segunda-feira, 29 de agosto de 2016

As 5 Tendências do Varejo


Invariavelmente, pela natureza dinâmica do modelo de negócio do varejo, a tendência natural é sempre aquela apoiada pela tecnologia. Neste ano de 2016, aconteceu, em Nova York, o Retail’s BIG Show, um dos mais importantes eventos de varejo no mundo, organizado pela National Retail Federation (NRF).

Grandes debates em torno das grandes gigantes americanas do setor, como Amazon e Wall-Mart, por exemplo, trouxe à tona um assunto que causa desconforto aos mais tradicionais gestores do setor e, ao mesmo tempo, faz brilhar os olhos dos empreendedores mais conectados: o varejo on-line, ou e-commerce.
1. Vamos precisar de Gôndolas cada vez mais interativas e inteligentes:
Elas deixaram de ser simples prateleiras. Cada vez mais, as gôndolas vêm dotadas de atrativos para despertar a atenção na hora da compra, como uma geladeira, inovação da KraftHeinz, que utiliza o espaço de visualização do produto como reforço de promoção para veicular propaganda digital em tempo real. Na onda da customização, a rede Muji dá oportunidade ao cliente para criar sua própria fragrância de perfume. Outro recurso, proposto pela RFID, permite um scannear em 3D que tira todas as medidas da forma do pé do cliente e, assim, após análise prévia, recomenda qual o melhor modelo de tênis.
2. Agora os manequins têm vida:
A tendência de manequins com câmeras integradas que reforçam os sistemas de monitoramento interno que também registram o comportamento do consumidor. Há, ainda, sistema de comunicação que permite ao cliente acessar conteúdo extra na hora da compra via smartphone.
3. Interatividade é bola da vez:
Interatividade e inovação serão prioridades nos projetos das futuras lojas físicas das principais marcas de varejo do mundo. Além de projetos arquitetônicos ousados, as lojas deverão agregar mais conteúdo ao consumidor final e a possibilidade de encontrar produtos cada vez mais individualizados, customizados para atender os desejos individuais do consumidor.
4. Comunicação em todos os lugares:
A linguagem visual das gôndolas também ganhou reforço com etiquetas eletrônicas, agora full color, saindo do preto e vermelho tradicional, trazendo novas oportunidades de comunicação.
5. Vendedor-especialista:
Outro ponto é que o vendedor também tem de fazer a diferença, com informações adicionais, um verdadeiro especialista naquele segmento. A nova loja da Microsoft em Nova York já segue essa tendência. O espaço quer trazer o cliente para o universo da marca e promover a socialização na hora da compra. Curiosamente: uma das apostas do espaço, em uma das principais avenidas da cidade, são os cursos rápidos, não relacionados somente aos produtos oferecidos pela marca, mas existem opções diferenciadas como um que dá dicas de empreendedorismo, por exemplo.

Essas tendências, na verdade, não são totalmente inéditas. O setor já vinha sentindo as necessidades e inclinações dos consumidores que, cada vez mais conectados, passaram a exigir que os estabelecimentos pudessem acompanhar essas necessidades. Peter Drucker (2012, p. 241) já trazia conceitos da administração focada na organização inovadora. Drucker compara a inovação aos bebês, “que nascem pequenos, imaturos e sem forma”, a organização precisa pensar que a forma, a maturidade e a grandeza dessa inovação será moldada por ela, de acordo com sua capacidade e flexibilidade, e, se ela não for capaz, outra organização poderá ser. Assim, voltamos ao dilema da sustentabilidade organizacional.

Grande abraço e sucesso!

Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 28 de agosto de 2016
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link fonte: https://administradores.com.br/artigos/as-5-tendencias-do-varejo


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Para ser um empreendedor criativo, o automático é ruim


Saiba o porquê ser um empreendedor criativo é essencial para ter sucesso no mundo dos negócios


Quando você pensa em empreender, considera a criatividade uma habilidade essencial para o sucesso do seu negócio?

Muitas pessoas pensam que a criatividade e o empreendedorismo não andam de mãos dadas. 

E isso é uma visão bastante equivocada. 

A criatividade é uma habilidade essencial para quem quer ser um empreendedor de sucesso.


Por exemplo, no mundo globalizado em que vivemos, o consumidor tem acesso a diversos tipos de produtos, variando em tipo, qualidade e de qualquer lugar do planeta.

Então, o que um empresário faz em um mercado inundado de produtos? Como podemos fazer um produto se destacar dos demais?

Uma mente criativa responde a todas essas perguntas porque a criatividade nos ajuda a pensar em como melhorar as práticas comerciais existentes.

Se você quer saber a importância de ser um empreendedor criativo, e como desenvolver a criatividade para implementá-la no seu negócio, continue lendo esse artigo.

O que é ser um empreendedor criativo? 


A palavra criatividade indica a capacidade de criar, inovar, inventar em qualquer campo do conhecimento humano.

Ou seja, ser criativo é utilizar a inteligência e a capacidade de imaginação de forma original para solucionar problemas. 

A criatividade transforma a realidade em que vivemos e nos leva a alcançar áreas nunca antes exploradas. 

No mundo do empreendedorismo, a criatividade é o que conhecemos como “pensar fora da caixa”.

Usando a sua capacidade criativa, um empreendedor,  frequentemente, consegue elaborar soluções que possibilitam a empresa a otimizar processos, economizar recursos, ou a criar produtos que aumentem o seu lucro.

Um exemplo de um grande empreendedor criativo que a maioria de nós conhecemos foi o Steve Jobs.

Jobs revolucionou a maneira como vivemos com as suas criações na Apple após uma ideia de integrar computador, tela e teclado num só lugar. 

"Criatividade é apenas conectar as coisas", disse Steve Jobs a revista Wire Red.

Mas, ser um empreendedor criativo não se trata apenas de conectar ideias. 

É preciso também ser capaz de se adaptar a novas circunstâncias, navegar pela incerteza e encontrar soluções à medida que os problemas surgem.

Por que a criatividade pode te levar ao sucesso?


Já vimos que a criatividade permite que o empreendedor consiga arranjar soluções inovadoras que, consequentemente, irão melhorar a vida das pessoas e aumentar os lucros.
Segundo pesquisa StateofCreate, realizada pela Adobe, as pessoas que se identificam como criativas têm uma renda 13% maior do que as não-criativas.

Mas o que exatamente torna a criatividade tão crucial e importante na vida profissional de um empreendedor?

1) Vantagem sobre a concorrência 


Quando o empreendedor é capaz de gerar novas ideias que sejam viáveis e eficientes, isso dá a ele uma vantagem competitiva.

Se todos estiverem fazendo algo da mesma maneira, o pensamento convencional o conduzirá ao mesmo processo.

Você tem que pensar criativamente e desafiar os procedimentos padrões se quiser ter sucesso.

2) Novas formas de desenvolver seu produto e melhorar o negócio.

A criatividade ajuda a desenvolver novas maneiras de melhorar um produto ou serviço existente e otimizar um negócio.

Sempre há espaço para melhorias nas entregas de uma empresa; é o empreendedor criativo que pode avaliar como fazê-lo.

3) Desenvolver novos nichos por meio da criatividade e do empreendedorismo. 

Alterar o método de fabricação do produto ou entrega do serviço ou como eles são fornecidos ao usuário, por exemplo, podem criar um nicho com grande potencial de negócios.

Então, como ser um empreendedor criativo?


Você deve estar se perguntando:

Como vincular a criatividade com o empreendedorismo?

Pois, para que isso aconteça, o empreendedor criativo precisa desenvolver duas habilidades essenciais: 

  • Ter a capacidade criativa de imaginar e criar algo inovador;

  • Conseguir tangibilizar sua ideia em um negócio lucrativo.


Por isso, não basta ter uma ideia, é preciso colocar a mão na massa. É preciso dar vida a essas ideias criativas em um ambiente de negócios. 


É necessário que o empreendedor avalie os requisitos de como executar uma ideia, analisando os recursos disponíveis versus os necessários, como estabelecer uma nova empresa e como gerenciá-la, por exemplo.

Todos nós temos dezenas de boas ideias ao longo do dia, não é mesmo?

Mas quantas delas nós executamos?

Pois é, não basta termos boas ideias, é preciso desenvolver a capacidade de tirá-las do papel. 

E como saber se sua ideia está no caminho certo?


A criatividade requer um pouco de estrutura para uma execução bem-sucedida. Mas não seja muito rígido, saiba mudar de direção quando necessário. 

Aqui estão algumas etapas essenciais para desenvolver um projeto criativo:

O primeiro passo é o planejamento de algumas ideias básicas que ofereçam uma solução para um problema. 

Tenha um momento para colocar várias ideias na mesa.

Faça pesquisas em todas as direções para encontrar uma solução inovadora ao problema inicial.

O segundo passo é a implementação da sua ideia. Essa é a hora de tirá-la do papel e experimentá-la no mundo real.

Faça experiências com a sua ideia. Afinal, nem tudo funciona para todos.

Este estágio determina se a solução “encontrada” tem potencial para funcionar ou não.


Caso nada dê certo nesse primeiro passo, descarte e volte para o planejamento.

Mas, tenha em mente que nem tudo irá correr conforme o planejado. O importante é não desanimar.  

Com isso, chegamos ao terceiro passo. Aprender com a experiência.

Saber aprender com os erros é essencial para desenvolver novas ideias. 

Descarte aquilo que não deu certo, siga com o que deu e melhore aquilo que precisa ser otimizado.

O empreendedor criativo pode trazer a solução para muitos problemas que enfrentamos atualmente.


Ele traz ideias inovadoras que mudam a forma como o mundo funciona.

Possibilita também que um empreendimento criativo tenha sucesso no mercado.

Por isso, criatividade e empreendedorismo estão intimamente relacionados e andam de mãos dadas.

Contudo, para ser um empreendedor criativo de sucesso, o pensamento deve ser feito de forma consciente e planejada para apresentar as ideias mais viáveis.

Agora que você já sabe da importância da criatividade para o seu negócio, e os passos para tirar suas ideias do papel, invista no processo criativo e faça sua empresa crescer!

Bom trabalho e grande abraço.

Adm. Rafael José Pôncio



Conheça também:

Entenda quando o erro é aceitável e supere o medo de errar



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

domingo, 19 de junho de 2016

Como usar Andragogia para desenvolver intraempreendedores?

Você já ouviu falar da andragogia? Conheça esse método de aprendizado eficaz e saiba como aplicá-lo no empreendedorismo corporativo e nos negócios.

Como usar Andragogia para desenvolver intraempreendedores?

É fato: adultos não aprendem como as crianças. Então por que tentamos ensiná-los da mesma forma? Para isso existe a andragogia.

Ficou curioso? Descubra como esta metodologia funciona e como aplicá-la na educação empreendedora e dentro das organizações.

O que é Andragogia?

A palavra andragogia vem da junção dos dois termos gregos andros (adulto) e gogos (educar), logo é a educação para adultos em todas as áreas: acadêmico, profissional, política...

A andragogia parte da ideia que diferente das crianças, os adultos já vêm com uma bagagem de conhecimento e experiências que não podem ser ignoradas durante a aprendizagem. 

Esta palavra apareceu pela primeira vez em 1833 no livro Platon’s Erziehungslehre (Ideias Educacionais de Platão) do professor alemão Alexander Kapp.

Mas só ganhou força a partir da década de 70 nas mãos do educador americano Malcolm Knowles, considerado o “Pai da Andragogia”.

Ele que definiu os pilares da aprendizagem de adultos, que comento a seguir.

6 princípios da Andragogia

Conheça as premissas básicas da andragogia:

1.   Necessidade 

Nos tempos da escola muitas vezes nos pegamos refletindo: para que eu vou usar isso?

No ensino para adultos, a resposta deve ser o ponto-chave. Afinal, se você entende para o que determinado conhecimento serve e quais os benefícios que terá, automaticamente aumenta os seus esforços.

2.   Autonomia

Pessoas maduras têm a capacidade de tomar as suas decisões e escolher o que deseja aprender, como e quando. Por isso, a educação para adultos deve considerar estes pontos.

Mesmo assim, vale destacar que nem sempre as pessoas conseguem ter este autoconceito, algumas precisam de uma mãozinha.

3.   Experiência

Como diz o ditado “se aprende melhor fazendo", os adultos já descobriram isso na prática. Então, todo o conhecimento adquirido durante a vida pode enriquecer o aprendizado.

Portanto, na andragogia os estudantes e profissionais são estimulados e trazem relatos de situações que vivenciaram.

4.   Prontidão para a Aprendizagem

Os adultos têm mais vontade de aprender aquilo que está diretamente relacionado com o seu cotidiano, o ajudando a enfrentar as dificuldades do dia-a-dia.

Sendo assim, é fundamental que os objetivos do aluno correspondam com o ensino oferecido.

 5.   Aplicação para a Aprendizagem

Os alunos mais velhos têm mais interesse por assuntos que estejam dentro do seu contexto e que tenham uma aplicação imediata.

Então é fundamental relacionar o conteúdo ao ambiente em que o estudante está inserido.

6.   Motivação

Os adultos são movidos por fatores internos como: autoestima, reconhecimento e qualidade de vida. E por fatores externos como: ganhos financeiros, evolução profissional e network.

No entanto, o que mais toca estes estudantes são as motivações internas, por isso, nem sempre as notas altas são suas prioridades.

Qual a relação da andragogia com o intraempreendedorismo?

Como dito lá em cima, a andragogia pode ser aplicada em diferentes tipos de aprendizagem, dentre elas a profissional.

Isso está muito relacionado à educação empreendedora, pois infelizmente, a maioria das pessoas só terá contato com o empreendedorismo na fase adulta.

Mas como fazer isso?

Seguem táticas para usar esta metodologia no desenvolvimento de empreendedores.

Não seja um professor e sim um facilitador

Para aplicar essa metodologia o primeiro passo é entender que as pessoas não estão ali somente para te escutar, mas sim, para com você chegar a uma solução.

As experiências do seu “aprendiz” são tão importantes quanto o seu conhecimento, por isso, você deve agir mais como um assistente, orientando quando necessário.

Comece aos poucos

Como nós estamos acostumados com o método de ensino utilizado na escola (o pedagógico) uma mudança muito repentina pode causar estranheza e até rejeição.

Por isso é fundamental perceber como as pessoas reagem durante a aprendizagem. Também é muito importante deixar claro para o aluno qual o objetivo daquela atividade.

Estimule o autoconhecimento

Uma das razões que levam uma pessoa a empreender é solucionar uma dor que ela sinta ou que ela percebe que existe na sociedade.

Por exemplo, o motivo que levou o colombiano David Vélez a criar o Nubank foram as altas taxas, atendimentos ruins e excesso de burocracia que ele identificou nos bancos brasileiros.

Então, faz parte da educação empreendedora incentivar que os adultos analisem os problemas que passam e pensem em soluções para eles.

Utilize a gamificação

Gamificação é uma adaptação da palavra em inglês gamification, que é o uso de técnicas comuns em jogos com outros fins.

O objetivo é tornar o processo mais divertido, fazendo com que as pessoas tenham mais interesse, melhorando o aprendizado.

Trazendo para o empreendedorismo, seria apresentar uma dificuldade: a burocracia para abrir um negócio regulado pelo governo. Quem encontrasse a melhor solução ganharia um prêmio.

Mais possibilidades com a andragogia

Existem diversas maneiras de aplicar a andragogia no mundo dos negócios, como facilitar a adaptação de um novo colaborador, melhorar o relacionamento entre a equipe e principalmente utilizar em treinamentos.

Afinal, as capacitações empresariais em muitos casos são vistas pelos colaboradores como cansativas e pouco atrativas, das quais muitos participam apenas quando são “obrigados”.

Parte da culpa vem da forma com que os treinamentos são conduzidos, através do modelo pedagógico em que uma pessoa fala e os outros escutam, sem que os colaboradores participem de forma ativa do processo.

No entanto, ao desenvolver uma capacitação seguindo os princípios da andragogia, a tendência é que os colaboradores fiquem interessados. 

Para isso é importante adaptar o conteúdo para cada parte da empresa.

Por exemplo: em um treinamento sobre comunicação eficaz, a programação para o setor de vendas é diferente da para o setor de recrutamento e assim por diante.

A participação das pessoas precisa ser estimulada, com relatos de situações do cotidiano em que houve falha de comunicação, atividades em grupo e debates para encontrar soluções.

Também é importante mostrar de forma concreta quais os benefícios que uma comunicação assertiva trará para os colaboradores e a empresa como um todo.

 

Como vimos, a aplicação dos princípios da andragogia pode ser muito útil para a educação empreendedora e também como uma maneira de melhorar o ambiente de trabalho.

No entanto, como a metodologia não é tão utilizada pode haver um estranhamento, por isso o ideal é começar gradualmente e sentir como as pessoas reagem.

Bom trabalho e forte abraço!

Adm. Rafael José Pôncio



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

terça-feira, 24 de maio de 2016

Como a Teoria dos Setênios pode ajudar seu desenvolvimento?

O número 7 é marcante em diversas situações e culturas. Sete dias da semana, sete pecados capitais, sete notas musicais, sete cores do arco íris, sete maravilhas do mundo. Em algumas culturas, é um símbolo místico. 

Para a Antroposofia, ciência espiritual que em grego significa “conhecimento do ser humano”, ou caminho em busca da verdade, o número está relacionado às fases de nossa vida. O filósofo Rudolf Steiner, idealizador da Antroposofia, desenvolveu a Teoria dos Setênios, por entender que nossa vida se transforma a cada 7 anos. 

Portanto, durante cada ciclo de 7 anos entramos em contato com novas experiências, as reconhecemos, nos adaptamos, aprendemos a lidar com elas e nos transformamos, desenvolvendo habilidades que nos preparam para o ciclo seguinte. 

Ao compreender o que significa cada setênio, temos maior condição de focar nas competências de cada um deles. E viver cada uma delas de forma mais plena. Ou seja, estamos em constante metamorfose. E prestar mais atenção nas oportunidades que cada setênio da vida nos trás na área profissional, é fundamental para não deixar nada passar batido! 

Voltando um pouco para nossa vida pessoal, porque meu foco é te ajudar como um todo e não apenas em sua vida empreendedorial, essa compreensão também faz de nós pais mais atentos. E nos indica as melhores formas de ajudar nossas crianças a se desenvolver!

Vejo sempre algumas pessoas dizerem em separar as dimensões do trabalho e família, mas como seria possível se o profissional é único e indivisível?

Descubra quais são as oportunidades que cada setênio oferece

0 a 7 anos – a primeira infância, ou o ninho

A primeira infância é um período de experimentação e de ser uma esponja. Portanto, ter liberdade para fazer descobertas torna-se a questão mais importante desse setênio. A criança aprende por tentativa e erro, imitando atitudes e falas de adultos ao seu redor, se permitindo testar. Durante esse ciclo, os pequenos se identificam como um indivíduo e não mais uma extensão do corpo de sua mãe. E a personalidade começa a ser moldada de acordo com o ambiente em que a criança é inserida. 

O que ela vivenciar aqui será armazenado como informação para ser base dos próximos ciclos. Esse é o melhor momento da vida para darmos aos nossos filhos a semente do que acreditamos ser importante e que vai começar a se transformar em verdade para eles. Por exemplo, uma criança que durante esse ciclo tem contato com a natureza, brinca na grama, admira a lua com seus cuidadores, terá mais chances de ser um adulto preocupado com questões ambientais.

7 a 14 anos – noção de pertencimento e processo de autoafirmação  

Durante esse ciclo, a criança passa a conhecer seu corpo. Não só os órgãos e membros, mas a percepção e emoções que o corpo carrega, como frio na barriga, coração disparado, nó na garganta. 

É também uma fase da vida em que as figuras de autoridade, seja em casa ou na escola, passam a ser grandes influenciadores em como será a visão de mundo da criança, e podem impactar de forma positiva ou negativa inclusive na saúde física e mental desse futuro adulto. Por exemplo, um excesso de cuidado pode tornar a criança extremamente frágil para as experiências da fase adulta. Já um excesso de comandos e broncas pode gerar timidez para uma criança que nunca tem espaço para ser ela mesma.

14 a 21 anos – nossa primeira crise de identidade

Claro que essa primeira crise chega junto com a adolescência! Adolescentes buscam seu espaço, querem ser ouvidos. Buscam sua tribo e tentam, longe da família, experimentar tudo que a vida oferece com mais intensidade. É o ciclo dos sentimentos exagerados, da tempestade em copo d’água o tempo todo. Parte disso é hormonal e parte é apenas uma necessidade de ser protagonista da própria história. 

21 a 28 – o “eu” grita por independência

Nesse ciclo, a necessidade de autoafirmação chega ao clímax. Queremos estabilidade emocional e profissional. E somos pressionados pela sociedade para conseguir tudo isso rapidamente. Nessa fase da vida, muitos de nós desenvolvemos um quadro de ansiedade absoluta. Pura pressão externa!

28 a 35 – crises e mais crises existenciais 

A passagem da juventude para a maturidade abala todo ser humano. Nos cobramos demais, questionamos sobre nosso verdadeiro papel no mundo, nos frustramos. Na chamada crise dos 30, começamos a repensar absolutamente tudo e mais um pouco. É o setênio em que nos é apresentada a grande oportunidade de abrir a mente ao equilíbrio. De amadurecer e entender que não precisamos nos cobrar tanto, ou gritar para conseguir nos adaptar ao mundo.

35 a 42 – crise de autenticidade

Esse setênio é carregado de momentos de reflexão. Supostamente com a família, carreira e patrimônio estabilizados, queremos dar mais sentido à nossa vida. Somar ao mundo e deixar um legado. E é a hora em que as pessoas buscam aprender coisas novas apenas por prazer, desaceleram um pouco e se permitem buscar a sensação de bem-estar.  Ainda que nossa longevidade tenha mudado bastante da época de Steiner para cá, nesse ciclo as pessoas realmente se abrem para momentos de prazer e felicidade. 

42 a 49 – Viva o altruísmo

Continuamos querendo mudanças, mas a idade começa a assustar um pouco. Apesar de nos sentirmos preparados para mudar as coisas, e de saber exatamente o que precisa ser feito para isso, ainda nos deparamos com contradições. É um ciclo da vida em que sentimos melancolia constantemente, buscamos os amigos do passado, revivemos histórias da infância quase que o tempo todo.

49 a 56 – Ah, o mundo...

Ao chegar nesse setênio, o mundo no qual crescemos foi totalmente alterado. As coisas evoluíram e isso é incrível! Mas só iremos enxergar dessa forma se tivermos nos preparado para isso. Se tivermos construído uma imagem positiva de nós mesmos, e da vida.

Durante esse ciclo, buscamos nos preparar para seguirmos úteis e capazes no próximo setênio. Começamos a nos engajar em causas diversas, contribuindo com um mundo melhor. Ainda que isso tenha sido nossa meta de vida, agora temos mais foco. 

56 a 63 adiante – sabedoria e história da minha vida

Fisicamente, nesse ciclo absolutamente tudo muda: a mobilidade, a audição e a visão. É fundamental manter a mente e o corpo em atividade para encontrar o equilíbrio nesta fase. E, ainda que o que você mais faça é contar e recontar a história da sua vida quando chegar nesse setênio, ainda tem sempre espaço para criar novas histórias e viver novas experiências. 


Steiner nos ensinou a identificar oportunidades de transformação em cada novo ciclo. Conhecer esses processos evolutivos é evoluir com mais harmonia na área profissional, com mais encanto. Lembre-se sempre que o todo é maior que a soma das partes que o constituem aonde quer que você esteja.

Bom trabalho e grande abraço.

Adm. Rafael José Pôncio



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Como formar e desenvolver uma equipe de alta performance

Quando assumimos um cargo de liderança, ou começamos a empreender, temos a tendência de querer abraçar o mundo e de tomar frente em todas as áreas, mesmo naquelas em que não dominamos. Essa atitude só tem uma consequência bastante previsível: a geração de desgaste e exaustão.  Diante desse fato, fica a lição: é impossível ser bom em tudo e, muito menos, dar conta sozinho de todas as demandas de um negócio. O mais inteligente, nesse contexto, é contar com um time de profissionais com diferentes habilidades, capazes de suprir seus pontos fracos para que, dessa forma, vocês possam, juntos, alcançar os melhores resultados.  Isso significa formar uma equipe de alta performance, que trabalhe de forma integrada e alinhada aos valores da empresa, disposta a encontrar as melhores soluções e se empenhar de maneira proativa na busca de um objetivo comum.  Certamente, desenvolver uma equipe de alta performance é um grande desafio, que exige muito comprometimento por parte do gestor. Entretanto, garanto que o esforço compensa. Ao formar um time de confiança, no qual você possa delegar tarefas e decisões, o seu negócio só tem a ganhar. Como fazer isso? Acredito que posso ajudá-lo com algumas dicas. Continue a leitura!

O que significa ter uma equipe de alta performance?

Ter um time de desempenho elevado não diz respeito somente em relação ao cumprimento de metas estabelecidas previamente, ou seja, a certeza de que tarefas serão realizadas e entregues. A equipe de alta performance é aquela que vai além, cujos membros compartilham características e valores que são cultivados e fazem a diferença no resultado final. Que valores e características são esses? Proatividade, criatividade, eficiência, posicionamento ativo, orientação para resultados, entre outros.  

Quais as particularidades de um time com desempenho de alto nível?

Para ficar mais claro e concreto, veja a seguir como uma equipe de alta performance se comporta e age diante dos desafios:

  • promove um ambiente de integração e colaboração entre os membros;

  • preza pela comunicação clara e assertiva, priorizando o diálogo;

  • tem proatividade e capacidade de antecipar situações futuras;

  • compartilha as mesmas visões e valores e trabalha de forma alinhada, focada em um mesmo objetivo.

Ações para desenvolver uma equipe de alta performance, na prática:

1. Entenda o que o seu time realmente precisa e o que você espera dele

Em alguns casos, a formação de uma equipe de alta performance começará ainda na fase de recrutamento. Primeiramente, antes de selecionar os colaboradores que farão parte do seu time, você precisa compreender quais são as habilidades técnicas e comportamentais que considera importantes para o trabalho que será desenvolvido. O ideal é buscar profissionais com diferentes competências que se complementem. 


Caso já tenha uma equipe completa, faça uma análise de cada colaborador e identifique as habilidades e competências de cada um, detecte o que falta e o que precisa ser desenvolvido.  


O próximo passo é estabelecer de forma clara o papel de cada um na equipe, destacando o que se espera que seja entregue e executado. Assim, todo o time saberá exatamente o que precisa fazer para contribuir para o alcance dos objetivos.  

2. Defina metas e objetivos concretos

“Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve”, já dizia Lewis Carrol. Por mais proativa que seja, uma equipe de alta performance  precisa de direcionamento e de entender onde se quer chegar, quais são os objetivos. Só assim, com metas realistas e concretas e objetivos bem estabelecidos, será possível atingir o resultado. 

3. Saiba como estimular, motivar e desafiar a sua equipe

É importante que o time esteja sempre engajado para dar 100% de empenho e ir além. Por isso, promover estímulos constantes é essencial para motivar e garantir, assim, que se atinja a melhor performance. De que maneira fazer isso? Por meio de ações de reconhecimento e feedback. Iniciativas como programas de recompensas e estratégias de gamificação, por exemplo, podem ajudar a manter a motivação da equipe em alta e o desempenho acima da média. 

4. Incentive a proatividade e a colaboração

Quando o colaborador sente que realmente faz parte de algo e que seu papel na equipe é importante, a tendência é de que o empenho em fazer dar certo seja maior. Dessa maneira, é fundamental dar abertura para a participação e o compartilhamento de ideias, estimulando um ambiente de sinergia e colaboração entre os colegas e junto ao líder. Incentive também a proatividade e a busca por soluções inovadoras.

5. Construa uma relação de confiança e priorize a boa comunicação

Nesse sentido de a equipe ter abertura para propor ideias e ser proativa na tomada de decisões, é indispensável que se estabeleça uma relação de confiança entre gestor e liderados. Afinal, caso haja desconfiança ou receio, dificilmente o time terá a iniciativa de lançar soluções diante de um problema ou sugerir uma ação inovadora, o que minará a capacidade da equipe de trabalhar em alta performance. 


Portanto, o gestor precisa ser coerente e demonstrar que confia em sua equipe e que sabe delegar tarefas e decisões. Caso contrário, se o seu objetivo é centralizar tudo, não faz o menor sentido ter uma equipe de alto desempenho. 


É importante também que a comunicação seja aberta, eficaz, pautada no diálogo e na transparência entre toda equipe. A habilidade da comunicação é primordial em uma equipe de alta performance e precisa ser bem desenvolvida e aperfeiçoada, se necessário. 

6. Ofereça treinamentos e acompanhe o desenvolvimento da sua equipe

Os treinamentos representam um investimento que não deve ser ignorado na formação de uma equipe de alta performance. Isso porque o aprendizado contínuo é extremamente importante para desenvolver e aprimorar as competências e habilidades identificadas como essenciais pelo gestor para o trabalho em equipe, além de contribuir para a evolução e crescimento profissional dos colaboradores. Nesse contexto, é importante ainda que o gestor não negligencie o acompanhamento do desenvolvimento do seu time e se comprometa de fato com essa responsabilidade. 


Dividir o trabalho com profissionais que têm habilidades e competências que você não possui pode ser o grande trunfo no sucesso do gerenciamento de um negócio. Assim, desenvolver uma equipe de alta performance pode ser um processo árduo e trabalhoso, porém, a médio e longo prazo, resultados poderão ser alcançados com mais facilidade e assertividade. Lembre-se que, no final, são sempre as pessoas que fazem a diferença.


Bom trabalho e grande abraço.


Adm. Rafael José Pôncio




Conheça também:

Um guia rápido sobre Administração Holística



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.