terça-feira, 1 de janeiro de 2019

O que é objetivo?




Estabelecer os objetivos é de extrema importância para uma empresa, por meio deles é possível permitir à empresa algumas condições de crescimento equilibrado. O objetivo serve para direcionar a empresa em seus mais variados níveis, bem como seu desempenho. Sendo assim, os elementos envolvidos têm a função de esclarecer em qualquer dúvida sobre as metas, prazos, eliminar barreiras, facilitar o caminho etc.

A fixação de objetivos auxilia o desenvolvimento da empresa por todos os seus departamentos assegurando que cada colaborador tome suas decisões e encontre o melhor caminho para “entregar” seus resultados. Dentro do conceito de SMART (esperto em português), Peter Drucker (apud BARBOSA, 2008, p.130), aponta que uma meta deve atingir quatro objetivos básicos; “específico, mensurável, factível (Achiveable), realístico, tempo definido para execução”.

Os objetivos necessitam claramente de dados, análises, informações confiáveis e para isso se faz necessário a utilização de ferramentas de marketing, gestão etc., por exemplo, pesquisas e indicadores de mercado. Os mesmos influenciam diretamente nas ações e nas tomadas de decisões. Vale lembrar que alguns objetivos são traçados no histórico de anos anteriores gerando mais informações para direcionar a empresa em suas decisões futuras.

Os objetivos parecem estar distantes, porém se determiná-los podemos alcançá-los. Você Gestor(a), utilize você como exemplo, trace objetivos e conquiste cada um deles ao longo do tempo na medida em que seus esforços os permitam alcançá-los. Em uma organização não há muitas diferenças, o mercado possui as oportunidades, os estudos de mercado ampliam a percepção do que está acontecendo e então decisões são tomadas.

Determinando o objetivo

De forma que os objetivos sejam determinados adequada e assertivamente, é necessário saber a situação atual da empresa no mercado, quem são e como estão os concorrentes, e, principalmente, ouvir o consumidor. As organizações determinam seus objetivos com propósitos diferentes, pois nem todos os setores e segmentos mercadológicos são iguais.

Os melhores objetivos são aqueles que valorizam a capacidade da organização e de seus colaboradores, pois os mesmos devem ter coerência, devem estar dentro das possibilidades reais e futuras das empresas. Uma das possíveis formas de estabelecer os objetivos é identificando e definindo o SWOT (Forças e Fraquezas, e, Oportunidades e Ameaças).

Numa análise SWOT neste caso, estas perguntas também ajudam os gestores ou empresários a formularem seus objetivos mercadológicos com maior eficiência e eficácia, ou seja, explora seus potenciais e minimiza suas fraquezas. Isso também se aplica nas ameaças e nas oportunidades, pois ao diagnosticar o ambiente externo da empresa é possível se determinar objetivos que assegurem uma estabilidade diante de uma ameaça, bem como objetivos que busquem ao máximo as oportunidades.
A partir do momento que você elabora seus questionamentos e consegue obter suas respostas, devemos considerar nos objetivos alguns itens, como: prioridade, quantificação e prazos. Vejamos cada um deles em detalhes:

Prioridade: veja a prioridade como fundamental, pois esta deve abranger as reais necessidades da empresa. Não perca o foco nesse momento, não gaste energia com coisas desnecessárias. Como o velho ditado diz; “tempo é dinheiro” e trabalho também. Desta forma, você poderá definir o verdadeiro objetivo do seu plano.

Quantificação: expressar objetivos em números torna os propósitos mensuráveis. Geralmente, você encontrará em algumas literaturas da área empresarial que os objetivos têm o caráter qualitativo do propósito a ser alcançado e as metas o caráter quantitativo. Não veja isso como um problema, aliás, deixe isso para os teóricos resolverem. O que está sendo apresentado para você é a importância de dados mensuráveis no objetivo, pois os mesmos retrataram de forma clara o que se pretende atingir em seu plano.

Prazos: determinar o tempo de execução de objetivos conforme descrito anteriormente torna também o objetivo mensurável, desta forma você poderá visualizar o início, meio e o fim do que se pretende fazer. Veja bem, o prazo também pode auxiliar no controle das ações que podem ser propostas conforme seu objetivo. Porém, devemos lembrar, que os prazos devem ser estabelecidos seguindo critérios que mostrem a totalidade do assunto, pode-se assim determinar o tempo necessário para se atingir o objetivo. Evite fazer algo de grande dimensão em poucos dias.

Após considerar os itens em questão, você pode determinar alguns direcionamentos a serem seguidos no que dizem respeito à quantificação. Lembre-se que as considerações podem ser aplicadas em toda a organização, outro ponto é que os objetivos devem ser curtos e bem claros, devem também refletir, por exemplo, aspectos que envolvam alguns itens tanto do ambiente interno (exemplo: financeiro) quanto o externo (exemplo: mercado), da organização.

Administração por Objetivos

Conforme Chiavenato (2003, p.250), “a administração por objetivos é um estilo que enfatiza o estabelecimento do conjunto de objetivos tangíveis verificáveis e mensuráveis”, esse assunto é chamado de (APO – Administração Por Objetivos). Existem vários sistemas de APO, os mais encontrados nesse sistema são: Interação entre os departamentos, estabelecimento conjunto, revisão periódica e ênfase na mensuração. Tudo está interligado, como se fosse uma história com princípio (análises), meio (definições, interações, revisões etc.) e fim (mensuração).


Segundo Chiavenato (2003), outro ponto da APO seria os quatro ingredientes mais comuns: 
1. Especificação de objetivos; 
2. Tomada de decisão participativa; 
3. Um período definido de tempo; 
4. Retroação de desempenho.

Novamente temos uma conformação de que tudo é integrado e sequencial, as decisões erradas podem causar uma sucessão de novos erros.

Objetivos por Amostragem

Conforme Chiavenato (2003), os objetivos podem ser definidos mediante diferentes abordagens, como:

Abordagem determinística por extrapolação: cujo objetivo é determinado em uma derivação do objetivo que está sendo alcançado no momento e assim é definido um número, por exemplo, aumentar as vendas em 5% em relação ao ano anterior.

Abordagem qualitativa carismática: seu objetivo é definido pela vontade dos líderes e tem uma característica qualitativa, motivando assim seus responsáveis. Temos como exemplo: melhorar a imagem da organização/negócio com as ONGs.

Abordagem logística e funcional: seus objetivos pressupõem um diagnóstico anterior de avaliações e proposições de melhorias, para que durante o tempo de obtenção dos objetivos seja assegurada a maximização da aplicação dos recursos disponíveis. Um exemplo dessa abordagem: não ter um número de produtos devolvidos por defeito.

Abordagem estatística e contingencial: são definidos em cima dos resultados e dos obstáculos que vão surgindo. Essa abordagem é adequada para obtenção de resultados em curto prazo, quando o mais importante é a voluntariedade das pessoas.

Objetivos por hierarquia

Além da abordagem, os objetivos possuem uma hierarquia nos níveis de uma organização. Os objetivos são: objetivos de nível institucional, objetivos de nível intermediário, objetivos de nível operacional.


Conheça também sobre: O clima organizacional e os seus principais aspectos.

Por fim, objetivo é o que pretendemos atingir de forma qualitativa e quantitativa, o mesmo perpassa toda organização e para ser estabelecido necessita de um estudo aprofundado, por isso deve seguir as diretrizes enunciadas.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 08 de novembro de 2016
Especial: artigos no Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/o-que-e-objetivo




Conheça também:



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

5 lições de vida empreendedora que o ajudarão a cometer menos erros


Não considero necessariamente que cometer erros seja uma coisa ruim, porque aprendi muito mais com eles do que com meus sucessos. Se você admite os erros que cometeu e faz o melhor para aprender com eles, eles podem ser úteis, com certeza. Eu gosto de pensar neles como males necessários.
Tendo dito isso, quem não quer fazer menos deles? Considere empregar essas cinco dicas para cometer menos erros:

1. Siga seu instinto


Ao longo dos anos, aprendi a confiar em meus instintos, porque eles estão quase sempre certos. Se algo não parece ou parece certo, provavelmente há uma razão. Faça a devida diligência e examine o que quer que esteja relacionado a você. Você sabe mais do que pensa que sabe. Se ele anda como um pato e se parece com um pato - provavelmente é um pato.

2. Deixe o tempo estar do seu lado


A decisão precipitada tem sido a causa da maioria dos meus erros. Isto é especialmente verdade quando se trata de negociações. Se a parte com a qual você está negociando quiser que você tome uma decisão rápida - por qualquer motivo - deixe que isso sirva como um aviso. Tomar boas decisões leva tempo. Sempre haverá razões aparentemente “boas” para a urgência. A boa tomada de decisões requer perspectiva e a perspectiva vem com o tempo. A maioria das decisões pode esperar.

3.  Não perca seu tempo com as pessoas erradas


Tentar convencer pessoas a fazer algo que elas não estão fazendo atualmente tem sido uma fonte de angústia na jornada de muitos. Normalmente empreendedores tem vendido suas invenções por um longo tempo, passam muito tempo mostrando suas ideias para pessoas de diferentes setores e até frustram-se. A verdade é que a maioria das pessoas não está disposta a arriscar algo fora de sua zona de conforto. É muito difícil vender - mesmo que você tenha uma ótima ideia. Se estais vendendo uma variação de uma maçã, é melhor encontrar alguém que esteja comprando maçãs. 

4.  Perceba que algumas coisas não são destinadas a ser, não importa o quanto você as queira


Lutar demais as vezes por ser um teimosia, é muito diferente do que uma persistência inteligente. Pensar que a força de vontade sozinha é suficiente, mas não é. Romper questões sistêmicas fora do controle dá um trabalho enorme e quase na totalidade das vezes é ineficaz. Se você forçar demais, o tempo todo, vai acabar por arrepende-se. Claro, há uma linha tênue entre pressionar demais e desistir com muita facilidade. Leva tempo para navegar.

5. A voz por telefone


A falta de comunicação acontece com muita facilidade por e-mail e mensagerias (ex. whats) escritas! Se você estiver em dúvida, pegue o telefone e ligue. E-mail é uma forma muito eficiente e conveniente de comunicação. Mas porque é tão impessoal, suas palavras e intenções podem ser mal interpretadas. Primeiro, sempre se esforce para ser o mais claro possível, mesmo quando estiver com pressa, e lembre-se de ler o que você escreveu antes de enviá-lo. Se você sentir que um conflito em potencial pode estar se formando, pegue o telefone e converse sobre isso. Vale a pena o menor inconveniente. Muitos problemas podem ser evitados dessa maneira. Relacionamentos são construídos através de conversas dinâmicas. Portanto, esforce-se para pegar o telefone e, melhor ainda, conhecer pessoalmente as pessoas com as quais você está se correspondendo.
Um erro é realmente apenas um erro se você continuar a fazê-lo. Você está perdendo uma oportunidade de ser e fazer melhor se você não analisar o seu.

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 19 de dezembro de 2018
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/5-licoes-de-vida-empreendedora-que-o-ajudarao-a-cometer-menos-erros


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Os 7 Ps do Markenting - agrega os famosos 4 Ps de Kotler


Além dos 4Ps, produto, preço, praça e promoção, alguns autores sugerem a inclusão de mais 3Ps no composto de marketing, surgindo assim: pessoas, processos e prova física.

Foi o Phd. Neil Borden (apud DILLON, 2012) que sugeriu a inclusão de mais 3 Ps: pessoas, processo e prova física (totalizando os 7 Ps). A seguir, vamos compreender, de uma forma aprofundada, os significados de cada termo.

Já, Kotler e Keller (2006) sugeriram a utilização dos 4 Ps: produto, praça, preço e promoção sendo:

Produto


Definição do produto em seus níveis, objetivando sempre um diferencial e, ao mesmo tempo, atender às necessidades do mercado. Deve-se pensar também em seus componentes como: marca, embalagem, garantias e ciclo de vida.

Preço


Compor o preço do produto levando em consideração os custos de fabricação e o preço final pago pelo consumidor. Por meio de uma análise dos custos do produto e do mercado, é possível definir estrategicamente o preço a ser cobrado.

Ponto de venda (ou praça)


É como levar o produto até o consumidor, utilizando-se ou não de um ou vários canais de distribuição. Importante lembrar que o processo de distribuição leva em consideração custos de logística.

Promoção


É o tipo de comunicação que será utilizado na divulgação do produto/marca ao consumidor. É possível utilizar-se de Propaganda, Marketing Direto, Promoção de Vendas, Relações Públicas (publicidade) e Venda Pessoal.

Então o Phd. Neil Borden (apud DILLON, 2012) sugere a inclusão de mais 3 Ps: pessoas, processo e prova física (totalizando os 7 Ps). A seguir, vamos compreender, de uma forma aprofundada, os significados de cada termo, conforme segue para complementar:

Pessoas


Considera todas as pessoas que estão envolvidas no produto, desde o consumidor até os funcionários da empresa. Com base nessa perspectiva, compreende-se que são os funcionários que interagem com o cliente. Eles podem ser denominados como pessoal de contato ou provedores de serviços.

O pessoal de contato são as pessoas com quem o cliente tem aproximação breve, como recepcionistas e atendentes de estacionamento. Já os provedores de serviço são os provedores principais do serviço final, como dentistas, médicos ou professores.

Mas qual é a relação das pessoas com o processo de venda? Por exemplo, funcionários carrancudos ou infelizes podem afetar tanto os clientes, com os quais entram em contato direto, quanto outros funcionários. Por outro lado, um funcionário brilhante e altamente motivado pode criar uma experiência de serviço mais agradável para todos que entram em contato com ele.

Nesse P, pensa-se nas pessoas como um todo: colaboradores, gerência, cultura e inclusive o atendimento ao consumidor.

Processos


O P de processos está relacionado com as ações que deverão ser executadas para atingir os objetivos do marketing (satisfazer o cliente). Dessa maneira, pensar no processo é pensar no lucro da empresa: ações bem planejadas e executadas trarão bons resultados para a organização.

Principalmente quando a empresa é uma prestadora de serviços, o cliente não está diretamente envolvido no processo de produção, portanto o produto é definido por menos atributos.

Assim, compreende-se o processo de obtenção do produto, desde sua concepção e sua produção até o consumidor final, fazendo com que o cliente sinta-se próximo da empresa.

Deve-se descrever todo o fluxo de atividades que produzem o serviço: acompanhamento do cliente em seus primeiros contatos com a marca; detalhamento dos procedimentos necessários de negociação; e, por fim, um relato de como é feito o relacionamento de pós-venda e/ou execução do serviço.

Refletir estrategicamente o melhor processo é fundamental para o sucesso de uma empresa. Por exemplo, é possível considerar vários tipos de métodos para a prestação do serviço, padronizado ou customizado, até mesmo por meio de atendimento direto, self-service, entre outros.

Prova Física


O P de prova física é também conhecido como evidências físicas ou percepção. Utilizar os outros termos não é incorreto já que se trata de uma evidência física que comprove a satisfação do consumidor.

A prova física de uma empresa pode incluir elementos que compõem o exterior do estabelecimento (fachada, sinalização, paisagismo e ambiente circundante), o interior do estabelecimento (layout, móveis, equipamentos etc.) e outros elementos tangíveis que fazem parte das evidências físicas da empresa (papelaria, aparência dos funcionários, uniformes e folhetos).

Podem-se também encontrar definições dessa prova física como percepção. Ou seja, são as novas atribuições que são geradas constantemente e devem ser monitoradas de forma a apresentar resultados positivos e lucrativos para a empresa. Compreende-se que todo planejamento deve estar voltado para obter a percepção do cliente (sua satisfação de expectativas o fará voltar para novas aquisições e poderá fidelizá-lo).

Toda essa percepção que o cliente tem da experiência com a marca acompanha a seguinte lógica: Benefícios Percebidos versus Custos de Aquisição. O balanço entre os benefícios percebidos pelo serviço a ser comprado pelo custo de aquisição (sacrifícios percebidos a serem pagos). A percepção do consumidor é a relação entre serviço, produto, pessoal e/ou imagem (valor) e custo monetário, tempo, energia, psíquico (sacrifício).

Portanto, estes outros 3 Ps obviamente nada invalidam os outros 4 Ps de Kotler e Keller, ao contrário agregam sistemicamente uma nova compreensão necessária aos dias atuais, e é uma ferramenta importante ao gestor testar e testar para ver os resultados, experimente!

Bom trabalho e grande abraço.

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 07 de dezembro de 2018
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/os-7-ps-do-markenting-agrega-os-famosos-4-ps-de-kotler-1





        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.