sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Shark Tank: Negociando com Tubarões, chega ao Brasil


Antes de falar sobre o Shark Tank, precisamos entender que em empreendedorismo a figura do empreendedor é a palavra que damos para uma pessoa que deseja começar seu negócio do zero ou já em andamento. Essa ideia pode ser implementada em qualquer mercado para quem deseja e o faz de maneira espontânea. 


É um termo muito usado no âmbito dos negócios, organizações e muitas vezes está relacionado com a criação de empresas ou produtos novos, normalmente envolvendo inovações e riscos.


Uma pessoa que deseja se tornar um empreendedor precisa saber que não é uma tarefa tão simples, pois, exige tempo, dedicação, inovação, disciplina, criatividade e estratégia para atingir o público-alvo.


É muito importante antes de tudo conhecer a necessidade das pessoas, para isso a pessoa que irá empreender pode fazer uma pesquisa de mercado para entender as necessidades e as demandas para o público de acordo com o produto ou serviço idealizado.


Caso já tenha concorrentes, ela deverá procurar estudar a estratégia usada pela concorrência de mercado, e deve ter criatividade para fazer algo diferente - para aquele público, algo que chame atenção e faça com que ela se volte para o negócio proposto.


Se o empreendedor encontrar uma necessidade em um público menor em que a demanda é alta e não possui concorrente, então deverá ficar feliz, pois acaba de encontrar um nicho de mercado, e a probabilidade do negócio alavancar é alta!


Mas o que seria nicho de mercado?


Nicho de mercado no empreendedorismo é quando alguém encontra uma demanda alta para um grupo menor de pessoas, e no programa Shark Tank Brasil, os empreendedores que encontraram nichos, levarão a ideia ao ar a fim de transformarem cada negócio num case.


Shark Tank Brasil, especificamente é um programa da TLC (televisão por assinatura pertencente a Discovery Inc.), será uma série de game show igual ao modelo norte americano que fez e continua fazendo muito sucesso por lá, no qual o intuito do proponente a empreender é receber propostas de investidores (empreendedores experientes), pois potencialmente identificaram uma necessidade no mercado e criaram um produto ou serviço para supri-la.


O programa possuirá a participação de vários empreendedores renomados (investidores) que julgam à apresentação de cada plano de negócio e avaliam a proposta para se tornarem investidores ou não.


Essa avaliação é pautada na necessidade e demanda do mercado, o custo beneficio a curto, médio e longo prazo, e o retorno que eles terão se optarem por investir na ideia do empreendedor.


No programa é possível entender como os empreendedores se posicionam perante um investidor (empreendedor experiente), aprendem qual é a melhor maneira de se fazer e o que apresentar. Muitos por irem despreparados ou não saber ao certo o investimento que desejam, não são escolhidos, assim é no programa na TV dos EUA e inclusive transmitido em Portugal.

Para você ter uma ideia e para te inspirar também, segue aqui alguns segmentos do momento em que você poderia fazer como empreendedor:

  • Criar cursos online: você poderia criar um curso online de algo que você tem familiaridade ou habilidade para fazer, como: curso de maquiagem, Yoga, penteados, idiomas, etc;

  • Marketing de afiliados: houve um aumento de 95% na procura por cursos online neste ano de 2014. Caso você não queira gravar um curso, você poderá vender através do Marketing de afiliados;

  • Delivery: se você possui uma empresa de restaurante ou pretende, essa é uma ótima oportunidade para apostar na entrega em delivery, devido a comodidade e conveniência que gera bem estar ao cliente final;

  • "Disrupção" digital por meio de aplicativos, é o que está em voga no momento, pois são negócios com potencial de crescimento das receitas de forma exponencial.

Após encontrar seu nicho de mercado é importante apresentar algo que tenha relevância para o público-alvo e qualidade, não é porque se trata de um público menor com alta demanda que poderá entregar qualquer produto/serviço para eles.


Por esse motivo também é importante que faça uma pesquisa minuciosa de materiais com qualidade, fornecedores que tenham como objetivo a sustentabilidade, pois os consumidores começaram a procurar mais empresas que veem isso como prioridade.


Dessa forma, o nome do seu novo negócio e você serão reconhecidos como sinônimo de  empreendedorismo e potencial sucesso no mercado.


Assista este programa que esta sendo preparado aqui no Brasil, entenda o processo e parta para a ação! Entrará no canal da TLC em janeiro de 2015.


Sabemos que não é fácil decidir ser um empreendedor hoje em dia, mas saiba que existem muitas pessoas que talvez precisem do seu produto ou serviço, pois o nicho também pode ser um serviço, não necessariamente um produto.


Aposte em você, na sua criatividade e caso não tenha, você pode ler livros que falam sobre pessoas empreendedoras que conseguiram alcançar o sucesso, palestras do TEDx Talks, vídeos no YouTube com dicas e pesquisa na internet. Tenho certeza que você consegue!



Gostou do conteúdo? Nosso próximo tema será mais interessante ainda: “Empreendedorismo, Sucesso e Reclamação não combinam”.


Bom trabalho e grande abraço.

Adm. Rafael José Pôncio



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Sair da zona de conforto e calcular os riscos

No empreendedorismo, uma forma de garantir que você não vai sair do lugar, é não se arriscar.


Quando falo em se arriscar para conseguir algo, estou falando em sair da nossa zona de conforto e muitas vezes isso é difícil, mas é o fator que calcula aquele que terá sucesso em seu empreendimento e o que não terá.


Não que seja errado estar dentro da sua zona de conforto, pois você cria uma margem de segurança, mas quando não se corre um risco se quer em seu negócio, é preocupante e um alerta para você.


É possível ter garantias palpáveis correndo riscos?


A resposta é não! Risco é basicamente a possibilidade de algo ruim acontecer, por isso algumas pessoas não correm riscos, mas também não saem do lugar, claro que isso não é uma regra, mas a probabilidade é grande!


Quando observamos, os grandes empreendedores foram os que correram os maiores riscos, porque se concentraram nos resultados e não nos obstáculos que teriam que enfrentar.


Caminhar pelo desconhecido é assustador, mas é a única maneira de alcançar o resultado que você ainda não alcançou.


Para alcançar o resultado que você nunca teve, é claro que deve fazer algo que nunca fez antes.


Razão x Emoção


É claro que quando digo em correr riscos, não estou incentivando colocar a sua empresa na linha do trem.


Existem dois tipos de riscos: o emocional e o racional. É necessário saber diferenciar esses riscos para não colocar o seu negócio em perigo, pois os riscos devem ser sempre bem calculados, isso é diferente de ser afoito.


Se usarmos a emoção para decidir sem mensurar e planejar os riscos que poderemos ter lá na frente, é provável que vamos potencialmente arruinar os negócios.


Agora se usarmos a razão mensurando e planejando na hora de tomar uma decisão de risco, é provável que teremos sucesso na execução.


Posso dizer que para você ser um empreendedor de sucesso, é necessário correr riscos de forma racional e focar nos resultados e não nos obstáculos que irá enfrentar no meio do caminho.


Pense que enfrentamos diariamente vários tipos de obstáculos e mesmo assim estamos aqui de pé. 


Então, porque não usarmos essa estratégia em nossa empresa para alcançar o que sonhamos?


Pense e mensure os possíveis riscos que você irá encontrar no meio do caminho e planeje estratégias para cada um que encontrar e se por ventura você se deparar com uma surpresa no meio do caminho, não tenha medo, apenas enfrente.


Sua mente tem uma capacidade incrível para resolver esses tipos de obstáculos.


Bom trabalho e grande abraço.


Adm. Rafael José Pôncio



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Teoria dos dois fatores de Herzberg


HERZBERG, fundamenta sua teoria da motivação no ambiente externo e no trabalho e defende que a motivação depende de dois fatores: higiênicos e motivacionais, vejamos:

☆ Fatores Higiênicos: São fatores extrínsecos ou ambientais e estão localizados no ambiente de trabalho, como salário, benefícios, condições físicas e ambientais da empresa, diretrizes, clima organizacional, oportunidades e tipo de supervisão recebida, etc.

O termo higiene reporta a um caráter preventivo para evitar fontes de insatisfação do meio ambiente. Quando esses fatores higiênicos são ótimos, evitam a insatisfação, mas não garantem a elevação da satisfação; porém, quando são precários, provocam a insatisfação das pessoas, por isso são chamados "Fatores Insatisfacientes".

☆ Fatores Motivacionais: São fatores intrínsecos e estão relacionados com o cargo em si, com os deveres e as tarefas executadas. Causam um nível de satisfação elevado e duradouro, aumentando a produtividade em níveis acima da média e abrangem sentimentos de realização, crescimento e reconhecimento profissional.

Quando os fatores motivacionais são ótimos, aumentam a satisfação do indivíduo pelo trabalho, mas, quando são precários, evitam a satisfação, sendo denominados de "Fatores Satisfacientes".

Com o intuito de proporcionar uma contínua motivação no trabalho, o indivíduo deve ocupar uma posição que lhe ofereça desafios profissionais, liberdade para decidir, ascensão na carreira, reconhecimento e realização profissional, etc.

O segredo para garantir a motivação dos trabalhadores caracteriza-se pelo enriquecimento das tarefas, ampliando-se as responsabilidades, as metas e os desafios profissionais; sem negligenciar fatores como estabilidade, segurança, benefícios, ferramentas de trabalho, ganhos adequados, bem como proporcionando certo status e reconhecimento profissional.

Vejam o quadro abaixo, que resume bem o que vimos acima:

Fatores que levam à insatisfação
Fatores que levam à satisfação
Política da Empresa
Crescimento
Condições do ambiente de Trabalho
Desenvolvimento
Relacionamento com outros funcionários
Responsabilidade
Segurança
Reconhecimento
Salário
Realização

Frederick Herzberg Irving (18 de abril de 1923 - 19 de janeiro de 2000) foi um americano psicólogo que se tornou um dos nomes mais influentes na gestão de negócios.

Bom trabalho e grande abraço.

Adm. Rafael José Pôncio




Conheça também:

Matriz GUT: uma estratégia para tomar decisões


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Responsabilidade pessoal: como a autorresponsabilidade pode ser um diferencial nos negócios

Quando você pensa aonde quer chegar, que fatores considera estarem o impedindo de atingir os seus objetivos? A sua realização profissional depende de muitas variáveis externas e de ações dos outros? O quão preso você está do famoso “se”? Ou seja, daquela ideia hipotética de que se algo fosse diferente, as coisas definitivamente estariam dando certo?

A questão é que as chances dos sonhos e aspirações se concretizarem só são reais quando nos damos conta do nosso papel como agentes de mudanças e como responsáveis pelo que somos e pelo que acontece em nossas vidas. Assumir a nossa responsabilidade pessoal pelas nossas escolhas e pelo controle da nossa trajetória, principalmente no âmbito do trabalho, é fundamental se desejamos ter o protagonismo em nossa jornada.


Se você quer saber como traçar o seu próprio caminho nos negócios, mudando a mentalidade passiva e vitimista e passando a ter uma postura de autorresponsabilidade, acredito que este artigo pode ajudá-lo. Nas próximas linhas, pretendo detalhar o conceito de responsabilidade pessoal e expor ações que o ajudarão a se responsabilizar e assumir o papel de protagonista na sua vida como pessoa de negócios.

O ponto de virada — aceitando sua responsabilidade pessoal

Primeiramente, entenda o que significa ter responsabilidade pessoal, ou assumir uma postura de autorresponsabilidade perante a vida. Consiste na capacidade de atribuir para si a responsabilidade em relação aos seus atos e às suas escolhas, sejam elas positivas ou negativas. É ter uma consciência de que você não é vítima das circunstâncias e tem condições de traçar o caminho que deseja seguir.


Se você não se enxerga nesse papel ou atitude, saiba que essa é uma habilidade que pode ser treinada e desenvolvida. Parar de transferir responsabilidades e culpas só irá fortalecê-lo e trará benefícios para a sua vida. Então, para haver mudanças é necessário fazer algo diferente. Arregaçar as mangas, aceitar a responsabilidade pessoal e partir para a ação, em vez de esperar que as coisas caiam do céu. 

Autorresponsabilidade como diferencial na gestão

Profissionalmente, a autorresponsabilidade pode ser aplicada em diferentes aspectos e pode ser vista como uma competência importante. Vou dar alguns exemplos. Diante de um problema ou obstáculo, o gestor que prioriza a responsabilidade pessoal é aquele que geralmente assume a situação para si e se responsabiliza pela resolução do problema. Quantas vezes, como clientes, já passamos por situações em que problemas eram empurrados de um departamento para outro e ninguém se dispunha a resolver? Frustrante, não é mesmo?


Em outra perspectiva, podemos destacar que empreendedores com autorresponsabilidade não hesitam em assumir seus erros com honestidade e não ficam buscando culpados ou algo para ser “bode expiatório”. Além disso, entendem os erros como uma oportunidade de aprendizagem.


Já em uma visão mais ampla, a autorresponsabilidade pode ser um diferencial para essas pessoas na medida em que elas se enxergam como protagonistas de suas vidas, não criam desculpas ou culpam acontecimentos externos pelas coisas que não se realizam em suas trajetórias profissionais. Entendem que obstáculos fazem parte do caminho, mas são resilientes e responsáveis por traçar os passos e metas que os levarão aos seus objetivos. 

As vantagens de assumir a responsabilidade pessoal no âmbito da gestão

  • Aumento da confiança junto a equipe;

  • Redução de custos e otimização de tempo;

  • Aumento das chances conquistas sólidas de objetivos;

  • Maior retenção de resultados financeiros e o bom nome perante os stakeholders.

Passos para ter autorresponsabilidade 

Agora que você já entende o que significa ter responsabilidade pessoal, mas ainda não sabe como iniciar o processo de assumir a autorresponsabilidade pela sua vida como um todo - para ter congruência deve ser na vida pessoal e no trabalho, sugiro, a seguir, algumas atitudes que certamente contribuirão para a sua evolução. Confira!

Faça uma reflexão e um exercício de autoconhecimento

Primeiro, compreenda como é essa questão da autorresponsabilidade para você. Você se sente responsável pelas suas ações, realizações e pelo que acontece na sua vida? Ou tem uma visão mais pessimista e a tendência de se condicionar às circunstâncias? O que você poderia fazer diferente para atingir seus objetivos profissionais? Nesse sentido, entenda seu papel e pratique o autoconhecimento, identificando seus pontos fracos e fortes e possíveis oportunidades de desenvolvimento. 

Identifique o que o impede de alcançar seus objetivos

Muitas vezes, temos uma série de crenças que nos limitam e nos impedem de mudar. Apesar de não podermos controlar várias coisas — situações, pessoas, cenários, eventos — podemos controlar nossas ações, pensamentos e a forma como agimos diante delas a partir da identificação dessas crenças limitantes. Isso nos ajuda a aceitar a nossa responsabilidade pessoal. 

Assuma seus erros

Esse é um passo muito importante para quem quer assumir uma postura de autorresponsabilidade. Admitir um erro, pedir desculpas e se responsabilizar pela sua correção e solução, em vez de empurrar a culpa, transmite honestidade, dignidade e inspira confiança, qualidades ímpares em qualquer gestor. 

Peça feedbacks

Uma maneira de tomar a dianteira da sua gestão é buscar oportunidades de aprendizado. E uma forma eficiente de se desenvolver é por meio de feedbacks de pessoas em quem você confia e que podem fornecer diferentes percepções de suas ações e comportamentos. Por isso, peça feedbacks e faça uma autoanálise regularmente a partir dessas conversas. 

Trabalhe o seu desenvolvimento

Quem tem responsabilidade pessoal e assume o protagonismo empreendedorial trabalha o seu desenvolvimento com autonomia, não fica esperando que alguém invista ou tome uma atitude nesse aspecto. A busca por conhecimento e aprendizado contínuo é muito importante para qualquer empreendedor que deseja fazer a diferença e deslanchar seu negócio, uma vez que as mudanças no mercado estão ocorrendo com muita rapidez e é fundamental estar preparado e se adaptar. 

Planeje e entre em ação

As coisas dificilmente se concretizam se ficarem somente em um plano abstrato, no campo das ideias. Portanto, entenda onde quer chegar, trace uma estratégia e parta para a ação. Defina metas específicas e visualize o caminho até os seus objetivos. Como já mencionei, não adianta ficar esperando algo acontecer do nada e depois reclamar que tudo é muito difícil, que nada dá certo na sua vida. É preciso empenho e movimento.



Por fim, o que fica de lição de tudo o que foi apontado aqui é que não tem segredo. A responsabilidade pessoal é o único caminho para se ter efetivamente o controle da direção da sua vida, principalmente no âmbito da gestão de negócios. Se você quer ter escolhas, mude de atitude e assuma a autorresponsabilidade agora mesmo.


Bom trabalho e grande abraço.


Adm. Rafael José Pôncio




        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

domingo, 7 de setembro de 2014

Por que a educação empreendedora deve ser ensinada nas escolas?


Você sabia que os alunos podem aproveitar os benefícios da educação empreendedora antes mesmo de entrar na faculdade?

Uma educação voltada para o empreendedorismo pode ajudar jovens do ensino fundamental e médio a desenvolver habilidades essenciais para a vida que servirão muito para além das paredes da sala de aula.


Embora o empreendedorismo esteja mais relacionado ao ambiente de negócios, seu conceito vai muito mais além. 


O dicionário define a palavra “empreender” como a habilidade de realizar tarefas difíceis. Ou seja, empreender é superar desafios.


E essa capacidade de superação exige inovação, ousadia e criatividade. Características que podem ser aprendidas.


E porque não aprendê-las logo nos primeiros anos de escola?


Neste artigo, você vai aprender o que é a educação empreendedora e porque ela deve ser ensinada nas escolas.


O que é educação empreendedora


Educação empreendedora é a capacidade de aproveitar oportunidades e ideias e de as transformar em coisas com valor cultural, social ou financeiro.


No âmbito escolar, ela se concentra no desenvolvimento de habilidades do mundo real que ajudarão os alunos a identificar e enfrentar desafios e oportunidades de forma criativa e inovadora.
A educação para o empreendedorismo ensina aos alunos habilidades essenciais para a vida, as formas de:
  • Como colaborar e trabalhar com uma equipe;

  • Como falar em público e preparar uma apresentação eficaz;

  • Como coletar e analisar dados;

  • Como usar as mídias sociais;

  • Como resolver problemas reais e complexos que não têm uma resposta definitiva;

  • Como usar a curiosidade e a criatividade para encontrar uma abordagem inovadora para problemas difíceis.

Rose Mary Almeida Lopes, no livro Educação Empreendedora: Conceitos, Modelos e Práticas, diz que, essa abordagem é “um processo dinâmico de conscientização, reflexão, associação e aplicação que envolve transformar a experiência e o conhecimento em resultados aprendidos e funcionais. Compreende conhecimento, comportamento e aprendizagem afetivo-emocional”.


Em outras palavras, é possibilitar ao aluno que o conhecimento técnico seja aplicado por experimentos dentro e fora da sala de aula para que eles desenvolvam-se como cidadãos críticos e responsáveis.


Além disso, a autora salienta que  “o desenvolvimento e implementação de programas de educação empreendedora podem seguir as recomendações da Unesco para a educação do século XXI, que são aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.”


Fernando Dolabela, em seu livro “ Oficina do empreendedor", o autor diz que, pela primeira vez na história, o que se aprende na escola é rapidamente superado pelo que se aprende fora dela. 


Dolabela destaca que é preciso um processo de aprendizagem que ensine aprender a aprender, encarando os erros como uma oportunidade de aprendizado. 


A importância de uma educação para superar desafios


Vivemos em uma era de transformação global e tecnológica sem precedentes.


"Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes", diz Klaus Schwab, autor do livro A Quarta Revolução Industrial.


Os alunos enfrentarão um futuro incerto cheio de complexas questões globais, sociais e ambientais. De acordo com a pesquisa Future of Jobs do World Economic Forum  , metade das atividades de trabalho de hoje podem ser automatizadas até 2055, criando funções, responsabilidades e desafios completamente novos para a força de trabalho futura.

Portanto, não podemos prever exatamente o que nossos alunos precisarão saber depois de se formarem. Por isso, políticas públicas focadas em uma educação empreendedora proporcionam aos alunos habilidades para solucionar problemas reais, trabalhar em equipe, ter resiliência e empatia.  Características essenciais para enfrentar o que está por vir quando adultos. Além disso, educar os alunos para uma mentalidade empreendedora incentiva a criatividade e a inovação. Para solucionar os desafios de forma inovadora, característica essencial do empreendedorismo, é preciso uma boa dose de criatividade, de criar soluções que ninguém pensou até agora.  Ainda mais, desenvolver essas habilidades nos alunos significa que eles se envolvam de forma construtiva na vida da escola e da comunidade de maneira legítima e autossuficiente. Uma pesquisa realizada pelo instituto êxito, perguntou para os estudantes sobre a importância de existir atividades educacionais voltadas para a aprendizagem sobre empreendedorismo em sua escola, revelou que a imensa maioria (95%) dos estudantes considera importante ou muito importante a educação voltada para o empreendedorismo.

Como inserir a educação empreendedora nas escolas

O site da Nova Escola dá algumas dicas de como inserir o empreendedorismo no currículos das escolas.  O texto diz que é possível já inserir a educação empreendedora logo nos primeiros anos do período escolar, e salienta a importância do ensino ser contextualizado para a realidade dos alunos. Uma sugestão de caminho do que pode ser feito para trabalhar com os alunos na perspectiva da Educação empreendedora feito pelo blog da Nova Escola é:

  • Compreender o problema;

  • Pesquisar jeitos de resolvê-lo;

  • Verificar a possibilidade de colocar uma das soluções em prática;

  • Mudar de ideia ou adaptá-la caso necessário;

  • Conversar com os demais envolvidos sobre qual caminho seguir e argumentar sobre isso, além de escutar e analisar as ideias deles;

  • Permitir se reinventar quando alguma ideia falhar;

  • Ser resiliente e persistente para alcançar o objetivo final.

Um exemplo de sucesso é o projeto 'Educação Empreendedora: Sonhos e Práticas', da escola estadual Américo Martins, em Montes Claros (MG), realizado pela professora de Língua Portuguesa da escola, Sande Polyana Silva Almeida, no ano de 2016. Sande identificou que seus alunos do nono ano do ensino fundamental, apesar da desmotivação, tinham o desejo de ajudar suas famílias. A partir disso, a professora levou estratégias para desenvolver habilidades empreendedoras para dentro da sala de aula. O resultado foi a criação de empresas de reciclagem de diferentes tipos de materiais. No final do ano, eles organizaram uma feira piloto com o tema sustentabilidade, para apresentar e vender seus produtos.  Portanto, inserir a educação empreendedora no currículo escolar é de suma importância se quisermos proporcionar um futuro com um horizonte de oportunidades para os nossos jovens.  Ensinar as habilidades necessárias para solucionar problemas de forma inovadora e criativa, e desenvolver a capacidade do trabalho em equipe, a empatia e resiliência, é o que vai prepará-los para o futuro desafiador que temos pela frente. Bom trabalho e grande abraço. Adm. Rafael José Pôncio


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.