domingo, 19 de junho de 2016

Como usar Andragogia para desenvolver intraempreendedores?

Você já ouviu falar da andragogia? Conheça esse método de aprendizado eficaz e saiba como aplicá-lo no empreendedorismo corporativo e nos negócios.

Como usar Andragogia para desenvolver intraempreendedores?

É fato: adultos não aprendem como as crianças. Então por que tentamos ensiná-los da mesma forma? Para isso existe a andragogia.

Ficou curioso? Descubra como esta metodologia funciona e como aplicá-la na educação empreendedora e dentro das organizações.

O que é Andragogia?

A palavra andragogia vem da junção dos dois termos gregos andros (adulto) e gogos (educar), logo é a educação para adultos em todas as áreas: acadêmico, profissional, política...

A andragogia parte da ideia que diferente das crianças, os adultos já vêm com uma bagagem de conhecimento e experiências que não podem ser ignoradas durante a aprendizagem. 

Esta palavra apareceu pela primeira vez em 1833 no livro Platon’s Erziehungslehre (Ideias Educacionais de Platão) do professor alemão Alexander Kapp.

Mas só ganhou força a partir da década de 70 nas mãos do educador americano Malcolm Knowles, considerado o “Pai da Andragogia”.

Ele que definiu os pilares da aprendizagem de adultos, que comento a seguir.

6 princípios da Andragogia

Conheça as premissas básicas da andragogia:

1.   Necessidade 

Nos tempos da escola muitas vezes nos pegamos refletindo: para que eu vou usar isso?

No ensino para adultos, a resposta deve ser o ponto-chave. Afinal, se você entende para o que determinado conhecimento serve e quais os benefícios que terá, automaticamente aumenta os seus esforços.

2.   Autonomia

Pessoas maduras têm a capacidade de tomar as suas decisões e escolher o que deseja aprender, como e quando. Por isso, a educação para adultos deve considerar estes pontos.

Mesmo assim, vale destacar que nem sempre as pessoas conseguem ter este autoconceito, algumas precisam de uma mãozinha.

3.   Experiência

Como diz o ditado “se aprende melhor fazendo", os adultos já descobriram isso na prática. Então, todo o conhecimento adquirido durante a vida pode enriquecer o aprendizado.

Portanto, na andragogia os estudantes e profissionais são estimulados e trazem relatos de situações que vivenciaram.

4.   Prontidão para a Aprendizagem

Os adultos têm mais vontade de aprender aquilo que está diretamente relacionado com o seu cotidiano, o ajudando a enfrentar as dificuldades do dia-a-dia.

Sendo assim, é fundamental que os objetivos do aluno correspondam com o ensino oferecido.

 5.   Aplicação para a Aprendizagem

Os alunos mais velhos têm mais interesse por assuntos que estejam dentro do seu contexto e que tenham uma aplicação imediata.

Então é fundamental relacionar o conteúdo ao ambiente em que o estudante está inserido.

6.   Motivação

Os adultos são movidos por fatores internos como: autoestima, reconhecimento e qualidade de vida. E por fatores externos como: ganhos financeiros, evolução profissional e network.

No entanto, o que mais toca estes estudantes são as motivações internas, por isso, nem sempre as notas altas são suas prioridades.

Qual a relação da andragogia com o intraempreendedorismo?

Como dito lá em cima, a andragogia pode ser aplicada em diferentes tipos de aprendizagem, dentre elas a profissional.

Isso está muito relacionado à educação empreendedora, pois infelizmente, a maioria das pessoas só terá contato com o empreendedorismo na fase adulta.

Mas como fazer isso?

Seguem táticas para usar esta metodologia no desenvolvimento de empreendedores.

Não seja um professor e sim um facilitador

Para aplicar essa metodologia o primeiro passo é entender que as pessoas não estão ali somente para te escutar, mas sim, para com você chegar a uma solução.

As experiências do seu “aprendiz” são tão importantes quanto o seu conhecimento, por isso, você deve agir mais como um assistente, orientando quando necessário.

Comece aos poucos

Como nós estamos acostumados com o método de ensino utilizado na escola (o pedagógico) uma mudança muito repentina pode causar estranheza e até rejeição.

Por isso é fundamental perceber como as pessoas reagem durante a aprendizagem. Também é muito importante deixar claro para o aluno qual o objetivo daquela atividade.

Estimule o autoconhecimento

Uma das razões que levam uma pessoa a empreender é solucionar uma dor que ela sinta ou que ela percebe que existe na sociedade.

Por exemplo, o motivo que levou o colombiano David Vélez a criar o Nubank foram as altas taxas, atendimentos ruins e excesso de burocracia que ele identificou nos bancos brasileiros.

Então, faz parte da educação empreendedora incentivar que os adultos analisem os problemas que passam e pensem em soluções para eles.

Utilize a gamificação

Gamificação é uma adaptação da palavra em inglês gamification, que é o uso de técnicas comuns em jogos com outros fins.

O objetivo é tornar o processo mais divertido, fazendo com que as pessoas tenham mais interesse, melhorando o aprendizado.

Trazendo para o empreendedorismo, seria apresentar uma dificuldade: a burocracia para abrir um negócio regulado pelo governo. Quem encontrasse a melhor solução ganharia um prêmio.

Mais possibilidades com a andragogia

Existem diversas maneiras de aplicar a andragogia no mundo dos negócios, como facilitar a adaptação de um novo colaborador, melhorar o relacionamento entre a equipe e principalmente utilizar em treinamentos.

Afinal, as capacitações empresariais em muitos casos são vistas pelos colaboradores como cansativas e pouco atrativas, das quais muitos participam apenas quando são “obrigados”.

Parte da culpa vem da forma com que os treinamentos são conduzidos, através do modelo pedagógico em que uma pessoa fala e os outros escutam, sem que os colaboradores participem de forma ativa do processo.

No entanto, ao desenvolver uma capacitação seguindo os princípios da andragogia, a tendência é que os colaboradores fiquem interessados. 

Para isso é importante adaptar o conteúdo para cada parte da empresa.

Por exemplo: em um treinamento sobre comunicação eficaz, a programação para o setor de vendas é diferente da para o setor de recrutamento e assim por diante.

A participação das pessoas precisa ser estimulada, com relatos de situações do cotidiano em que houve falha de comunicação, atividades em grupo e debates para encontrar soluções.

Também é importante mostrar de forma concreta quais os benefícios que uma comunicação assertiva trará para os colaboradores e a empresa como um todo.

 

Como vimos, a aplicação dos princípios da andragogia pode ser muito útil para a educação empreendedora e também como uma maneira de melhorar o ambiente de trabalho.

No entanto, como a metodologia não é tão utilizada pode haver um estranhamento, por isso o ideal é começar gradualmente e sentir como as pessoas reagem.

Bom trabalho e forte abraço!

Adm. Rafael José Pôncio



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

terça-feira, 24 de maio de 2016

Como a Teoria dos Setênios pode ajudar seu desenvolvimento?

O número 7 é marcante em diversas situações e culturas. Sete dias da semana, sete pecados capitais, sete notas musicais, sete cores do arco íris, sete maravilhas do mundo. Em algumas culturas, é um símbolo místico. 

Para a Antroposofia, ciência espiritual que em grego significa “conhecimento do ser humano”, ou caminho em busca da verdade, o número está relacionado às fases de nossa vida. O filósofo Rudolf Steiner, idealizador da Antroposofia, desenvolveu a Teoria dos Setênios, por entender que nossa vida se transforma a cada 7 anos. 

Portanto, durante cada ciclo de 7 anos entramos em contato com novas experiências, as reconhecemos, nos adaptamos, aprendemos a lidar com elas e nos transformamos, desenvolvendo habilidades que nos preparam para o ciclo seguinte. 

Ao compreender o que significa cada setênio, temos maior condição de focar nas competências de cada um deles. E viver cada uma delas de forma mais plena. Ou seja, estamos em constante metamorfose. E prestar mais atenção nas oportunidades que cada setênio da vida nos trás na área profissional, é fundamental para não deixar nada passar batido! 

Voltando um pouco para nossa vida pessoal, porque meu foco é te ajudar como um todo e não apenas em sua vida empreendedorial, essa compreensão também faz de nós pais mais atentos. E nos indica as melhores formas de ajudar nossas crianças a se desenvolver!

Vejo sempre algumas pessoas dizerem em separar as dimensões do trabalho e família, mas como seria possível se o profissional é único e indivisível?

Descubra quais são as oportunidades que cada setênio oferece

0 a 7 anos – a primeira infância, ou o ninho

A primeira infância é um período de experimentação e de ser uma esponja. Portanto, ter liberdade para fazer descobertas torna-se a questão mais importante desse setênio. A criança aprende por tentativa e erro, imitando atitudes e falas de adultos ao seu redor, se permitindo testar. Durante esse ciclo, os pequenos se identificam como um indivíduo e não mais uma extensão do corpo de sua mãe. E a personalidade começa a ser moldada de acordo com o ambiente em que a criança é inserida. 

O que ela vivenciar aqui será armazenado como informação para ser base dos próximos ciclos. Esse é o melhor momento da vida para darmos aos nossos filhos a semente do que acreditamos ser importante e que vai começar a se transformar em verdade para eles. Por exemplo, uma criança que durante esse ciclo tem contato com a natureza, brinca na grama, admira a lua com seus cuidadores, terá mais chances de ser um adulto preocupado com questões ambientais.

7 a 14 anos – noção de pertencimento e processo de autoafirmação  

Durante esse ciclo, a criança passa a conhecer seu corpo. Não só os órgãos e membros, mas a percepção e emoções que o corpo carrega, como frio na barriga, coração disparado, nó na garganta. 

É também uma fase da vida em que as figuras de autoridade, seja em casa ou na escola, passam a ser grandes influenciadores em como será a visão de mundo da criança, e podem impactar de forma positiva ou negativa inclusive na saúde física e mental desse futuro adulto. Por exemplo, um excesso de cuidado pode tornar a criança extremamente frágil para as experiências da fase adulta. Já um excesso de comandos e broncas pode gerar timidez para uma criança que nunca tem espaço para ser ela mesma.

14 a 21 anos – nossa primeira crise de identidade

Claro que essa primeira crise chega junto com a adolescência! Adolescentes buscam seu espaço, querem ser ouvidos. Buscam sua tribo e tentam, longe da família, experimentar tudo que a vida oferece com mais intensidade. É o ciclo dos sentimentos exagerados, da tempestade em copo d’água o tempo todo. Parte disso é hormonal e parte é apenas uma necessidade de ser protagonista da própria história. 

21 a 28 – o “eu” grita por independência

Nesse ciclo, a necessidade de autoafirmação chega ao clímax. Queremos estabilidade emocional e profissional. E somos pressionados pela sociedade para conseguir tudo isso rapidamente. Nessa fase da vida, muitos de nós desenvolvemos um quadro de ansiedade absoluta. Pura pressão externa!

28 a 35 – crises e mais crises existenciais 

A passagem da juventude para a maturidade abala todo ser humano. Nos cobramos demais, questionamos sobre nosso verdadeiro papel no mundo, nos frustramos. Na chamada crise dos 30, começamos a repensar absolutamente tudo e mais um pouco. É o setênio em que nos é apresentada a grande oportunidade de abrir a mente ao equilíbrio. De amadurecer e entender que não precisamos nos cobrar tanto, ou gritar para conseguir nos adaptar ao mundo.

35 a 42 – crise de autenticidade

Esse setênio é carregado de momentos de reflexão. Supostamente com a família, carreira e patrimônio estabilizados, queremos dar mais sentido à nossa vida. Somar ao mundo e deixar um legado. E é a hora em que as pessoas buscam aprender coisas novas apenas por prazer, desaceleram um pouco e se permitem buscar a sensação de bem-estar.  Ainda que nossa longevidade tenha mudado bastante da época de Steiner para cá, nesse ciclo as pessoas realmente se abrem para momentos de prazer e felicidade. 

42 a 49 – Viva o altruísmo

Continuamos querendo mudanças, mas a idade começa a assustar um pouco. Apesar de nos sentirmos preparados para mudar as coisas, e de saber exatamente o que precisa ser feito para isso, ainda nos deparamos com contradições. É um ciclo da vida em que sentimos melancolia constantemente, buscamos os amigos do passado, revivemos histórias da infância quase que o tempo todo.

49 a 56 – Ah, o mundo...

Ao chegar nesse setênio, o mundo no qual crescemos foi totalmente alterado. As coisas evoluíram e isso é incrível! Mas só iremos enxergar dessa forma se tivermos nos preparado para isso. Se tivermos construído uma imagem positiva de nós mesmos, e da vida.

Durante esse ciclo, buscamos nos preparar para seguirmos úteis e capazes no próximo setênio. Começamos a nos engajar em causas diversas, contribuindo com um mundo melhor. Ainda que isso tenha sido nossa meta de vida, agora temos mais foco. 

56 a 63 adiante – sabedoria e história da minha vida

Fisicamente, nesse ciclo absolutamente tudo muda: a mobilidade, a audição e a visão. É fundamental manter a mente e o corpo em atividade para encontrar o equilíbrio nesta fase. E, ainda que o que você mais faça é contar e recontar a história da sua vida quando chegar nesse setênio, ainda tem sempre espaço para criar novas histórias e viver novas experiências. 


Steiner nos ensinou a identificar oportunidades de transformação em cada novo ciclo. Conhecer esses processos evolutivos é evoluir com mais harmonia na área profissional, com mais encanto. Lembre-se sempre que o todo é maior que a soma das partes que o constituem aonde quer que você esteja.

Bom trabalho e grande abraço.

Adm. Rafael José Pôncio



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Como formar e desenvolver uma equipe de alta performance

Quando assumimos um cargo de liderança, ou começamos a empreender, temos a tendência de querer abraçar o mundo e de tomar frente em todas as áreas, mesmo naquelas em que não dominamos. Essa atitude só tem uma consequência bastante previsível: a geração de desgaste e exaustão.  Diante desse fato, fica a lição: é impossível ser bom em tudo e, muito menos, dar conta sozinho de todas as demandas de um negócio. O mais inteligente, nesse contexto, é contar com um time de profissionais com diferentes habilidades, capazes de suprir seus pontos fracos para que, dessa forma, vocês possam, juntos, alcançar os melhores resultados.  Isso significa formar uma equipe de alta performance, que trabalhe de forma integrada e alinhada aos valores da empresa, disposta a encontrar as melhores soluções e se empenhar de maneira proativa na busca de um objetivo comum.  Certamente, desenvolver uma equipe de alta performance é um grande desafio, que exige muito comprometimento por parte do gestor. Entretanto, garanto que o esforço compensa. Ao formar um time de confiança, no qual você possa delegar tarefas e decisões, o seu negócio só tem a ganhar. Como fazer isso? Acredito que posso ajudá-lo com algumas dicas. Continue a leitura!

O que significa ter uma equipe de alta performance?

Ter um time de desempenho elevado não diz respeito somente em relação ao cumprimento de metas estabelecidas previamente, ou seja, a certeza de que tarefas serão realizadas e entregues. A equipe de alta performance é aquela que vai além, cujos membros compartilham características e valores que são cultivados e fazem a diferença no resultado final. Que valores e características são esses? Proatividade, criatividade, eficiência, posicionamento ativo, orientação para resultados, entre outros.  

Quais as particularidades de um time com desempenho de alto nível?

Para ficar mais claro e concreto, veja a seguir como uma equipe de alta performance se comporta e age diante dos desafios:

  • promove um ambiente de integração e colaboração entre os membros;

  • preza pela comunicação clara e assertiva, priorizando o diálogo;

  • tem proatividade e capacidade de antecipar situações futuras;

  • compartilha as mesmas visões e valores e trabalha de forma alinhada, focada em um mesmo objetivo.

Ações para desenvolver uma equipe de alta performance, na prática:

1. Entenda o que o seu time realmente precisa e o que você espera dele

Em alguns casos, a formação de uma equipe de alta performance começará ainda na fase de recrutamento. Primeiramente, antes de selecionar os colaboradores que farão parte do seu time, você precisa compreender quais são as habilidades técnicas e comportamentais que considera importantes para o trabalho que será desenvolvido. O ideal é buscar profissionais com diferentes competências que se complementem. 


Caso já tenha uma equipe completa, faça uma análise de cada colaborador e identifique as habilidades e competências de cada um, detecte o que falta e o que precisa ser desenvolvido.  


O próximo passo é estabelecer de forma clara o papel de cada um na equipe, destacando o que se espera que seja entregue e executado. Assim, todo o time saberá exatamente o que precisa fazer para contribuir para o alcance dos objetivos.  

2. Defina metas e objetivos concretos

“Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve”, já dizia Lewis Carrol. Por mais proativa que seja, uma equipe de alta performance  precisa de direcionamento e de entender onde se quer chegar, quais são os objetivos. Só assim, com metas realistas e concretas e objetivos bem estabelecidos, será possível atingir o resultado. 

3. Saiba como estimular, motivar e desafiar a sua equipe

É importante que o time esteja sempre engajado para dar 100% de empenho e ir além. Por isso, promover estímulos constantes é essencial para motivar e garantir, assim, que se atinja a melhor performance. De que maneira fazer isso? Por meio de ações de reconhecimento e feedback. Iniciativas como programas de recompensas e estratégias de gamificação, por exemplo, podem ajudar a manter a motivação da equipe em alta e o desempenho acima da média. 

4. Incentive a proatividade e a colaboração

Quando o colaborador sente que realmente faz parte de algo e que seu papel na equipe é importante, a tendência é de que o empenho em fazer dar certo seja maior. Dessa maneira, é fundamental dar abertura para a participação e o compartilhamento de ideias, estimulando um ambiente de sinergia e colaboração entre os colegas e junto ao líder. Incentive também a proatividade e a busca por soluções inovadoras.

5. Construa uma relação de confiança e priorize a boa comunicação

Nesse sentido de a equipe ter abertura para propor ideias e ser proativa na tomada de decisões, é indispensável que se estabeleça uma relação de confiança entre gestor e liderados. Afinal, caso haja desconfiança ou receio, dificilmente o time terá a iniciativa de lançar soluções diante de um problema ou sugerir uma ação inovadora, o que minará a capacidade da equipe de trabalhar em alta performance. 


Portanto, o gestor precisa ser coerente e demonstrar que confia em sua equipe e que sabe delegar tarefas e decisões. Caso contrário, se o seu objetivo é centralizar tudo, não faz o menor sentido ter uma equipe de alto desempenho. 


É importante também que a comunicação seja aberta, eficaz, pautada no diálogo e na transparência entre toda equipe. A habilidade da comunicação é primordial em uma equipe de alta performance e precisa ser bem desenvolvida e aperfeiçoada, se necessário. 

6. Ofereça treinamentos e acompanhe o desenvolvimento da sua equipe

Os treinamentos representam um investimento que não deve ser ignorado na formação de uma equipe de alta performance. Isso porque o aprendizado contínuo é extremamente importante para desenvolver e aprimorar as competências e habilidades identificadas como essenciais pelo gestor para o trabalho em equipe, além de contribuir para a evolução e crescimento profissional dos colaboradores. Nesse contexto, é importante ainda que o gestor não negligencie o acompanhamento do desenvolvimento do seu time e se comprometa de fato com essa responsabilidade. 


Dividir o trabalho com profissionais que têm habilidades e competências que você não possui pode ser o grande trunfo no sucesso do gerenciamento de um negócio. Assim, desenvolver uma equipe de alta performance pode ser um processo árduo e trabalhoso, porém, a médio e longo prazo, resultados poderão ser alcançados com mais facilidade e assertividade. Lembre-se que, no final, são sempre as pessoas que fazem a diferença.


Bom trabalho e grande abraço.


Adm. Rafael José Pôncio




Conheça também:

Um guia rápido sobre Administração Holística



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quarta-feira, 9 de março de 2016

O Empreendedor com Simplicidade

Use o poder da simplicidade e faça seu negócio crescer


A simplicidade leva você muito longe no mundo dos negócios e na vida.

Entretanto, sabemos que é muito difícil buscar a simplicidade nesse mundo tão complexo dos negócios.


A área do empreendedorismo, como a vida, é confusa, indeterminista e cheia de imprevisibilidade.


Frequentemente, os empreendedores se deparam com escolhas nada claras e consequências desconhecidas para cada decisão.


É nesse cenário intrincado que os bons empreendedores procuram constantemente simplificar os problemas, as decisões e as soluções.


Isso não tem a ver com eliminar os fatos ou ignorar os detalhes, mas sim ter clareza de pensamento na hora de tomar uma decisão.


A simplicidade requer clareza de pensamento


Essa clareza definirá, como empreendedor, quem você é e quem não é, o que você acredita ou não, o que você faz ou evita e, em última análise, como você molda seu futuro.


Quando sua filosofia empresarial única é bem moldada, ela infunde reflexão e velocidade em seu trabalho. 


Transforma ambiguidade em clareza. 


A ilusão de que as coisas são mais complicadas do que realmente são pode ser apagada pela clareza de seus pensamentos e prioridades, o que o capacitará a simplificar problemas, decisões e soluções.


Uma dica para organizar seus pensamentos é manter uma sequência lógica das etapas que precisam ser realizadas sempre que estiver em busca de soluções.


O segredo do sucesso é a simplicidade 


“Para empreender com sucesso, o segredo é fazer as coisas bem feitas e com simplicidade.”


Essa afirmação foi feita por ninguém menos do que o presidente do Conselho de Administração da Tramontina, Clovis Tramontina.


Para Tramontina, a simplicidade está no DNA da empresa. 


“Sempre visamos o melhor desempenho procurando soluções simples para problemas complexos. A objetividade é a lição de simplicidade da Tramontina.”


Podemos observar essa filosofia nos produtos da marca que são simples, porém de excelente qualidade.


“É assim que unimos 18 mil itens em um só objetivo: entregar qualidade que melhore a vida das pessoas.” afirma Tramontina.


Seguindo essa mesma linha de pensamento, José Galló, executivo que liderou o crescimento da rede varejista Renner por quase três décadas, conta em seu livro “O poder do encantamento”, que o segredo do crescimento das lojas Renner foi a simplicidade. 


Após pesquisar as principais varejistas de sucesso de mercado, Galló chegou a conclusão de que a simplicidade era o maior diferencial competitivo entre elas.


A partir disso, passou a implementar esse pensamento nas operações do grupo Renner, o que melhorou muito os resultados da organização. 


Simplificar aumenta a produtividade


A internet está cheia de empreendedores dando conselhos sobre como administrar nosso negócio, não é mesmo?


Que software usar, o mais novo app "sensação do mercado", listas de tarefas e assim por diante.


Toda essa enxurrada de informações pode, muitas vezes, mais atrapalhar o nosso dia a dia do que realmente ajudar a resolver nossos problemas.

Por isso, observe quais são os processos do seu negócio que não são tão eficientes quanto você pensava, e pesquise se pode substituí-lo por algo mais prático.


Muitas vezes, um software mais simples vai te ajudar muito mais do que aquele que o empreendedor de sucesso da internet te indicou.  


Ou seja, simplificar seus processos vai deixar o seu negócio menos confuso e aumentar a sua produtividade.


Apesar de não ser uma tarefa fácil, a simplicidade é fundamental para fazer o seu negócio crescer.


Além disso, é preciso muito trabalho para trazer a clareza necessária ao seu empreendimento e tangibilizá-la na sua gestão.

 

Com o mundo tornando-se cada vez mais complexo, a célebre frase de Leonardo da Vinci "A simplicidade é o último grau de sofisticação" nunca fez tanto sentido e é uma valor humano que gera resultados positivos. Bom trabalho e grande abraço.

Adm. Rafael José Pôncio



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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

O que é vantagem competitiva? Qual a importância e como desenvolver


Sabe aquele segredo que os empreendedores de sucesso têm?
Aquele guardado a sete chaves, apontado como um dos grandes responsáveis pela vitalidade e permanência das empresas no mercado?

Ele tem nome: vantagem competitiva.

E já começo afirmando que encontrá-la deve ser uma meta de todo empreendedor que almeja triunfar.

O que é vantagem competitiva e como desenvolvê-la?

É o que muitos chamam também de diferencial de mercado.

É aquela característica sua, única, que só você ou sua empresa pode oferecer para o público.

Mas o que poderia ser essa qualidade que te coloca à frente de seus concorrentes?

Vamos de exemplo para explicarmos melhor.

Imagine que você é dono de uma hamburgueria.

É bem provável que tenha estudado um pouco este mercado e saiba sobre muitas outras empresas especializadas no seu produto e possivelmente com hambúrgueres de qualidade.

Como você poderia ganhar uma fatia deste mercado concorrido e tornar seus clientes fieis a seu produto e serviço?

A resposta é fácil: identifique e desenvolva sua vantagem competitiva.

Você tem um tempero diferenciado?

Um molho com ingredientes que são segredo de família?

A sua combinação de ingredientes é única e escolhida a dedo?

A sua batata frita chega para o cliente crocante e sequinha, com um sabor inigualável?

Esses são alguns tipos de perguntas a se fazer para conhecer melhor a sua empresa.

Outra importante atitude é traçar uma análise de mercado, identificando os pontos positivos valorizados pelos clientes na hora de fazer uma escolha de compra.

Não preciso dizer que os pontos negativos também deverão ser levados em conta.
Ter ciência do que evitar é tão importante quando saber o que fazer.

Um time poderoso


A sua vantagem competitiva pode estar também na formação de uma equipe de peso.

Quanto mais qualificado for seu time, maior será a chance de sua empresa se destacar no mercado.

Profissionais gabaritados e com habilidades raras geram valor à sua expertise.

Isso motiva a confiança do consumidor e pode atrair parceiros e investidores.

Um time poderoso e motivado


De nada adianta ter um time cheio de habilidades se ele não tiver um bom motivo para mostrá-las.

A associação de qualificação e motivação é chave para o sucesso de uma equipe.

Equipe feliz trabalha mais feliz e tende a produzir melhor.

O resultado não pode ser outro, é prosperidade na certa.

Tenha um serviço personalizado


A máxima de que o cliente quer se sentir único continua sendo verdade.

Basta pensar se quando está em seu papel de consumidor gosta quando se sente só mais um cliente.

Todo mundo quer ter uma experiência incrível, mesmo que inicialmente não tenha esse pensamento.

Por qual empresa acha que o consumidor terá uma inclinação na hora de escolher um produto ou serviço: aquela que o trata como só mais um ou a que fornece para ele uma experiência de compra personalizada e completa?

Acertou quem escolheu a última alternativa.

Tenha em mente que todo cliente, do menor ao maior, tem a mesma importância para a saúde de seu negócio. 

Qual é a principal importância da vantagem competitiva para seu negócio?


O maior benefício de encontrar sua vantagem competitiva é ver seu negócio se tornar referência para os clientes.

É uma propaganda que se vende por si, sem muito esforço.

Quem buscar seu produto ou serviço já saberá o que esperar.

E quando o cliente sabe exatamente o que quer e te procura por conhecer seu trabalho, aí é lindo!

Quem acha que a vantagem competitiva é fundamental está um passo a frente dos concorrentes que não a valorizam ou sequer a conhecem.

Bom trabalho e grande abraço.

Adm. Rafael José Pôncio




        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.