dúvidas e outras tarefas podem tornar quase impossível se concentrar nele. Não se preocupe, certas precauções são mais simples do que parece, basta rever hábitos e interiorizar pequenos processos.

Confira estes oito passos para ajudá-lo a priorizar e limpar sua mente.

1. Pare com as multitarefas
Em vez de tentar fazer um “zilhão” de coisas ao mesmo tempo, pare onde está e resolva uma tarefa de cada vez. E, embora sua inclinação seja começar o dia com um trabalho árduo - como checar e-mails - e depois passar para as coisas mais difíceis, você deve tentar fazer o seu cérebro se mexer desafiando-se com um esforço maior e mais criativo em primeiro lugar. Isso é mais que priorizar tarefas! O segredo são ações eficazes, bem feitas, qualitativas e não quantitativas.

2. Revisões diárias
Uma boa maneira de se manter responsável quando se trata de aquietar-ser ao barulho de seu redor é parar tudo e definir uns trinta minutos do seu dia ou talvez uma hora - para checar o seu principal negócio, seu alvo, ou seja aquilo que lhe deixa feliz. É um momento de validar o presente, mensurar de forma bem realista o futuro e olhar para o passado como um mestre. Este hábito se cultivado lhe dará uma potencial consistência e domínio do seu projeto.

3. Caminhadas diariamente
Você não pode se concentrar se você está preso dentro e olhando para uma tela durante todo o dia. Desligue o computador e o telefone e faça uma caminhada de 20 minutos ao menos. O ar fresco e o movimento vão limpar a sua cabeça. Certifique-se também de que está bebendo bastante água e descansando o suficiente.

4. Use a tecnologia a seu favor
Bloqueadores de conteúdos irrelevantes, avisos e alertas automáticos desnecessários poderá ser configurado para ocultá-los, a exemplo de grupos de whatsapp ou e-mails usados como processo produtivo de assuntos e tarefas, tudo poderá ser visto de tempo em tempo a fim de manter-se presente no seu propósito.

5. Defina a tua postura com autoridade sobre mensagerias
Seja profissional, use o whatsapp como ferramenta de trabalho e assuntos objetivos, com uma ótima escrita ou em caso de áudio sendo direto, fazendo isso com certeza os interlocutores compreenderão que você não aceita os “mimis e nhê nhê nhê”.

Jamais use chavões do tipo: Como vai? Tudo bem? E, para não virar uma matéria explicativa de repreensão dessas perguntas irrelevantes e costumeiras, pois o interlocutor com certeza não está nem preparado para respostas como: Estou péssimo! Estou cansado! Estou de mau com a vida hoje! Então, simplesmente passe por cima e vá direto ao ponto de forma respeitosa e clara.

6. Meditar
Desenvolver a yoga ou meditação. Inclusive, use um dispositivo que produza impulsos elétricos para ajudar seu cérebro a diminuir o estresse, como sons relaxantes, zen, flauta, sinos tibetanos e sons da natureza, pois isso faz com que você tenha foco inconscientemente no seu trabalho.

7. Simplifique sua comunicação
Se você achar que todo o seu foco é treinado para fazer com que sua caixa de entrada seja reduzida a zero, pense em como você pode se livrar de um emaranhado implacável de e-mails e conteúdos excessivos. Peça a si e aos seus para pensarem se esta conversa seria mais eficaz através de e-mail, por telefone ou pessoalmente. Levar cinco minutos para chegar ao espaço de trabalho de outra pessoa poupará o tempo e a energia investidos em uma cadeia de e-mails redundante e esclarecerá como você deseja atacar um problema mais rapidamente.

8. Defina um local para concentração nas tarefas
Tenha um ponto ideal onde exista concentração e as ideias fluam consigo mesmo, e, neste momento coloque o celular no modo silencioso e outros acessórios eletrônicos sem avisos. Por incrível que pareça mais de 95% de desperdício da concentração de trabalho e foco está em notificações digitais, mesmo as necessárias.

Outras consequências acerca do foco:
Um alerta aos empreendedores de multi-negócios e multi-projetos, o famoso empreendedor “serial killer”, cuidado, você é uma só estrutura humana e precisa canalizar conhecimento e energia, buscar informações específicas daquele setor, pois se entrar em diversos nichos com certeza chegará um momento que estará em exaustão por excessos de demandas e a falta de concentração no mesmo assunto, pois quem quer fazer e ter muito pode não fazer nada bem feito e ficar sem nada.

Tenha foco, e, quando eu digo foco são nas ações, funções, tarefas totalmente voltadas para um negócio específico, com finalidade de ser expert no assunto, muito conhecedor ou seja uma sumidade no setor, isso sim trará sucesso com relevância e maestria.

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 05 de julho de 2019
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/8-dicas-valiosas-para-o-empreendedor-ter-foco-no-dia-a-dia


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